História The Bonds That Unite Us. - To each end. A begining

“Bom dia, bom dia, o sol já raiou, bom dia bom dia já é hora de acordar... ACOOOOOOOOOOOORDA MENINAAAAAAA”

Dou um pulo da cama, me sentando logo em seguida, pego meu celular em cima da comida e desligo o despertador, penso em quem foi o maldito que colocou essa música, se é que isso é uma música, como som de despertador,  tenho uma ideia básica de quem seja, Kaio, com certeza foi ele, o meu amado irmão não poderia deixar de me pregar uma peça logo no dia mais importante da minha vida, faço uma nota mentalmente:

     “Dar o troco em Kaio, o mais rápido  possível”

Esfrego os olhos e observo  meu quarto, totalmente escuro, levanto e abro as janelas, e como eu pensava, ainda está de noite, pego meu celular e vejo as horas 03:30am, reviro os olhos, não acredito  que não vi as horas quando peguei no celular a primeira vez, e também não acredito que o idiota fez uma das pegadinhas mais antigas que se tem, e bem, eu caí nela, já que estou acordada vou ate o banheiro  e tomo um banho quente pra acordar.

-Vamos amado, tome jeito, só hoje – falo olhando  para o meu reflexo no espelho, já é a quinta vez que tento deixar o meu cabelo pelo menos apresentável, mas ele hoje não quer mesmo colaborar, decido fazer um coque alto e deixar alguns fios soltos – Nossa Mel, você  parece  acabada- falo novamente  pra mim mesma, meu olhos estão inchados e minha pele pálida,  uma completa zumbi, mas não é pra menos, não tenho dormido bem, e muito menos tido tempo para me alimentar, passo base, pó e corretivo,  colocando um pouco de batom rosa -agora sim parece um ser vivo

O sol já saiu e apenas a luz do sol pelas brechas da cortina clareiam um pouco o quarto, as abro e deixo a luz invadir de vez, observo a cidade lá fora, o dia está cinza, e frio, o sol hoje saiu apenas para servir de enfeite, pego minha jaqueta azul que esta jogada na cama e a coloco ‘está frio, muito frio’, paro em frente a geladeira, ‘hmmm’, vou até o quarto de kaio, e abro a porta sem fazer barulho, ele esta totalmente enrolado nos lençóis da cabeça aos pés, checo as horas no meu celular 05:37am, volto para a cozinha e pego uma panela funda, pego gelo e água  na geladeira e coloco na panela, entro no quarto pisando na ponta dos pés, tento conter a risada ‘Droga Mel, não estrague tudo rindo antes da hora’, me posiciono, e jogo a panela sobre Kaio, eu deveria ter filmado sua reação.

-Caralho, PHORRA – ele salta da cama, com os olhos arregalados -Mel eu não acredito que você fez isso- não o respondo, pois estou jogada no chão morrendo de rir

-Já esta na hora de acordar maninho- me ponho de pé e o lanço um sorriso sarcástico- bom dia amorzinho

-você me paga – é a última coisa que escuto ele gritar antes que eu saia correndo do seu quarto, quem nos vê brincando assim, nem imagina que temos 22, e 24 anos.

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-Melanie, Melanie -levanto a cabeça e olho para a loira que revira os olhos ao encontrar o meu olhar confuso -Srta. Bertani, em que mundo você estava?

-Desculpe Sra. Reymond

-Onde está os papéis que lhe pedi? E por favor trate de passar uma água nesse rosto, esta todo amaçado, por Deus – dou um sorriso calmo e respiro fundo- os deixe em minha mesa em dez minutos... dez minutos- ela repete quando sai da sala

‘Droga Mel’ me levanto e vou direto  para o banheiro, a bruxa tem razão, estou terrível, pego algumas coisas na minha bolsa e tento ficar apresentável ‘o mundo hoje acordou contra mim’

Toc... toc... toc... Bato três vezes na porta e em seguida a abro

-Com licença, Sra. Reymond -Pode entrar

-Aqui estão os papéis que a Sra. pediu

– Sente Melanie – faço o que ela manda, e sento em sua frente, ela está de cabeça baixa analisando alguns papéis com o dedo indicador na boca – Grrr... o que você queria me falar? Ora, eu não me esqueci que você ontem disse que queria me dizer algo importante – olha pra mim e tira seus óculos de leitura -fale

-Eu... eu – olho para os meus dedos e começo a segurá-los com força -Eu, eu, eu, ora menina fale de uma vez só

-Eu agradeço por ter me aceitado aqui por esses dois anos, e amei trabalhar para a sua empresa, mas eu estou pedindo  demissão

-Arghn... -Se levanta e me olha – ha ha ha, era isso? -não acredito que ela está rindo, a lanço um olhar irônico- veja menina, eu já ia lhe demitir, e não me importo se você gostou ou não de trabalhar para mim, é apenas mais uma secretaria, jovem, boba, e inútil – não aguento suas palavras e me ponho de pé

-a senhora não pode falar assim comigo

-hahahaha o que? Eu o que? Eu posso fazer o que eu quiser menina, aqui -me entrega um envelope- Ai está tudo que eu lhe devo, tenha uma boa vida Melanie Bertani -pego o envelope  e fico encarando o mesmo por alguns segundos -aloô? Tá esperando o que? Sai logo daqui -a olha e dou um sorriso  meia boca e começo a caminhar em direção a porta, paro em frente a mesma e me viro

-Senhora Reymond?

