História The Bride - Chapter Seven

(n/a: Olá leitor, por favor leia as notas finais, okay? Tenho um assunto sério a tratar com vocês. Fico agradecida. n/a)

                              Abri a porta do banheiro feminino a tempo de ver Sam correndo para uma das cabines, com a mão sobre a boca. Depois de termos dançado, ela imediatamente saiu às pressas para o banheiro. Fui até perto dela, apoiando uma das minhas mãos sobre o seu ombro, enquanto a com a outra eu acariciava de leve suas costas, de modo que eu pudesse passar um pouco de segurança.

-Desculpe por te fazer me ver dessa forma. –Escutei ela sussurrar baixo, depois que ela terminou de vomitar. Ela deu um suspiro baixo, tentando se levantar. Suas pernas fraquejaram, ela parecia não ter força o bastante para se levantar ainda. –Não estou me sentindo muito bem. –Ela falou um pouco mais alto depois de ter desistido de se levantar, sua voz estava rouca.

-Eu já vou chamar um táxi para voltarmos então. –Falei pegando o celular do meu bolso. Olhei para Sam, enquanto ela se ajeitava no chão. Ela encostou as suas costas na parede de ladrilhos, fechando os olhos. Sorri enquanto a admirava, Sam de fato era uma mulher diferente de todas.

                              Neguei com a cabeça, procurando pelo aplicativo que eu tinha baixado antes de sair do hotel, se caso não conseguíssemos achar um táxi. Cadastrei todas as informações necessárias, recebendo as informações da pessoa que viria nos buscar. Guardei novamente o celular, olhando para Sam, que parecia estar adormecida.

-Sam, já chamei o táxi, precisamos sair daqui. –Falei perto dela, enquanto passava a minha mão pelo braço dela,tentando acordá-la. –Sam. –Chacoalhei ela de leve, recebendo nenhuma reação como resposta. Neguei com a cabeça, me aproximando mais dela. Passei seus braços ao redor do meu pescoço, pegando ela no colo cuidadosamente.

                              Ajeitei Sam no meu colo, caminhando para fora do banheiro. Antes que eu chegasse à porta, a mesma foi aberta por uma garota com um vestido curto preto. Seus olhos focaram em Sam, antes de focarem em mim. Um sorriso malicioso começou a aparecer em seus lábios, me deixando constrangido. Segurei Sam um pouco mais forte, saindo pela porta onde a garota ainda nos observava, sem tirar o sorriso malicioso do rosto. Apenas neguei com a cabeça, deixando para lá, enquanto ia em direção ao bar, para fechar a minha conta e a de Sam.  

(...)

-Justin... –Escutei Sam murmurar ainda sonolenta no meu ombro, enquanto o motorista dirigia em direção ao hotel. –Desculpe acabar com a sua noite, outro dia se você quiser podemos ir a outro lugar. –Ela murmurou baixo, de olhos fechados.Foi impossível não sorrir, olhando para o seu rosto, com a maquiagem um pouco borrada. Ela ainda deveria estar sob o efeito do álcool, ainda mais que não era acostumada a beber, nem a frequentar esses lugares.

-Não me importo de não ir para esses lugares. –Falei baixo para ela, sem saber se ela tinha me escutado ou não. Apesar de tudo, eu ainda estava aqui a trabalho, eu ainda era apenas um motorista que foi contratado para levar Sam para onde ela quiser ir, mesmo que não pareça tanto com o tanto de coisas que eu faço junto a Sam.

                              Tirei uma mexa que tinha escapado do rabo de cavalo de Sam, colocando a mesma atrás da orelha dela. Eu ainda não consegui entender o motivo do noivo dela tê-la traído, ainda mais com a melhor amiga dela. Sam parece uma mulher diferente das demais, de algum modo, até parece impossível não se apaixonar por ela. Neguei com a cabeça, dando um suspiro.

-Já estamos perto do hotel, senhor. –Escutei o homem falar do banco da frente. Eu apenas assenti com a cabeça, olhando para o mesmo pelo espelho retrovisor. Por sorte eu estava com a minha carteira, mesmo sabendo que ela não gosta que eu pague a minha parte.

                              Depois de mais alguns minutos, consegui ver a fachada do hotel que estávamos hospedados se aproximando. Arrumei ela no meu colo de um jeito que eu conseguisse pegar a minha carteira para pagar pela corrida.

