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História The Blast of Evil - Motivos


Escrita por: Atenayan

Notas do Autor


Ola, voltei, quase não voltando, mas estou aqui. Eu deixaria pra postar na segunda, mas não pude!
Então aqui esta mais um capitulo!

Não tenho muito o que dizer. Katsuki finalmente esta na Yuuei.
Momento BakuDeku!!!

Capítulo 5 - Motivos


Fanfic / Fanfiction The Blast of Evil - Motivos

 

 

O tempo não corria muito, estava entediado acima de tudo. Não fez nada desde sua hora de chegada. A camisa de força e as algemas em suas pernas não sumiram dificultando sua locomoção na cena. Pelo que podia sentir com seus pés era algo macio mas bem resistente, algo para conte-lo acreditava. O clima também era bem úmido, talvez pra reprimi-lo. Não era como se ele fosse fugir. Estava onde queria estar.

Ele andou de um lado pro outro no tanto que suas pernas permitiam. Ele parecia um doido andando pra lá, virando e voltando. E repetindo o processo. O que ele podia fazer? Não deixaram nem um jogo pra ele.

Nas 5 horas que esteve ali não viu mais ninguém, o dia estava raiando e durante esse tempo sozinho teve muitas coisas pra pensar. Coisas pra decidir, pra se preocupar e planejar.

Conseguiu entrar pra escola, como o planejado, Karma e Nagisa foram com ele. All Might e Midoriya estavam debaixo do mesmo teto. Só precisava esperar a hora certa pra lutar.

Sensei devia estar orgulho, pensou alto, balançando de um lado pro outro enquanto andava. Logo, All for One teria sua vingança e poderia partir em paz. Isso era bom, mas tristes, Sensei era importante pra si. Foi quase um pai.

Mas havia algo o incomodando, martelando, arranhando sua cabeça. Ele hesitou durante a luta contra os heróis. Poderia ter matado Izuku, explodido a cabeça dele antes de Todoroki o ameaçar com Nagisa. Muita ousadia da parte do Meio-Meio. Mais foi bem útil. Isso encerrou a luta e o pós dentro da escola.

Naquele momento da luta, por algum motivo houve um certo animo de ver esses idiotas de novo. O fato deles quererem salva-lo depois de todo esse tempo deixava seu estômago inquieto. Há muito essas pessoas não eram importantes. Bom, o fato dele está pensando nessas coisas não significava que ele iria recuar agora. Não, estava perto demais de seu objetivo para simplesmente deixar o sentimentalismo do que poderia ser vencer. Já tinha tudo que precisava e queria.

Shigaraki era louco, de fato e ainda sim sempre esteve ao seu lado. No início podia parecer algo manipulador, com o tempo se tornou divertido esse relacionamento fraternal estranho. Sensei também cuidava muito dele, o protegeu e treinou. Sensei era duro e rigoroso, mas sempre o incentivando a melhorar com seus objetivos louco de destruição. As conversas com Sensei e Shigaraki se tornaram algo legal e incrível. Os heróis falavam sobre proteger o mundo, e deixavam as pessoas destruírem o mundo. Sensei e Shigaraki queriam apenas destruir tudo, colocar um fim nesse mundo desequilibrado. Isso era lindo ao seu ver. Imaginar toda a destruição que ele mesmo podia causar lhe dava uma ansiedade animada.

Ele se tornou forte, suas intenções puras e inocentes de se tornar o herói mais forte para proteger as pessoas que falavam dele pelas costas, agora eram afiadas e sinistras. Ao seu ver isso ainda era puro e inocente pois é somente o inverso. Os heróis precisavam disso certo, o equilíbrio, não tinha como ter heróis sem ter vilões.

Depois de vagar por esse mundo monótono, percebeu que não encontrou nada satisfatório. Até que Shigaraki apareceu, com sua ganância incomum e o reconhecendo como um ser parecido, ofereceu-lhe mais poder. Desse modo, por seu agora irmão, conheceu Sensei. O rosto deformado de Sensei não o permitia ver seus olhos, mas podia sentir a frieza e a pura maldade. Eles lhe deram um motivo pra lutar, um motivo pra matar. Ele era o herdeiro do All for One.

