1. Spirit Fanfics >
  2. The Case of White Cube >
  3. You're mine

História The Case of White Cube - You're mine


Escrita por: lagerfeld e TiaClara

Notas do Autor


Tenham uma boa leitura e até semana que vem com a Bea.

Capítulo 14 - You're mine


Fanfic / Fanfiction The Case of White Cube - You're mine

Faith

 

Enquanto Luna conversa comigo, observo de longe Justin, Dean e o deputado em uma conversa que não parece nada amistosa pela expressão de descontentamento que Dean tem em seu rosto.

–– Está me escutando Faith? –– Luna estala seus dedos em frente ao meu rosto, para chamar minha atenção. A encaro e nego, balançando a cabeça negativamente. Escuto seu pesar. –– Eu vou dormir com o modelo da Adidas, ele me comprou por esta noite, então nós nos vemos a amanhã. Boa sorte com Dean.

Ponho-me a caminhar até onde os três homens muito bem arrumados conversam. Ao me aproximar não preciso de muito para entender, e perceber que o clima em meio aos três está pesado. Aproximo-me um pouco mais, podendo ouvir com clareza quando Dean é ríspido com Justin.

–– Você, um mero fotógrafo, tem cem mil para ter uma de minhas preciosas? ––arregalo meus olhos. Justin não tem esse dinheiro, e sei perfeitamente qual preciosa ele se refere. Ele se refere a mim. Por mais que sejamos caras, esse preço é muito mais elevado que o habitual, e logo deduzo que isso é apenas um meio que Dean arranjou para que não me levem.

–– Sim senhor Henderson, eu tenho esse dinheiro. Por acaso esqueceu que fotografei com modelos renomadas, e marcas importantíssimas? Meu currículo consta isso. Não sei qual é o problema de comprar Faith por esta noite.

Pela primeira vez não sinto raiva ao ouvir as pessoas debaterem ao meu respeito, como se eu fosse um objeto, um ser inanimado, sem opinião ou vontades. E talvez isso aconteça por que tenha saído da boca do homem que amo.

–– O garoto está certo Henderson, o que o impede de vender a garota por esta noite? É um bom dinheiro. –– o deputado entra na conversa. Justin me vê perto, mas não demonstra reação alguma, somente observa Dean com seus olhos queimando, o conheço bem o suficiente para saber que está usando todo o seu autocontrole. Dean também me nota, e me encara por alguns instantes, provavelmente pensando no que acabara de ouvir.

–– Sem dúvida, sei que é um bom faturamento. –– ele responde de forma indireta, deixando os dois homens apreensivos com sua fala.

Ele comenta algo com o deputado, cochichando em seu ouvido e logo em seguida pede ao Justin que o aguarde. Dean se aproxima de mim, e me puxa pelo braço, passando por todas as pessoas presentes, e me levando até seu escritório. Ao passar pela porta ele bate a mesma com um pouco de força e me olha.

–– O fotógrafo quer você essa noite. –– ele dispara, me enlaçando pela cintura, e me pondo em frete ao seu corpo. –– Porém, essa noite será minha. –– fala convicto.

Uma onda de desgosto se faz presente em meu corpo, engulo o resto dignidade que tenho em mim e enlaço seu pescoço, passando meu nariz pela região sensível o vendo se arrepiar. Tenho que ser cautelosa, usar o poder de sedução que tenho com este homem, como a própria Luna me instruiu e incentivou. Se quero ter a chance de conversar com Justin, entender as coisas, e ter um momento longe de tudo isso, tenho que usar essa atração que Dean sente por mim ao meu favor.

–– Eu também quero você essa noite Dean. –– sussurro em seu ouvido, e mordo o lóbulo de sua orelha. Nem eu mesma eu sabia que atuava tão bem. –– Mas, se é um bom dinheiro aceite.

–– Até parece que quer trepar com ele. –– diz grosso.

