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História The Case of White Cube - Back to Home


Escrita por: lagerfeld e TiaClara

Notas do Autor


Tenham uma boa leitura e até semana que vem com a Laura! ;)

Capítulo 20 - Back to Home


Fanfic / Fanfiction The Case of White Cube - Back to Home

 Faith

–– Amor... –– sinto um toque leve em minhas bochechas, alisando minha pele. Subindo e descendo, me fazendo despertar bem devagar. A luz forte torna minha visão turva. Pisco meus olhos algumas vezes até finalmente conseguir estagnar minha visão no homem a minha frente, lindo e sorridente. –– Você acabou pegando no sono. Eu não queria te acordar, você estava dormindo tão serena.

–– Então por que me acordou? –– brinco, coçando os olhos e erguendo meu corpo sem saber ao certo em qual momento eu me deitei nos assentos da delegacia.

–– Por que eu pensei que você fosse gostar mais de dormir em uma cama. –– franzo a testa, ainda não conformada por ele ter me acordado. Os assentos da delegacia não são o lugar mais confortável do mundo, mas meu dia havia sido cansativo e cheio, estou exausta e sem dúvida alguma teria dormido até o dia seguinte se Justin não tivesse me acordado. –– Comigo. –– ele completa me fazendo sorrir.

–– Tudo bem, mas você terá que em carregar até o carro. –– estendo minhas mãos em sua direção como uma criança pedindo colo.

Ele gargalha, mas não protesta. Justin me puxa para cima, passando suas mãos ao redor de minha cintura e me ajudando a caminhar para fora do lugar. Estaria mentindo se dissesse que não senti falta de momentos bobos como antes, momentos sem qualquer tensão. Momento em que eu podia ser simplesmente a Faith, uma mulher adulta que vez ou outra se permitia agir como a criança que ainda habita dentro de mim.

E Justin por sua vez... Não há palavras que descrevam o quão maravilhoso meu marido foi nas últimas semanas, passando por cima de seus limites e sendo o profissional que me enche de orgulho. Mas, senti falta do homem relaxado por detrás do distintivo, e agora, nesse exato momento enquanto ele me acomoda no banco do passageiro como um pai acomoda o seu bebê eu consigo ver esse homem relaxando voltando para a minha vida.

Durante todo o caminho eu cochilei, sem saber assim quanto tempo levou ou se alguma coisa inusitada aconteceu durante o trajeto, me fazendo perceber que eu não estou apenas exausta, mas sim completamente acabada. Entretanto, são quase uma da manhã e por isso não me sinto nenhum um pouco culpada. Um pouco velha talvez. Mas culpada não.

O carro é estacionado em frente ao prédio que Justin se acomodou durante o tempo em Chicago. Ele dá a volta no veículo e abre a porta do passageiro me ajudando a sair, os lances de escada são realmente um desafio, tanto para mim que mal me aguento em pé quanto para ele que não consegue se decidir entre me ajudar ou se aproveitar da minha fragilidade para apalpar meu corpo me fazendo rir.

–– Você está terrível hoje. –– afirmo com a voz sonolenta enquanto ele abre a porta do apartamento.

–– Eu estou feliz Faith. Você não está? –– ele me encara antes de me dar passagem.

–– Sim, muito feliz. Mas, também estou com muito sono. –– adentro o apartamento indo direto para a cama de casal onde eu me jogo sem ao menos tirar os sapatos.

–– Então durma. –– sinto seus dedos corriqueiros deslizarem meus tornozelos até finalmente tirarem os sapatos de meus pés. Ele beija meu ombro e eu me acomodo na cama, abraçando um dos travesseiros. –– Eu vou tomar uma ducha.

No instante em que ouço o som do chuveiro sendo ligado meus olhos se abrem e sou atraída para a porta aberta como um gato é atraído pelo novelo de lã. Analiso a fresta aberta, e deduzo que Justin a tenha deixado assim de propósito exibindo sua bunda redondinha apenas para me provocar. Mordo meu lábio inferior e sinto um calor se instalar no meio de minhas pernas.

Os minutos seguintes passam em câmera lenta e eu acompanho cada movimento de meu marido com o máximo de atenção, analisando desde a forma como ele ensaboa seu abdômen tatuado a ereção que se forma quando o mesmo massageia seu membro grande, rosado e grosso. O chuveiro é desligado e assim que o vejo pegando a toalha viro-me para o lado e fecho os olhos, fingindo estar adormecida sem me importar com o quão infantil isso parece. De jeito nenhum eu darei a Justin o prazer de saber que sua sensualidade tirou meu sono.

De olhos fechados eu ouço seus movimentos, seus passos, a cômoda sendo aberta e por fim ele se deitando ao meu lado. Seu odor másculo impregna minhas narinas, me fazendo imaginar seu abdômen molhado e cabelos desgrenhados. Antes que eu me dê conta estou apertando minhas pernas uma contra a outra, tentando afastar a excitação que percorre meu corpo. Sem conseguir me controlar eu me viro subitamente, subindo em cima de meu marido e apoiando minhas mãos nas laterais de seu corpo.

–– Eu pensei que estivesse com sono. –– ele diz com um sorriso sacana nos lábios.

–– Você me fez despertar.

–– O problema é que agora eu estou com sono Faith. –– balanço a cabeça negativamente.

–– Eu lamento amor, mas você não vai dormir agora.

