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História The Case of White Cube - Uncovering the truth


Escrita por: lagerfeld e TiaClara

Notas do Autor


Olá meus amores, tudo bem?
Eu sei que o capítulo está atrasado, mas hoje o dia foi corrido, então por favor me perdoem. Esse é um dos meus capítulos favoritos, então eu espero que gostem dele tanto quanto eu gosto. Boa leitura :)

Capítulo 11 - Uncovering the truth


Fanfic / Fanfiction The Case of White Cube - Uncovering the truth

Justin

Meu  coração bate desesperadamente em meu peito, aqueles olhos azuis que tanto amei e tanto me fez sofrer se encontram a minha frente nesse exato momento. Quando imaginava esses momentos, às vezes pensava que gritaria ou que a beijaria , que choraria ou sorriria, mas agora percebo que sempre estive errado, não é nada do que imaginei, estou imóvel, sem palavras, sem ação e que porra de pergunta foi aquela: Porque?

Não existe explicação seu trouxa, ela te abandono, nada mais.

–– Justin. –– sua voz sai falhada.

Noto que ela emagreceu, não que seja perceptível aos olhos de qualquer um, mas sejamos sinceros, eu não sou qualquer um. Conheço cada milímetro dessa mulher que um dia chamei de minha. Também noto que seus olhos estão tristes, não tem como não notar a falta do brilho radiante, que um dia iluminou minha vida mais do que o sol.

–– Porque Faith? Porque me deixou? Eu te fiz minha vida, te amei mais do que a mim mesmo. Sempre te respeitei, sempre fui fiel a ti, e você me destruiu da pior forma possível. Não teve a coragem de me dizer um adeus descente, me deixou uma porra de uma carta, me desejando que fosse feliz, que hipocrisia Faith, como queria que fosse feliz se levou parte de minha alma e meu coração junto. Você jurou para o padre e Deus que me amava, que estaria comigo para tudo Faith e no primeiro momento, na nossa primeira desavença, no nosso primeiro obstáculo, pensou somente em ti e fugiu, me deixou apenas com uma maldita carta, um maldito pedaço de papel. ––  quando termino de falar percebo o quanto estou arfante, mas não me importo com isso, apenas com o fato de ter colocado para fora tudo que esteve entalado em minha garganta a sete meses.

Seus olhos estão marejados. Dou dois passos largos chegando perto dela, torço o nariz quando sinto uma fragrância  que não é sua em sua pele, e sim daquele homem que a beijou. Aperto meus dedos, ela me trocou por um homem inescrupuloso, sujo, da pior espécie. Logo ela que sempre repudiou  mulheres que traiam, que se submetiam a tais coisas.

–– Justin me escuta. –– coloco dois dedos em minhas têmporas, só o fato de estar perto dela, de estar escutando sua voz, me deixa atônito, confuso, mas sem dúvida a raiva que sinto é maior e é essa mesma raiva que impede que a escute ou procure entender qualquer justificava. Minha vontade neste momento é de matá-la

–– Eu não tenho nada a escutar Faith, você que me abandonou, você  que me trocou, você que me deixou. Eu não te pedi e muito menos te obriguei, você não sabe nem a metade do que passei Faith.

–– E você sabe o que passei Justin, para me julgar assim? –– sua voz ganha uma entonação mais alta

Escuto a porta se abrir e volto meu olhar para minha câmera, tentando demonstrar que estou trabalhando.

–– Desculpe, ligação importante. –– Dean entra na sala e olha para Faith que está com a cabeça baixa. Ele anda para perto dela e pega seu queixo o levantado e a olhando.

–– O que ouve preciosa? –– engulo em seco. Um dos meus dedos estala ao por força no mesmo. Ela o olha e logo depois olha para mim, conto até dez. Estou pondo tudo a perder, esse é um caso importante, respira Justin, essa mulher não pode mais uma vez destruir você.

–– Estou com dor de cabeça Dean. Eu posso tirar essas fotos depois? Por favor. –– sua voz sai baixa e ele alisa a bochecha dela que está com uma coloração avermelhada, pelo fato de estar prendendo o choro. Eu conheço sua atitude.

–– Claro querida. Venha vou te deixar em casa. –– Dean olha para mim. –– Ela não está bem e não quero que as fotos saiam ruins senhor Bieber. Remarco um outro dia com você, está livre por hoje.

