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História The Case of White Cube - Blinded by rage


Escrita por: lagerfeld e TiaClara

Notas do Autor


Tenham uma boa leitura e até semana que vem.

Capítulo 16 - Blinded by rage


Fanfic / Fanfiction The Case of White Cube - Blinded by rage

Faith

A morena de olhos verdes me encara com seus olhos enormes, ela está pálida e sua boca está levemente aberta. Luna olha rapidamente para a porta atrás de si, um frio percorre minha espinha ao imaginar que Joseph possa ter escutado algo, graças aos céus não, pois a porta se encontra fechada e o absoluto silêncio se faz presente. Luna tira seu salto o jogando em qualquer canto, e me pega pelo braço me levando até o quarto, e fechando a porta. Uma de minhas mãos ainda está sobre o celular, que se mantém firme em minha orelha, posso ouvir Justin desesperado chamar meu nome, sem pensar duas vezes desligo o aparelho e olho Luna que está a minha frente ainda esperando por respostas.

— Faith. — sua voz sai autoritária e firme.

Sei que ela sempre foi forte e impõe suas vontades. Joseph que diga, o homem sofre com ela, mas essa Luna está intimidadora, com apenas meu nome soando com essa entonação forte. A encaro e ereto minha coluna pondo minha melhor pose que não estou assustada.

— Eu conheço você tempo suficiente para saber que no fundo está assustada com o que eu possa fazer, e fique tranquila, eu não vou fazer nada Faith. Eu só quero entender, como conseguiu um celular? E como assim derrubar White Cube? — ela pega minha mão e se senta, fazendo com que eu imite seu gesto e faça o mesmo.

Relaxo meus ombros ao ver verdade em seus olhos brilhantes, vejo fé em seus olhos, a mesma esperança se ascende nela, como ascendeu em mim quando reencontrei Justin. O celular simples toca em minha mão, olho na tela e vejo o nome Justin escrito, engulo em seco quando vejo Luna olhar o aparelho também. Desligo o aparelho por completo, sei que ele deve estar como um louco, sem saber o que houve comigo, mas eu não sei como agir neste momento.

Pergunto-me se devo ou não contar para Luna, ela sempre me inspirou confiança, porém, nunca conhecemos alguém verdadeiramente sem anos de convivência, e agora vem o ‘’mas’’.... Luna está como eu, ela é vítima de um gigolô, ela como eu foi raptada, pior, ela foi vendida pelo seu padrasto. O que eu vou fazer? Grito internamente comigo mesma.

— Luna, eu não vou mentir para você, eu estou confusa, não sei se devo confiar ou não. — ela pega minhas mãos e as juntas, vejo seus olhos cheio de curiosidade, mas com uma pitada de entendimento. Ela sabe mais ou menos o que deve estar acontecendo, só precisa do entendimento.

— Faith. — ela umedece os lábios e me olha. — Eu nunca faria nada que prejudicasse você, e ouvi perfeitamente quando disse derrubar essa galeria. Eu estou presa nesse lugar há mais tempo que você, se tem uma pessoa que quer que Dean pague, essa pessoa sou eu. Sabe qual era meu sonho antes de ser traficada? — seus olhos brilham com a formação de lágrimas que concentra neles. — Antes de aquele bastardo me vender para o demônio engravatado nomeado Dean — rimos. — Eu não queria ser uma mulher independente, não queria um salário alto ou um cargo invejável, eu queria uma casa simples em lugar calmo, queria um marido e três filhos, queria poder ser mãe, queria ser esposa, sonhava em casar de branco e virgem. Eu fui aquele tipo de adolescente apaixonada, com sonhos de princesa. Eu queria poder cuidar da minha casa, queria que meu marido chegasse em casa no fim da tarde e eu o recebesse com um beijo singelo, e iria querer saber como foi seu dia, mas Dean Henderson me tirou tudo isso.

Pela primeira vez em quase oito meses a vi chorar e doeu, como jamais havia doido alguma vez ao ver alguém chorar.

— Graças a Dean, eu nunca vou saber se teria realizado o meu sonho, ou se iria quebrar a cara, e amadureceria com isso. Graças a Dean eu não sei o que é ser amada. Graças a Dean eu não saberei o que é ser tocada pelo homem que escolhi, Faith minha virgindade foi leiloada quando eu tinha apenas dezoito anos, até isso meu padrasto revelou para que ele me vendesse mais cara.

Minhas mãos se soltam das delas e a olho assustada. Ela passa os dedos sobre os olhos secando as lágrimas que escorrem, e põe sua armadura de forte novamente, eu pensei que ela estivesse aqui a pouco tempo, mas não, ela está presa nesse local a anos, mas nunca conversamos com profundidade neste assunto, pois é algo que machuca nós duas. Dean é pior do que imaginei, e com tudo que ouvi de sua boca, tomo minha decisão.