–– Acha que eu quero fazer sexo com um homem que eu não conheço? –– quase grito, usufruindo da boa atriz que eu não sabia haver em mim. –– Não quero transar com ele, assim como não quis transar com nenhum outro. Mas, se você fizer isso todos vão perceber que tenho privilégios com você, não quero problemas com as outras garotas, elas já estão me encarado diferente apenas por eu ter usado aquele colar caro nas fotos.

Vejo sua feição ficar pensativa, e logo percebo que ele está se deixando levar pelos meus argumentos. Suspiro pesadamente, e lhe roubo um beijo. Ele se surpreende, mas corresponde de imediato. Sinto sua mão apertar firmemente meu quadril. Me separo dele, e o encaro.

–– Estou pensando seriamente em não te por mais a venda. Quero que seja só minha. –– ele coça a barba bem feita, e me olha ainda pensativo. –- Vá com o fotógrafo. Você já sabe as regras, Joseph estará a seguindo o tempo todo. Até amanhã minha preciosa. –– seu dedão acaricia minha bochecha.

Saio de sua sala, mas ele fica, e agradeço infinitamente por isso. Limpo minha boca com a palma da mão, em uma atitude infantil, mas compreendida, de tentar limpar os vestígios do recente beijo. Chego até Justin que está em um canto sozinho com cabeça baixa, e imediatamente noto o copo balançado em sua mão, entregando seu nervosismo.

–– Justin. –– seus olhos caramelados se encontram aos meus. Suspiro, minha vontade é de correr, me jogar em seus braços, e chorar como nunca fiz antes, depois beijá-lo e gritar quanto o amo. Mas ao invés de seguir meus desejos me contenho, completamente frustrada.

–– Vamos. –– assinto, e ponho-me andar ao seu lado. Sua mão pousa na base de minha coluna, e me guia até onde seu carro está. Posso afirmar que me sinto como uma jovenzinha que está saindo com o namorado pela primeira vez sozinha, e não sabe como se portar.

Tenho tantas perguntas.

Tenho tanta saudade.

Tenho tantos desejos.

E a pior parte é não saber lidar com tantas emoções juntas. Justin acelera o carro, respiro tranquila. Sinto-me livre no momento, por mais que Joseph esteja logo atrás, como um cão de guarda, e eu não saiba como agir, sei que no motorista, se encontra apenas o meu Justin.

–– Está calada Faith... O que lhe incomoda? –– como antigamente sua mão vai para minha perna, enquanto a outra permanece no volante, e ele a tira somente quando precisa trocar a marcha do carro. Ele me conhece tão bem, e está certo, são tantas coisas que me perturbam. Se fosse para dizer o que mais me tira a tranquilidade, diria que sem dúvida alguma é o sentimento ruim que me cobre. Sinto-me suja, imprópria para ele.

–– Nada. Quero dizer... –– ele ri, sabe que estou caçando as palavras certas.

–– Você não mudou nada, meu amor. –– meus olhos derramam as lagrimas que estava segurando até poucos instantes. Vê-lo me chamar dessa maneira me leva ao passado, onde éramos tão felizes. Porque tem que haver tanta maldade no mundo? Porque tiveram que me tirar dele tão abruptamente?

–– Justin, de onde vai tirar cem mil reais? Ele vai te matar se não pagar! –– exclamo, optando pela aflição mais fácil. Ao menos posso excluir essa pergunta de minha lista interminável. Ele reduz um pouco a velocidade, e me olha brevemente, mas logo volta seu olhar para as ruas frias e quietas da madrugada em Chicago.

–– Faith estou em missão pelo FBI, e fui escalado para ser um infiltrado deles. Nunca pensei que encontraria você, o destino fez com que eu te encontrasse, mas em algum momento eu teria que dormir com alguma daquelas mulheres, e o FBI arcaria com o gasto, afinal isso faz parte da investigação. Não se preocupe com isso.

