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História The Blind Audition - Mercy


Escrita por: Mtlx4Nerd

Notas do Autor


Hey, hey! Olha quem apareceu!?
Desculpa, desculpa, desculpa, desculpa... sei nem onde enfiar minha cara, com tamanha demora para postar.
Mas, a vida não tá fácil! Enfim, está aí mais um capítulo. NÃO REVISEI. Pra falar a verdade eu nem dormi ainda. hahahaha se tiver algo muito errado, alguém me avisa e mais tarde eu tento dar uma lida e conferir.

Música do capítulo: Mercy - Shawn Mendes

Capítulo 10 - Mercy


CLARKE

 

Eu estava com muita raiva! A minha mente não deixava eu parar de pensar em tudo que havia acontecido no dia anterior. Eu me sentia, extremamente, trouxa por acreditar que Lexa estaria sofrendo por mim. Achava que talvez, o fato de eu está fugindo dos meus sentimentos, tivesse tornando as coisas piores para nós. Enquanto eu lamentava e ponderava sobre isso, sobre a possibilidade de me abrir e dar uma chance para nós, ela encontrava refúgio nos braços da ex. Não era possível que eu havia me enganado tanto com uma pessoa. Não novamente! Era como se não bastasse o que havia passado com Finn.

Meu peito doía. Eu não queria assumir que eu sentia ciúmes. Eu não queria admitir que queria ser aquela que estaria na cama de Lexa. Seria mais fácil manter o orgulho intacto e não dá o braço a torcer. Porém, o tapa que eu havia dado, talvez tenha superado qualquer limite aceitável. 

Respirei fundo, fechando os olhos e tentando controlar os sentimentos crescentes que me afrontavam. Eu teria apresentação daqui há algumas horas e precisava colocar a cabeça no lugar.

Me joguei no sofá.

Passei alguns minutos concentrada em procurar falhas na pintura do teto. Qualquer coisa era melhor do que pensar em Valdemort. Minha cabeça rodava e eu tentava rejeitar qualquer tipo de pensamento que remetesse a ela. Mas, não era como se eu estivesse obtendo êxito.  Lexa rondava minha cabeça a todo instante. Os gritos, o beijo, o tapa. Eu não devia ter feito aquilo. Não podia! Lexa, desde o início, foi uma das pessoas que mais me apoiou e ajudou. Ela não merecia isso, independente do que havia sucedido. Era verdade que com o passar do tempo, acabamos mais próximas e junto com isso foi crescendo algo em nós. Algo no qual, eu tentei fugir, tentei deixar pra lá. Mas, se tem uma coisa que eu percebi é que quanto mais eu fugia, mais nós duas sofríamos. Porém, eu tinha que tentar de alguma forma parar de pensar nela. O problema era que o acontecido de ontem tinha me perturbado a noite inteira e ainda perturbava. Entretanto, a vida tinha que seguir e eu precisava me concentrar no programa, não podia perder essa chance.

Em meio a essa reflexão, acabei cochilando. Apenas me dei conta disso, quando ouvi batidas fraquinhas na porta. Levantei, sentando no sofá. Senti um frio na espinha. Logo, supus que pudesse ser ela. Entretanto, avaliei que depois daquele tapa, ela não voltaria a me procurar. 

- Pode entrar! - falei alto.

A porta mal abriu e um Aden suado e, levemente, vermelho entrou correndo.

- Tia Clarke!! - falou ele se jogando no meu colo.

- Aden, sua mãe falou que a condição para você vir era de não correr por aqui. - Ana, babá dele, entrou esbaforida. - Desculpa, senhorita Clarke, esse menino não me obedece.

- Tudo bem! Não precisa se desculpar, Ana. - falei, enquanto afagava os cabelos dele. - Como você está, pequeno? E como foi que você conseguiu convencer sua mãe a te deixar vir pra cá, posso saber? - ergui as sobrancelhas.

Ele me olhou sério, pareceu travar uma batalha interna. Mordeu o canto da boca, exatamente, do mesmo jeitinho que sua mãe fazia. Voltou seu olhar para Ana e baixou a cabeça. 

