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História The Boy - The Boy's Departure


Escrita por: LoveSymptoms

Notas do Autor


Hello meus lindos!
Sim estou de volta e antes de passarmos ao novo capítulo, vou deixar aqui uns avisinhos que gostaria que lessem:
Estou oficialmente de férias o que quer dizer que vou andar mais ''em cima'' da fanfic e vou tentar atualizá-la em prazos bem pequenos tipo: 1 cap por semana, senão mais!
Quero avançar com a fanfic porque é algo que eu realmente amo fazer e gosto de mostrar pra vocês minhas ideias por isso siM! VOU APROVEITAR ESSAS FÉRIAS PARA COMPENSAR A AUSÊNCIA TODA!
ADORO-VOS! OBRIGADA POR TODO O APOIO!!!
VAMOS AO CAPÍTULO!!!

Capítulo 11 - The Boy's Departure


Fanfic / Fanfiction The Boy - The Boy's Departure

 

#SEUNGRIPOV

Eventualmente, sob as luzes artificiais incessantes dos holofotes dos salões de Rouge ou das iluminações, a noite cairia cada vez mais negra à medida que a madrugada se aproximava e a luz da lua incendiava os céus escuros com a sua luz branca natural.
Também ele tivera que partir. Apesar de homem de grande nome que aparenta ter tudo planeado e pronto a resolver, Jiyong parecia andar em constante correria nunca parando a noite inteira como muitos dos homens faziam. Assim que ele abandonou Rouge, outra hipótese não tive senão descer e continuar o serviço de mais uma noite banal neste bordel de sonhos mortos.

Claro que a noite não acabaria nessa simplicidade.

Em breve, teria Melanie cutucando o meu ombro, sussurrando ao meu ouvido na tentativa de se fazer ouvir, transmitindo a mensagem clara e ofuscada: ‘’Betty chamou-te ao seu gabinete’’.
O meu corpo tremeu e a minha mente automaticamente agrediu-me com pensamentos menos bons sobre o que poderia acontecer assim que meus pés atravessassem a linha de segurança entre o corredor e aquela divisão onde ela se aposentava.
A verdade é que eu não esperava nada de bom, afinal, eu saí correndo daquele gabinete como quem corre do diabo, abandonando a divisão, abandonando a conversa, abandonando o cliente e pior…envergonhando Betty.

Ela sempre depositou uma grande afeição pela minha pessoa e eu sei que sim. Era mais do que notável os esforços que ela passava para me manter seguro, para encobrir meus erros. Mas acredito que tudo o que é demais é moléstia.

Contudo, enfrentei meus medos e meus erros, assentindo em confirmação à mensagem que minha colega Melanie me tivera trespassado, e caminhando confiante em direcção ao escritório onde aquela mulher poderosa provavelmente se sentaria atarefada segurando o telefone entre sua bochecha rosada de blush e o ombro embrulhado nos melhores tecidos estrangeiros. Aquela mulher que me esperaria carregando as palavras que eu ansiava por ouvir.

As minhas mãos suavam e os meus joelhos tremiam sem obedecerem às minhas ordens mentais para sossegarem quando me deparei em frente da sua porta. Respirei uma ultima vez e bati. Teria que ser mais cedo ou mais tarde.
A sua voz doce porém firme autorizou um ‘’Entre’’, desencadeando as minhas pernas, erguendo as minhas mãos à maçaneta dourada, rodando-a, abrindo-a consequentemente.

Entrei a medo, fechando a porta por detrás de mim, caminhando em passos silenciosos e calmos em direcção à poltrona em frente de sua secretária. Seus olhos reluziam detrás das lentes seguras por uma fita de missangas transparentes e cristalinas, que por sua vez se peduravam nas orelhas decoradas com um par de brincos de esmeraldas, que mesmo até à distância pareciam de um luxo inestimável.

‘’Senta-te.’’- Ordenou, recebendo a minha obediência de imediato.

Prontamente as suas mãos agruparam aquela papelada interminável, batendo com as folhas duas vezes na madeira escura e polida de sua grande secretária. Assim que as pousou em algum canto da mesma, o seu olhar descontente pousou em mim.

‘’Porque achas que te chamei aqui?’’- Questionou-me, como se já soubesse de minha resposta, contudo, pretendia arrancar um som que fosse.