Mesmo com seu pedido, não consigo me acalmar. Pelo ao contrário, fico mais aflita ainda. Saber que ele pode ser desmascarado a qualquer momento me mata por dentro, sei que ele sempre foi um homem corajoso, e estou feliz por ele ter chegado ao topo de sua vida profissional, mas... Não posso deixar de sentir medo por ele.

–– Não se preocupe, logo isso tudo vai acabar. Vou exterminar White Cube. –– ele sorri de lado. –– Minha vontade é de te raptar, te levar pra longe, e... –– ele suspira. –– Eu prometo Faith, aguente mais um pouco, só mais um pouco... Eu vou devolver sua liberdade, eu vou te devolver sua vida anjo.

Pouco tempo depois ele estaciona em frente a um prédio simples, e me encara.

–– Não quis te levar para nenhum lugar glamoroso. Por mais que você mereça o mundo, acho que o conforto de um lar seria o melhor para você.

Ele desce do carro e dá a volta, abrindo a porta para mim. Justin não me toca momento algum, e de certa forma agradeço por isso. Sorrio, ele sempre sabe do que eu preciso. Respiro fundo quando paramos em frente a uma porta branca, ele se vira para mim, e me olha com seus olhos calmos, alisando minha bochecha com o polegar.

–– Faith, eu te conheço, sei que tem mais alguma coisa te perturbando. –– me agarro ao seu pescoço, ele da alguns passos para trás, porém me segura firme.

–– Eu me sinto suja Justin. Fui tocada por outros homens, não pude evitar, e agora eu me sinto imprópria para você. Não fui tocada somente por ti, fui infiel.

Seus olhos, assim como os meus lacrimejam.

–– Nunca mais repita isso Faith, você é a mulher mais pura que existe. Eu não te trouxe aqui somente para transar com você, se você quiser usar uma camisa minha, uma calça moletom, assistir um filme, e comer besteiras a noite inteira por mim tudo bem. Eu só quero estar com você, não quero você somente para o sexo, eu quero apenas um momento com minha mulher. Quero ter conversas bobas, tomar um banho quente, e sentir sua respiração calma em meu peito enquanto dorme. Você me fez falta, e hoje poder ter um pouco disso novamente é mais que o suficiente para mim.

Soluço alto. Ele abre a porta, e me carrega em seu colo, entrando para dentro.

–– Você é tudo para mim Justin. Me perdoa, aquele dia fui tão infantil, tão mimada e egoísta. Eu nunca te abandonaria por amar ser um detetive, por amar o seu trabalho, eu... –– ele me silencia com seu dedo indicador.

–– Eu sei que agiu por impulso, você me ama, e só temia por mim. Nós dois erramos, eu deveria ter te escutado também. Nós dois temos que nos perdoar Faith Bieber. Ainda é uma Bieber, certo? –– ele brinca em meio a nossa dor. Admiro isso nele, mesmo sofrendo ele quer me ver sorrir.

Rio meio chorosa.

–– Sempre serei a senhora Bieber, a sua mulher. –– ele me coloca de pé em seu quarto, e me olha.

–– Nós nos reencontramos Faith, depois de sete meses, você está aqui comigo. –– sorrimos. –– Agora veste uma de minhas roupas, e fique à vontade.

Vou até a cômoda, e pego uma camiseta cinza, e uma cueca apenas. Tomo um banho longo, e sorrio ao ver que Justin ainda usa o shampoo de camomila. Quando adentro o quarto, o vejo deitado na cama, embaixo dos edredons. A televisão está ligada em um volume baixinho, mas suas tatuagens a mostra me distraem mais do que qualquer programação televisiva. Não tem o porquê ter medo, é o meu marido que está ali. Seus olhos me encaram com luxuria.

–– Justin me ame. Me ame por completo, quero ser sua novamente. –– ele sorri abertamente, e se levanta vindo até mim. Ele me joga na cama, e nossa... Como adoro o seu lado dominador.