E agora, depois de pensar nisso tudo, não podia quebrar a confiança de Sensei e Shigaraki. Era uma confiança diferente da qual tinha com a classe 1-A, na classe A, ele não os considerava amigo, eram apenas rivais, pedras em seu caminho pra ser um herói. Qualquer podia dizer que ele tomou o caminho fácil para ter força, não encarou desse jeito. Não foi fácil alcançar o poder, Sensei era duro e maldoso durante os treinos, não lhe dava trégua. Ele não pegou o caminho fácil, não, ele pegou o caminho certo para ele. Isso é a algo que ninguém podia entender.

Sim, nesse mundo ele estava sozinho, não havia ninguém que o pudesse entender. Apenas Sensei. Os heróis deviam ser mortos, porque não perceberam o quanto  machucaram. E aquela classe idiota por não terem percebido suas reais intenções.

Ele estava louco.

Louco pra matar. Pra destruir. Porque seu Quirk causava apenas isso. Desde o início ele devia ter notado isso, que seu lado certo era do lado dos vilões.

 

- Jovem Bakugou?

O olhar fixado no teto foi desviado para a única janela no quarto, a da porta de ferro. O olhar de Toshinori era estranho – claro, ele pegou Katsuki olhando fixamente para o teto com um sorriso estranho.

- All Might.

- Vamos conversar um pouco? – pediu um tanto apreensivo.

- Foda-se.

- Por que foi pro lado dos vilões? Por que se juntou a liga?

- Percebe que deveria estar lá desde o começo.

- Você se juntou a Liga dos Vilões, deu as costas aos seus amigos, familiares, aos heróis. Não consigo compreender. Você tinha tanto futuro pela frente. O que ganhou indo até eles?

- Futuro é? Hm, eu não via dessa forma com arco-íris no final. – ironizou voltando a andar de um lado pro outro. Toshinori o acompanhando com os olhos, observando cada mínimo detalhe das ações e feições do loiro. – Não é possível pra você compreender. Também não tenho porque falar nada. Mas responderei o que ganhei conhecendo o Sensei.

Toshinori arregalou os olhos.

- Esse Sensei seria... o All for One?

- Sensei me ensinou tantas coisas. Ele é incrível. Mais incrível que você All Migt. Ele simplesmente conseguiu me fazer entender...

- Entender o que?

Katsuki olhou para o herói e passou a língua nos lábios.

- O tempo dos heróis passou. Esta na hora de novos tempos, herói.

- Você não pode estar falando sério.

- Assim que eu decido uma coisa eu simplesmente não consigo parar, eu sigo em frente. – andou ate estar em frente a Toshinori com apenas a porta os separando. – Eu decide mudar de lado. O que acha que uma merda de herói como você pode fazer com isso? Você mesmo quebra os sonhos das pessoas só por existir. Essa escola é outro exemplo, dizendo quem pode ou não conseguir. Isso é errado sabia? – sorriu fraco. – A questão é.... – sua franja caiu por cima do seu olho direito dando uma aparência sádica. – você não pode fazer nada, nem o Deku.

- Jovem Bakugou... – Toshinori estava incrédulo, esse nem parecia seu aluno. Além disso, Katsuki sabia sobre Midoriya, All for One devia ter contado. O que no caso não era verdade, Katsuki tinha visto ele é Izuku um dia e ele sequer se tocou que muitas pessoas passavam por aquela praia. – Tem noção das consequências das suas escolhas?

- Tem noção do quando vai ser divertido cortar a cabeça do Deku fora?

Toshinori não podia mais conversar com Katsuki. Isso estava lhe deixando triste. Por isso saiu dali, muito pensativo por sinal. As palavras de Aizawa circulando em sua cabeça.

 

...

