História The Boy Who Cut Himself ~Tae vhope - Um dia normal?

Me sentia um velho pervertido fazendo isso, mas eu a culpa não era minha se ele mexia com a minha cabeça e era tão sexy.

 

 

Era mais ou menos sete da noite quando consegui saciar minha vontade e eu estava mais do que suado, precisava de um banho e assim fiz, tomei o melhor banho da minha vida, a água morna caia sobre minha pele causando sensações maravilhosas e relaxantes, acho que fiquei mais ou menos uma hora embaixo daquele chuveiro. Estava tão maravilhoso. Mas como tudo na vida nada dura para sempre, tive que sair do banho porque eu não podia morar lá — por mais que quisesse.

 

Vesti a coisa mais confortável que tinha dentro do meu armário e me deitei no sofá com um pote de sorvete, coloquei em um filme bem triste e em como todas as minhas desilusões amorosas eu fiquei lá, chorando e afogando todas as minhas mágoas naquele pote de sorvete de flocos — pois é, não são só mulheres que fazem isso — até cair no sono.

 

*POV'S TAEHYUNG*

 

Depois do Yoongi concordar em deixar o Hoseok passar o Natal conosco, nós tivemos a melhor noite — se é que me entendem. Irei poupa-los dos detalhes.

 

...

 

Me acordo por volta das nove da manhã, estava todo dolorido, provavelmente por conta das noite passada. Me dirigo até o banheiro para tomar um banho e fazer minha higiene matinal, ligo a banheira e enquanto espero ela encher fico me olhando no espelho e pensando em como irei esconder aquelas marcas de chupões do meu pescoço.

 

A banheira logo enche e eu começo a me despir e ao tirar o roupão me deparo com um roxo que, com certeza, não era de chupão, era do tamanho de um punho. Nessa hora eu já havia ligado os pontos e entendido o porque do Yoongi ter ficado tão bonzinho de uma hora para outra, de novo ele tinha me agredido, dessa vez pensei seriamente em denunciar, mas já estavam no fim do ano e por mais filha da puta que ele fosse, eu ainda o amava muito. Podia superar mais uma agressão, afinal já tinha passado.Tento esquecer aquilo e começo a tomar meu banho.

 

Assim que termino visto a roupa mais quente que tinha — já que estava frio — e tento acordar o Yoongi o que foi bem difícil e só depois de muito tempo eu consigo fazer aquele dorminhoco acordar e ir tomar banho.

 

— O que iremos fazer hoje? — Pergunta ele saindo do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e com outra enxugando o cabelo.

 

— Bom, já que faltam só cinco dias pro Natal podemos fazer as compras e não deixar para uma hora igual ano passado.

 

Ele me olha com preguiça e se joga na cama me "atacando" com cócegas e beijos sem motivo nenhum um. Mesmo que fosse estressado, Yoongi ainda tinha um lado fofo e brincalhão. Até que ele para e se levanta para trocar de roupa, enquanto isso recupero meu fôlego e termino de falar:

 

— E vamos levar o Hope...

 

— Eu já concordei dele vir aqui em casa, mas isso já passa dos limites. Isso devia ser uma coisa de casal.

 

— Ele vai junto porque eu combinei de nos vermos hoje e não reclama não. — Ele revira os olhos me fazendo rir.

 

— Se ele começar de gracinha eu quebro a cara dele.

 

— Ele não vai fazer gracinha para de ser assim, sabe que eu te amo, né?

 

— É, eu sei... — Ele vem em minha direção novamente e me rouba um beijo. Realmente achei que ele iria pirar e me xingar ou coisa do tipo, mas ele tava de bom humor.

 

_Uma noite sexo faz tanta diferença_

 

_Agora só falta convidar ele_

 

Pego meu celular e disco o número do ruivo. Ele demora um pouco para atender, provavelmente estava dormindo.

 

*LIGAÇÃO ON*

 

— Taehyung? — Sua voz era sonolenta e como imaginei ele estava dormindo.

