História The black trainee - Hey doctor

1 dia depois.

Chegamos em Busan, finalmente. Eu iria ficar no mesmo quarto que a Sunny novamente, talvez fosse algo proposital ou talvez não. Esses dias a Sun andava meio estranha, sempre pegava ela falando com a Kyung bastante irritada quanto a um "fim de jogo" ou algo assim. Coloquei minha mala na cama, não tive tempo de estar com J-Hope mas conseguimos nos despedir rapidamente. Sentei, agora eu era uma mulher casada.

Mal consigo esperar para que possa ver um filho ou filha correndo pela nossa nova casa, que ainda não usamos. Mas a quem estou querendo enganar? Ele não pode ter filhos agora, muito menos eu. Me joguei na cama, vida cruel. Olhei meu telefone, fui checar as últimas notícias mas me arrependi de imediato. Talvez fosse melhor eu tomar um banho.

Estava com um pressentimento ruim, então sai logo do banheiro encontrando com a Lee Wang.

"Ya! Black Ocean! Era isso que você queria não era? Atrair atenção para o nosso grupo?" Ela chega perto de mim, eu seguro a toalha que estava presa ao meu corpo com força.

"Desculpe?"

"Aigoo... Não se faça de sonsa, eu sei o que o Lei Wu falou para você quanto a me tirar do Fireproof... Escute bem, dessa vez eu irei te deixar trancada, e aí de você se tentar sair para comer. Espero que aproveite sua estadia, traidora" Lee falou e sem mais nem menos saiu, trancando a porta do quarto.

"Mas que diabos? Ela está louca?" perguntei a mim mesma, me sequei e me troquei.

As primeiras horas trancadas lá dentro não foram tão ruins, eu sabia que as garotas voltariam de uma tour por Busan de noite. E então Sunny me daria comida, era só uma questão de esperar. Mas depois de passar a manhã toda e à tarde sem comer eu já estava cogitando comer minha perna.

Quando finalmente ouvi a tranca da porta ser aberta ouvi risadinhas, só então minha melhor amiga entrou no local.

"Graças a Deus, Sunny. As meninas me trancaram aqui o dia todo... Pode me dar um pedaço de pão? Por favor? Estou fraca de fome" Implorei sem levantar, não tinha forças na perna já que estava sem comer desde as 9 da noite do outro dia.

"Ah... Jjinja? Você realmente achou que eu era sua amiga?" Sunny revirou os olhos e jogou sua bolsa no canto da sala trancando a porta novamente.

"O que... O que quer dizer?" Perguntei fazendo força nos braços para sentar.

"Eu nunca seria amiga de alguém como você, sua imunda, agora licença que eu tenho assuntos mais importantes que sua fome para resolver" ela sentou na minha cama e trocou seus sapatos de caminhada por um salto.

Peguei uma moeda em meu bolso, toquei as costas da Sun Hee e ela me olhou.

"O que agora sua nojenta?" Perguntou levantando exasperada. "Pode não encostar em mim?"

Eu não falei nada, apenas peguei sua mão e coloquei a moeda lá, fechando com força.

"O que?"

"Agora você tem trinta e uma moedas de prata, Judas." Falei irônica, virando para o lado.

Ouvi seus passos furiosos em direção a porta, e em seguida a porta sendo aberta e trancada novamente. Eu precisava distrair minha cabeça, não pensar em comida nem nada parecido. Então peguei meu telefone, ele tocou de imediato.

"Alo?" Atendi sem olhar o nome.

"AMORRRRRRRRR" Pelo grito dado, soube logo que era J-Hope "tudo bom com você?"

"Sim, e com você?"

"Eu estou bem. Mas você parece meio pra baixo" Ele fala e então começa a cantar Cheer Up do Twice.

"Ei, eu estou bem" ri "só não consigo dormir, insônia pesada."

"Então... Vou contar umas piadas que o Jin me contou mais cedo" um pequeno silêncio e ele continua "Qual a bebida preferida do Drácula?"

"Kopi?" perguntei, era muito óbvio que é Kopi.

(n/a: Kopi em coreano é café, e pi é sangue)

"Aigoo... Acertou... Okay, outra... Onde os legumes adoram?"

Sanchooary...

"Não sei Oppa, passo" menti.

"Haha, no sanchooary" eu ri do modo mais verdadeiro que consegui.

(n/a: Sanchooary soa como Sanctuary do inglês Santuário)

"Última agora e te deixo em paz... Como se diz Top-less em Chinês?" Ele pergunta segurando o riso.

"Não sei, como se diz?"

"Xem-chu-tian" eu comecei a rir sem parar de tão ruim que a piada era.

"Ah eu não te aguento" falei brincando.

"Devia ter pensado nisso antes de casar comigo" Ele falou e então houve um breve silêncio "o Hyung está reclamando que falo muito alto, você não acha isso né esposa?"

"Não mesmo, na verdade adoro ouvir sua voz. Por mim passaria o dia todo com você no telefone..." comentei e suspirei, minha barriga não aguentava mais.

"Não consegue dormir ainda? Você quer que eu cante para que durma? Vamos, eu canto Lullaby para você!" ele parecia tão animado com a ideia que não ousei recusar. E então dormi ao som do Hoseok sussurrando Lullaby.

Meu filho não sorri

Meu filho não vem (para mim)

Meu filho não pode reconhecer (me)

Algum dia eu vou encontrá-lo novamente

no outro mundo abraçar você em meus braços

Esta canção que eu cantei para você, você pode se lembrar dela?

Eu vou cantar essa música para você, você pode cair no sono?

Meu amor não sonha

Meu amor não fecha os olhos

Meu amor não pode encontrar o caminho (para mim)

Um dia, quando eu encontrá-lo pela primeira vez

Com um sorriso cansado, vou segurar as suas duas mãos

Esta canção que eu cantei para você, você pode se lembrar dela?

Eu vou cantar essa música para você, você pode cair no sono?

Esta canção que eu cantei para você, você pode se lembrar dela?

Eu vou cantar essa música para você, você pode cair no sono?

Quando abri meus olhos ouvi algo como um ronco em meu ouvido, vi que meu telefone ainda estava na chamada. Desliguei para que deixasse o J-Hope dormir em paz, eu precisava levantar. Olhei a cama da frente e notei que a Sunny não estava mais lá, e parecia ter saído a um tempo. Levantei lentamente mas caí novamente, e foi aí que senti uma dor enorme na barriga. Gemi de dor, o que diabos estava causando tanta agonia? Liguei para o Lei Wu e mandei que chamasse a ambulância.

Alguns minutos depois eu já estava no hospital, deitada naquela cama. Parecia até que eu gostava de hospitais. Mandei o meu agente ir atrás do Fireproof por conta da apresentação daquela noite, o médico entrou no quarto com uma cara não muito boa.

"O que houve doutor? É grave?" perguntei assustada.