- Bakugou não é o mesmo. Deviam desistir da idéia de salva-lo. Além disso... ele se entregou muito fácil. Não precisava aparecer, poderia ter apenas mandado os outros três. Depois desse tempo todo, por que ele se revelaria por nada?

...

 

Toshinori sequer percebeu que já estava dentro do campus de estudo. Sua próxima aula era com a classe 1-A. Um aluno falou com ele, ele logo disfarçou sorrindo. Não podia parecer fraco na frete de seus alunos, acima de tudo, era um professor desde que se aposentou. Não devia passar essas confusões para seus alunos. Eles eram jovens e precisavam da orientação certa, pra que não acontece o mesmo que com Bakugou.

Mas ainda sim, a forma como seu ex aluno falava, seu novo sorriso e olhar. Nem parecia o garoto do primeiro ano, sonhando em ser um herói mais forte que qualquer um. Ainda se passava em sua cabeça como isso mudou da noite pro dia.

Bakugou desejava ser um herói acima de qualquer coisa, ele não se importava de ser ele, orgulhoso e cabeça erguida, com um sorriso que a maioria das pessoas podiam chamar de maldoso, mas pra ele, herói a tanto tempo, ele viu apenas uma alma quebrada em busca de uma salvação, seu sonho se tornando realidade  o salvaria de qualquer medo em seu interior.

Talvez perceber como era impotente, como alguém como Midorya ganhando terreno e respeito enquanto Bakugou parecia andar pra trás, fez Bakugou sentir-se oprimido e fraco, como não foi ensinado a ser. All Might não podia não pensar em não tentar salva-lo, ainda tinha uma chance e se agarraria nela pra isso, ele era o herói número 1. Não se salvava as pessoas apenas lutando contra vilões. A mente de uma pessoa também pode ser um campo de batalha.

Ele devia encarar a realidade, mas não estava pronto pra perder essa batalha ainda.

 

- X -

 

Izuku não deveria estar ali durante seu almoço, mas ele não poderia comer se não fosse até Katsuki e falasse com ele. Pediu uma permissão especial a Aizawa para falar com o loiro, Aizawa cedeu com um pé atrás, ele não achava uma boa idéia Midoriya ir até Bakugou. Bakugou poderia causar um grande dano emocional ou psicológico a Izuku e isso não seria bom. Mas Izuku fez cara de cachorro podão e fez Aizawa deixa-lo ir.

Tantas coisas passavam pela cabeça do herdeiro do One for All. Estava com medo, como Katsuki reagiria ao vê-lo, como estaria. Seu estômago revirava-se de ansiedade. Ele engoliu em seco antes de apertar o botão ao lado da porta de ferro e fazer a placa de metal subir, revelando a janela de vidro reforçado da porta.

Katsuki sorriu ao vê-lo, quase divertido. Viu como o olhar de Izuku ficou nervoso ao vê-lo amarrado daquela maneira, como um animal, de certa forma fora divertido. Deku sempre o divertia.

Levantando-se com certa habilidade, porque apesar de tudo ainda estava amarrado e não dá pra se mexer direito de qualquer forma. E depois de bastante tempo andando de um lado pro outro, cansou graças às restrições de onde colocar o pé. Se alguém perguntasse ele diria como não podia sentir os braços presos por aquela blusa irritante e correntes. Mas era com razão que tivessem medo dele. Um passo em falso e ele iria matar todos.

- Kacchan.

Katsuki não tinha percebido quando falou mais cedo com Toshinori, mais aquele vidro abafava o som da voz dos outros.

- Você deveria estar aqui? – questionou vagamente andando até o vidro, fato que fez Izuku recuar dois passos pra trás tímido e aparentemente amedrontado. O loiro debochou pra si mesmo em um suspiro e voltou a sentar encostado na parede no meio da sala.

- Eu pede permissão ao Aizawa-sensei. – murmurou mexendo os dedos indicadores, passando os dedos da mão esquerda nas cicatrizes da mão direita. Izuku não tinha coragem de olhar pra cima e encarar as rubis vermelhas. – Como... Como você está?