-Tenha uma boa noite. –Escutei o motorista falar, assim que eu saí do carro. Acenei com a cabeça, observando o mesmo se distanciar. Respirei fundo, sentindo o cheiro doce do shampoo de Sam. Arrumei Sam no meu colo, entrando no hotel, por sorte o cartão do quarto estava comigo, eu não teria que acordá-la para abrir o quarto.

                              Como estava segurando Sam no colo, optei por ir de elevador, ainda mais que nosso andar não era um dos primeiros. Apertei o botão do elevador, esperando que chegasse logo ao andar. Assim que as portas se abriram, sai direto do elevador. Eu realmente não era fã de elevadores. Peguei o cartão do quarto, entrando no mesmo assim que a porta se abriu.

                              Com cuidado, me aproximei da cama, colocando Sam com cuidado na cama. Estiquei o meu corpo, sentindo os meus braços estalarem. Olhei para Sam, que tinha se agarrado a um travesseiro e dormia tranquilamente, nem parecia com a mulher que tinha dançado comigo daquele jeito e me beijado.  Neguei com a cabeça, me concentrando na garota que dormia ali.

-Sam. –A chamei com a voz um pouco elevada enquanto me aproximava dela. –Sam, antes que você adormeça ai, acho que é melhor você tomar um banho. –Falei com o rosto perto do dela. Ela começou a se remexer na cama, abrindo um dos olhos um pouco.

-Eu estou com sono, muito sono. –Ela murmurou com o rosto contra o travesseiro, abafando um pouco a voz dela. –Me deixa dormir, amanhã eu tomo um banho. –Ela falou baixo, me fazendo assim rir enquanto negava com a cabeça.

-Pelo menos então troque de roupa, essa roupa deve estar cheirando a bebida e suor. –Falei observando-a. Vê-la desse jeito me deixava intrigado, como se eu quisesse saber mais e mais sobre ela. Sam conseguia de certa forma me deixar mais curioso sobre ela, desde o dia em que eu a ajudei a fugir do casamento dela. –Sam? –A chamei, percebendo que ela tinha dormido novamente.

                              Neguei com a cabeça, rindo. Até com a maquiagem borrada, ela parecia não se importar em tirar. Arregacei as mangas da jaqueta, indo em direção ao banheiro. Peguei um dos lencinhos que estava sobre a pia, molhando ele. Voltei para o quarto, me agachando perto do rosto dela. Sam não era alguém que eu diria que precisa de maquiagem para ficar bonita, ela era naturalmente bonita. Passei suavemente o lenço sobre o seu olho, tirando um pouco da maquiagem.

                              No momento que ela sentiu o lenço molhada sobre a sua pele, ela se remexeu na cama, virando o rosto para o outro lado, me fazendo rir baixo para não acordá-la. Me sentei na cama, de modo que eu conseguisse tirar a maquiagem de Sam. Passei novamente o lenço sobre o rosto dela, tirando mais um pouco da maquiagem.

                              À medida que eu tirava a maquiagem de Sam, mais ela se mexia pelo contato do lenço molhado. Passei o meu dedo indicador pela sua bochecha, sentindo a pele dela um pouco gelada. Desci mais um pouco o meu dedo até a boca dela, me lembrando do momento em que ela me beijou. Seu beijo tinha gosto de morango, misturado ao álcool. Provavelmente ela tinha bebido algo com morango sem saber.

                              Molhei os lábios, querendo sentir novamente a sensação dos seus lábios nos meus, pelo menos mais uma vez. Aproximei-me mais dela, encostando a minha testa na dela. Fechei os olhos, sentindo o perfume dela. Antes que eu pudesse fazer qualquer outra coisa, escutei uma música ecoar pelo quarto.

                              Afastei-me dela, olhando ao redor a procura do lugar onde tocava a música, olhei tudo até parar o olhar sobre o pequeno aparelho que era o celular de Sam. Levantei-me da cama, um tanto hesitante se devia ver ou não o celular dela, não queria tirar a privacidade dela, ainda mais sendo um “funcionário” dela.

                              Engoli em seco, assim que eu vi o nome “Scoot” brilhando na tela. Como ele ainda conseguia ligar para ela? Depois de ter feito o que fez. Em uma atitude um tanto imprudente, peguei o celular de Sam, atendendo a ligação do ex-noivo.