Os meus lábios são tomados com força. Justin normalmente não beija dessa forma, ele é gentil e calmo, mas, agora a sua postura muda para intenso e rápido. Eu sinto a pressa que ele tem ao adentrar a língua em minha boca, chupando minha língua de uma maneira quase bruta e selvagem.

O seu peito colide com o meu quando Justin desce beijos por todo o meu pescoço. A sua língua e dentes trabalhando em deixar marcas pelo local. Eu tenho as minhas mãos sobre os seus ombros, apertando-os com força mínima, enquanto ele desliza as suas pelas minhas coxas. A minha roupa sobe no momento em que a boca dele se instala na minha barriga, mordendo e deixando rastros de saliva. Os arrepios misturados à respiração curta me fazem arquear o corpo, e suplicar por um pouco mais de contato. Eu sinto a forte necessidade de que ele me toque como deveria. Eu quero que ele saiba o quanto eu preciso tê-lo dentro de mim.

–– Justin... –– suspiro quando ele pega a barra da camisa, e desliza para fora do meu corpo.

Os meus mamilos estão enrijecidos enquanto a sua pele esfrega na minha para cima, e para baixo. Justin me prensa tão forte contra si que eu noto o volume entre suas pernas chocando-se na minha virilha.

–– Eu...

–– Não fale nada. –– a sua boca varre o meu pescoço, para depois invadir os meus lábios outra vez. A minha respiração curta me obriga a partir o beijo por um par de vezes. Justin parece tão excitado que eu sinto a sua mão guiar a minha para baixo, num pedido para que eu o toque. –– Por favor.

Estremeço no momento em que os meus dedos pressionam o seu membro, ainda coberto pela boxer. Justin direciona a sua boca para o meu ouvido, soltando palavras sujas ao mesmo tempo em que eu o acaricio. Tenho vontade de fazê-lo saber que eu também preciso de um toque mais áspero. Eu quero que ele execute todas as coisas que estou secretamente confessando para mim.

A minha mão se infiltra no interior da peça. Eu não suporto reprimir o meu toque. Enquanto eu trago o seu membro para fora, os lábios de Justin fazem um caminho pela minha nuca, mordendo a pele fina e talvez, agora vermelha. Eu gemo em protesto, imaginando que ficaria marcada no dia seguinte, Dean me mataria, é proibido marcas em suas meninas.

–– Você é minha. –– ele diz entre dentes. O Justin possessivo se faz presente, e não nego, eu adoro isso. –– Apenas minha, Faith.

O lóbulo da minha orelha entra em sua mira. A sensação de prazer permeia a minha pele, quando seus dentes a abocanham e puxam em seguida. Eu tenho uma pretensão quase absurda de fazer com que aqueles lábios venham para os meus seios. Chega a ser torturante o quanto eu gostaria que ele os mordesse e chupasse.

Sou levantada em um ato rápido, e logo fico joelhos na cama. O corpo de Justin atrás do meu. As suas grandes mãos descem por meus quadris enquanto a boca percorre as minhas costas nuas. Eu sinto os seus lábios deslizando pela minha espinha, calmos, e macios. E eu quero dizer que isso tudo está me deixando aflita em antecipação, mas a voz parece me faltar.

–– Justin. –– tombo minha cabeça para trás.

A minha voz se torna mais grave e fraca quando eu chamo por ele. Eu não vejo nada além do armário à minha frente, mas eu posso prever o sorriso de Justin assim que ele para de beijar a minha pele.

–– Hum?

–– Me toque, aqui. –– eu esqueço toda a minha insegurança ao correr a sua mão para a cueca que estava usando, deixando que os seus dedos encaixem-se perfeitamente ali. Eu tenho os batimentos cardíacos tão acelerados que penso que sofrerei uma espécie de arritmia por conta da adrenalina. –– Por favor. –– ele ri pela falta de paciência em que me encontro. Hoje estou de fato fazendo amor porque queria, e estou necessitada do toque dele.