 

— BOM DIA, HOPE! — Estava tão animado para convida-lo que não consegui em esperar ele responder. — Então eu estava pensando que você poderia passar o Natal com a gente, se você não tiver compromisso com alguém, é claro.

 

— Pera o quê?

 

— Bom, achei que você e o Yoongi poderiam se conhecer melhor e seria como forma de agradecimento por tudo o que fez por mim... Não estou insinuando que você seja sozinho, só que...

 

— Yoongi tá de acordo com isso? — Ele parecia curioso.

 

— Por incrível que pareça sim. — Dou uma risada ao ver a cara do baixinho que ainda se arrumava. — Ele vai ser legal com você, vai ser divertido, então o que me diz?

 

— Eh, tá bom, eu acho...

 

— EEEE! Se arrume que em meia hora passamos aí para irmos no shopping. Vai ser tão legal! —Começo a comemorar dando vários pulinhos. — Até logo, Hope!

 

— Até logo, Tae! — Ele finge animação e solta um riso anasalado logo desligando a ligação.

 

*LIGAÇÃO OFF*

 

— Estou pronto! — Min parece na porta do closet, ele estava elegante.

 

— Vamos então, gato! — Me aproximo dele o beijando. — Lembra-se: manter a calma, ele é um amigo e não inimigo. Ser legal sempre. — Ele revira os olhos e repete me imitando. — Ótimo! Te amo.

 

— Também te amo. — Damos um último beijo e descemos para o segundo andar e depois vamos para o carro para poder buscar Hoseok.

 

*POV'S HOPE*

 

Aceito a proposta de Taehyung, pois seria ótimo passar o Natal com alguém para variar um pouco. A anos não comemorava essa data, não tinha família na cidade, na verdade eu não tinha mais família. Meus pais morreram quando eu era adolescente e quando fiquei independente me assumi homossexual para os meus tios que cuidaram de mim, mas ele não me aceitaram e me mandaram embora então vim parar aqui em Seul.

 

Me arrumo rápido e fico esperando o casal chegar, o que não demorou muito. Desço as escadas o mais rápido possível, o som da campainha ecoava pelo apartamento todo, era muito irritante. Mas quando abri a porta sou recebido com um abraço apertado do loiro. Ele estava tão lindo que parecia ser esculpido a mão

 

— hoseok... — Ele me chama enquanto me me apertava mais. — Fiquei com saudades. Nem parece que nós vimos ontem. — Ele dá a melhor gargalhada me fazendo rir também.

 

— Tá fiquei, criança. — Definitivamente eu irei chamá-lo assim para sempre. — Tudo bem?

 

Perguntei, e vi o mesmo me abraçar mais fortemente contra si me fazendo ficar sem ar. Mas era tão bom, poderia ficar assim para sempre com ele.

 

— Tudo sim... — Obviamente ele estava mentindo, mas não ia me contar e eu não ia forçar, não agora. — Então, vamos?

 

— Se você me soltar... — Solto uma risada forcada e de imediato ele me solta um pouco assustado. — Cadê o alface... Quer dizer Yoongi?

 

— Ele ficou no carro, não quis sair por estar muito frio, e falando em frio você deveria por uma roupa mais quente.

 

— Tá bom, eu irei me trocar, "mamãe". — Dou risada de mim mesmo e subo para por um casaco.

 

— Irei te esperar aqui.

 

Apenas concordei e me direcionei para o meu quarto para fazer o que o outro havia mandado.

 

...

 

Já no shopping comecei a andar atrás dos dois, praticamente os seguindo calado, no carro eu também não falei nada apenas observava os dois, que pareciam felizes juntos, e eu não iria estragar isso, não iria ficar com ciúmes, apenas esqueceria o fato de armar alguém que já namora.

 

Pensei em deixar os dois sozinhos e ir me distrair sozinho por aquele shopping enorme, mas como bom amigo não queria contrariar taehyung que me pediu para ficar com ele. Me sentia uma mala de bagagens e os dois tinham que me puxar para lá e para cá. Pelo menos Yoongi estava tentando ser legal, tá certo que ele não trocava nenhuma palavra comigo, o que era muito bom.