- Me diga você o que veio fazer aqui?

- Não sei... só queria... te ver, Kacchan. – sussurrou tão baixo, se Katsuki não tivesse uma boa audição, com certeza não teria pegado as palavras do menino gentil e idiota a sua frente. De cabeça baixa, não pode ver o loiro revirar os olhos entediado. – Não está bravo? Em...? – não ouve resposta. Rangeu os dentes e com a coragem recém reunida, encarou seriamente Katsuki de pé em frente ao vidro, olhando-o de perto. Izuku perdeu o ar, quase gritando de susto com o olhar de boneca pra ele. Quando Katsuki havia andado até ali? Engolindo o medo do olhar do outro, voltou a falar. – Em? Por que não está com raiva? – gritou batendo no vidro. – Você está preso! Você matou pessoas inocentes e heróis e por que? Por que queria ser forte? Você abandonou tudo por que? Por que motivos você se foi? – lágrimas escorreram sem permissão de seus olhos. Não queria ser visto como fraco, mas não conseguia impedir. – P-Por que... – soluçou. – m-me deixou....Kacchan? – gritou. – Prometemos ser heróis juntos! Parceiros! E mesmo assim, naquela época você passou a me odiar! O que eu fiz? Por que você deixou tudo pra trás? O que você tanto queria que teve de virar a costas pro seu sonho? Pra mim? Pro Todoroki-kun e os outros? RESPONDA!

- Quando mais eu te olho e te escuto cada vez mais percebo o quão estúpido você é. – resmungou sério, observando o menor com cuidado. O que era aquela maldita irritação em seu estômago?

- K-Kacchan... – soluçou alto, as lágrimas frenéticas escorrendo pelo seu rosto, encontrando seu fim no queixo e pingando no chão. Suas pernas não se aguentavam mais em pé, ele caiu de joelhos soluçando nervosamente.

- De pé inútil. – o loiro disso sem emoção. Izuku o olhou confuso, engolindo o choro e as lágrimas escorridas por cima de sua lábios, já tinha chorado muito antes, mas esse gosto amargo nunca iria agradar seu paladar. – Quando eu te matar, seja ao menos um oponente digno pra eu despedaçar.

Izuku arregalou os olhos,  foi como se seu mundo tivesse ruído. O olhar de nojo e seco de Katsuki foi como se o mundo risse de sua determinação.

- É... isso...? – abaixou a cabeça. – Você...só quer... Me m-matar? – a dor apertou seu peito de uma forma nunca feita antes. Foi como se até seus braços quebrados fossem cócegas. Ele não sabia como olharia nos olhos de Shouto e diria que Tsuki queria apenas mata-los e não havia mais nenhum tipo de sentimento à mais. – Como você.... foi mudar tanto, K-Kacchan? – implorou por uma resposta. – Todoroki-kun me falou... vocês se conheceram desde pequeno... Todoroki-kun era aquele seu amigo que você ia ver as escondidas... Aquele que você queria me apresentar não era...? Mas ele nunca apareceu naquele dia por causa da briga que vocês tiveram. Você não queria que soubesse dos seus problemas, e disse coisas ruins a ele. Você pretendia se desculpar, naquele dia que me levou com você, mas como ele não apareceu em nenhuma dos 3 domingos que fomos, resolveu não procura-lo mais... E esquece-lo. Ele era importante...não era? Pelo menos ele?

Isso era idiotice, sabia, só que o desespero aumentava a cada segundo, só queria ouvir que ainda havia aquele seu Kacchan de antes dentro desse ser desconhecido. Mesmo que uma pequena parcela, desse coração consumido pela escuridão, ainda tivesse um pequeno brilho, ele faria qualquer coisa para trazer mais luz pra aquele coração quebrado. Mesmo com o mundo contra eles. Sabia que nisso, não estaria sozinho. Todoroki, Kirishima, Uraraka e todos os seus outros colegas, todos que conheceu durante esses anos escolares, iriam ajuda-lo. Ele só precisava ouvir que Katsuki ainda se importava.