Ele somente fala isso e sai da sala com ela. Vejo sua mão na base de suas costas a levando para porta, maldita, é claro que ela é mulher deste homem, a forma que ele fica com ela é muito mais suave do que com presenciei com as outras. Junto meus materiais de qualquer maneira, sem nenhum cuidado, praticamente correndo pelos corredores e indo para o estacionamento. Jogo minha bolsa no banco de trás do carro. Ao sentar no banco do motorista, tiro a arma que está presa em minha perna esquerda, e a aperto em minhas mãos, cogitando a ideia de voltar lá dentro e matar os dois. Vejo o Mercedes sair da vaga privativa, bufo e saio dali. 

Meu pé pisa com força no acelerador. Vejo os postes passando em uma velocidade não permitida, ultrapasso um sinal vermelho, dois radares capturam minha velocidade em uma rodovia não permitida a mais de 60km/h. Foda-se! O FBI que concerte isso, eu só quero chegar e ter permissão de voltar a galeria e por um basta.

Chego ao FBI e entro com raiva, não paro com ninguém, somente mostro meu crachá, indicando que sou um agente e assim ninguém me barra. Vou até a sala do meu chefe e na porta a uma placa de prata identificando ser a sala dele. Dou duas batidas e logo um ‘’entre’’ grosso se faz presente. Vejo O´Conner sentado e ele se assusta quando me vê.

–– Detetive Bieber o que faz aqui? Espero que seja caso de morte, para quebrar a primeira regra dos infiltrados. O que você tem na cabeça detetive? –– posso ver severidade em seu puxão de orelha, o FBI é muito rigoroso.

–– Desculpe senhor, mas algo inesperado aconteceu na galeria hoje. Encontrei minha esposa. –– ele cruza os braços em frente ao peito.

–– Eu sei tudo sobre você detetive, até sobre ter sido abandonado, e você como um policial tem como dever ser frio, não misturar sua vida pessoal com a profissional. Não aprendeu controlar suas emoções na academia na época de seu treinamento? Espero que não tenha colocado tudo a perder detetive, pois se isso aconteceu, eu juro para você que nem um emprego de gari você consegue para trabalhar para o governo.

Passo a mão em meu rosto e me jogo na cadeira a sua frente. Ele está certo, o problema é que não estava preparado para ver o que vi, ela me abandonou para ficar com ele. Doeu, porra e como doeu. Escuto seu suspirar e ele se senta a minha frente.

–– Olha detetive, sei que não deve ter sido fácil como encontrou ela, como a viu, mas seja frio, tente ver a situação somente como um policial, e se ela está lá é porque também foi traficada.

Levanto meu olhar e o encontro os negros olhos dele, que estão sérios. Não, não teria como, ela estava em casa, me deixou uma carta e Henderson estava cheio de mimos para com ela. Mas de certa forma explicaria muita coisa, como por exemplo, a forma como ela saiu de minha vida, conheço Faith bem o suficiente para saber que ela é uma mulher de peito e não sairia assim, sem mais nem menos. De verdade, pela primeira vez não sei o que pensar, minha cabeça está dando nós e mais nós, voltas e voltas, voltando sete meses atrás e procurando por qualquer indício que me mostre que ele está certo, qualquer coisa que me dê um fio de luz, um pingo de esperança.

“Desgraçado, matou meu filho, você vai pagar, eu vou me vingar, e aquela gostosinha que tem como mulher não saíra impune. Cidade pequena é assim policial, conhecemos todos, posso estar sendo preso, mas tenho contatos aqui fora, não se esqueça disso Bieber, uma ameaça minha, nunca é em vão”

Aquele homem, aquele bastardo que prendi no dia do aniversário do meu casamento, aquela ameaça, ele foi o único que ameaçou Faith naquela época. Aquela fala...

“Posso estar sendo preso, mas tenho contatos aqui fora, não se esqueça disso Bieber”

Será?

–– Senhor me dê permissão para ir até minha cidade natal, preciso averiguar algo, prometo que essa madrugada ainda estarei de volta. É um bate e volta. –– ele parece pensar.

–– Permissão concedida detetive Bieber, talvez isso seja o que precisa para derrubar de vez a White Cube. –– assinto e saio de sua sala.

Will com certeza me deixará conversar com aquele traficante de merda, só assim posso obter minha resposta.

(....)

