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História The Blind Audition - If I Ain't Got You


Escrita por: Mtlx4Nerd

Notas do Autor


Heeey!
Bem, voltei com mais uma fic.
Ainda não pensei na continuação de "i choose you", mas enquanto não penso nela, vou arriscando nessa aqui.

Nas notas finais vou deixar o link com a versão da música que imaginei.

Capítulo 1 - If I Ain't Got You


POV LEXA

Ouvi os primeiros acordes da música iniciar e rapidamente reconheci. Era uma das minhas preferidas "If i ain't got you". Me remexi na cadeira, endireitando meu corpo, como se aquilo fosse me preparar para ouvir a voz do próximo concorrente.

Logo, pude identificar uma voz rouca. Uma mulher. Que timbre lindo, pensei comigo mesma. Fechei meus olhos sentindo a canção ser cantada, lindamente. Decidi que não ia virar agora a cadeira, apesar de meu coração gritar para que eu apertasse, o mais rápido possível, o botão e pudesse ver a dona daquela voz.

Eu aproveitava cada verso cantado. Sem dúvidas, a mulher tinha talento. Olhei para os outros mentores fazendo sinal positivo com a cabeça e sussurrando um "ela é incrível".

O refrão da música chegou e não pude mais me conter. Apertei o botão da cadeira e enquanto ela girava eu batia palmas impressionada com aquela jovem. Sim, jovem. Ao colocar meus olhos naquela garota, sentada num banco, com um violão apoiado em sua coxa, foi como se fogos de artifício estivessem estourando dentro de mim. Fui atraída para a imensidão azul de seus olhos e de lá não desviei mais. Eles mostravam tanta verdade. Poderia inclusive dizer, que ela estava tentando conter a emoção que aquela música transbordava. Seus olhos pareciam cantar junto com sua boca e eles estavam tão iluminados. Nem percebi quando Murphy apertou o botão e também virou sua cadeira. Apenas soube, quando o azul desviou dos meus olhos para encontrar outro par, ao meu lado esquerdo.

Seus olhos, agora, demonstravam gratidão a ele, por também ter virado a cadeira.

A canção ia chegando ao final e eu continuava absorta, hipnotizada, viajando na interpretação daquela loira. Enquanto ela, tentava ao máximo se controlar e não desafinar, pelo misto de seu nervosismo e emoção.

A plateia foi ao delírio quando ela, praticamente, “brincou” com sua voz quase no fim da música. Enquanto nós, mentores, nos levantávamos para aplaudir, de pé, aquela jovem artista.

- Uoooooow... - Ouvi Murphy começar. - Qual seu nome, Darling?

- Clarke Griffin. - ela fala sorridente, se levantando afoita e deixando seu violão em um suporte. Ela parecia não acreditar que duas cadeiras tinham virado pra ela.

- Griffin, que voz é essa? - disse Anya. - Eu realmente, estou impressionada!  Só não virei para você, porque minha equipe já está completa.

- Sim, devo dizer que tem uma bela voz, garota. Mas, meu time também está fechado.  - Indra falou um pouco indiferente.

Se eu não a conhecesse, diria que ela não botou muita fé na garota. Porém, é apenas o jeito dela de agir.

- Obrigada! – ela falava um pouco mais tímida agora, do que quando cantava.

- Você... nossa! Eu estou encantada! – eu falei apontando pra ela. – Essa uma das minhas músicas favoritas e...

- Espero não ter estragado sua música preferida! – ela fala e ri tímida, me olhando. Ela era adorável.

- O que? – falei fingindo estar ofendida. – Você elevou essa música para outro patamar e fez isso de uma forma tão linda. – falei com sinceridade. – Eu gosto de pensar que cantar, não é apenas seguir o ritmo e permanecer afinado, mas também interpretar aquilo que está nas entrelinhas da canção. Convencer quem está ouvindo que é tudo verdadeiro e não só palavras bonitas jogados ao ar. – falei e ela me olhava atentamente, mexendo a cabeça em sinal de concordância. – E você fez isso! Me convenceu, nos convenceu de cada estrofe que você cantou. – ela me olhava com um sorriso largo. Seus olhos estavam brilhando ainda mais.

- Ai caramba! Obrigada! – ela dizia, gesticulando com as mãos, empolgada. – Você não sabe o quanto é importante ouvir isso de você! Eu te admiro muito e meio que tinha um crush em você e... minha nossa, droga!! Não era pra eu ter dito isso! Estou nervosa e falando besteira. – ela desatou a falar rápido e meu sorriso alargou ouvindo aquelas palavras.

- Tinha? Não tem mais? – perguntei brincalhona.

- Sim! Quer dizer... não! Eu tenho namorado! – ela falava atrapalhada e eu ria da cena, assim como meus colegas. Ela parecia ainda mais adorável, nessa versão atrapalhada. – Desculpa, eu...

- Ah, não! – Murphy levantou, teatralmente. – Não, de jeito nenhum que eu vou perder mais uma concorrente para você! – falou apontando para mim, enquanto todos riam e eu dava de ombros.

- Woods, pare de encarar a menina! Dê alguma chance pro Mur... – disse Anya, arrancando mais gargalhadas.

- Eu não estou fazendo nada. – falei erguendo os braços, em forma de rendição.