Um sorriso maroto surgiu despercebido no rosto do loiro.

Pobre Izuku, ele devia ter visto.

- Deku... – citou baixo, deu de ombros. – Foda-se, quem liga pro Meio-Meio ou qualquer outro? Eu tenho o que eu preciso. Eu não mudaria nada...

- Nada? Nada mesmo?

- Talvez... – encarou o chão pensativo, pensando no quer dizer. Havia realmente algo que desejava mudar desde sempre. – A velha.

- Mitsuki-san? – levantou-se rapidamente do chão. Sim, era isso. Era isso que queria ouvir. – Você quer...vê-la?

Katsuki assentiu parecendo incerto na visão de Izuku.

- Não acho que o Aizawa-sensei vá dar permissão agora. – passou a mão no rosto, enxugando as lágrimas de seus olhos inchados e vermelhos. – Mas tenho algo que vai gostar de ouvir.

- É seria? – se era sobre sua mãe ele podia ficar interessado e ouvir. Fazia tempo que não a via, mesmo de longe. Ficou tão ocupado criando planos que se esqueceu que ela vivia com aquele homem horrível chamado de pai.

- Depois que você, bem, foi sequestrado e logo depois decidiu se juntar a Liga dos Vilões, Tia Mitsuki deixou o Masaru-san. Eles brigaram feio e parece que ela finalmente se tocou como ela foi idiota com você todos esses anos. Ela chorou muito. Seu sorriso não é como antes, mas ela ainda tem esperanças de um dia te ter de volta em casa e pedir desculpas. Nunca mais ouvimos falar do Masaru-san, ele não deu mais as caras desde que você foi levado. – parou por um segundos, recuperando o fôlego. – Ela acredita... Que você ainda é o mesmo pirralho idiota que ela ama, mesmo após tudo. Mitsuki-san acha que... Você ainda está aí.

Katsuki ficou parado sem dizer nada. No início ele pretendia apenas enganar Izuku, mas o merdinha falou algo importante, algo que mexeu com ele. Sem perceber uma lágrima escorreu de seus olhos. Não tinha vontade de chorar, elas só caíram. Havia raiva e confusão em sua expressão.

- E-Eu precisei ir embora pra ela perceber o óbvio? – murmurou meio bravo e meio agradecido por Izuku dizer que sua mãe ainda o amava acima de tudo. Apesar de viver em constate briga com ela, ela ser uma puta idiota por continuar com um homem como aquele e não o defender quando criança, eles sempre se amaram. E todos os dias com ela, só ele e ela, eram divertidos. Como quando ela o abraçava com carinho quando ele levava uma surra de seu pai, era diferente de sua personalidade e ele amava isso nela. Katsuki amava tudo sobre sua mãe, mesmo quando ela fazia burrice.

- Kacchan...

- Va embora. – rosnou dando as costas ao esverdeado. Não podia fraquejar agora, desse jeito usariam sua mãe como isca. Sensei e Aniki ficariam desapontados se o vissem ir na conversar dos inimigos, mas isso não importava no momento. Só queria ver sua mãe.

Izuku resolveu não falar mais nada, era o bastante por hora. Ele poderia voltar outra hora. Uma felicidade cresceu em seu peito, ele acertou, Kacchan ainda estava ali. Ainda tinha uma pequena chance e ele iria agarra-la com todas as suas forças. Ele iria lutar por Katsuki. Não o deixaria ir de novo pra longe de seu alcance.

 

- X -

 

Aizawa observou seu ex aluno chorar sozinho e silencioso dentro da cena de cabeça baixo, como se não quisesse ser visto assim. Talvez ele pudesse estar errado, talvez ainda existisse uma luz no fim do túnel para Bakugou – ele suspirou, seria tão complicado essa situação. Se Bakugou estava são de suas ações, não daria pra simplesmente perdoa-lo, mesmo que o governo aceitasse, as pessoas e a mídia nunca o deixariam em paz e sua chance de ser herói iria pro espaço.

