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História The Case of White Cube - And now?


Escrita por: lagerfeld e TiaClara

Notas do Autor


Olá meus amores, tudo bem? Espero que gostem do capítulo <3

Capítulo 15 - And now?


Fanfic / Fanfiction The Case of White Cube - And now?

Faith

Arrumo minha postura na poltrona de couro, cruzando uma perna com a outra, relaxando as costas contra o apoio, e tomando cuidado para a revista sobre minha coxa direita não cair no chão, afinal, a matéria sobre a atual economia é realmente interessante. Ao menos é o que eu digo a mim mesma, tentando me convencer de tal coisa para que eu consiga afastar Justin de minha cabeça, afinal, não posso dar bandeira, mas não pensar em meu marido, em nossa noite juntos ou na saudade que eu sinto é impossível. E essas três coisas juntas se misturam com a preocupação por não tê-lo visto nos últimos três dias, estou quase tendo um ataque nervoso e não posso evitar pensar no pior. Diversas vezes pensei em perguntar para Dean sobre o fotógrafo, mas isso seria o mesmo que declarar o meu interesse por ele.

De soslaio encaro Dean, quieto e pensativo em sua cadeira, enquanto analisa alguns papéis sobre sua mesa. Ele seria terrivelmente atraente, se eu não o considerasse um monstro.

Bufo, completamente desconfortável e angustiada. Não entendo porque ele me trouxe para cá, ao invés de me deixar em paz no apartamento, até parece quer marcar território como um cachorro. O único problema é que eu não sou uma cadela, sou uma mulher, uma mulher forte cuja autoconfiança e coragem fora restaurada após uma longa e linda noite de amor com o homem que ama.

–– Qual é o problema, preciosa? –– pergunta sem desviar sua atenção dos papéis em sua mesa. Papéis que em minha opinião podem ser importantes para o meu plano com Justin.

Droga, precisamos derrubar esse cara. Precisamos derrubar White Cube. Preciso descobrir quem é ‘’baby’’.

–– Estou entediada. –– respondo simples, omitindo todo o restante e fechando a revista. –– Posso ir pra casa?

–– Não. –– responde extremamente grosso, o que me surpreende, pois não a motivo para tal coisa. Dean respira profundamente e ergue sua cabeça, fixando seu olhar ao meu. –– Quero que fique aqui, já estou acabando com essa papelada e poderei ser todo seu.

–– Maravilha! –– exclamo com falso animo em meu tom de voz.

–– Você está diferente. –– ele relaxa na cadeira e coça o queixo com os dedos, enquanto me analisa dos pés até o último fio de cabelo. –– O que aconteceu entre você e o fotógrafo?

–– O que acha que aconteceu? Eu transei com ele ué. –– desvio meu olhar e abro a revista novamente, tentando dar fim ao assunto.

–– Só isso? –– ele insiste.

–– Não Dean, eu fiz o serviço completo. –– digo grossa.

–– Não entendo como um sujeitinho como ele conseguiu tanto dinheiro. –– ele cospe as palavras, nitidamente incomodado.

–– Ele é um ótimo fotógrafo, Dean. Agora se me der licença, eu vou sair. –– me levanto abruptamente, deixando a revista onde antes eu estava sentada.

Dou alguns passos em direção à porta, mas antes que minha mão possa tocar a maçaneta ele agarra meu braço com força e me puxa para trás, fazendo com que meu corpo se choque contra o seu. Encaro seu maxilar rígido e olhos semicerrados. Havia me esquecido do quão violento ele pode ser quando contrariado.

–– Está me machucando. –– digo, tentando me soltar.

–– A onde pensa que vai? –– pergunta de forma dura.

–– Eu só ia andar pela galeria. –– respondo. Ele me encara por alguns instantes, até finalmente desvencilhar sua mão de mim. Passo minha mão sobre o local, tentando amenizar o desconforto que seu toque causou. –– Nós vamos sair daqui a pouco.

–– A onde vamos?

–– Você vai saber quando nós chegarmos.

Com a cabeça ele acena para a porta e imediatamente eu saio, ainda acariciando o local onde ele me apertou. A galeria está completamente vazia, exceto pelos dois seguranças do lado de fora e Joseph, do lado de dentro. Percorro o lugar com os olhos, lembrando-me da noite do leilão. As minhas fotos, assim como as das meninas, sumiram de White Cube e agora pertencem aos nossos respectivos compradores. Fico feliz por Justin estar com minha foto, ao invés de algum velho nojento que provavelmente se vangloriaria de ter passado uma noite comigo para os amigos.