‘’A minha atitude…’’- A minha voz foi logo interrompida e submetida ao silência assim que a sua se sobrepôs.

‘’Essa atitude Seungri poderia ter-me custado um cliente assíduo e bastante generoso, essa atitude poderia ter arruinado o negócio, poderia ter desencadeado um caos neste gabinete…mas para tua sorte, não foi o caso. Ele está demasiado interessado em ti.’’- Pausou, olhando para mim que recusava retribuir o olhar. – ‘’A questão aqui Seungri, é que eu protejo-te até onde puder e proteger-te-ei até ao fim se for preciso…contudo este homem é alguém de grande nome, portador de uma imensa fortuna, cliente de anos e anos…ele poderá dar-te tudo o que necessitas. A verdade é que ele já está envelhecido e a viver um momento frágil,perdeu a sua esposa recentemente, está cansado da vida, a riqueza para ele já de nada importa se não tiver alguém com quem partilhar. Ele viu em ti essa possibilidade Seungri. Contudo não te mentirei dizendo que ele é um homem de bem, porque ele não é. Apesar da grande dedicação que tinha por sua falecida esposa, ele nunca perdia a oportunidade de saltar para cima de qualquer um aqui em Rouge. Ele tentará o mesmo contigo se tiver a chance. Tens de ser duro e forte.’’

Eu compreendia, isto era um verdadeiro presente grego para mim. Era algo bom e de benefício para mim, contudo, trazia atrás desse véu de decência, uma amarga verdade de que eu seria um simples brinquedo, usado na maior da simplicidade.
No entanto, Betty mais nada poderia fazer se não deixar-me ir. Ela sabe que eu ganharei o triplo do dinheiro, sofrerei o dobro, mas vencerei a maior quantia que me garantirá a mim e a minha família uma nova vida, ao sol.

‘’Eu juro que queria ajudar-te, evitar que isto acontecesse, mas não há nada que eu possa fazer. Eu perco o controlo neste tipo de situações, vocês deixam de ser parte da minha responsabilidade e nada que eu tente fazer a teu favor, retribuirá para o bem de Rouge. Seu eu te salvasse agora, o nosso nome seria decadente, Rouge poderia bem fechar, o que faria eu? O que fariam todas estas pessoas que dependem disto para viver? O que farias tu quando afundasses com Rouge? Eu não tenho como proibir isto…não posso…’’

O meu coração amoleceu e saltou para fora ao ouvir sua voz ceder num murmúrio que parecia um choro contido. Quando então meus olhos tiveram a coragem de encarar a senhora diante de mim, notei nela uma nova imagem, uma nova conexão. De repente não era só a tão próspera e famosa Madame Betty que ali estava, mas sim uma mulher simples que se sacrifica pelo bem de todas as pessoas envolvidas neste esquema sujo de Rouge, uma mulher que a todos salvou…uma imagem maternal…o mais próximo de mãe que tive enquanto aqui permaneci.

Os seus olhos de facto vertiam lágrimas…chorariam eles por mim? Por pena? Ou por culpa?
Sempre soube que Betty carregava consigo arrependimentos de feitos passados, culpas que nem eram dela, dores que nem deveria ser a sua mente a sofrer. Simpatizo com ela…pois apesar de aparentar fria, luxuosa e à prova de tudo e todos, Betty também é frágil quando se trata do seu ponto fraco…os seus funcionários…as suas ‘’meninas’’.

Levantei-me e caminhei desta vez confiante em sua direcção. Abrecei-a, confortei-a e sorri-lhe na tentativa de garantir que estava tudo bem.

‘’Eu vou com esse homem.’’- Os seus olhos tristes e humedecidos pelas lágrimas quentes e salgadas, encararam-me em confusão, para depois se transformarem em linhas enrugadas ao sorrir, incentivada pelo meu próprio sorriso.

#JIYONGPOV

 

O meu corpo remexeu-se na cama vazia, revirando os lençóis, puxando-os sem sentir atrito, confirmando que ela não estava mais junto a mim. O seu perfume doce e exageradamente enjoativo, aromatizava todo o quarto invadindo os tecidos, o ar, a minha pele e até os meus cabelos agarravam a essência até suas pontas, mesmo ela não estando presente. Ao meu lado, uma nota: ‘’Acordei mais cedo,a empresa contactou-me. Queria acordar-te mas hoje é a tua folga e estavas a dormir tão bem que me senti mal em fazer o mínimo barulho. Encontro-te logo para o almoço? Amo-te. Areum.’’
Areum e seus luxos…pareciam nunca acabar.