Aizawa olhou para Bakugou mais uma vez, ele era o encarregado de cuidar de Bakugou. O Diretor lhe deu uns conselhos, mesmo o diretor ainda tinha fé sobre o loiro. Ele poderia tentar, mas e se fosse uma má idéia? Bakugou pareceu tão satisfeito de ser capturado. Havia coisas tão estranhas ali. Devia pensar no que fazer. E ao menos tirar a imagem angustiante de Bakugou chorando sem emitir um único som por causa de sua mãe de sua cabeça, por que era atormentador mesmo pra si. Estava com pena.

- Meu Deus, ele é só uma criança.

 

- X -

 

Não importava o quanto tentasse, não dava, sua mente sempre vagava até Katsuki. Tinha certeza  que Kirishima, Uraraka e Iida compartilhavam o mesmo sentimento. Izuku também, mas depois de sumir por um tempo, voltou mais aliviado e sorridente, Uraraka perguntou sobre o motivo de sua felicidade e ele apenas disse: Eu achei um motivo pra lutar.

Respirou fundo olhando para o lado, a cadeira ao seu lado continuava vazia e isso fazia-o sentir vazio também. Não ter Katsuki por perto foi muito silencioso, a sala teve que seguir com só 19 alunos até hoje. Eles rearrumaram a sala e todos mudaram de canto, menos ele, ele ainda estava sentado perto da janela, com uma cadeira vazia entre ele e a janela. A de Katsuki agora, tinha a esperança de logo essa cadeira ser ocupada pelo loiro.

Podia lembrar como foi voltar pra sala e vê a cadeira de Katsuki vazia, o rosto de seus colegas decepcionados e triste. Algo que o irritou brevemente, eles não moveram um dedo pra tentar salvar Katsuki quando necessário por medo de serem expulsos e ficam reclamando deles não terem conseguido, quase gerou em uma classe feita de gelo.

Bufou meio irritado, esses pensamentos não lhe levavam a lugar algum. Queria muito falar com Katsuki, mas tinha em mente que o loiro não iria querer falar com ele.

- Todoroki, algum problema? – perguntou o professor de inglês. Todos o olhavam. Dando por si, seu caderno e lápis estavam congelados enquanto fumaça saia de seu olho esquerdo.

- Há, foi mal. – disse simplesmente descongelando seu material e parando de fumaça.

A aula seguiu normalmente e Shouto não podia se importar menos. Nem prestou atenção, pediria pra Yaoyorozu lhe emprestar o material depois. No momento queria apenas dorme, passou a noite em claro graças a luta com Katsuki.

Tinha outros meios de parar Katsuki, naquele momento ele não pensou em nenhum além daquele, visto que ele os outros três pareciam se dar muito bem. Katsuki deveria odiá-lo mais agora. Queria falar com ele, mas e se o loiro o ignorasse ou o mandasse ir embora. Não teria argumentos para ficar. Perguntar sobre a infância estava fora de questão, Katsuki poderia rir de sua cara.

Eu só quero uma luz. Por favor, alguém me diga o que fazer!

 

- X -

 

Shigaraki entrou dentro do quarto de seu Sensei. Parecia já estar o esperando, então foi direto ao ponto. Sorrindo, sentou ao lado do mais velho.

- Sensei, Katsuki entrou.

- Isso é...ótimo... – disse Sensei fraco. A cada dia, a cada segundo sua energia ia embora. Ele queria viver pra ver o sucesso de seus filhos, todavia sabia que era provável não conseguir.

- Sensei, Katsuki deixou um presente pra você antes de ir. – disse Shigaraki indo até a porta. Sensei ficou curioso de fato, que presente seria esse? – Entre. – abriu a porta. Apareceu uma garota de cabelos alaranjado, tímida. – Seu nome é Inoue Orihime. Ela tem poderes de cura.

 

 


Notas Finais


O que acharam do capitulo? Espero que tenham gostado!

Próximo capitulo tem TodoBaku!

Comentem! Favoritem! Vejo vocês na próxima semana!


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