- Ana, você não quer ir dar uma volta e conhecer o estúdio? - falei, desviando meu olhar dele e olhando para ela.

- Não acho que seja uma boa ideia. A senhorita Lexa não... - interrompi.

- Ana, pode deixar. Ele vai ficar bem aqui comigo. - ela abriu a boca para rebater, mas eu a cortei, novamente. - Fique tranquila, se a Lexa reclamar, eu me entendo com ela.

- Tudo bem, senhorita Clarke. - ela assentiu. - Aden, não dê trabalho e não saia daqui sozinho ou sua mãe me mata.

O garoto assentiu e esperou-a sair para olhar pra mim. A semelhança com Lexa ficou ainda mais evidente: o olhar e a expressão indecisa no rosto. Um vinco formado na testa, deixando mais exposta a cicatriz do corte.

- Você sabe que pode me contar qualquer coisa, não sabe? - ele assentiu, se posicionando melhor em meu colo. - Seu corte dói muito ainda? - perguntei.

- Não muito... - ele respondeu com a cabeça e a voz baixa. 

Observei-o. Ele parecia mais quieto do que o seu normal. Eu estava começando a ficar preocupada com aquilo.

- Posso saber como foi que sua mãe deixou você vir? - o questionei, mais uma vez. Eu sabia que Lexa não costumava deixar Aden andar em locais onde ela trabalha.

- Eu pedi para vir assistir o programa e ela disse que eu podia. – ele disse.

- Simples assim? - estranhei.

- Uhum... ela falou sim de primeira. – fez uma careta confusa. – Ela só disse que eu não ficasse andando pelos corredores e que eu não falasse com nenhum estranho. – balancei a cabeça em sinal de afirmação.

Provavelmente, ela tenha achado que não teria problema ele ir, já que todos estão pensando que ele é meu filho mesmo.

- Tia Clarke? – ele me chamou, interrompendo meus pensamentos. – Você sabe o porquê que a mamãe tá triste?

Aquilo me pegou totalmente desprevenida. Meus olhos arregalaram, levemente, em surpresa pela pergunta.

- Ela está triste? – retruquei.

- Uhum... ela tá estranha. – ele disse e baixou a cabeça. – Ela tava chorando e quando cheguei perto, ela tentou disfarçar. Mas, eu já tinha visto. Mamãe, às vezes, esquece que eu sou esperto.

Eu dei um breve sorriso com o último comentário dele. Aden, realmente, era um menino bem esperto para idade dele. Nem toda criança teria a percepção dele.

- Eu vou conversar com ela, tá? – falei passando as mãos no seu cabelo e ele afirmou com um movimento da cabeça.

- Você gosta da mamãe? – ele me olhou.

- Claro que sim! Sua mãe é uma pessoa maravilhosa. Tem muita gente que gosta dela. – falei tranquilamente.

- Não desse jeito. – falou resignado. - Quero saber se você gosta, tipo aquelas pessoas que se gostam e namoram.

Eu estava boquiaberta. Mais uma vez, ele tinha conseguido me surpreender.

- Aden, eu... – eu buscava palavras e elas não saíam. – Eu...

- Não precisa ter vergonha, Tia Clarke! Eu não vou fazer igual aqueles homens que perguntam “quais as suas intenções com minha mãe? ” – ele falou, deixando um risinho no ar no final. – Eu só não quero que ela fique triste.

Não sabia se ria ou se respondia àquela cena fofa. Ele parecia um homenzinho querendo defender a mãe e não posso negar: aquilo havia mexido comigo. Talvez, partido meu coração. Porque daquela forma, que ele falou, tudo parecia até simples. Não tive tempo de responder, pois em seguida fui chamada para me preparar para o ao vivo. Segurei em sua mão e saí com ele andando pelos corredores. As pessoas nos olhavam curiosas e nós apenas sorríamos e caminhávamos na direção do estúdio. Por incrível que pareça, eu estava me sentindo mais calma e principalmente, mais segura.