-Sim? -Mostro meu dedo do meio para ela, que me fuzila com os olhos, saio e vou até a minha sala, junto tudo o que me pertence e saio desse ninho de cobras que trabalhei por dois anos, é estranho pensar que o dia mais importante da minha vida, se resume em pedir demissão da RSC (Reymond entertainment company) uma das empresas mais bem vistas de toda Nova York, e que eu lutei tanto para conseguir um emprego.

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Depois de preparar o almoço, me sento no sofá da sala comendo uma maçã,  o ruim de morar com alguém é que você sempre espera esse alguém para comer, ligo o noticiário, tragédia, valores da bolsa, e política, nenhum desses assuntos me interessa, não sou uma ignorante que não gosta de se atualizar, eu trabalhei com notícias durante dois anos, e não estou muito afim de saber delas hoje, mudo o canal para um de fofocas, não curto muito esse estilo, quando estava quase mudando de canal novamente uma notícia me interessa.

“Solteiro novamente, filho dos Reymond’s é visto em balada essa noite, o rapaz de 23 anos estava totalmente bêbado,  e estirou dedo para nossas câmeras, com certeza a ovelha negra da família.”

‘A ovelha negra da família’, Jacob Reymond o filho mais novo da minha antiga chefe, olhos verdes, alto, cabelos castanhos claros, seria um ótimo partido, se prestasse, dou risada quando a frase se repete novamente na minha mente ‘A ovelha negra da família’ ele pode ser tudo, menos uma ovelha, tá mais para cobra mirim.

-Cheguei – Kaio coloca a cabeça entre a porta -tem alguém em casa?- estou aqui Kaio- ele entra e ao me ver jogada no sofá da uma gargalhada -Mas que milagre foi esse? Melanie Bertani jogada no sofá as -checa as horas em seu relógio de pulso- 02:30 da tarde? E cozinhou? O mundo vai acabar é isso? -jogo uma almofada nele que solta outra gargalhada

-Você é um idiota Kaio – é eu sei, e você é mais ainda, irmã de idiota, idiota é – reviro os olhos e ele senta ao meu lado
-e então como foi lá? -quando ia abrir a boca para dizer a ele a humilhação que aquela vaca me fez passar, a campainha toca -deve ser o Jacob

-o que? Kaio, eu o odeio, odeio a mãe dele, a família dele, o dinheiro dele, kaio –ele me ignora e vai até a porta, depois de confirmar que é o demônio mirim, ele abre a porta e o moreno de olhos claros entra e se joga logo no sofá, levanto e vou para cozinha

-Olá MelMel -o olho e dou um sorriso sarcástico ele rir -você me ama garota

-Não, não Jacob, eu te odeio, e tudo o que envolve  você e sua família- pego o prato de comida que eu avia preparado e começo a caminhar em direção ao quarto -depois que comerem lavem os pratos, caso contrário eu castro os dois- ambos gritam um ‘ok’ e eu continuo meu caminho.

Jacob é o melhor amigo do meu irmão, e eles sempre estão grudados, eu não gosto do Jacob, ele é safado, irritante e um babaca, me arrependo até hoje de levar o meu irmão comigo para aquela festa de Halloween, foi assim que eles se conheceram e desde então estão grudados, cheguei a pensar que o meu irmão era gay uma vez, mas quando acordei no meio da noite e o vi entrando pela porta aos amassos com uma loira peituda, essa teoria foi por água abaixo; Afundo na banheira e fico assim por alguns segundos até não ter mais fôlego, quando subo e abro os olhos dou um grito.

-O..que..vo..cê...saaaaai daqui Jacob – qual é MelMel, não a nada que eu já não tenha visto, só estou procurando aspirina -sento e cubro meus seios, sinto minhas bochechas arderem, ele continua a revirar meu armário – segundo armário da cozinha, primeira gaveta -me olha e senta na privada fechada, reviro os olhos e me espremo mais na banheira

-Mel não fique com vergonha de mim, nos já nós vimos nus antes- da um sorriso sarcástico e eu me martilho mentalmente, se arrependimento matasse, reviro os olhos – já nós vimos nus, uma vez, estávamos bêbados e sem roupa para entrar na piscina,  e você sugeriu entrarmos pelados, isso foi uma idiotice, estava escuro, mal vi vocês

-Mas eu vi você,  vi muito bem -passa o dedo indicador em seu lábio inferior-  e vê-la agora, no claro e bem nítido, é bem melhor -se levanta e sai -CRETINO -grito e ele solta uma gargalhada, reviro os olhos, saio da banheira, abro a porta e fiscalizo se ele não  está escondido no meu quarto, vou até  a porta e a tranco -Não acredito que esse idiota me viu nua de novo- falo pra mim mesma, ótimo, parabéns Reymond você terminou de estragar o meu dia.