— O fotógrafo, Justin é meu marido. — ela arregala seus olhos, acho que ela esperava tudo, menos isso. — Justin na verdade é um detetive, eu fui usada como vingança Luna, fizeram Justin sofrer me usando como isca. Ele prendeu um traficante e, matou o filho dele em defesa, como eu era o tal ponto fraco do policial Bieber, eles me usaram como um modo de retribuir o favor. Me fizeram escrever uma carta, uma maldita carta dizendo que o deixava.

— Faith, meu Deus. — sua mão vai de encontro a boca, e ela me olha com dor, a mesma dor que olhei para ela quando me contou sua história.

— Reencontrei Justin no dia que fui tirar minhas fotos para o leilão de Dean. Eu passei mal aquele dia, lá estava meu loiro tão lindo, ele estava mais lindo do que nunca Luna, porém a forma que me olhou, a dor e ódio que vi em seus olhos aquele dia me mataram. Ele me encontrou do nada, passou tantas coisas em minha mente e com certeza na dele também, ainda me dói ao lembrar-me de sua fala, ele foi tão frio, tão ríspido.

“Eu só tenho uma pergunta Faith, apenas uma: Porque?”

— Como você sabe ele conseguiu me comprar na noite do leilão, e nessa noite descobri que ele é um infiltrado do FBI, e Dean está sendo investigando.

Ela sorrir animada, um sorriso verdadeiro.

— Deus tarda, mas não falha. Eu sempre tive fé que todas as meninas daqui iriam ser livres algum dia, Faith acredite se quiser ou não, mas você é nosso anjo, você teve que sofrer para libertar todas nós. Faith você nasceu com essa missão.

Pela primeira vi Luna com uma fé e uma religiosidade jamais vista em nenhuma de nós, e talvez ela tenha razão.

.....

O carro para em frente a White Cube e eu solto um longo bocejo, quase caindo de sono. A noite passada fora longa, Luna e eu conversamos por quase todo o tempo em que a lua esteve no céu. A morena de olhos verdes me perguntou tudo, desde os detalhes de minha antiga vida, ao meu relacionamento com Justin, e nosso plano. Não que eu esteja reclamando, lhe contei tudo de muito grado, confiei a Luna os segredos de minha vida, e fico feliz por ter tido uma conversa completamente normal, sem falar de clientes, Dean ou qualquer outra coisa relacionada ao momento atual. Luna também me contou sobre sua antiga vida, e ouvir sua história e me fez perceber o quanto eu era realmente sortuda.

— Luna não pode contar isso a nenhuma outra garota, entendeu? É muito arriscado. — digo baixo ao sairmos do carro, praticamente cochichando em seu ouvido para que Joseph não nos ouça.

— Não se preocupe Faith, não arriscarei nossa carta de alforria. — ela lança-me uma piscadela.

— Parem de fofocar e entrem logo, não tenho dia todo. — Joseph bufa.

— Bom dia meninas. — Luna cumprimenta animada, e em passos rápidos se junta ao grupo de garotas sentadas ao chão da galeria.

Joseph lança-me um olhar repreensivo, como se quisesse me enxotar para junto das outras garotas, mas não o faz por causa de Dean. Reviro os olhos, desprezo a forma bruta como ele trata a mim e as outras garotas, e rezo para que o mesmo caia junto com Dean. Cruzo os braços em frente ao peito e dou os primeiros passos em direção as meninas, mas antes que eu sente minha bunda no piso gelado assim como elas, paro ao ver o fotógrafo lindo e tatuado distraído em sua sala.

— A onde pensa que vai? — pergunta Joseph.

— Ao banheiro. Posso, ou terei que fazer minhas necessidades na sua frente também? — arqueio a sobrancelha, e sinto o olhar de todas as meninas sobre mim.

— Faith, não abuse da minha gentileza. Só porque é a puta do patrão não quer dizer que tem alguma autoridade sobre mim. — diz entre os dentes.

— Se eu fosse você eu tomaria cuidado, porque existem outros mil Joseph’s por ai, e eu tenho certeza de que Dean não pensaria duas vezes antes te jogar fora se fosse um pedido meu. Afinal, eu sou a preciosa dele. — Joseph fecha as mãos em punho, sua face ganha uma tonalidade avermelhada, e quase posso ver a fumaça saindo por suas grandes narinas.

Dou-lhe as costas, e ando. Sei que fui extremamente imprópria por dizer o que disse, pois além de concretizar o meu ‘’relacionamento’’ com Dean para quem quisesse ouvir, chamei a atenção da única pessoa ali que realmente se importa com isso: meu marido. Joseph irritado se afasta falando algo que não consigo entender, e aproveito seu momento de distração para mudar a rota de meu caminho, entrando sorrateiramente na sala onde Justin se encontra, e que graças a Deus fica em um canto escondido o suficiente para não nos ouvirem.