Eu havia tomado uma decisão. Aqueles minutos de conversa com Aden, me fizeram ver que eu não queria ser o motivo de seu choro ou de sua tristeza. O programa não deveria importar mais que a minha felicidade. Eu a queria feliz. Queria ver aquele sorriso rasgando seu rosto. Sorrindo para mim. Isso me faria feliz. Eu queria ser o motivo do sorriso mais lindo dela e era isso que eu ia fazer. Buscar o meu sorriso de volta.

Ao entrarmos no acesso do auditório, logo pude ver Lexa falando com Ana. Ela não parecia estar com uma expressão muito boa. Seu rosto estava abatido e mesmo com maquiagem já feita, dava para perceber uns traços de olheiras.

- Lexa... – me aproximei cumprimentando-a. Seus olhos fixaram aos meus e ela pareceu travar a respiração por um instante.

- Clarke... – ela devolveu o cumprimento, me encarando.

- Nossa, isso é tão legal! – falou Aden, voltando nossa atenção para ele. – Posso sentar na sua cadeira e virar?

Nós rimos com a empolgação dele. Lexa assentiu, deu um abraço e um beijo em sua testa e orientou a Ana a ir com ele para próximo de sua poltrona de jurado. Assistimos de longe ele sentar e apertar o botão, girando a cadeira. Anya acabou se aproximando e se juntando a ele na brincadeira. Pareciam duas crianças agora.

- Ele sabe que há algo errado com você... – falei, quebrando assim o silêncio e engolindo seco.

- Sim... – ela falou virando-se, para mim, novamente. – Ele sempre percebe, por mais que eu tente disfarçar.

- Aden parece muito com você. – falei, encarando-a. – Tem uma boa percepção das pessoas e se preocupa com elas, assim como você o faz. – ela assentiu, concordando.

O tempo pareceu parar ali. Era incrível como nossos olhos se atraíam. O meu azul, sempre procurava os seus verdes. O seu verde, sempre encontrava os meus azuis. Como ímãs. A conexão que nós tínhamos era algo palpável. Tão palpável que as pessoas percebiam de longe. Podia apostar nisso! Podia apostar também, que ela brigava contra a mesma vontade que eu estava de chutar o balde e beijá-la agora.  Nossos olhares pareciam ter encontrado um consenso. Ambas queríamos a mesma coisa.

- Lexa, eu quer...

- Er... Clarke, preciso que você vá colocar o retorno e se preparar. Só falta você. – Octavia apareceu ao nosso lado. – E Lexa, você precisa ir colocar o microfone.

Nem olhamos para o lado. Nossos olhares continuaram conectados. Apenas acenamos com a cabeça e falamos juntas um “já estamos indo”. Mesmo com a resposta, Octavia não se moveu do nosso lado.

- Preciso que vocês deixem isso... – falou e apontou com o dedo indicador. – para depois. Vamos, Clarke! – segurou meu braço.

- Espero que os jurados olhem com carinho para minha apresentação de hoje... – falei, deixando no ar e lancei um sorriso de lado.

- Eles sempre olham, Clarke... - ela respondeu, enquanto eu era puxada por Octavia.

Lexa não sabia, mas era exatamente disso que eu precisava. Saber que eu ainda continuava no jogo mesmo depois do que eu tinha feito. Agora eu tinha mais certeza ainda que precisava dela. Eu precisava correr atrás do prejuízo e iria usar da minha apresentação para isso.

Depois de me preparar, segui para área dos concorrentes para aguardar a chamada para apresentação. Um frio na barriga me incomodava. Eu estava ansiosa para aquilo. Mas, não era por disputar uma vaga nas semifinais. Era por estar a um passo de cantar para ela e eu precisava gritar, através daquela música, o quanto ela tinha meu coração. Eu sei que nada justificaria as minhas atitudes com ela. Porém, se houvesse uma maneira, se quer, que eu pudesse tentar amenizar, eu a faria.