O desejo se espalha por completo quando os movimentos de sobe e desce são executados naquele local. Eu não posso impedir que gemidos sejam proferidos, ou que minhas mãos comessem a procurar pelo corpo de Justin. Enquanto ele me toca lentamente, como um castigo, eu me controlo para não retirar a última peça de roupa e mandá-la para longe. O que quer que Justin esteja planejando com toda aquela tortura, ele já poderia estar certo de que me deixará louca.

O nosso perfume misturado ao suor invade o ambiente enquanto Justin usa os seus dedos em mim. Tudo está em silêncio, apenas os meus gemidos são acolhidos com exatidão aquele momento. Aprisiono o meu lábio com os dentes para abafar os gemidos, mas eles involuntariamente saem toda vez que Justin roça com mais força sobre o meu sexo. Ele parece conhecer cada parte do meu corpo, cada ponto frágil meu, e ele conhece perfeitamente. Ele se lembra como me tocar perfeitamente.

–– Você gosta? –– as lufadas de ar quente batem contra a minha bochecha, a voz dele mais baixa e sexy. Justin começa a adentrar a cueca bem devagar, deslizando o dedo médio sobre a abertura, e o polegar pressionado ao clitóris. Eu não preciso responder de imediato para que ele saiba que eu estou indo ao delírio. –– Deixe-me saber, Faith.

–– Sim, eu... Eu gosto.

Uma vez que eu cegamente tento retirar a cueca, Justin entende e conclui o trabalho por mim. Ele me agarra novamente por atrás, uma mão me segurando pela cintura e a outra caminhando para a minha intimidade. Eu dou um sobressalto quando os seus dedos se infiltram dentro de mim, violentos, desejosos, insanos. A minha boca abre para que o ar possa sair do meu corpo, enquanto Justin investe de uma forma quase dolorosa. Ele tem uma postura totalmente diferente quando estamos na cama. Parece que a sua personalidade sombria adquire força e domínio.

–– Peça-me para parar, se quiser. –– seu lado gentil aflora. Sei que ele me quer, mas coloca minhas necessidades acima das deles.

–– Eu não quero que pare.

Sinto as juntas dos seus dedos na borda, eles estão dobrados, atingindo um ponto que apenas ele conhece, me deixa mais do que excitada. A velocidade dos movimentos se torna mais rápidas quando eu declino o meu corpo, tentando estabelecer um contato com o membro rígido de Justin atrás de mim. Isso é o suficiente para que ele pragueje algo e retire os seus dedos antes que eu goze sobre eles.

No instante em que giro para repreendê-lo, ele larga as suas boxers sobre o chão e se inclina para pegar algo na gaveta. Eu assisto quando ele coloca o preservativo no travesseiro, e se volta para mim. Os seus olhos cheios de desejo me fazem ferver e apertar os meus dedos na palma das mãos. Silenciosamente ele me pede para descer da cama, fazendo o mesmo à medida que eu me ajoelho diante de seus pés. Os meus cabelos rapidamente são detidos por sua mão e erguidos para cima enquanto ele me olha nos olhos. A sua respiração ofegante implora por calmaria.

–– Chupe. –– ele ordena, e ver que ele se porta comigo como antigamente, me faz delirar.

O meu olhar então cai para o membro à minha frente, o volume extenso e rígido. Eu parto devagar com a minha boca para ele, testando o sabor gradativamente. A minha língua contorna a glande para depois envolvê-lo por completo, atingindo a minha garganta.

–– Isso. Assim.

Recebo um gemido alto como resposta ao meu trabalho. Enquanto a minha boca ainda o chupa e lambe, os meus olhos procuram pela expressão devassa de Justin. Ele tomba a cabeça para trás, os cabelos molhados pelo suor e a boca entreaberta em busca de oxigênio. Eu adoro vê-lo dessa forma, frágil, propenso ao meu toque.

A minha mão sobe para substituir os movimentos anteriormente feitos pela boca. Fecho os dedos ao redor, subindo e descendo à medida que o vejo crescer em minha palma. Justin me fita quando eu atinjo uma velocidade imprópria. Ele me faz abandoná-lo, puxando-me para cima e colando os seus lábios nos meus enquanto murmura:

–– Eu não quero gozar. Não ainda.