Olhei o relógio, marcavam oito da manhã. Levantei-me, tomei meu duche, vesti umas calças de ganga simples, uma t-shirt branca e uns ténis. Esta era a minha parte favorita de folgas semanais: Não havia obrigação de me vestir nas roupas perfeitamente engomadas, o meu fato, as minhas camisas profissionais. Além disso, Grace partia para o mercado todas as manhãs bem cedo para fazer as compras necessárias, deixando o café pronto caso eu acordasse na sua ausência.Conluindo, a casa era só minha por momentos.
Então como costume, tomei meu café e saí, entrando em meu carro, conduzindo em direcção a Rouge.

Assim que cheguei, fui recebido com surpresa por Nari, a tão conhecida cumplice de Seungri. Pelos trastes que usava reparei que ela e Rouge tivera acabado de amanhecer e que não contava com visitas.

‘’Em que posso ajudar Sr. Kwon?’’- A sua voz calma e afinada questiona.

‘’Queria falar com Betty se fosse possível.’’

‘’Vou informar-lhe. Já volto.’’

Vi sua silhueta perfeitamente esculpida e rara desaparecer pelo corredor em direcção ao gabinete de Betty. Enquanto esperei pelo seu regresso, observei o trabalho que logo pela manhã se erguia: Limpar janelas e parapeitos, portas polidas, chão encerado, até as paredes recebiam especial atenção e limpeza.
Contudo, pouco mais pude observar pois a rapariga voltou rapidamente, confirmando-me a autorização de me apresentar no escritório.
Agradeci e caminhei até à tão minha conhecida divisão, nem me incomodando em bater, entrando sem hesitar.

‘’Betty.’’-Falei breve.

‘’Se não é o meu sobrinho favorito.’’- Sorriu ao ver-me, apontando para a poltrona, oferecendo-me lugar. -‘’Sabes, chamares-me de ‘’tia’’ de vez em quando não iria doer…’’- Respondeu atrevida voltando a mirar toda aquela papelada. Sempre a mesma rotina.

‘’Assim que pares de me chamar de ‘’sobrinho favorito’’ apesar de bem saberes que sou o teu único.’’

‘’Que engraçado que tu andas. Esse humor é novidade.’’- Respondeu sarcástica.-‘’ Mas diz-me, é desta vez que me vens convidar para um jantar com a tua futura esposa? Tenho curiosidade em conhecê-la.’’

‘’ A tua vez ainda há de chegar Betty, não deve demorar. Contudo não é para isso que estou aqui.’’

‘’Então…em que posso ser útil?’’- Voltou a encarar-me.

‘’É que, eu quero resgatar um dos teus ‘’protegidos’’. ‘’- Directo.

‘’Como assim resgatar?’’- A sua sobrancelha arqueou, um dos hábitos de Betty quando confusa.

‘’Eu ouvi dizer que ele foi comprado contra sua vontade. Estou disposto a pagar o dobro do dinheiro que foi oferecido, para mantê-lo aqui.’’- Afirmei.

As suas mãos dirigiram-se até seus óculos, retirando-os e pousando-os na larga secretária, olhando-me.

‘’Ji eu pensei que já soubesses como as coisas funcionam por aqui. Tu viste este negócio ser construído, tu viste as normas serem estabelecidas. Tu sabes perfeitamente que não há nada que eu possa fazer em relação a isso. Por muito protegidos que sejam, assim que algum deles seja comprado ou leiloado, eu perco total controlo sob a situação, essas pessoas deixam de ser parte de minha responsabilidade.’’

‘’Eu pensei que talvez pudesses…’’

‘’Jiyong, eu não posso. Salvar essas pessoas, seria afundar Rouge, seria arruinar o negócio que alberga a vida de muitos e…’’

‘’Tenho dois milhões comigo Betty. Que dizes?’’

‘’Ji…nem tudo gira à volta de dinheiro.’’- Encarou-me bem no fundo de meus olhos.- ‘’ Mas agora diz-me…Nós vimos este lugar erguer-se e tornar-se no que é hoje, vimos muitos virem, muitos irem…Tu tiveste muitas raparigas aqui em Rouge, nunca te importaste com nenhuma delas…Porque te importas tanto com um protegido comprado?’’