Pedi a Octávia para que abaixassem um pouco a iluminação, quando eu entrasse, e colocassem um banco e um pedestal no meio do palco. De início, ela reclamou sobre eu ter resolvido fazer aquilo de última hora. Mas, depois o fez de bom grado, já que de certa forma era algo muito simples e não daria tanto trabalho.

Já estávamos voltando do intervalo e eu seria a próxima a subir lá. Respirei fundo e passei a mão no instrumento em que eu carregava. Logo, Lincoln anunciou minha apresentação e se afastou do centro para que eu me aproximasse.

Me sentei no banco, me posicionando corretamente. A luz do estúdio diminuiu e um foco de luz recaiu sobre mim. Dedilhei os primeiros acordes no violão. Os aplausos da plateia invadiam o ambiente e suas atenções eram todas voltadas para mim.

- Se você já se viu louco de amor por alguém... - falei suavemente, enquanto direcionava meu olhar para Lexa. - Essa música é para você.

Dei início a canção, sem perder meu contato visual com ela. Seus olhos pareciam brilhar para mim. Podia sentir, através deles, o quanto ela estava insegura com nossa situação. Mas, à medida que as palavras iam saindo, percebi um meio sorriso em seu rosto. Sinal que ela estava entendendo o meu esforço para me redimir.

A canção seguia e eu alternava entre fechar os olhos e me focar nela. Cada vez que eu cantava “Please, have mercy on me. Take it easy on my heart”, eu a encarava firme, tentando passar toda a minha dor naquele trecho. Tudo que eu sentia. Jogando meu orgulho todo ali: no chão do palco. Eu queria que ela entendesse que meu coração já era completamente dela. Ela só precisava cuidar dele com mais cuidado. Eu estava me desnudando para ela.

A letra ia chegando ao fim e as palavras saíam mais suaves da minha boca. A plateia gritava e aplaudia, enquanto a apresentação chegava ao final. As luzes foram aumentando gradativamente e os jurados se colocaram de pé para me aplaudir.

Me levantei do banco e um dos assistentes da produção pegou meu violão e o levou para os bastidores, enquanto eu caminhava mais para frente do palco e encontrava com um Lincoln sorridente.

- Clarke, parabéns pela apresentação! Você estava inspirada hoje, concordam plateia? Técnicos? - ele falou, enquanto todos gritavam um “sim”.

- Obrigada! – falei agradecendo.

- Anya, a palavra é sua! – ele falou.

- Sabe, eu nunca pensei que diria isso mas, nesse momento, eu tenho inveja de você, Murphy. – ela disse, fazendo todos rirem. – Você tem uma garota talentosa no seu time. Não que todos nós não tenhamos outros talentos. Mas, Clarke, você tem um diferencial! Parabéns! – ela falou olhando para mim e eu assenti sorrindo e soltando um “obrigada”.

- Indra? – ele dirigiu o olhar a ela. - Algo a comentar?

- Ahn... eu acho que posso concordar com Anya. Clarke realmente tem um algo mais. –ela disse, com sua seriedade de sempre. – E acho que esse tipo de música escolhida é mesmo a sua cara. Você vai longe, menina!

Eu estava delirando. O meu sorriso não escondia isso. As palavras de Indra e Anya tinha inflado meu ego de uma maneira inexplicável. Eu olhava para os jurados como se fosse uma criança ganhando o presente que queria no natal. A plateia, também parecia concordar com as observações feitas por elas.

- Clarke, só elogios hoje? – ele falou, retoricamente, olhando para mim e rindo. – Lexa, o que você tem a dizer? Você concorda com os comentários ou possui uma opinião diferente?

Meu coração errou uma batida, quando ela respirou fundo antes de começar a falar. Os segundos que ela demorou para responder pareceram horas. De repente, me vi ansiosa para saber o seu ponto de vista. O que ela tinha achado da minha apresentação. Afinal, tinha sido dedicada a ela e no fundo, eu esperava que ela houvesse entendido o recado.

