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História The Blind Audition - Shout out to my ex


Escrita por: Mtlx4Nerd

Notas do Autor


Hey, people! Mais um capítulo aí pra vcs!

Capítulo 5 - Shout out to my ex


POV LEXA

 

Descanso.

Repouso que faz cessar, definitivamente ou temporariamente, atividade, exercício ou trabalho.

Esse é o tipo de palavra que as vezes preciso buscar no dicionário.

Nos últimos meses, graças a minha turnê e as gravações do programa, eu mal tenho tido uma noite de folga. Tenho passado mais tempo no estúdio ou no palco do que em casa.

Os minutos deitada no sofá, do meu camarim, antes de entrarmos ao vivo, estavam sendo providenciais. Eu já sonhava com os próximos dias, onde teria mais intervalos entre um show e outro e assim, eu poderia tirar um tempo para mim.

Ouço algumas batidas, tímidas, na porta. Nem me preocupo em levantar, apenas grito e mando entrarem.

- Oi! - escuto uma voz rouca familiar e olho para ela que está parada na porta.

- Hey! Pode entrar. - Me sento, recolhendo minhas pernas, em posição de índio.  

- Não queria atrapalhar seu descanso. – ela fala meio incerta.

- Mas, não atrapalhou. – falei batendo com a mão no sofá. – Vem, senta aqui! Você sabe que não precisa de convite para vir aqui.  

- Eu sei. É por isso mesmo que eu vim aqui. - ela disse séria, sentando, em seguida. - Na última vez que conversamos, você disse que eu poderia te procurar se precisasse conversar...

- Sim, claro! Eu falei isso e foi de verdade. - me ajeitei no sofá.

- Eu... - parou e respirou fundo.- Eu não sei por onde começar.

- Primeiro, você fica mais calma. Não precisa ter pressa, nem ficar nervosa. - falei tentando tranquilizá-la.

- Como você faz? Como você consegue se concentrar em se apresentar quando não está bem? - ela me olhava angustiada. Seu olhar parecia de um gatinho enjaulado.

- No início era bem difícil. Eu tinha dificuldade de separar meus problemas pessoais do meu trabalho. Mas, com o tempo eu fui aprendendo e chegou uma hora que se tornou automático. - dei um sorriso de canto. - Eu apenas penso no que me incomoda e transformo em energia para cantar. Acaba até ajudando na interpretação. - dei de ombros. - Na maioria das vezes, as pessoas nem percebem meu real estado. O sorriso fica estampado na cara, mas por dentro está tudo quebrado. - engulo seco. - A maioria dos artistas fazem isso. As pessoas nem imaginam.

- Nossa... eu não imaginava mesmo. Sei lá, me sinto boba agora por pensar isso. Mas, eu achava que você não se preocupava. Que era só bloquear o problema de alguma forma. - ela falava mansa.

- Eu entendo. Muitos são assim mesmo. Alguns levam a vida como se nem tivessem problemas. E outros, nem se importam mesmo. Estão nem aí para nada. - falei movimentando a mão direita. - Só que dessa forma, você acaba se tornando uma pessoa fria. Eu não acho bom. - ela acenou com a cabeça concordando. - Outra coisa que me ajuda a diminuir minhas frustações é quando eu escrevo. Coloco todo o meu sentimento ali e acaba ajudando a liberar o incômodo que me causa.

- Eu escrevo também, ou desenho. Mas, antes eu não precisava me apresentar, ao vivo, em rede nacional. - falou dando um sorrisinho forçado.

- O que está te deixando assim, Clarke? É aquele seu namorado, né? O que ele fez agora? Ele te maltratou? - falei e ela desviou seus olhos dos meus.

- Ele não é mais meu namorado. - ela engoliu seco e eu pude perceber que ela prendia o choro.

- Sinto muito, por isso.

- Não sinta. Eu peguei ele com outra. - ela disse, levantando os olhos e encontrando os meus, de novo.

- Que filho da mãe! Não acredito que ele fez isso com você! - falei revoltada. - Como você descobriu?