Distraída em meus pensamentos confusos e agitados, não percebo quando alguém se aproxima por trás e tapa minha boca, me puxando para uma sala fechada da galeria, a mesma sala onde todo o equipamento de Justin está montado. Meu coração acelera e meus olhos arregalam. Sem pensar duas vezes eu mordo a mão do indivíduo, a fim de sair correndo daqui.

–– Ai! –– ele exclama e ao reconhecer a voz rouca e extremamente familiar, eu relaxo, encolhendo os ombros. –– Droga, Faith. –– ele se afasta e eu me viro. Rio baixinho ao vê-lo balançando a mão vermelha no ar.

–– Desculpa, pensei que fosse mais um sequestro. –– tento me explicar. Ele me encara por alguns instantes e sem dizer nenhuma palavra se aproxima de mim, envolvendo minha cintura com seus braços fortes, e colando nossos lábios em um beijo lento, repleto de volúpia. –– Senti sua falta. –– digo, finalizando o beijo com um selinho.

–– O FBI está furioso comigo, quase me tiraram do caso por causa dos cem mil dólares. –– diz baixo, para que ninguém nos ouça. –– Tive que me afastar por um tempo, se eles souberem o quanto estou me arriscando por nós eu perco meu emprego, e pior... Eu perco você.

–– Eu pensei que tivesse acontecido algo ruim. Você não faz ideia do quão preocupada eu fiquei. –– agarro seu corpo, abraçando-o fortemente e relaxando a cabeça em seu ombro, inspirando seu perfume amadeirado.

–– Eu estou bem, nada me aconteceu. –– ele tenta me acalmar. –– Só precisamos ser cuidadosos, meu chefe sabe sobre a situação, mas ainda sim, ele é meu chefe e se pensar que eu posso estragar essa investigação ele não vai pensar duas vezes antes de me dispensar. –– assinto.

–– Descobri algo que pode nos ajudar. –– começo a dizer. –– Quero dizer, ainda não descobri nada, mas é uma pista.

–– Amor, fala logo, não temos muito tempo até Dean ou Joseph perceberem que não está mais lá fora. –– ele me apressa.

–– Dean tem alguém, pode ser uma namorada, talvez. Eu não sei. Só sei que no dia que nos reencontramos ele recebeu uma ligação, e estava escrito ‘’baby’’.

–– Faith, não deve ser nada importante. Deve ser apenas uma mulher com quem ele transa.

–– Eu prefiro acreditar que ‘’baby’’ é o nosso passaporte para fora desse lugar. –– debato. Ele sorri de lado. –– É melhor eu sair. 

 –– Espera, eu trouxe uma coisa pra você. –– ele enfia a mão no bolso e tira de lá um celular simples e pequeno. –– Não é grande coisa, mas com isso poderemos nos falar. Faith, você precisa tomar cuidado, se alguém te pegar com isso... Eu não quero nem imaginar o que pode te acontecer.

Ele me entrega o celular, e eu guardo no cós da calça jeans, aproveitando que minha blusa tapa o mesmo.

–– Serei cuidadosa. Agora, é melhor eu ir. –– ele assente. –– Eu te amo.

–– Eu também te amo.

(...)

O carro para em frente a um edifício enorme na parte rica da cidade. Com os olhos percorro toda a extensão do mesmo, e a impressão que tenho é que o próprio se perde em meio às nuvens, mas sei que isso é um exagero. Dean sai do carro e logo em seguida abre a porta do passageiro para mim. Juntos nós entramos, o hall é fabuloso, como os de luxuosos hotéis de filmes, e o porteiro o cumprimenta, um cumprimento não correspondido. Sorrio levemente para o senhor, que sorri de volta.

Dean envolve minha cintura com a mão ao entramos no elevador, e pouco a pouco ele sobe todos os andares, até chegar ao último, o número 24. Minha boca vai ao chão ao chegarmos, nunca presenciei tamanho luxo em toda a minha vida. Apesar de não ser uma mulher completamente materialista, qualquer pessoa fica impressionada com as coisas ao meu redor. Todo o lugar é decorado de forma neutra, assim como White Cube, mas é óbvio que cada item, desde aos móveis a decoração, possui no mínimo três zeros no preço.

–– Dean, que lugar é esse? –– pergunto, ainda impressionada e sem conseguir disfarçar tal coisa.

–– É a minha casa. –– ele responde. –– Achei melhor te trazer pra aqui ao invés de irmos para algum hotel. –– engulo a seco.

–– E pra que me trouxe aqui? –– pergunto, receosa com a resposta. Ele ri nasalado.