- Não tem como não concordar, Linconl. – ela começou a dizer, sem me encarar. – A Clarke, definitivamente, tem um algo a mais. Acho que isso já tinha ficado claro para todos nós. – ela falou e virou seu olhar para mim. – E como a Indra falou, esse tipo de música ajuda ainda mais. A gente consegue sentir, ao ouvir você cantar, que seu coração está falando, Clarke. Ouso até dizer, que senti como se você estivesse me entregando seu coração para ser cuidado. Você tem se dedicado bastante nas canções e tem mostrado que é merecedora de chegar até esse ponto da competição. – ela dizia e meus olhos brilhavam de lágrimas tentando escorrer.

- Obrigada, Lexa! – eu falei, com um riso de lado, enquanto enxugava uma lágrima que havia escapado.

- Que noite, Clarke! Você vai dormir hoje depois de tantos elogios? – Linconl perguntou.

- Acredito que será bem difícil! – eu disse aos risos.

- Será que seu técnico tem algo a falar? – ele disse olhando para Murphy.

- Mas, é claro que sim. Eu não podia deixar de elogiar minha pupila. – falou rindo. – Clarke, o que você nos apresentou hoje foi muito singelo. Confesso que fiquei surpreso com o banco e a luz... – interrompi-o.

- Ahh, foi algo que me veio a cabeça de última hora. – falei, fazendo uma careta.

- Sim, foi algo genial! Deixou o ambiente ainda mais conectado a sua arte. Parabéns! Você teve mais uma grande noite!

Eu sorri e agradeci pelas palavras dele.

- Se a Clarke não passar para as semifinais, qual o conselho você daria para ela? – Linconl perguntou para Murphy.

- Eu.. bem, não acredito que isso acontecerá. Mas, eu acho que ela deve continuar nessa mesma direção. – ele pontuou. - Que ela sempre deixe seu coração falar e sobretudo, seja feliz. A felicidade reflete na música.

Bingo!

Essas últimas palavras eram as que eu precisava para ter coragem para procurá-la. Eu sorri para Murphy, ainda mais grata.

Em seguida, Linconl chamou todos os concorrentes para informar que as votações estavam encerradas. Ficamos todos, lado a lado, em frente aos jurados, enquanto ele explicava ao público quantos passariam para a semifinal. Era, praticamente, uma enrolação no tempo em que aguardávamos a produção passar o resultado para nosso apresentador.

Eu estava, visivelmente, nervosa. Mesmo sabendo que eu tinha ido muito bem na apresentação, a insegurança batia na minha porta. Não era novidade. A cada palavra proferida por Linconl, meu coração errava uma batida. A pressão que eu sentia era tão grande que eu achava que ia passar mal, ali mesmo.

Depois de alguns minutos, ele recebeu a autorização para divulgar a lista com os nomes daqueles mais votados da noite. Seriam seis classificados para as semis. Seis dentre dez candidatos passariam de fase hoje.

- Então, eu já estou com o resultado na mão. – ele falava e mostrava o envelope, preso em sua mão esquerda. – Vale salientar, neste momento, que a ordem dos nomes não representa a colocação deles na votação. A lista ficou disposta de maneira aleatória. – ele disse sério. – Vamos acabar com o mistério? – ele questiona, retoricamente.

Durante o tempo em que ele abria o lacre do envelope, se fez um silêncio sepulcral. Ninguém ousava a falar nada. Se duvidar, muitos ali até prendiam a respiração. Só se ouvia, por ali, uma música ambiente que dava um ar misterioso a competição.

- E os classificados são... – fez uma pausa dramática, enquanto ouvíamos um barulho de coração batendo acelerado, ao fundo. – Echo, Justus, Ian, Raven, Emori e Clarke. Podem comemorar, vocês estão na semifinal!

A gritaria e as palmas tomaram conta do lugar. Meu peito encheu-se de alegria. Eu quase não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Só me dei conta, quando senti Raven me puxar, para um abraço. Em cima do palco, nós nos despedíamos dos eliminados e nos confraternizávamos, parabenizando os vencedores da etapa. Linconl pediu para que os técnicos ofertassem uma palavra de apoio aos que estavam deixando o páreo e logo após, eles se retiraram.