- Naquele dia que cancelaram o ensaio, quando eu saí daqui, eu resolvi ir até o apartamento dele. Queria fazer as pazes. Desde aquela vez que ele veio aqui com raiva que não nos falávamos direito. - ela disse e uma lágrima caiu. - Como eu sou idiota! Saí daqui, comprei comida japonesa e levei um vinho, já pensando na reconciliação. - falou enxugando as lágrimas que aumentavam. - Quando eu subi, dei de cara com ele, na porta do apartamento, de cueca e se despedindo de uma mulher. - ela falava e as lágrimas lavavam o seu rosto.- E quando eu pensei que aquilo já era humilhação suficiente, o porteiro me falou que aquela mulher não era a única que ia para lá. Falou, inclusive, que me deixou subir sem interfonar, porque sabia que eu era uma pessoa boa e não merecia continuar sendo enganada por ele. - me levantei, peguei uma caixinha de lenço e voltei a me sentar, entregando pra ela. - O pior de tudo isso, é que meus amigos me avisaram que ele não prestava. Mas, eu sempre estive tão cega que não dei ouvidos. Eu achava que era implicância deles. Eles não se davam bem com Finn. - eu escutava tudo atenta. Não ousava interromper. Tinha que deixar ela colocar tudo para fora de uma vez. - Quer dizer, no começo éramos todos amigos. Depois, as brigas começaram. Eles se desentendiam e quando eu perguntava ninguém me explicava direito. Eu até achava que era um pouco de ciúmes, porque o Finn preferia sair sozinho comigo e meus amigos reclamavam da forma possessiva que ele me tratava e em como eu deixava ele ter poder sobre mim. Teve uma época que eu mal saía com eles, por causa dele. Mas, sei lá, pareciam discussões tão bobas. - pausou para assoar o nariz. – Eu não dava muita importância. Só que a vida me surpreendeu, novamente. Quando voltei pro hotel, eu liguei para minha melhor amiga e ela não me pareceu surpresa. Ela ficou calada demais. Eu perguntei o motivo do silêncio, foi aí que ela contou que eles já sabiam de tudo e que tentavam me alertar, mas eu não dava atenção. - ela falava tudo quase que sem respirar. – Me sinto a criatura mais patética do mundo. – falou se apoiando nos joelhos, com o cotovelo, e passando as mãos no rosto.

- Ei, não é assim! Você não é patética! Quem errou foi ele e feio. Você não pode se culpar pela falta de caráter dele. – falei puxando-a para um abraço. - Não pode deixar esse sentimento te invadir. A verdade é uma só: ele é um idiota. - falei e ela me soltou do abraço, enxugando as lágrimas que insistiam em cair.

- Eu só queria entender o motivo. - ela falou e deitou com a cabeça no meu colo. Fiquei um pouco surpresa com aquela atitude, mas não me importei. Comecei a fazer, meio que um cafuné nos seus cabelos. – Às vezes, fico pensando senão devia ter ficado lá e escutado o que ele tinha a dizer. Sei lá... entender se errei em algo.

- Você está se escutando? - falei e parei de mexer minhas mãos em sua cabeça. - Você não ouviu o que eu disse? O problema não está em você! Para de se maltratar, Clarke. - movimentei, novamente, meus dedos em seu cabelo.

- Não consigo, Lexa. Só penso que fiz algo errado. - ela direciona seus olhos pra mim. - Foram quase seis anos de namoro e tirando as brigas que vínhamos tendo, não parecia nada anormal. Era tudo, em sua maioria, ciúmes besta.

- Olha, eu sei que seis anos não são seis dias. Você vai demorar um pouco para superar. Só que se você ficar com isso na cabeça vai ser pior. Não devia ficar procurando motivo. Até porque, será que importa mesmo? Pelo que você falou não foi só uma traição. - delineei meus dedos por uma mecha de cabelo dela. - Você é tão linda! E o que tenho conhecido de você, só me faz ver o quanto você é especial. Você merece mais que isso, Clarke. Mais do que esse cara vinha te dando. - ela me ouvia e olhava com admiração.

- Sabe... – ela pausou. - Você é mais uma surpresa na minha vida. - ela disse com um sorriso de lado.

- Uma surpresa boa? - questionei rindo.

- Uma surpresa maravilhosa. - ela disse mais séria.

Nossos olhos estavam fixados um no outro. De repente, a atmosfera assumiu um ar mais denso. Nada se ouvia. Clarke estava séria, com um vinco entre as sobrancelhas. Parecia um pouco confusa. Enquanto eu estava hipnotizada, me sentindo quase que mergulhada naquele mar azul. Ela mexeu um pouco sua cabeça, no meu colo, virando mais para mim. Eu já tinha parado de mexer em seus cabelos. Não sei quanto tempo duramos naquela posição. Apenas, senti Clarke se levantando e só então fui perceber as batidas na porta. Um dos assistentes bateu avisando que estava na hora de ir para o estúdio. Íamos entrar, ao vivo, em poucos minutos.

- Eu vou indo me preparar. Obrigada mais uma vez, pela conversa. - falou segurando minha mão. – Já tirou um peso enorme.

- Não tem que agradecer. Já te falei que me sinto sua amiga e estou aqui para você. - sorrimos juntas. - Boa sorte, Clarke! - eu disse e ela sorriu, soltando minha mão.

Nos levantamos e ela me abraçou, sussurrando mais um obrigada, no meu ouvido. Quando ela ia desatando nosso abraço, eu a segurei. Ela me olhou sem entender. Eu a encarei e aproximei meus lábios do seu rosto, encostando-o no canto de sua boca.

- Estarei torcendo por você, Clarke... - falei com a voz fraca e abaixei a cabeça um pouco tímida, depois do ato impensado. Ela pareceu paralisar por uns segundos. Porém, logo ela deu um aceno positivo e saiu fechando a porta, meio atrapalhada. Só me restava suspirar agora.