–– Não foi para conversamos, Faith. –– de forma lenta ele se aproxim e uma vez perto seu sorriso torna-se unicamente malicioso. –– Está na hora de satisfazer o chefe, Faith.

Não consigo conter minha expressão de horror, pela primeira vez consigo entender perfeitamente o sentindo da expressão popular ‘’engulo a seco’’, pois nesse momento sinto minha garganta se movendo para cima e para baixo como se eu estivesse acabando de ingerir algum alimento. Dean sorri de orelha a orelha.

Mexo minhas mãos desconfortavelmente e tento achar um modo de me livrar de suas garras. Sim, neste momento o olho como se ele fosse um gavião e não um monstro. Seus olhos estão enormes em cima de mim, suas mãos estão em minha cintura com uma posse que ele imagina ter, ou tem, sobre mim. Não sinto medo, no momento tudo que posso dizer é que me sinto estupidamente idiota, porque estou sem ação alguma.

–– Faith? –– sua voz chega ao meu cérebro. Pisco avidamente, tentando formular frases, mas falho. — Vamos? — sua mão pega a minha.

A vontade de chorar se instala em minha garganta, sinto minhas bochechas esquentarem, pelo fato de reprimir meu choro. Mesmo sabendo que agora sou uma prostituta, o último homem com quem queria ter que dormir é Dean Henderson, o causador de minha desgraça.

Ele para em frente a uma porta marrom envernizada, olho o extenso corredor, vendo cinco portas ao total. Ele abre a porta e vejo um quarto enorme, uma cama de casal está no centro, uma colcha de cama azul escura está muito bem esticada sobre o colchão box, dois criados-mudos ficam um de cada lado da cama, as paredes estão pintadas em um cinza claro de muito bom gosto, um lustre dá a claridade que o quarto precisa, a persiana cinza fechada me tira a visão de sua janela, no chão um tapete cinza felpudo está em um local estratégico, três portas se fazem presente no quarto, duas com certeza se tratam de um closet e um banheiro. Mas, o que será a outra? Vindo deste homem nada mais me surpreende.

Sinto quando sua mão desvencilha-se de meu quadril, e vem subindo com caricias até meus ombros. Ele me puxa com uma certa força, sinto quando minha bunda bate contra o seu quadril, e sua mão abraça minha barriga. Seu nariz encosta em meu pescoço soltando uma lufada, para logo dá um beijo casto, mas em um ponto estratégico, com certeza, ele é bom, sabe como levar uma mulher para cama na primeira noite, porém, não muda o fato de quem ele é, e de não ser o meu marido.

–– Hoje Faith irei te provar o que é ser desejada por um homem. Você não tem noção o tanto que quero te foder. Se prepara por que nossa noite está apenas iniciando.

Ele me joga em sua cama brutalmente, e vem para cima de mim, me roubando um beijo. Sinto meus lábios arderem no mesmo instante pela força imposta.

(...)

Abro meus olhos lentamente e olho para o lado, percebo que me encontro sozinha naquele quarto, o relógio no criado mudo mostra ser apenas 07:16am. Sinto o cheiro forte da colônia masculina na roupa de cama, automaticamente meus olhos se enchem de lágrimas ao lembrar das últimas horas ali, as coisas que fui submetida a fazer, como tive que gemer seu nome, como tive que fingir prazer, fingir orgasmo, quando tudo que senti foi apenas nojo.

Dean não era ruim de cama, pelo ao contrário, ele se encaixava bem na lista dos homens que sabe como, e quando fazer. Contraditório, eu sei, pensar assim, depois de pensar o nojo que senti. O problema é que eu não queria me deitar com aquele homem.

–– Vejo que enfim acordou. Tome banho, e venha comer. Vou te levar para galeria.  –– olho em direção a porta, e o vejo todo arrumado. Assinto e me levanto. Quando o lençol escorrega de meu corpo, percebo que estou nua, seus olhos percorrem cada centímetro de meu corpo, e ele logo sorri. Abaixo meu olhar, envergonhada. –– Deixei uma roupa limpa para você no banheiro.  Não demore, odeio ter que esperar.

Abro todas as portas, mas uma delas está trancada. Não me aguento de ansiedade e olho pelo buraco da fechadura, e pelo pouco que vejo parece ser um escritório. Suspiro, pensando nas infinitas provas que devem ter por este lugar. A segunda porta é o banheiro, entro e vou até a ducha, me assusto quando vejo marcas de mordidas em meus seios, e chupões em meu pescoço, completamente inusitado para um homem que proíbe seus clientes de marcarem suas preciosas.