Ao colocar meus pés para fora do aeroporto sou abraçado pela brisa fria, quase gélida, que atiça meus fios louros, bagunçando o mesmo e me fazendo lamentar a falta de um casaco mais quente. Encaro tudo ao meu redor e imediatamente sou preenchido por uma saudade absurda. Amo minha cidade, ela possui a agitação de cidade grande, o que não a deixa entediante, mas também é o lugar perfeito para se encontrar calmaria e conforto. Nunca havia pensando em me mudar, mas convenhamos, eu nunca havia pensado em muita coisa, como por exemplo, no que possivelmente houve com Faith.

Fecho minhas mãos em punho. Basta pensar em tal coisa que imediatamente meu sangue ferve em minhas veias, sinto raiva, ódio, mas acima de tudo me sinto frustrado, pois se Faith de fato foi realmente traficada a culpa é minha. É minha culpa não ter sido cuidadoso o suficiente, é minha culpa coloca-lá em perigo. Droga, eu fui uma merda de policial, deveria ter desconfiado de algo.

–– Bieber. –– uma voz muito conhecida por mim adentra meus ouvidos e com os olhos procuro pelos donos da própria.

Em meio a um pequeno alvoroço de pessoas encontrando seus entes queridos, esposas, filhos e maridos, eu vejo Henry encostado contra uma viatura policial. Ele acena com a cabeça e em passos lentos eu me aproximo. Jogo minha mochila no chão e o abraço, confesso, estava com saudade, durante anos fomos parceiros, além de melhores amigos.

Diversas vezes Henry salvou minha vida e me orgulho em dizer que tive o privilégio de fazer o mesmo por ele. A profissão que escolhemos é perigosa, corremos riscos a todo o momento e se não confiarmos em nosso parceiro, se não tivermos um amigo conosco nos momentos arriscados, a chance de algo dar errado é ainda maior.

–– Detetive Bustamante. –– digo dando ênfase ao seu novo cargo.

É natural que Will tenha colocado Henry em meu antigo cargo, além de ter me acompanhado em casos importantes e perigosos, Henry é um homem competente e eu não poderia pensar em alguém melhor do que ele para ser o novo detetive.

–– Fiquei preocupado quando me ligou, parecia estressado. –– bufo. –– O que foi cara? Problemas em Chicago?

–– Encontrei minha esposa Henry. –– cuspo as palavras, sem qualquer enrolação. ––Faith está em Chicago. –– completo.

–– Cara que merda. Quem disse que esse mundo é pequeno não estava exagerando.

–– E ainda piora. –– Henry me encara fixamente e posso ver a curiosidade presente em suas íris. Pego minha mochila no chão, e abro a porta do carro entrando no mesmo. Henry dá a volta no veículo e se acomoda no lugar do motorista, imediatamente dando partida. –– Ela estava com um cara. –– digo, encarando a cidade que passa como um borrão pela janela.

–– Então ela seguiu em frente?

–– Não sei responder essa pergunta.

–– Como não? –– o encaro.

–– Pode parecer loucura o que vou dizer, mas.... E se Faith tiver sido sequestrada naquela noite? E se ela não nunca me deixou por vontade própria Henry?

–– Justin sabe que gosto de Faith, sempre gostei. Mas, não pode ficar arrumando justificativas para o que ela fez. Sua mulher te deixou e você precisa aceitar isso ao invés de criar teorias malucas.

–– Cacete! –– digo grosso, batendo o punho em minha coxa esquerda. –– Estou falando sério Henry, isso não tem nada haver com o fato de ter sido deixado. O homem com quem Faith estava é o mesmo homem que o FBI está tentando prender, e se faz com que você acredite em mim, não fui eu quem criei essa teoria maluca, foi o meu novo chefe. Eu nem ao menos havia pensando nisso, quando a vi com aquele filho da puta só pensei que ela fosse uma vadia que me trocou por outro, mas quando cheguei ao escritório meu chefe me disse tal coisa e então tudo começou a fazer sentindo.

–– Essa história é maluca. Quem seria louco o suficiente para mexer com a mulher de um policial?

–– Alguém que perdeu seu bem mais precioso. Alguém com sede de vingança. Henry, o que pode ser pior para um pai do que perder o próprio filho? –– Henry parece pensar em minhas palavras e depois de alguns instantes ele finalmente parece encontrar a resposta para as minhas afirmativas e minha pergunta.

–– Garcia!

O restante do caminho foi lento, pois o trânsito estava surpreendentemente grotesco. Em momento algum Henry fechou a boca e juntos nós conseguimos formar uma teoria realista o suficiente para me levar a crer que Faith nunca me abandou, ao menos, não por espontânea vontade. Agora, analisando a situação como um todo, as peças do quebra-cabeça antes não encontradas finalmente se encaixam. Mas, ainda sim, não posso ignorar o fato tê-la visto com Dean.