Dito isso, a sua língua toma a minha, os seus dentes mordiscam o meu lábio num ato estratégico. O contato entre peles é necessário, a troca de calor e suor. Eu sinto os meus músculos tensos, quando os dedos de Justin descem pelas minhas costas com destino ao meu bumbum. As minhas nádegas são apertadas com força, a minha intimidade encontra o membro ereto quando sou levada para frente. Eu imaginava que ele me invadiria por inteiro, mas não é exatamente o que acontece. Justin desloca os seus lábios para baixo, e beija o meu pescoço, descendo pela garganta e alcançando os seios.

–– Hum, deixe-me saber o que quer agora. –– ele sussurra.

–– Eu quero você.

–– Como você me quer? –– eu não consigo responder quando os meus mamilos se espremeram em seus dentes. Ele os agarra e chupa, levando-me a gemer e ofegar. Por mais que eu queira falar, o meu corpo diz apenas para apreciar o prazer e desejo fulminante. –– Assim?

Minha cabeça balança negativamente para Justin enquanto ele espera por uma resposta. Fecho os olhos para reconhecer as suas feições, mas as minhas mãos são o suficiente para demonstrar como eu quero de ser tocada. Quando levo o seu pênis para a minha entrada, Justin sabe exatamente a que estou me referindo, e ele não hesita em me deitar na cama à medida que busca a camisinha largada pelo travesseiro.

Eu o observo durante toda a ação de prevenir-se. O seu olhar esta sobre o meu, o seu lábio inferior preso entre os dentes quando Justin vagarosamente afasta as minhas pernas para ficar entre elas. As suas mãos ao redor do meu corpo lhe mantém em sustentação, ao passo que o membro se arrastava para dentro de mim, me preenchendo tão precisamente como eu já provei inúmeras vezes.

A primeira estocada me faz estremecer sobre os lençóis. Tenho de rumar os meus braços para os ombros de Justin quando ele atinge uma harmonia de idas e vindas. Os pingos de suor nos fios em sua nuca molham as minhas mãos, me deixando embriagada ao misturar-se com o cheiro de sexo. Eu posso receber a respiração descompassada em meu pescoço assim que ele se abaixa para beijá-lo. A cada movimento dele, a minha pélvis se adapta, e o meu sexo se expande para comportá-lo.

–– Você acaba com qualquer resquício de juízo meu. Você é minha Faith, e a partir de hoje eu serei o único que irá te tocar assim, eu prometo. –– os meus pelos eriçam ao ouvir o sussurro em meu ouvido. ― Droga, Faith. Eu a desejo tanto que chega a ser doentio. Eu não consigo imaginá-la com outro. Eu preciso tê-la por inteiro, apenas para mim. Você consegue entender isso?

― Sim, Justin. ― eu gemo, a minha voz não soa clara como antes. Estou a ponto de desmanchar a qualquer instante, então, em um ato rápido, eu o puxo para um beijo calmo. Os nossos lábios inchados entrando em contato enquanto a pele de Justin roça sobre mim, o seu corpo reconhecendo cada vez mais o meu. –– Eu te amo. Amo exatamente como você é.

Eu o amo com todas as suas qualidades e defeitos.

Posso sentir a minha intimidade comprimindo o membro de Justin quando ele me estoca mais forte. Por mais que eu tente, o desejo de me liberar vai além do controle. A minha mente não está confiante em pensar em mais nada. Eu me deixo cair no abismo enquanto o meu corpo pulsa sobre a cama, envolto dele, completamente entregue. Vejo o momento em que Justin me aperta e continua a entrar e sair em ritmo constante. Ele tem os olhos bem fechados e a mandíbula tensa. Quando ele finalmente chega ao clímax, os seus braços amolecem ao meu redor, e ele cai sobre mim enquanto nós nos beijamos.

