História The Bonds That Unite Us. - It is too early to kiss him?

Já faz meia hora que estou procurando as chaves do carro pela casa, estou começando a achar que quanto mais eu procuro menos estou perto de acha-las, bufo, isso é ridículo vou me atrasar, vou de táxi, pego a minha bolsa, depois de trancar a porta entro no elevador, quando as portas iam se fechar alguém grita “Segura pra mim”, seguro as portas e um cara segurando uma câmera em uma mão e tentando fechar a bolsa que está enrolada em seu corpo com a outra entra, o observo  tentar fechar a bolsa, com uma mão só sem deixar a câmera cair na outra, e seguro o riso por ele falhar em todas as tentativas

-posso ajudá-lo? -me olha de lado e sorri -claro, e obrigado por segurar a porta -dou um sorriso pra ele e fecho o zíper da sua bolsa,  ele aperta o térreo -prontinho- obrigado, você É?

-Melanie, Melanie Bertani- estendo a mão e ele a segura, me encarando

- Calebe Roriz -sorri e solta minha mão, começa a mexer na sua câmera, meu celular vibra e eu pego ele pra ver, então escuto um ‘Flash’ e o olho, ele esta sorrindo vitorioso para a tela da câmera -você é muito bonita Srta. Bertani, não resisti -o olho ainda assustada com a surpresa e sorrio agora mostrando os dentes, ele tira outra foto -assim vou ter que pedir para você ser minha modelo- o elevador abre, e ele sai, o acompanho

-a gente se vê Bertani

-Até mais Roriz

☆☆☆☆☆☆☆

O resto do dia passou rápido, e eu tive que pegar algumas matérias atrasadas com alguns colegas de turma, quando entrei na Universidade de arquitetura não pensei que teria tão pouco tempo para realmente me dedicar aos estudos, lembro o que a minha mãe me disse quando aceitei o emprego na RSC, “Filha você está fazendo arquitetura e vai trabalhar como secretaria em uma empresa de entretenimento?”, digamos que eu precisava de dinheiro, e o emprego estava sambando na minha frente, não tive como recusar, olho ao meu redor e essa é a última aula que eu vou ter hoje, o professor entra na sala, e tomo um susto ao ver quem é, Sr.Reymond só pode estar de brincadeira.

-Boa tarde turma, eu sou o novo professor de Materiais e Téc. de Construção, abram as apostilas na página 58...

A aula segue, é devo admitir que o Sr.Reymond é um bom professor, devo reavaliar minha lista de ódio pelos  Reymond e riscar o nome dele. Quando a aula acaba junto minhas coisas e saio da Universidade, pego meu celular e ele está sem bateria, maravilha, fico no ponto se taxi tentando fazer com que um deles pare para mim

-Bertani -viro para ver quem é o dono da voz e dou um sorriso de lado -Roriz? O que faz aqui? Está me seguindo?  -faço uma cara de assustada e ele rir

-Eu estudo aqui, e você pelo visto também -ele abre um sorriso e deixa seus belos dentes brancos a mostra, suspiro, ele é realmente muito bonito, alto, olhos castanhos chocolate e seu cabelo puxado para o loiro  escuro, suspiro de novo- Econômia

-Sério?  -sorrio- jurava que você era fotógrafo – Mas eu sou, nas horas vagas eu dou uma de fotógrafo, e você faz o que? Deixa eu adivinhar, hmm... medicina?

-tenho cara de médica? -o olho com sorriso nos lábios, devo estar parecendo uma adolescente tentando impressionar um garoto

-não, tem cara de modelo, olhos cor de Mel, cabelos castanhos puxados para o loiro claro, altura, hmmm...-finge refletir- 1,65? -digo que sim com a cabeça e ele abre mais uma vez um sorriso grande -já pensou em ser modelo?

-não mesmo,  mal consigo me equilibra em saltos de 10 centímetros, imagine os que elas usam- um táxi se aproxima e para -o táxi, a gente se vê- abro a porta mas ele a fecha e se escora na janela do carona falando para o motorista

-obrigado cara, mas não precisamos- o táxi vai em bora e eu o olho um pouco irritada -foi mal, a gente começou a conversar e eu esqueci que ia te oferecer uma carona- sorri- você não tem táxi, e moramos no mesmo prédio

-aceito  - sorrio e ele me da passagem, vamos em silêncio até o seu carro, ele abre a porta e eu entro -obrigada -senta no motorista, e liga o som, fecho os olhos quando escuto a música que começa a tocar “Far Way -Nickelback”

-Você gosta dessa música? 

-Amo, ela me lembra alguém muito querido

-Namorado? -o olho e dou um sorriso tímido- entendi, só não vai chorar em?
Não sei lidar com mulheres chorando -ele fala de uma maneira tão engraçada como se eu chorasse ali ele entraria em desespero, começo a rir -isso aí, sorria, seu sorriso é lindo

Não demora muito e logo chegamos, quando vim para Nova York uma das minhas preferências era um local que fosse perto da Universidade, desço do carro e ele faz o mesmo, caminhamos em silêncio até o elevador

-olhe -me mostra as fotos que tirou de mim mais cedo -você deveria ser modelo Melanie -o olho e seus olhos castanhos semicerram e um sorriso de lado se forma em seu rosto, abaixo a cabeça, minhas bochechas queimam

-Você sabe como tirar uma foto, é só isso-  coloco a mecha de cabelo que insisti em cair atrás da orelha, e o olho, ele está me encarando -obrigada pela carona Calebe -saio do elevador, e ele também -e por favor apague as fotos- me viro para abri a porta e ele coloca a mão em meu ombro, o olho de canto e me viro

- você não as Quer? -olha para a câmera e sobe o olhar arqueado as duas sobrancelhas, suspiro

-não, eu estou sem maquiagem, com cara de sono, e cabelo bagunçado nessas fotos -está linda- ele me interrompe, sorrio – as apague

-se é seu desejo -ele faz uma reverência

-Até mais Calebe

-Até mais Melanie

Abro a porta e logo em  seguida a fecho, tiro os sapatos e jogo em um canto da sala fazendo o mesmo com a minha bolsa, me jogo no sofá, fecho os olhos, pensando se deveria ter agradecido Calebe de uma forma diferente, talvez com um beijo? Muito cedo, mas com todo respeito universo, que homem gostoso, começo a rir de meus pensamentos e a campainha toca, me levanto e abro a porta

-Calebe?

-Você não me deu seu número – abro a porta e ele está escorado na parede, me pergunto o porquê ele faz essa coisa com os olhos, abaixar eles e levantar  e sorrir em seguida, pare com isso se não quiser ser atacado aqui mesmo garoto

-Quer entrar? -ele sorri -Claro