 

_ Definitivamente eu me odeio_

 

— hoseok? — taehyung diminuiu os passos ficando ao meu lado, deixando o Yoongi ir na nossa frente. — Vou te levar em uma confeitaria que eu amo.

 

— tá bom...

 

Taehyung praticamente arrastou eu e o namorado para a confeitaria, que para minha sorte não era muito longe de onde estávamos. Escolhemos uma mesa bem afastada que tinha uma vista para o shopping inteiro.

 

— O que vão querer? — um menino loiro perguntou, com um bloco e uma caneta em mãos.

 

— Jimin? Park Jimin? — Seria incapaz de não reconhecer aquele ser humano.

 

— J-hope... está ruivo? — Disse ele me dando um pequeno sorriso. — Sempre soube que sentia inveja de mim.

 

* POV'S TAEHYUNG*

 

J-hope? Park Jimin? Eu não estava entendendo nada, só os entreolhavam. Hoseok e o tal menino se olhavam como se fossem namorados. Não que eu me importasse ou estivesse com ciúmes, mas se eles fossem mesmo namorados, era estranho Hope nunca ter me contado. Tentei fingir uma pequena tosse para chamar atenção, mas não funcionou muito eles continuaram conversando sobre coisas e pessoas que eu não conhecia.

 

— hoseok, quem é? — falei meio alto na tentativa de chamar a atenção do ruivo e dou um sorriso falso assim que eles me olham.

 

— Ahh, sim desculpe, esse é Jimin, um amigo de muito tempo. — Falou olhando para o menino, que falou alguma coisa no ouvido do ruivo, mas eu consegui ouvir "virgindade" — Vai se gabar disso para sempre, Chimchim?

 

— "Chimchim"? — Eu juro que não estou com ciúmes, porque estaria.

 

— Sim, chimchim, é um apelido que eu dei para ele. — O menino loiro passa a mão pelos ombros do Hope e deu um selinho no rosto do mesmo que o olhou com uma cara de nojo.

 

— hum, pensei que eu era o único que podia dar apelidinhos para você. — Hope e o menino fizeram uma expressão confusa, não sabia dizer se era surpresos ou estavam tentando segurar a risada, ou se era os dois ao mesmo tempo. Sinto o olhar do Yoongi cair sobre mim, mas eu o ignoro.

 

— Uuuh! Você não me contou que estava namorando, Hopezinho. — O menino me olhou, digamos que era um olhar malicioso. — E que ele era ciumento e lindo. — O outro começa a rir.

 

— N-não, e-eu não estou namorando... — Hoseok parecia assustado e com medo, talvez de Yoongi. — Taehyung é apenas meu amigo, e nunca vai passar disso porque ele namora. — Ele aponta para o Yoongi que apenas assistia e parecia querer me bater por estar com ciúmes.

 

Não sei porque mais isso me machucou de alguma forma, talvez pelo tom que ele usou, ou por ele ter dado ênfase nas palavras, ou até mesmo pela palavra "nunca".

 

— Pera aí, eu conheço você! — A voz do amiguinho do Hope me tira dos meus devaneios e vejo que ele apontar pro meu namorado.

 

— Como conhece meu namorado? — Indaguei grosseiro e direto. Fiquei encarando aquela cena com descrença, o pior de tudo era eu estar assim por algo tão infantil e imaturo. Ciúmes.

 

— Não sei, me lembro. Mas provavelmente em uma festa... — Eu estou me segurando, juro, para não pegar esse loiro de farmácia e mostrar que ninguém mexe com o que é meu. Eu sou uma pessoa horrível com ciúmes. — Yoongi... Seu nome, não é? — O loiro soltou uma risada meio abafada por ter lembrado o nome do meu namorado.

 

— Sim, como sabe? — Yoongi perguntou passando os dedos pelo Cabelo, coisa que fazia sempre que estava nervoso.

