História The Boy Who Cut Himself ~Tae vhope - I hate u! I love u!

Ele coloca a mão macia em meu rosto e vira delicadamente o mesmo me fazendo olhar no olhos dele e secando as lágrimas com a manga da brusa, logo segurando minhas duas mãos, e agora quem deixa cair lágrimas é ele.

— Taehyung, desde o dia que te atropelei eu senti algo diferente por você e por isso me obriguei a ficar aqui no hospital com você...
_Por que ele falou isso? Eu não o conheço para ter intimidades assim._
— Eu só queria ter certeza que você estava bem, mas os dias foram se passando ficar com você, te ver todos os dias, mesmo que estivesse em coma, me fez bem... Eu nunca senti alguma coisa parecida com isso... E-eu acho que...

Sinto a porta se abrir, fazendo Jung se calar imediatamente se virando pra ver quem era. Tentei ver também levantando minha coluna da maca já que o ruivo tingido estava na minha frente, mas uma dor invadiu meu corpo e voltei a me encostar na cama do hospital que, por incrível que pareça, era super macia.

— Sr. Min, esse é o quanto. — Mesmo sem poder ver quem é presumi que fosse a enfermeira, e ao ouvir ela falar o nome do Yoongi senti um embrulho no estômago.

— Obrigado. — A voz meio rouca dele invadiu minha cabeça e era o mesmo tom de voz daquele dia no beco, senti uma enorme vontade de chorar, mas segurei.

O ruivo logo solta minha mão e vai para um lado dando espaço pro meu namorado, nem sei se posso chama-lo assim ainda.

Yoongi se aproxima de mim com um olhar frio, sem nem ligar pra presença do homem maravilhoso que ali estava.

— Taehyung por que fez isso de novo? — Ele fala pegando nos meus pulsos e os puxo não deixando ele tocar nos meus cortes que foram por causa dele.

Ele estava frio por dentro e por fora como todas as vezes que eu vim parar no hospital por causa dos cortes. Não era de hoje que eu me cortava e ele sentia ódio de mim todas as vezes que o fazia.

— Porque sim. — Falei num tom frio e com ódio.

— Porque sim?! Por que você responde sempre a mesma coisa? Eu não posso e nem gosto de vir correndo cada vez que um hospital liga para mim, Taehyung!Odeio ter  que receber ligações dos hospitais por seus momentos de loucura! Odeio te deixar sozinho! Eu tô cansado disso! Eu te amo, Taehyung, e quando eu acho que estamos bem você se corta de novo! — Ao terminar, nós dois estamos chorando e ele vermelho de tanto gritar.

— Eu também te amo, Yoongi, mas eu te vi com aquele cara no beco, eu te vi beijar ele, eu te ouvi falar "eu te amo" pra ele, era a sua voz, era você! Você mentiu pra mim! E eu sempre te amei! E você sempre amou outro! — Eu já estava um rio de lágrimas, não me importava mais com nada.

— D-do que está falando taehyung? — O moreno pega na minha mão tentando me acalmar.

— NÃO ME TOCA! E NÃO SE FAÇA DE BOBO, EU TE VI! — Estava a gritos, pois, não me importava, por mim todo aquele hospital ficaria sabendo da traição que ele comentou.

— ASSIM COMO ME VIU FICAR COM AQUELE HOMEM QUE EU MAL CONHECIA NA RUA? ASSIM COMO ME VIU EU PASSAR A MÃO NA BUNDA DAQUELA MULHER? VOCÊ VÊ MUITA COISA, TAEHYUNG!

Eu estava em choque de tanto chorar, o homem que estava ali só escutando nossa discussão, se intromete no meio pegando minha mão e tentando me fazer acalmar.

— É melhor você sair, Sr. Min, depois vocês discutem o quanto quiserem na casa de vocês, mas aqui não é lugar nem hora. — O ruivo fala afastando o moreno baixinho de mim.

— E quem é você pra me mandar sair? — Yoongi fala quase gritando, mas que não permiti-se ser ouvida do lado de fora do quarto.

— Eu sou a apessoa que ficou esses dois dias com o Taehyung! — O homem responde no mesmo tom.

— Então você é o filha da puta que atropelou o meu namorado?! — Sem nem dar tempo pro ruivo falar, Yoongi dá um soco no queixo do menino que cai com tudo no chão, ele parte pra cima pra dar mais socos, mas eu grito pra ele parar bem à tempo:

— PARA YOONGI, PARA! JÁ DEU! SAI DAQUI!

Assim que termino de falar uma enfermeiras e dois guardas do hospital abrem a porta tirando o Yoongi para fora do quarto deixando apenas eu, o moço que me defendeu e a enfermeira que cuidava da meus batimentos e do machucados  do homem.