- Pare de direcionar pra ela esses seus olhinhos verdes dominantes... – disse Murphy, me acusando.

- Não posso simplesmente parar de olhá-la. Eu a quero... quero no meu time! – falei desviando minha atenção para ela novamente.

- Para com isso, Alexandria! Técnicas de hipnose não são permitidas pelas regras. – ele interveio, novamente.

- Vamos lá, pessoal! Já deu essa disputa... – Indra interrompe e boceja, em seguida, fingindo um cansaço inexistente. – Quem você escolhe, garota?

- Ai, caramba!! – falou colocando uma mão na testa. – Antes de fazer minha escolha, eu queria agradecer a vocês dois por terem virado suas cadeiras e acreditado em mim. – suspirou e continuou. – Hoje sem dúvidas é um dos dias mais felizes da minha vida e sou grata por isso. – deu uma pausa. – Eu admiro vocês dois e  eu sinto que essa vai ser a decisão mais difícil que tomarei na vida. Meu coração está quase saindo da minha boca. -  colocou a mão em seu peito.

- Vamos, querida! O tempo está correndo... – Indra a pressiona.

- No seu tempo, Clarke. Não tenha pressa de me escolher... – eu disse em meio a risadas da plateia.

- Calada, Woods!! – Anya fala, apontando pra mim.

- Er... eu... eu escolho o Murphy! – ela fala apontando pra ele e dando um sorriso.

- Oh, droga! – eu resmungo, enquanto vejo ele se levantar animado para abraçá-la.

Os dois se abraçam e ele estira língua para mim. Todos caem no riso. Era impossível não rir com as palhaçadas do Murphy. Quando juntávamos nós dois, então. Tínhamos essa coisa de implicar de brincadeira e isso deixava nosso ambiente bastante leve. Era um completo contraste, ao frequente comportamento mau humorado de Indra. Que aliás, vivia tendo desentendimentos com Anya e não eram nada amigáveis.
            Depois de Clarke, tivemos mais algumas apresentações e assim, completamos todas as equipes. Fiquei bem chateada de não ter conseguido convencê-la de ficar no meu time. Eu tinha bons cantores no meu time, mas nenhum chegava aos pés dela. Eu tinha certeza que podia fazer com que ela vencesse o programa. Mas, agora, apenas restou torcer para que ela não enterrasse minha equipe com aquela rouquidão.

Fui saindo da área de gravação, em direção ao meu camarim, quando me choquei com alguém. Já estava abrindo a boca para pedir desculpas, mas fui interrompida pelos pedidos incessantes de desculpas de Clarke. Mais uma vez, na sua versão desajeitada, engolindo palavras com a rapidez da sua fala.

- Calma, Clarke! Está tudo bem. – falei tranquilizando-a. – A única coisa que não está bem, é você na equipe errada. – eu disse rindo.

- Ah... er... me descul... – não deixei que ela continuasse a frase.

- Ei, não precisa pedir desculpas. Eu só estava brincando. – falei dando-lhe um sorriso.

- Ah... Ok! – ela parecia meio embasbacada. Bem diferente daquela garota que estava no palco, soltando sua voz.

- Você está bem? Quer uma água? – falei preocupada.

- Nã...não obrigada! – ela disse com os olhos arregalados. - É só que você... você está aqui na minha frente e eu fico nervosa. – sorri, um pouco, com nervosismo dela.

- Acho que estou...  - falei meio incerta, brincando.  - Vem cá! Me dá um abraço pra você ver que sou eu mesma aqui e não um fantasma ou outra entidade qualquer. - ela pareceu ficar surpresa com a minha atitude e não se mexeu.

Então, com a inércia dela, resolvi me aproximar e dar-lhe o abraço.

O que era pra ser um abraço tranquilizador, acabou se tornando um abraço constrangedor. Assim que nossos corpos se chocaram, senti uma onda de eletricidade me invadir. Clarke ficou ainda mais tensa e só retribuiu o contato com alguns segundos de retardo. Para piorar a situação, Octavia, que fazia parte da produção do programa, chegou nos interrompendo.

- Bonito! Que bonito, hein!? Será que eu estou atrapalhando o casalzinho aí? - ela falou tirando onda, com seu sorrisinho debochado.

- Nossa, Blake... ainda bem que você é produtora, porque de comediante é péssima! - eu disse rindo, tentando desviar da brincadeira pra não deixar Clarke mais tensa.

- Outchh! Não precisa ofender também. - falou erguendo os braços em rendição e nós rimos. - Griffin, certo? Você precisa voltar pro estúdio. Nós vamos começar a preparar vocês para uma sessão de fotos com as equipes.

- Oh, ok! Obrigada. Já estou indo pra lá. - ela respondeu e virou-se para mim. - Err... a gente se vê por aí... - falou com um sorriso tímido, enquanto eu apenas lhe dei um aceno com a cabeça e assisti ela se afastar de nós.

- Melhor você tirar o olho. Caso não tenha visto ela disse que tem namorado. - disse Octavia.

- Você sabe que isso nunca foi um problema pra mim. - falei erguendo as sobrancelhas.

- Não quando você está com essa cara aí... – debochou e saiu.


Notas Finais


Espero que tenham curtido mais essa loucura minha. hahahahaha

https://www.youtube.com/watch?v=el1dGdTi6cE


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