-Sam? –Escutei uma voz masculina do outro lado, parecia um tanto aliviado, feliz. –Não acredito, você finalmente você me atendeu, precisamos conversar. Por que você fugiu do casamento assim do nada? –Ele falou com uma voz preocupada logo em seguida. Revirei os olhos, não acreditando que ele estava dizendo aquilo mesmo.

-Não é a Sam, e eu acho que ela não tem mais nada a tratar com você. –Falei calmo, enquanto olhava para Sam na cama adormecida. Deixei os lenços sobre o sofá, indo para a sacada para conversar com ele, caso ela acorde e me veja conversando no celular dela sem a permissão dela.

-Quem é? Com quem eu estou falando? Esse é o celular da Sam? Por que você está atendendo o celular dela? –Escutei ele perguntar com uma voz brava, totalmente diferente da primeira voz que eu escutei. –Você poderia me fazer o favor de passar para a minha noiva? Quero falar com a Sam agora, mereço explicações. –Ele exigiu, me fazendo ficar um tanto irritado pelo jeito de falar.

-Acho que ela não é mais a sua noiva. –Falei com um pequeno sorriso, enquanto me encostava na grade da sacada. –Pelo menos não depois dela ter te deixado no altar e fugido para bem longe de você. –Revirei os olhos enquanto falava. Esse Scoot, não me parecia uma boa pessoa, mesmo se eu não soubesse sobre a traição.

-Acho que você sabe demais sobre a minha noiva. –Escutei ele falar bravo do outro lado. –Não sei o que você está fazendo com ela, mas termine logo com isso porque eu a quero de volta, não me importa se eu tiver que pagar por algo. –Ele falou, parecendo não se importar. –Com ela eu posso conseguir qualquer valor mesmo. –Escutei ele comentar baixo, talvez para mim não escutar.

-Não é só porque você quer que eu vou fazer o que você quer. –Falei, me virando de costas para a porta para o quarto. Será que Sam sabia que o seu ex-noivo era assim? Ou assim como ele escondeu a traição, ele escondeu a sua verdadeira personalidade? –Sam não quer mais saber de você, não ligue mais. –Falei negando com a cabeça.

-Por enquanto ela não quer saber, logo tudo muda. –Escutei ele falar ainda com uma voz diferente. –Se divirta com ela enquanto pode, eu vou conquistar ela de novo. Tchau. –Ele falou com a mesma voz do começo da ligação. Olhei a paisagem de Austin, escutando o barulho da ligação sendo encerrada logo em seguida. Neguei com a cabeça, desacreditado. Então aquele era o ex-noivo de Sam.

                              Com um suspiro, me desencostei da grade da sacada entrando no quarto.  Coloquei o celular de Sam no mesmo lugar de antes, de modo que ela não notasse que eu havia mexido no mesmo, olhando para ela. Assim que percebi que ela ainda estava de salto, cobri a boca com a mão, para abafar o riso.

                              Suavemente peguei no tornozelo dela, levantando um pouco a perna dela para tira o salto. Coloquei os mesmos em um canto, olhando para a roupa da festa que ela ainda vestia. A jaqueta que ela usava, apesar de fina, não parecia uma roupa confortável para se dormir, mas eu não queria mexer na mala dela sem a permissão dela.

                              Olhei ao redor, até parar o olhar sobre a minha mochila. Se eu emprestasse uma camiseta minha, seria mais confortável do que as roupas que ela usava. Peguei a minha mochila, procurando por uma camiseta que fosse comprida o suficiente para parecer um vestido nela, já que temos a mesma altura. Voltei para o lado dela, me sentando na beirada da cama, perto da cabeça dela.

-Sam? –Chamei ela, mas tudo o que eu recebi foram resmungos como resposta. –Não é melhor trocar essa sua roupa por uma mais folgada? –Perguntei, recebendo novamente resmungos como resposta. –Vem, eu te ajudo a trocar de roupa. Prometo que não vou te abusar, nem nada. –Falei, puxando ela de leve, de modo que eu conseguisse colocar ela sentada.

                              Apoiei-a no meu peitoral, tirando um dos braços da manga da jaqueta. Fiz o mesmo processo com o outro braço, colocando a jaqueta no espaço livre da cama. Por sorte, o vestido que Sam usava não tinha mangas, então era só colocar a minha camiseta e puxar o vestido para baixo. Comecei a puxar o vestido para baixo, depois de ter colocado a minha camiseta. Com o vestido abaixado na barriga de Sam, eu a coloquei novamente na cama, erguendo um pouco a camiseta para tirar o vestido por completo.