— Geme meu nome. — Dean ordenou em um certo momento. Cumpri sua vontade, gemendo contra gosto. O seu corpo se chocou contra o meu com força, ele me penetrou de lado, sua virilha batendo com força em minha bunda, ecoando por todo quarto — Oh! Faith, tão deliciosa, tão cheirosa, tão convidativa. — Sua voz sussurrava em meu ouvido, enquanto uma de suas mãos se concentrava em me dar palmadas, e a outra beliscava meu clitóris. — Goze para mim. Goze comigo.

Lembro bem cada mínimo detalhe dessa longa noite, que tanto quero apagar da memória. Passo o sabonete em meu corpo, o cheiro de pêssego invade todo o banheiro. Momento depois eu me seco rapidamente, coloco a lingerie branca que ele havia deixado ali, juntamente com um vestido azul claro. Calço a rasteirinha de ontem novamente, deixo meus cabelos molhados, passando somente os dedos por meus fios. Ao abrir a porta do quarto, juro que posso ouvir uma voz de criança. Talvez seja a televisão.

Sigo meu caminho, e logo vejo o homem requintado com uma xícara de café em mãos, enquanto olha algo em seu iPad, com os fones conectados ao seu ouvido. Percebo que ele fala com alguém.

— As coisas não funcionam assim Miranda, devia ter me avisado, sabe que sou um homem ocupado. — mantenho-me em silêncio, curiosa, e lamentando não poder ouvir o que a mulher do outro lado da linha diz. — Tudo bem Miranda, apenas alguns dias.

O silêncio se faz presente.

— Claro que a amo, só é complicado. Mas vou desfrutar a presença dela por esses dias. Boa Sorte.

Escondo-me para que ele não me veja e suspiro. Não entendo nada de sua ligação e isso me frustra, mas finjo não ter ouvido nada quando ele nota minha presença. Sorrio, e vou em sua direção.

Incorpore uma atriz Faith. Tudo por sua liberdade, tudo para derrubar White Cube.

— Sente-se Faith, tome café e vamos, tenho um dia longo hoje. — seus dedos longos e finos vão de encontro a sua têmpora, no mesmo instante em que suspira.  

Vejo uma menina correr em direção à sala de estar com uma senhora atrás tentando impedi-la, mas não consegue pegá-la a tempo. Arregalo meus olhos, seus cabelos são escuros e seus olhos são como os de Dean, azuis. Ela aparenta ter no máximo seis anos.

— Pronto papai, agora posso tomar meu leite? — ela para quando me vê. — Quem é ela papai? — seu dedo comprido aponta em minha direção. — Ela é sua namorada? — a curiosidade aflora na menina, seus olhos estão grudados em mim, como os meus nela.

 Dean é pai?

— Ela trabalha com o papai Emily. Agora vai com Hortência, ok? Mais tarde eu fico com você.

Percebo que ela se chateia, mas não chora ou tenta chamar atenção dele, apenas obedece e segura à mão da senhora que estava ao seu lado antes, provavelmente sua babá. Observo as duas sumirem pela enorme casa, e por mais que eu queira perguntar de onde aquela menina surgiu, não me atrevo, e ele por sua vez também permanece em silêncio. Meu Deus, quando pensei que não me surpreenderia mais com este homem, vejo que estava redondamente enganada.

— Sei que está curiosa preciosa, seus olhos te delatam. Emily é minha filha, eu fui casado, durante três anos, quem olha revistas econômicas sabe disso, porém, não deu certo. Miranda teve que fazer uma viagem de negócios, e ambos não gostamos de deixar ela sozinha com babás, além do mais ela está em aula, e não pode faltar, então ela veio ficar comigo. — fico feliz por ele ter falado. Mas, porque ele falou? será que ele está tão envolvido comigo assim? Não, é possível. Luna tem razão em dizer que isso é impossível de acontecer. — Não comente minha vida privada com as garotas, tudo bem? Não me faça me arrepender de ter te colocado em um patamar especial. E também não comente nada sobre nossa noite, elas não precisam saber. — sua voz sai calma, mas posso ver a ameaça bem mesclada ali em meio ao seu olhar sombrio.

— Não se preocupe, eu não falarei nada. — me limito dizer somente isso

(...)

Com o passar das horas, fico preocupada, Justin não aparece na galeria. Mas, apesar da saudade não posso ignorar que por um lado é bom, assim ele não me vê marcada por outro homem. Por Dean.

— Vamos embora, Henderson te liberou mais cedo. Ele disse que não está em condições de trabalhar. — Joseph fala e me olha com nojo, provavelmente deve saber que dormi com o chefe. 