Sem resposta.

‘’Podes ao menos dizer-me quem é esta pessoa em questão?’’

‘’Seungri.’’- Respondi e o silêncio instalou-se.

‘’Nem pensar Ji. Eu não posso fazer-lhe isso.’’

‘’Isso o quê Betty? Preferes cedê-lo a Rouge ou cedê-lo a um velho sujo na casa dos 60, a cair de podre?’’

‘’Ceder a Rouge? Jiyong ainda não percebeste? Ele foi comprado. Ele não pode ficar aqui. Mesmo que o resgate fosse aceite, ele não poderia ficar em Rouge, isso significaria o fim de tudo isto. O negócio seria difamado, todos iriam abaixo com ele.’’

‘’Então eu fico com ele.’’

‘’Não.’’- Fugiu o seu olhar do meu.-‘’ Isso não pode acontecer.’’

‘’Porque não?’’- A minha voz já se exaltava, chegando ao climax da raiva.

‘’Porque estamos a falar de um jovem de 18 anos. Se ele é meu protegido, por algum motivo é. Este homem tem tudo: tem quintas, fábricas, negócios imensos em seu nome! Ele nada em dinheiro. Ele tem uma boa casa, come bem, veste-se bem…daria a Seungri o que ele precisa…uma vida decente.’’

‘’Mas eu também tenho dinheiro. Eu tenho uma empresa sob meu nome, herdada de meu pai! Toda a gente conhece a família Kwon e suas propriedades. Eu tenho um nome forte Betty.’’

‘’Ah por favor! Jiyong o teu dinheiro e o teu nome são facultativos! Tu estás a viver na fronteira da desgraça! Tu vais casar com uma mulher que nem amas, mas que dependes inteiramente. Sem ela e sem este casamento tu e tudo a que a ti te pertence e traz riqueza irá cair. Além disso…problemas à parte de dinheiro…’’

‘’Como assim?’’

‘’Preciso relembrar-te da Nikki?’’

O meu cérebro parou ao lembrar-me dela: Nikki uma das mais bonitas de Rouge, virtuosa e virgem, limpa e demasiado pura para este mundo miserável.

‘’A Nikki foi…’’

‘’Tu mataste-a! Só não ficaste preso por mais tempo graças a esse nome que teu pai te deu!’’

‘’Ela traiu…’’

‘’Nem te atrevas! Pois sabes que isso não é verdade!’’- Exaltou. Como o mar que eleva suas ondas em raiva para depois amolecê-las na areia...Também assim viajou o hunor de Betty. E mais uma vez…a calmaria do silêncio cortava como facas até Betty quebrar, agora mais sossegada.- ‘’Ji, admite, reconhece o que contigo se passa. Tu és doente, tu tens problemas. Eu não posso cometer esse erro com o Seungri, não posso deixar que ele seja uma continuação da Nikki, não posso deixar que ele se afunde contigo. Eu tenho demasiado amor e respeito a este miúdo. Seca essa sede por fama…porque eu não vou deixar que te aproveites da pureza deste rapaz para saciares a tua loucura.’’

‘’Mas ele não quer ir com esse velho…’’- Falei tentando conter a minha raiva. Como se atrevia ela a tocar em assuntos do passado? Em tocar na porra do inferno que atravessei! Toda a merda que aguentei!

‘’Eu falei com ele a noite passada. Ele concordou em partir. Aliás, ele está praticamente pronto e partirá dentro de meia hora.’’

Sem resposta.

‘’Vai para casa Jiyong. Concentra-te no que realmente importa neste momento. O teu casamento, o recuperar da tua independência e da tua vida.’’- Olhei-a.- ‘’Vai.’’

#SEUNGRIPOV

Fechava a minha mala com alguns dos poucos pertences que trouxera comigo para Rouge enquanto nela vivi. Olhava-me uma última vez no espelho: umas calças de tecido confortável em tons acastanhados, embrulhavam-se nas pontas, acompanhadas pelos sapatos de vela severamente engraxados ficando tão brilhantes que reflectiam os arredores como espelho. A camisa branca abria-se até dois botões, contudo, a sweater verde que vestia por cima escondia a exposição de meu peito.