                              Livre das roupas da balada, Sam se virou na cama, ficando de costas para mim. Peguei a jaqueta junto do vestido, arrumando as roupas. Me joguei sobre o sofá assim que terminei de arrumar as roupas, sentindo o cansaço começar aparecer. Cheirei a jaqueta que eu usava, sentindo o cheiro forte de bebida e cigarro tudo misturado. Franzi o cenho, me levantando do sofá. Eu não conseguiria dormir com esse cheiro.

                              Peguei uma cueca e uma calça de moletom junto com a minha toalha indo em direção ao banheiro. Com o calor que estava em Austin, eu não conseguiria dormir com tanta roupa. Fechei a porta do banheiro, colocando a minha roupa em um canto. Liguei o chuveiro, deixando a água esquentar enquanto eu me despia.

                              Senti o meu corpo relaxar assim que a água quente caiu sobre o meu corpo. Fechei os olhos, relaxando totalmente. Hoje o meu dia tinha sido um tanto divertido e desgastante, assim como os próximos também serão. Ter Sam ao meu lado, faz com que o trabalho se torne algo divertido, não era como os outros que eu levei para os lugares, que eram esnobes, só pensavam em dinheiro. Sam de fato não é igual a eles.

                              Suspirei, balançando a cabeça de um lado para o outro, tirando tais pensamentos da cabeça. Não poderia me acostumar a essa vida, eu e Sam somos de mundos diferentes apesar de tudo, uma hora ela vai estar pronta para encarar tudo de frente e vamos voltar. Abri os olhos, observando as gotas de água escorrendo pela parede. Talvez ainda seja cedo demais para pensar sobre isso. Peguei o sabonete, começando a me lavar.

                              Desliguei o chuveiro depois de ter me lavado, pegando a toalha em cima da bancada da pia. Comecei a me secar sem pressa, sentindo o cansaço começar a aparecer. Pendurei a toalha no apoio do boxe, colocando a roupa que eu tinha separado. Quando terminei, me olhei no espelho. Se o ritmo dessa viagem continuar assim, eu tenho a certeza que eu vou voltar mais redondo para casa.

                              Suspirei, pegando as minhas roupas jogadas no chão. Eu provavelmente já teria que ir para uma lavanderia se eu não quisesse ficar sem roupas, já que eu não trouxe tanta roupa. O pedido de Sam foi um tanto de repente, me dando pouco tempo para conseguir organizar todas as minhas roupas.

                              Abri a porta do banheiro o mais silencioso possível, indo guardar as minhas roupas dentro da mochila para arrumar logo o sofá para eu dormir. Tirei tudo de cima do sofá, colocando o lençol que Sam havia arranjado para mim. Com tudo pronto, apaguei as luzes do quarto, percebendo o abajur do lado da cama de Sam ligado. Sem saber que horas eu havia acendido ele, fui desligar o mesmo para dormir.

-...tin. –Escutei Sam murmurar baixo, me fazendo olhar para ela. Como eu ainda não tinha apagado a luz do abajur eu conseguia ver o rosto completo de Sam. –Justin. –Sam murmurou novamente, com os olhos entre abertos. –Dorme aqui. –Ela murmurou baixo, inclinando um pouco a cabeça. Parecia que ela ainda estava afetada com a bebida. –O sofá não é tão confortável quanto a cama. –Ela falou fechando os olhos novamente. Ela parecia lutar contra o sono.

-Está tudo bem para eu dormir no sofá, ele é bem confortável. Eu consegui dormir bem nele. –Falei com um sorriso, enquanto olhava a expressão de sono de Sam. Ela entre abriu os olhos, negando com a cabeça.

-Por favor, dorme comigo. –Ela pediu, me fazendo morder os lábios. Eu não conseguia resistir a um pedido desses. Com um suspiro, assenti com a cabeça para ela, fazendo-a sorrir minimamente. Apaguei a luz do abajur, indo para o outro lado da cama. –Obrigada. –Escutei Sam murmurar, assim que eu deitei na cama.

-Sem problemas. –Murmurei como resposta, olhando para o teto. Por alguma razão desconhecida, eu sentia o meu coração bater um pouco mais rápido, me deixando um tanto nervoso. Molhei os lábios, sem saber ao certo se eu conseguiria dormir com o meu coração batendo daquele jeito louco.