–– Eu também te amo, Faith. –– fracamente as palavras são proferidas, mas eu ainda conseguia entendê-la. –– Te amo de uma forma completamente desmedida.

(....)

Sinto toques levíssimos em minhas costas, suaves, macios como uma pluma, quase imperceptíveis, como uma minúscula formiga passeando em meu corpo, mas ainda sim, o suficiente para me despertar. Lentamente abro minhas pálpebras, me acostumando com a claridade que invade o quarto através das persianas abertas. Coço os olhos, e ergo meu corpo, apertando o lençol contra o meu corpo para cobrir minha nudez. Um sorriso largo toma posse de meus lábios no instante em que meu olhar se encontra com as íris carameladas de Justin, que me observa em silêncio, sentado na beira da cama.

–– Bom dia. –– digo, inclinando-me em sua direção. Nossos lábios se chocam em um beijo rápido.

–– Bom dia. –– ele sorri. –– Não queria te acordar, você fica linda quando está dormindo, mas logo você terá que ir embora, então não quero desperdiçar nenhum segundo ao seu lado. –– ao lembrar-me da real situação em que nos encontramos, ao lembrar-me que logo serei arrancada de seus braços novamente, minha expressão muda, tornando-se triste. Justin se aproxima, e acaricia minha bochecha com o polegar. –– Por favor, não fique assim. Você não sabe o quanto dói te ver assim, e não poder fazer nada.

–– Tudo bem, ao menos o pior já passou. Estamos juntos de novo. –– digo forte, tentando passar-lhe conforto e a segurança de que no final tudo ficará bem.

–– Aguente só mais um pouco. –– assinto.

Decido ignorar tudo, e ignorar todos, disposta a aproveitar o restante do tempo ao lado do homem que amo. Aproximo-me de Justin, sentando em seu colo, e tomando seus lábios em um beijo amoroso. Em minha mente, uma bolha se forma ao nosso redor, e nada, nem ninguém, irá destruí-la até que os ponteiros do relógio marquem dez horas.

Nós nos levantamos e vamos para a pequena mesa da cozinha, que ele preparou com carinho. Não é algo luxuoso, mas eu não trocaria esse momento por nada, nem mesmo pela joia mais cara do mundo. Justin se senta em uma das cadeiras, e eu me sento ao seu lado, erguendo minhas pernas até o seu colo. Os dedos de sua mão esquerda deslizam levemente por minha coxa, a única parte do meu corpo não coberta pelo lençol, enquanto a mão livre, à direita, segura firmemente a xícara de café.

–– Justin... –– ele me encara fixamente. –– Eu quero te ajudar, ou melhor dizendo, eu posso te ajudar. Passei sete meses naquele lugar, conheço Dean melhor do que você. Nós podemos fazer isso juntos.

–– Faith, eu aprecio a sua iniciativa e coragem, mas não quero que se envolva nisso.

–– Isso é impossível, eu estou totalmente envolvida. –– ele suspira. –– Eu sei quer me proteger, mas não estou pedindo sua permissão. Eu passei sete meses naquele lugar, e o que eu mais quero é ver Dean atrás das grades, e White Cube destruída.

Ele apoia os cotovelos contra a mesa, e relaxa a cabeça contra a mão direita, assumindo sua postura e expressão pensativa. Uma ruga se forma no espaço entre suas sobrancelhas grossas. Ele suspira novamente.

–– Não vou conseguir fazê-la mudar de ideia, vou? –– em seu olhar noto vestígios de esperança, como se em silêncio ele implorasse para que eu desista.

–– Você sabe que não. –– digo mansa.

Depois do café, nós vamos juntos para o banheiro aproveitar o chuveiro juntos. Ele me beija, me ensaboa, e percorre suas mãos por meu corpo nu, mas o sinto distante, e sei exatamente o que o deixa aflito. Amo seu cuidado, amo sua preocupação, mas é como disse, estou totalmente envolvida nisso, e quero fazer de tudo para destruir White Cube.

