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História The Boy Who Changed Everything - This Isn't Love


Escrita por: MrMistakes

Capítulo 13 - This Isn't Love


 Nós passamos pela porta de madeira escura que foi deslizada pelo guarda para que entrássemos no cômodo, da pequena sala de cinema. Olhei para Klébio assim que soltara minha mão da sua e vi seus olhos sorridentes, revirando todo o cômodo com eles.

 “É... ” Disse, travando. “Maravilhoso. ”

 Sorri, olhando para ele, quando ele se virou.

 “Há quantos filmes aqui? ”

 “Sabe que eu nunca contei. ” Confessei.

 Realmente, a coleção era tão imensa, que provavelmente ninguém do palácio já havia contado alguma vez.

 Seus olhos se fixaram rapidamente em uma das seções, a de animações. Ele olhava cada capa tão cautelosamente, delicadamente. Analisava cada título, cada fonte, cada cor de cada um.

 “É uma das minhas preferidas. Esta seção. ” Falei, tentando tomar sua atenção.

 “Animações é minha categoria de filmes favorita. ” Explicou, sincero.

 “Vejo que está impressionado. Vou deixar que escolha o filme que veremos. Fique à vontade! ”

 Seus olhos varriam todas as estantes, linha por linha em busca do filme perfeito. Ele parecia tão cauteloso, como se procurasse o anel perfeito para o dedo de seu futuro marido, estava encantado com tudo aquilo.

 “Le Petit Prince? ” Ele se surpreendeu, desta vez, mais ainda. “Este filme não vai lançar daqui um mês e meio? ”

 “Esta é a vantagem de ser do palácio! ” Respondi, terminando de preparar a pipoca da máquina de pipocas que ficava no outro lado da sala.

 “Pois acho que tenho minha decisão. ” Ele disse, tomando a capa da prateleira e abrindo-a. “Mas, onde está o CD? ”

 “É mesmo, esqueci de te avisar desta parte. Qual o número do filme que está na capa? ”

 Tomei o tablet que estava sobre uma espécie de segurador na parede, carregando. Ouvi ele narrar os números de forma relativamente lenta e os digitei no espaço em branco que estava no tablet.

 “Boa noite, majestade. ” A voz inteligente do computador geral do cômodo tomou conta do ambiente, ativando toda a sala, desligando as luzes e mantendo-as em tons baixos com as caixas podendo ser mais vista. “O filme selecionado foi o filme 3-5-5-4-8-9-1-2, Le Petit Prince, O Pequeno Príncipe, The Little Prince. O filme será exibido em 10 segundos, quando a contagem regressiva terminar ou você pode clicar novamente na tela e inicia-lo agora mesmo. ”

 Se antes, Damas já estava impressionado, agora estava bem mais deslumbrando com tamanha a inteligência do computador que cuidava de toda a sala. Sentei-me, convidando para que se sentasse ao meu lado e ele o fez, segurando o pote e entrega e voltando sua atenção total a contagem regressiva, prestes a acabar.

 Ele se concentrava mais do que qualquer coisa naquele filme, estava tão atento, vidrado. E pelo visto, gostava.

 Em uma determinada hora, voltei minha atenção ao filme também e ali fiquei, com a atenção toda ao que se passava na grande tela. Até ele desviar, tanto a minha quanto a sua atenção. Eu fingia não estar notando, mas notava. Tomou sua mão e a colocou, levemente e calmamente sobre a minha, entrelaçando nosso dedos.

 As desvencilhei, lentamente e cuidadosamente. Como se não houvesse ao menos percebido que ele encostara em minha mão minutos antes. Notei, de canto de olho sua expressão, mas não queria dizer nada, não estava com vontade de dialogar sobre aquilo, não podia. Achei que apenas me calar, fosse a melhor coisa.

 O filme acabou, alguns minutos depois, já que não era tão grande como, qualquer um outro.

 “Acho que eu devo ir... ” Tentei me despedir, sem jeito, lembrando do que ocorrera.

 “É, acho que eu também. ” Disse em seguida, também desconfortável.

 Nos encontramos em um abraço desajeitado e nos soltamos juntos, alguns segundos depois, mas que pareceram uma eternidade diante ao nosso desconforto.

 “Klébio... ” Chamei sua atenção, antes que ele colocasse o pé para fora do cômodo e ele se virou para mim, demonstrando atenção. “Me desculpe. Só não estou no clima. ”

 “Está tudo bem. ” Ele disse, cabisbaixo com expressão triste. “Eu estava pronto para acreditar que não éramos o casal feito um pro outro, agora tenho certeza. Isto não é amor. Você já encontrou seu par, seu dono, e fico feliz por isso! Então, fique à vontade para me despachar quando quiser, ou me manter aqui, ainda como amigos, o que podemos ser, se quiser. ” Completou, seus olhos brilhavam com a água acumulada sobre eles.

 “Deixe me recompensar, pelo menos por me entender. ” Falei, colocando minha mão sobre a dele e as unindo. “Vou te levar até o seu quarto, lhe devo pelo menos isso. ”

 Sorri, tentando demonstrar que estava feliz. Não por ter uma opção a menos, ou por tê-lo de mandar embora, mas por saber que ele teve consciência disso, que não precisei fazer muita coisa ou lhe dar um grande sermão para lhe dizer que achava que não éramos feitos um para o outro. E então, enquanto eu pensava, mas ainda assim, num piscar de olhos, ele sorriu de volta, sincero, ainda que com os olhos cheios de lágrimas.


Notas Finais


preparem o colete balístico para o próximo capítulo, só digo isso <3


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