Peguei um copo com a água e saí em direção ao estúdio. Minha cabeça repetia que eu não devia ter feito aquilo. Mas, o que eu podia fazer? Eu estava, completamente, atraída por ela. Mesmo depois dela me contar aquelas coisas, eu fui lá e por pouco não fiz uma besteira maior. Coitada ela deve ter ficado assustada com minha aproximação. O que eu estava pensando? Porém, ela também não recuou.

Segui em direção ao palco e logo fui saudada pelo auditório. Os outros técnicos já estavam lá e também me aplaudiram, gritaram e fizeram brincadeiras por eu ter sido a última a chegar.

Os concorrentes também entraram para saudar a plateia, antes de começar o programa. Clarke e Raven eram as mais ovacionadas por eles. Por alguns segundos, Clarke me olhou e deu um sorriso um pouco tímido, mas o suficiente para saber que estava tudo bem. Que ela não tinha se ofendido ou algo parecido. Meu coração pareceu se tranquilizar e eu retribuí com uma piscadinha, juntamente com um sorrisinho.

Não demorou muito para as apresentações começarem. Todos estavam indo muito bem e eu estava realmente animada. Brinquei com, praticamente, todos os que cantavam. Dizendo como eles estavam inspirados e concentrados.

Mas, o que eu aguardava mesmo era apresentação de Clarke. Principalmente, depois que Murphy me surpreendeu, durante o intervalo, me falando que ela iria cantar “shout out to my ex”. Era algo diferente do estilo dela. Porém, era algo que talvez, a ajudasse devido ao seu momento.

E ajudou! Clarke dominou o palco. Fez a plateia delirar e cantar junto com ela. Ela cantou com tanta vontade. Nem parecia aquela menina abatida que tinha batido na porta do meu camarim uma hora atrás.

- Clarke Griffin, pessoal! – Lincoln falou ao final da apresentação, se aproximando de Clarke. – Podemos dizer que isso foi uma indireta, senhorita Griffin? – ele fala brincando.

- Podemos dizer que foi uma bem direta mesmo, Lincoln. – ela fala e todos riem. Ela estava sorridente.

- Isso aí, garota! Indra? – ele fala, convocando-a para comentar.

- Você tem conseguido me surpreender a cada semana. Confesso que não levei você muito a sério na primeira audição. Mas, agora entendo o que eles viram. – ela fala em seu tom habitual.

- Ponto para você, querida! Conseguiu um elogio da General. – disse Murphy brincando, ao falar de Indra.

- Anya, sua vez!

- Loirinha, tenho que dizer que você arrebentou! Estou ficando preocupada com você. Meu time vai ter que ralar muito para conseguirem te passar. – Anya fala com falsa indignação. – Mas, quero saber quem escolheu essa música para você? Bem diferente do seu perfil.

- Foi ela que escolheu! – ele se adiantou. – Ou melhor, ela pediu para trocar a música. Eu estava bastante preocupado com isso. Mas, ela arrebentou mesmo! – ele falou apontando para ela. – E digo mais: seu ex deve está te assistindo agora e vendo o que perdeu.

- Obrigada, Murphy! – ela fala sorrindo. – Eu apenas ouvi um bom conselho, resolvi deixar a energia ruim de lado e extravasar na música.

- Quem te deu esse conselho deve ser uma pessoa muito sábia! – falei arrancando uma gargalhada dela. - Você foi muito bem! Não tenho muito o que falar. Me sinto até repetitiva, toda semana elogiando. Só posso lamentar! Queria muito você na minha equipe...

- Mas, não está! – Murphy cai na gargalhada. – Está na minha! – ele grita e uiva fazendo todos rirem. Revirei os olhos, mas acabei rindo também.

- E sobre seu ex... – parei, fingindo pensar. – Ele é um perdedor! E agora vai ter uma fila de pretendentes para você, na porta desse prédio. – falei arrancando gritos de “uhu” do auditório e alguns aplausos.

- Lexa, você também vai entrar na fila? – Anya pergunta, fazendo mais risos serem ouvidos no ambiente.

- Eu, você, dois filhos e um cachorro. E aí, cê topa? – falei e ouvi mais gargalhadas.

- Não tem como dizer não a uma proposta dessa. – ela fala entrando na brincadeira. – Ainda mais se vem de Lexa Woods. – ela falou, me surpreendendo ainda mais, pois ela nunca se deixava levar nas zoeiras da gente.

Não sei dizer o tamanho do meu sorriso com a resposta dela. Obviamente, que aquilo tudo era uma brincadeira. Mas, foda-se! Nada mais ia tirar o meu bom humor hoje.


Notas Finais


Esse veio maiorzinho, não sei o que pensam sobre o tamanho dos capítulos... Mas, acho que o próximo deve ser maior kkkkkkkkkk mas, enfim...
Então, espero que tenham gostado...
Qualquer coisa tou no tt @MTLx4


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