Não nego, fico contente de não ter mais um homem me tocando. Entro no carro e o caminho todo é feito em silêncio. Ao adentrar o pequeno apartamento, faço um enorme sanduíche, e como com vontade. Enquanto assisto a um filme na televisão escuto um toque e me lembro do celular. Como pude me esquecer do celular que Justin me deu? Corro até a sacola com minha roupa de ontem e sorrio ao ver que o nome de Justin aparecer no visor. Olho as horas, e percebo que poderei conversar bastante, por estar sozinha, e deduzindo que Luna não voltará tão cedo da galeria. Levo o celular até a orelha.

— Justin, como é bom poder ouvir sua voz. — escuto sua risada nasalada, algo tão gostoso de se ouvir.

— É bom ouvir sua voz também amor. Sei que não estava na galeria, por isso te liguei, um agente paisana foi se passar por cliente hoje e dei um jeito de saber quais garotas estavam essa noite a serviço. Mas, como você está minha imensidão azul? — ele nunca esquece esse apelido. Pisco contente, são mínimas coisas hoje em dia que me fazem feliz, agora percebo o quanto o ser humano as vezes é ingrato, hoje dou valor a cada mínimo detalhe.

Conversamos mais um pouco, mais precisamente por algumas horas.

— Justin, Dean foi casado, ele tem uma filha, o nome dela é Emily, e tem um escritório em seu quarto lá na casa dele, mas a porta fica trancada. — falo rapidamente. Ouço sua respiração acelerar. — Justin?

— Como você sabe disso tudo Faith? O que você foi fazer na casa desse homem? Não me diga que ele quis transar com você, foi isso Faith? — Noto que está alterado. Sua respiração se torna pesada, mas sua voz sai chorosa. Meu silêncio é a resposta. — Eu vou naquela galeria, eu vou matar esse homem. Pra mim já deu. FAITH EU ODEIO ESSE HOMEM. — sua voz se exalta ainda mais, e escuto algo caindo, ou quebrando, não sei ao certo.

— Amor, calma, não aconteceu nada. — minto, caso contrário ele faria alguma loucura. Conheço o marido que tenho. — Justin me escuta, ele só beijou, não se preocupe, você mesmo me disse que esse pesadelo vai durar só mais um pouco, e que eu preciso aguentar mais um pouco. Por favor, não ponha tudo a perder meu amor. Você ouviu as coisas que eu descobri? — sua respiração se acalma.

— Sabemos da filha, sabemos do casamento com Miranda Fields, e do divórcio também. Ela uma das maiores empresárias na área de fabricação de produtos de beleza, mas isso não beneficia ao FBI Faith. O detetive antes de mim passou meses investigando Miranda e a mulher não faz ideia das negócios ilegais do ex-marido. Além do mais, somos os mocinhos lembra? Não vamos usar a família dele como troca, amor. Mas, sobre o escritório, isso sim é muito útil.

— Então tenho que ir lá mais vezes, vou tentar entrar Justin, lá deve ter alguma coisa Contatos, eu não sei. –– falo empolgada.

— Não, Faith. Por favor, não. Além de perigoso, se você for aquele antro novamente, ela irá querer te comer. — a palavra comer me ofende, mas, sei que ele está nervoso, e não quero discutir.

— Justin, amor, o que estiver ao meu alcance eu vou fazer, e tenho certeza que você irá me devolver minha liberdade, você irá derrubar White Cube, e juntos iremos voltar para nossa casa. Eu te amo Justin, você me devolveu a fé que eu tinha perdido, então me deixa tentar. Me deixe te ajudar.

— Faith... — sua voz sai baixa. Quando penso em devolver seu nome na mesma intensidade com tanto amor, vejo Luna parada na porta me olhando com seus olhos enormes e a mão na boca.

— Luna?  — indago, e no mesmo instante meu coração dispara.

— Faith? O que aconteceu amor? — escuto Justin perguntar do outro lado da linha, mas eu encaro a morena a minha frente que parece despertar.

— Faith, o que significa isso? Como assim derrubar a White Cube? O Justin com quem fala é o nosso fotógrafo? E onde arrumou esse telefone?

Ela faz milhares de perguntas mostrando que ouviu o suficiente para arruinar tudo. Passo meus dedos pela minha testa que está completamente suada, enquanto minha mente grita.

E agora o que eu faço?


Notas Finais


E então o que acharam? Eu espero que tenham gostado. Caso tenham gostado do capítulo não deixem de comentar, pois isso nos incentiva muito. Críticas são sempre bem-vidas, desde que as mesmas sejam construtivas. Beijão e até o próximo capítulo <3


Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=VnHeKudjqf8&feature=youtu.be

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