- Meu Deus! Que tensão! – ele disse arregalando os olhos. – Acho que eu estava tão nervoso, quanto vocês! – ele disse e nós rimos. – Pois bem, agora eu tenho uma surpresa para todos. Como vocês ouviram, no início do programa, teríamos uma surpresa para contar hoje. Essa surpresa, também é para os competidores. Eles não tem noção do que espera por eles.

- Assim você assusta eles. – Murphy interrompeu, fazendo todos rirem.

- Olha, posso garantir que não tem nada de assustador. Pelo contrário, acredito que todos vão adorar a surpresinha. – ele disse. – Então, antes de contar tudo para vocês, eu gostaria de parabeniza-los. Vocês chegaram até essa fase do programa, trabalhando duro e se superando, indo além até do que muitos de vocês previam. Vocês merecem muito! – ele disse olhando para cada um de nós. – E é por isso que a produção decidiu levar todos vocês, junto com seus técnicos, para uma mansão na praia. Vocês passarão uma semana, por lá. – ele dizia e nós nos abraçávamos e sorríamos, empolgados com aquilo. – Vocês terão um pouco de folga, poderão aproveitar a praia, piscina, toda área de lazer da casa e também uma festa. – enquanto ele falava, passava no telão, algumas imagens do local para onde iam nos levar. – Porém, vocês também terão alguns ensaios, pois na próxima semana já teremos apresentação e vocês disputarão um lugar na final. É isso! Aproveitem a estadia. Eu também estarei por lá, acompanhando a permanência de vocês.

Ele agradeceu aos telespectadores pela audiência e pôs fim ao programa.

Eu estava radiante! Tinha conseguido me superar, mais uma vez, e estava na próxima etapa. Raven veio me abraçar e gritamos juntas, felizes por passarmos. Nossos técnicos, também se aproximaram de nós e nos parabenizaram. Era uma festa! Pudemos abraçar e conversar, durante um tempo, com nossos familiares e se despedir. Partiríamos na manhã seguinte.

Observei, ao longe, Aden próximo de Lexa. Ele falava com ela e gesticulava de uma forma animada. Ela apenas sorria, observando-o e balançando a cabeça, até ele se afastar dela de novo. Em seguida, ela desviou sua atenção do garoto e virou seu rosto em minha direção, encontrando meus olhos presos nela. Dei um meio sorriso, o qual foi prontamente correspondido. Recebi como um sinal de que tinha carta branca para me aproximar de onde ela estava.

- Hey... – falei ao chegar próximo dela. Passei a mão na minha cabeça, tentando me tranquilizar.

- Parabéns, Clarke! Você mereceu muito passar. – ela falou sincera.

- Obrigada! Fico sempre feliz, em ouvir seus elogios. – falei agradecida.

Logo, se fez um silêncio desconfortável, entre nós duas. Lexa me olhava meio sem jeito. Como se não soubesse o que falar. Enquanto eu, tentava controlar as batidas do meu coração e organizar meus pensamentos.

- Lexa, eu sinto muito! – falei abaixando a cabeça, olhando para meus pés e logo subindo-a e reconectando com seus olhos. – Eu não devia ter dado um tapa em você.

- Eu que sinto muito, Clarke! – ela falou com um meio sorriso e balançando a cabeça, negativamente. – Eu não devia ter te falado aquilo. Eu acabei extrapolando e mereci aquilo.

- Mesmo assim, não justificava e você não merecia. Sempre esteve do meu lado, até me apoiando, mesmo eu sendo de outra equipe. – falei com um ar triste.

- Vamos combinar uma coisa? – ela falou. – Vamos deixar isso no passado e seguir. Ambas erramos, mas agora estamos arrependidas e é isso que importa.

- Sim... – falei a encarando. – Bem, eu já vou indo juntar minhas coisas no camarim para ir para o hotel.

- A gente se encontra na praia? – ela me perguntou num tom risonho.

- Pode apostar que sim... – respondi sorrindo para ela.


Notas Finais


Gente, não tenho prazo para postar.
Vou tentar o mais rápido possível, mas não sei quando será esse possível. hahahah
bjs


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