Era mais uma manhã fria de Outono em Seoul e era nessa precisa manhã, que abandonaria este lugar, para enfrentar um novo começo na casa de uma outra pessoa.
Nari e Melanie, as pessoas que mais me aproximei e dediquei desde que calquei os azulejos frios e polidos deste lugar, olhavam-me através do espelho contendo lágrimas.
Ao vê-las, sorri-lhes, na tentativa de alegrar,falhando redondamente.

Nari aproximou-se de mim, segurando as abas do fundo de minha camisola, recompondo-a. De seguida olhou-me com olhos chorosos mas felizes, os seus lábios humedeceram-se para as palavras que aí viriam. Contudo foi interrompida, pelo buzinar de um carro chegado na urbe.

‘’Agora.’’

Foi tudo o que me disse, até me acompanhar à porta de saída. Antes de esta se abrir, chega Madame Betty, que logo colocou uma das minhas curtas madeixas atrás de minha orelha.

‘’Meu pequeno…vou sentir a tua falta…sempre que tiveres oportunidade, vem até aqui e visita-nos.’’

‘’Sim! Nem penses em dar-te todo ao homem e não deixar nada para nós.’’- Resmunga Melanie, arrancando uma gargalhada do fundo de minha garganta.

A porta finalmente abre-se, meus pés saem e iluminam-se ao sol. Em minha frente, o carro luxuoso e brilhante que me levaria, à porta, o homem que me conquistara por dinheiro. A sua barriga saliente tocava a porta aberta da viatura, enquanto as suas bochechas rosadas inchavam e os seus lábios sorriam para mim, ao ver-me.
Olhando-me ali cada vez mais perto dele, esse mesmo homem caminha até à porta do passageiro, abrindo-a para eu entrar, por gentileza e cavalheirismo.

Voltei a olhar para trás uma última vez. Toda a gente de Rouge se reunira para se despedir, todos me sorriam, alguns entre lágrimas, outros, apenas me olhavam.
Desejava sair indiferente, mas como o fazer se Nari me sussurra um ‘’Adoro-te’’, enquanto procurava por aconchego no meu peito, contorcendo-se num abraço nosso?
Ia sem dúvida sentir falta daquela rapariga em especial…Ela salvou-me do tédio, do constrangimento, ela alegrou-me enquanto aqui estive…uma verdadeira irmã, quem sabe até um pouco mais.

Com a coragem acumulada no fundo de meu estômago, desci as escadas, relembrando, a cada degrau que meus pés atravessavam, um momento precioso naquele lugar, as pessoas incriveis que encontrei e deixei.
Os meus lábios que formavam uma curva sorridente, de repente esmorecem quando a imagem dele sobrevoou meus pensamentos. Jiyong…lembro-me que ele falou que isto não iria acontecer…odeio-me por acreditar nele.

Como diria Nari: Puta que confia é puta burra.

Mad ainda assim, apesar de saber que era nada mais que uma tentativa ridícula, sem conseguir controlar minhas acções, meus pés travaram na última escada, a minha cabeça ergue-se, os meus olhos procuram em todas as direcções a miragem desse homem, na esperança de o ver correr para Betty, tentando salvar-me de ir com este homem agora….contudo Jiyong não estava em lado nenhum.

Como esperado, ele não apareceria.

Baixei a cabeça, sorrindo por realmente ter acreditado na minha ingenuidade. Os meus pés, automaticamente voltaram ao caminho. Desci o último degrau, caminhei até aquele homem que me esperava sorridente.
Ao chegar perto dele, o cheiro a álcool já tresandava, apesar de ainda ser manhã leve. As palavras ‘’Bom dia doce’’ arrepiavam todo meu corpo. Não sabia se eram arrepios de nojo, de medo, de insatisfação…apenas não foi de encontro à serenidade que esperava.
Curvei o meu corpo, entrei, a porta logo se fechou atrás de mim.

Os meus olhos não largaram nem um segundo a porta de Rouge, a esperança parecia não morrer.

Acabou por ser esmagada como simples fragilidade,assim que o homem entra a meu lado, arranca o carro, levando-me para longe dos acenos de adeus de meus amigos, levando-me para longe de minha segunda casa.

Então é este o sentimento de mudança que muitos renegam.

Que seja breve.


Notas Finais


E foi isso meus amores! Espero que tenham gostado!
Comentem e digam o que acharam dessa reviravolta!


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