— O que foi aquilo? — pergunta Justin de forma fria, fechando a porta atrás de mim.

— Bom dia pra você também. — encosto meu corpo contra a porta. Ele me encara fixamente por alguns instantes, suspira, e finalmente relaxa os ombros.

— Bom dia. — ele se aproxima de mim, e sela meus lábios rapidamente. — Agora pode, por favor, me dizer o que foi aquilo?

— Aquele homem me irrita, ele é um boçal e estou cansada da forma como ele trata a mim e as outras meninas. — confesso, encarando meus próprios pés.

— Amor, eu sei que está cansada, mas eu juro que logo esse pesadelo irá acabar. — ele diz manso, tocando minha nuca com suas mãos macias, e me deixando cada centímetro de mim arrepiado. — Faith, o que aconteceu ontem à noite?

— Luna descobriu sobre nós, mas você não precisa se preocupar, ela está do nosso lado. — toco seu peitoral com minhas mãos.

— Tem certeza de que podemos confiar nela? — noto o receio em seu olhar.

— Sim, se tem alguém que pode nos ajudar é a Luna. Justin, ela está aqui há anos, com certeza já ouviu ou viu alguma coisa. — tento passar-lhe confiança.

— Isso é bom. Dean quer que eu faça outra sessão de fotos com vocês, vou aproveitar essa oportunidade para conversar com ela. — ele sorri minimamente. — Mas, agora eu quero aproveitar cinco minutos com a minha esposa.

Seu sorriso mínimo vai embora, dando lugar a um sorriso completamente safado, que faz sentir um arrepio entre as pernas. Justin envolve minha cintura fina com seus braços, e me toma como sua. Não demora muito para que seus lábios se juntem aos meus em um beijo apressado, e necessitado, como se um precisasse do outro para viver, o que é a mais pura verdade. Sua língua dança em minha boca com uma maestria invejável. Ele suga meu lábio inferior me fazendo delirar, ao mesmo tempo em que seus dedos acariciam minha coxa.

Interrompemos o beijo por falta de ar, mas isso não faz com que o calor entre nós se vá. Justin puxa-me mais para perto, acabando com qualquer mínimo espaço que me separasse dele, e joga o meu cabelo para trás, deixando o caminho livre para beijar minha nuca, o que ele faz de forma extraordinariamente perfeita.

Justin interrompe o movimento de seus lábios de forma bruta, o que me faz abrir os olhos.

— O que foi? — pergunto assustada, vendo-o fitar fixamente minha nuca exposta.

— O que é isso, Faith? — pergunta de forma transtornada, se afastando de mim, e eu não entendo. Rapidamente ele joga o celular em minha direção, eu o pego no ar e pelo reflexo vejo um roxo em minha pele. — Ele bateu em você? Aquele desgraçado te maltratou? — pergunta, com o tom de voz alterado.

— Justin, pelo amor de Deus fala baixo. — imploro. — Dean não me bateu, eu juro.

— Então quem fez isso com você? — seus olhos tornam-se totalmente inquietos, assim como ele. Justin anda de um lado para o outro sem parar, enterrando as aos entre seus fios louros. Nunca o vi tão sem rumo.

— Amor, olha para mim. — me aproximo dele, e seguro suas mãos. — Ninguém me machucou, isso é... — mordo o lábio inferior, sem saber como dizer o que precisa ser dito. — Justin, eu menti pra você. Ontem a noite quando me ligou, eu disse que não tinha acontecido nada entre Dean e eu, mas, eu menti pra você.

— Faith, vocês... — ele não termina, apenas soca a parede ao meu lado, fazendo com que um som angustiante incomode meus ouvidos. — Eu vou matar aquele filho da puta.

Dito isso eu não tenho tempo para tentar acalmá-lo, pois o meu corpo é impulsionado para frente, devido à força que alguém exerce contra a porta. Meus olhos se arregalam, enquanto Justin parece cego pela raiva, e pelo ciúme. Seguro seu rosto com minhas duas mãos, e tento acalmá-lo apenas com meu olhar, e um beijo rápido em seus lábios. Afasto-me da porta, e dou um pulo para longe de Justin. A porta se abre e no instante em que meu olhar se cruza com o de Dean, todo o meu corpo gela.

— O que está acontecendo aqui? 

 


Notas Finais


E então o que acharam? Eu espero que tenham gostado. Caso tenham gostado do capítulo não deixem de comentar, pois isso nos incentiva muito. Críticas são sempre bem-vidas, desde que as mesmas sejam construtivas. Beijão e até o próximo capítulo <3


Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=VnHeKudjqf8&feature=youtu.be

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https://spiritfanfics.com/historia/love-at-second-sight-6875946
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