Quando o relógio marca dez horas meu coração aperta. Ao olhar pela janela vejo Joseph parado do lado de fora do carro, esperando por mim. Justin me puxa para perto, e aperta meu corpo contra o seu. Seu cheiro inebriante adentra minhas narinas, e relaxo minha cabeça em seu ombro.

–– Quero que me faça um favor. –– ele sussurra em seu meu ouvido. –– Sei que está próxima de Dean, e por mais que isso me deixe irritado, temos que aproveitar essa brecha.

–– O que eu posso fazer para ajudar?

–– Se aproxime dele, descubra seu ponto fraco.

–– E o que garante que ele tem um ponto fraco? –– afasto-me dele, apenas o suficiente para poder olhar em seus olhos.

–– Somos humanos, Faith... Todos nós temos um ponto fraco.

Nós nos despedimos com um beijo lento, e ao sair pela porta meu coração aperta em meu peito. Mentalmente imploro para que isso acabe logo, para nós possamos seguir nossas vidas juntos, e rezo... Rezo por um futuro melhor, onde nós seremos felizes, assim como éramos antes.

O caminho para o apartamento é tranquilo, sem muito transito, e durante todo o percurso só consigo pensar no que Justin me disse. É difícil imaginar que um homem como Dean tenha um ponto fraco, mas meu marido está certo, somos humanos, todos temos um ponto fraco. Então como em um passe mágica, sou atingida por uma lembrança, um nome sem qualquer significado no momento, mas que agora, pode ser minha salvação... Baby, esse era o nome escrito no celular Dean aquele dia.

Joseph estaciona em frente ao prédio, e no elevador em encontro com uma das meninas, Stephanie, a mais quieta de todas. Apenas nos cumprimentamos, e ao chegar ao nosso andar, ela segue para o seu apartamento e eu sigo para o meu.

–– Você demorou! –– exclama Luna assim que Joseph me põe pra dentro. –– O fotógrafo te ocupou por todo esse tempo? –– pergunta, com a malícia nítida em seu tom de voz, e olhar.

–– Você sabe como funciona. –– respondo indiferente.

–– Mas, me fala ele é bom? Um gato como aquele tem a obrigação de ser bom de cama. –– reviro os olhos.

–– Por Deus, Luna. –– bufo. –– Até parece que gosta disso. Esqueceu a nossa situação? –– forço a irritação, não totalmente fingida, pois a forma como ela fala de Justin me deixa enciumada.

–– Não, esqueci, mas poxa... Alguns clientes não são tão ruins. O modelo com quem sai ontem, por exemplo, ele era legal, e nós até conversamos um pouco.

–– Bom pra você. –– dou de ombro. –– O fotógrafo é bonito, mas isso não foi, e nunca será o suficiente para me fazer gostar do sexo. –– ela se joga no sofá.

–– Eu não me importaria se ele me comprasse por uma noite. –– respiro profundamente, tentando manter a paciência.

–– Pena que isso nunca vai acontecer.

–– Como pode ter tanta certeza, Faith? –– ela arqueia a sobrancelha.

–– Acho que Dean não vai mantê-lo aqui por muito tempo. –– minto.

–– Ata, por um segundo pensei que estivesse com ciúme. –– desvio o olhar, e vou em direção a minha cama.

–– Porque eu estaria com ciúme? Eu nem conheço o homem.


Notas Finais


E então o que acharam? Eu espero que tenham gostado. Caso tenham gostado do capítulo não deixem de comentar, pois isso nos incentiva muito. Críticas são sempre bem-vidas, desde que as mesmas sejam construtivas. Beijão e até o próximo capítulo <3


Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=VnHeKudjqf8&feature=youtu.be

Nossas outras histórias:
https://spiritfanfics.com/historia/love-at-second-sight-6875946
https://spiritfanfics.com/historia/the-sound-of-the-heart-6201410


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...