 

— Como já disse, eu não me lembro de muita coisa, mas me lembro do seu nome, ele é bonito. — Ele sorri e fez uma pequena pausa, talvez para tentar lembrar. — Me lembro também que a gente foi em uma festa, e você disse que eu era lindo, e depois ficamos bêbados...

 

— O QUÊ? — me levantei bruscamente, usando um tom um pouco alto, chamando alguns olhares. Não esperei que me respondesse, apenas sai dali sem rumo. Pensando se minha velha "lâmina" ainda estava em bom uso, sei que prometi não fazer isso, mas, sinceramente, era a única coisa que conseguia pensar.

 

_Porque comigo? Porque sempre comigo?_

 

Estou me sentindo o pior dramático do mundo... Talvez eu seja, mas com muito orgulho.

 

Estava para sair daquele lugar para nunca mais voltar, mais alguém me puxou contra si, como um abraço desajeitado. Aquele cheiro me era conhecido e era muito bom, me acalmava de um jeito que não poderia ser explicado. Era o cheiro doce do Jung Hoseok.

 

— Ei, ei... — Ele me apertou um pouco mais. — Está tudo bem, hum?

 

— Não, hoseok! Quer dizer, sim... Não sei, só me sinto tonto e com falta de ar. Mas está tudo bem. — Menti, mas estava tão na cara que tinha certeza que ele sabia disso.

 

— Está tonto? Está doendo algo? Quantos dedos tenho aqui? — Hoseok tinha o seu jeito de se preocupar que me deixava todo bobo e as vezes querendo rir dele.

 

— Eu estou bem, bobo, só preciso sentar um pouco.

 

— Ahh sim, eu vi uma pracinha bonita vamos lá. — Apenas consenti e saímos andando.

 

Hoseok era incrível e meu único amigo, bem, eu nunca tive amigos então poderia dizer que ele é melhor do que os melhores amigos dos filmes, e não desistiria da amizade dele tão fácil.

 

— Pronto, sente aqui. — Ele apontou para uma cadeira perto de uma das várias mesas que tinha ali, e assim fiz.

 

— Não vai sentar?

 

— Não agora... Você está com fome, certo? — Concordei com a cabeça. — Vou pegar algo para comermos. — Hoseok saiu andando sem nem perguntar o que eu queria, mas não quis chama-lo, ele provavelmente traria algo que eu gosto.

 

Estava torcendo para ele não demorar, e não me deixar sozinho e dar de cara com yoongi, mesmo eu sabendo que era algo impossível.

 

...

 

Hoseok estava demorando e eu estava começando a me preocupar. Coisas absurdas passavam em minha cabeça, como por exemplo: ele ter ido embora e me deixou — coisa que também sabia que era impossível.

 

— Para você! — Ouço a voz do Hope gritar atrás de mim e un ursinho de pelúcia foi colocado a minha frente, mas não era qualquer urso. — Achei que gostaria e ficaria melhor. — Ele se senta na cadeira à minha frente. Seu sorriso estava tão lindo.

 

— O-obrigado, mas eu não posso aceitar... — O sorriso some e uma feição incrédula aparece no lugar.

 

— Claro que pode, eu gastei minha vida tentando pegar. — O sorriso volta novamente, mas agora com uma risada anasalada em seguida. — Eu vi você pedindo para yoongi, mas ele recusou porque achou bobeira.

 

 

*FLASHBACK ON*

 

— Olha, amor! — Apontei para uma máquina de ursinhos que tinha no shopping.

 

— Taehyung, meu amor, isso é uma bobeira... E você não é mais criança. — Bufei com aquele comentário.

 

_Como não sou criança? Só queria um ursinho isso não é ser criança_

 

— Pare de resmungar, Taehyung, eu estou ouvindo.— Talvez eu tenha falado muito alto.

 

*FLASHBACK OFF*

 

— Você é, bobo. — Hoseok parecia bobo mesmo, só pelo fato de estar me olhando com um bico enorme naqueles tentadores lábios. Éramos dois bobos sorrindo igual bobos. Ficou confuso? Sim, mas não importa, eu só queria eternizar aquele momento. — Não precisava, mas obrigado, Hope. Eu adorei.