Posso estar certo sobre o sequestro e sobre tráfico de Faith, mas sete meses se passaram e apesar de conhecer Faith melhor do que conheço a mim mesmo, não posso fingir que as coisas continuam as mesmas. As coisas mudaram. Eu mudei e acredito que passar por tudo o que passou, transformou Faith em outra mulher.

Ela é uma mulher forte. Talvez, o ser humano mais determinado e cabeça dura que eu conheço, mas até mesmo o ser mais valente possui pontos fracos e medos, e Faith não é diferente. Não imagino pelo o que ela tenha passado, e sinceramente prefiro assim, caso contrário terei um surto psicológico e acabarei agredindo o primeiro que se por a minha frente. Mas, não consigo ignorar algumas perguntas sem resposta.

Ela esperou por mim? Esperou que eu fosse resgatá-la?

Ela foi maltratada? Bateram-na ou abusaram-na?

São tantas perguntas, cada uma mais horripilante do que a outra.

–– Lembre-se, você não pode simplesmente partir pra cima do cara. Ele é um bandido, mas ainda sim, tem direitos. –– Henry repete pela segunda vez, desde que entramos na prisão onde eu espero que Garcia apodreça.

–– Tá, tá Henry. Ande logo com isso. –– o apresso sem paciência alguma.

Ele solta um suspiro longo e gira a chave no cadeado, abrindo o portão de ferro. Os dois guardas ali presentes nos encaram, mas assim que mostramos nossas identificações eles nos dão passagem.

O som estridente de gritos, xingamentos e malditas zombarias adentram meus ouvidos no instante em que entro no corredor de celas, com quatro prisioneiros em cada cela. Tenho nojo deles, nojo e ódio. São todos criminosos, assassinos, estupradores, ou coisa pior. Muitos aqui são rostos conhecidos, muitos foram presos por mim e quase todos esses ameaçaram não só a mim, como também a minha família. Mas, apenas um deles cumpriu sua ameaça. O homem careca e de barba cumprida em um cela particular no final do corredor.

–– Detetive, a que devo a honra de sua visita? –– seu tom é inteiramente irônico. Ele sorri como um louco, exibindo seus dentes amarelos, resultado da falta de higiene. Suas unhas, mais parecidas com garras, enroscam-se no metal da grade e o mesmo quase cola seu rosto ao portão de sua cela. –– Me diga... Como vai sua esposinha gostosa?

–– FOI VOCÊ, NÃO FOI? –– grito, fazendo com os outros presos se aticem. Garcia ri alto como um demente. A prisão pode ser o pior pesadelo de uma pessoa, muitos quando finalmente saem após anos aqui dentro, não são mais os mesmos, se tornam pessoas doentes, problemáticas, completos lunáticos. E, olhando para Garcia agora, percebo que ele não está bem da cabeça. –– SEQUESTROU ELA FILHO DA PUTA? VENDEU MINHA ESPOSA? –– quando me dou conta, estou com os braços entre as brechas da grade, agarrando seu macacão laranja e o forçando contra o metal gélido.

–– Justin, pega leve. –– diz Henry, mas isso não me impede de continuar puxando-o pelo macacão, como se quisesse que seu corpo se despedaçasse contra a grade.

–– Disseram-me que ela chamou por você. E que chorou como uma gatinha assustada.

Sem pensar duas vezes eu o afasto da grade, apenas para puxá-lo novamente. O som de sua cabeça contra a grade cala todos os outros. Vejo sangue escorrer, formando uma mancha vermelha no chão. Henry me puxa abruptamente, separando-me do preso que parece se divertir as minhas custas, deixando-me ainda mais irritado.

–– Justin, ta maluco? Vamos embora daqui, agora.

Os dois guardas andam em direção à cela de Garcia e dizem algo que não em preocupo em ouvir. Apenas mantenho meu olhar fixo ao dele, guardando na memória sua face doentia, enquanto Henry me puxa para fora.

–– EU VOU TE MATAR FILHO DA PUTA!


Notas Finais


E então o que acharam? Eu espero que tenham gostado. Caso tenham gostado do capítulo não deixem de comentar, pois isso nos incentiva muito. Críticas são sempre bem-vidas, desde que as mesmas sejam construtivas. Beijão e até o próximo capítulo <3


Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=VnHeKudjqf8&feature=youtu.be

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