Dizer que Louis não se concentrou um minuto depois que viu quem seria o modelo não seria mentira. Ele recebeu várias broncas do fotógrafo superior durante o processo.
Ele não mentiria, ver Harry trocando de roupa foi o único momento que ele realmente aproveitou ali, mas o resto do tempo ele ignorou o maior totalmente.
O que não adiantou muito, já que quando acabou a sessão de fotos e Louis pode finalmente ir para casa, Harry apareceu.
- Louis! Espera. - Ele apareceu correndo e ofegante na frente do menor, que em momento algum olhou para cima, para os olhos do mais alto. Ele simplesmente não conseguia. - Por que não me responde? Não atende minhas ligações?
Louis finalmente olhou pra cima. Ele esperava ver qualquer coisa naqueles olhos verdes, qualquer coisa. Mas ele só viu confusão. Talvez Harry não estivesse com raiva dele, igual ele imaginava. Talvez Harry só precisasse entender.
E assim Louis convidou o mais novo pra tomar um café na cantina.
[...]
- Então, é isso. - Disse Tomlinson enquanto abaixava sua xícara de chá. Harry estava bebendo chá de camomila junto com Louis, ele tinha decidido que seria melhor.
- Wow.
- É.
- Mas, como você está agora? Digo, você continua vindo para cá e tals.
- Não é como se eu ficasse completamente disfuncional quando estou assim... é complicado explicar exatamente como eu fico, mas é como se o meu corpo e minha mente ficasse completamente cansada de um nível absurdo, e sumir, ficar sem falar com ninguém é tipo um esc. E aos poucos eu volto. É tipo, como se fosse pra colocar tudo de volta no lugar.
- Bem... eu não posso dizer que entendo porque eu realmente não entendo, eu não sei como é isso, nunca conheci ninguém com isso. E, eu confesso, no começo eu fiquei assustado? Falei com o Niall e ele disse que às vezes você precisa de uma ou duas semanas, que era normal, então eu não soube como agir e só esperei?
- Isso foi... muito bom de sua parte, de verdade. Essas duas semanas eu fiquei mais mal por nem ao menos conseguir te mandar uma mensagem, do que o que estava acontecendo. Se você quiser, realmente, eu te conto tudo o que acontece nessa minha cabeça, caso ajude a fazer mais sentido.
- Se você quiser! Eu ficaria muito feliz em saber mais. Assim eu não surtaria tanto da próxima vez.
Por mais que a conversa era séria, Louis não resistiu a vontade de rir um pouco disso.
- Eu acho que seria bom, sabe? São poucas as pessoas com quem eu falo sobre, tipo, só a minha família e os meninos. E eu acabo afastando todas as outras por causa disso. Mas, eu só quero que saiba que nunca, nunca mesmo, foi minha intensão te deixar no completo escuro.
- Eu acredito em você, Louis.
E eles sorriram um para o outro.
E ali, naquela cantina da agência, bebendo chá, que eles perceberam que o que eles sentiam um pelo outro não era apenas paixão. Era algo bem mais forte. Algo bem maior.
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