Inclino meu corpo para frente, tomando seus lábios em um beijo ávido, quase desesperado. Justin abraça minha cintura com seus braços fortes, apertando meu corpo contra o seu. Sua língua pede passagem de forma grossa, penetrando minha boca e me permitindo sentir o gosto de menta do creme dental.

Ele começa a distribuir beijos em meu pescoço enquanto me empurra para mais perto da cabeceira da cama. Justin me joga sobre os travesseiros e me lança um olhar safado antes de voltar até mim. Com ele em cima de mim tenho a visão de seu belo e definido abdômen. Sem camisa e com essa calça moletom ele consegue ficar incrivelmente sexy simplesmente pelo fato de suas entradas serem bem definidas.

É literalmente o caminho para a felicidade.

Eu sei que Justin ama me provocar e é por isso que ele parece se exibir cada vez mais. Ajoelhado sobre a cama ele segura o cós de sua calça e a abaixa lentamente me fazendo arfar com a visão de sua cueca boxer preta. Ele ri um pouco com a cena e então volta a me beijar.

Justin distribui mais uma vez beijos por meu pescoço e então ele começa a descer lentamente e gradativamente como se quisesse judiar de mim. Já não basta seus lábios quentes literalmente passeando por mim, eu ainda consigo sentir o volume de sua boxer roçando em minha perna.

Justin abre o fecho de meu sutiã que é na parte da frente e o tira por meus braços o jogando em qualquer canto do quarto. Em um movimento rápido ele lambe lentamente o bico de um de meus seios e com uma de suas mãos passa a massagear o outro. Jogo minha cabeça pra trás fechando os olhos e sentindo uma onda de prazer dominar cada mínima parte de meu corpo. Depois de provocar por alguns segundos ele passa a realmente chupar meu seio com vontade fazendo com que eu prenda minhas mãos com força nos lençóis.

Como se não bastasse tudo isso, a mão livre de Justin passeia por toda a extensão de minha barriga e entra pelo canto de minha calcinha acariciando levemente minha intimidade. Ele sempre sabe me fazer delirar e hoje não será diferente.

Sem parar de praticamente abocanhar um de meus seios Justin penetra dois de seus dedos em mim fazendo com que eu solte longas arfadas que logo se transformam em gemidos. Eu me contorço na cama enquanto ele não para os movimentos nem por um segundo.

Como senti falta dele.

É uma pressão sexual forte demais para o meu corpo aguentar, e não demora muito para que eu ensope seus dedos com todo aquele prazer que me domina. É claro que Justin ainda não está satisfeito, é só começo. Mas eu também quero brincar um pouco, quero matar a saudade de provocar meu marido de ser sua esposa em todos os sentidos.

Justin volta a me beijar o que me dá tempo para pelo menos me recompor um pouco. Viro-me em um movimento rápido ficando por cima dele. Ele sorri mais uma vez com a cena. Dou-lhe um beijo longo antes de mordiscar sua orelha algumas vezes o fazendo gemer baixinho. Distribuo beijos por seu pescoço descendo por toda a extensão de seu corpo até chegar ao ponto principal. A cueca preta esconde um enorme volume. Abaixo a mesma vagarosamente tendo a bela visão de seu membro ereto saltando para fora.

Rapidamente levo minhas mãos ao mesmo fazendo movimentos de vai e vem que começaram devagar, mas que vão se intensificando. Com as mãos passo a brincar com suas bolas enquanto passo a língua pela cabeça de seu membro. Ouço os gemidos baixos e roucos de Justin, o que me estimula a continuar. É bom conseguir proporcionar a ele o mesmo prazer que ele proporciona a mim.

Começo a chupar lentamente seu membro sem parar de masturba-lo por algumas vezes. Ele fica louco e então suas mãos vão para meus cabelos me estimulando a ir mais rápido. Passo a chupa-lo rapidamente e sem parar. Os movimentos de vai e vem se intensificam cada vez mais e quando vejo Justin arfar alto e quase literalmente cravar as mãos em meus cabelos eu tento ir mais rápido ainda. Logo o sinto estremecer e então um jato com seu liquido vem diretamente para a minha boca. Eu sorrio e bebo cada gota sem pudor algum, eu estou feliz por estar de volta. Estou feliz por finalmente ficar ao lado do meu marido de onde eu jamais deveria ter saído.

 –– Você é muito boa Faith, eu te amo tanto minha imensidão azul. –– Justin diz com a voz um pouco falha. Sorrio mais ainda ao ouvir aquelas palavras e beijo seu pescoço mais algumas vezes antes de selar nossos lábios.

Mais uma vez Justin inverte as posições ficando por cima de mim. Obviamente lá está seu membro novamente, mais ereto do que nunca. Nem parece que há minutos ele tinha gozado. Ele mordisca meu lábio inferior com força e se apoia a cama com um de seus braços enquanto com a outra mão posiciona seu membro na entrada de minha intimidade.

Se tem uma coisa que eu sei é que Justin não é nem um pouco sensível e carinhoso na cama. De uma só vez ele me penetra com força fazendo com que eu solte um leve grito. Mas não de dor, e sim de prazer pelo fato de seu membro praticamente ter escorregado para dentro de mim com todo o estado de excitação que eu me encontro.

Minhas unhas arranham suas costas com força enquanto ele segue com seus movimentos ritmados de vai e vem. Estar com ele, senti-lo dessa maneira é uma das melhores sensações do universo. É uma coisa tão inexplicável, como se nossos corpos estivessem conectados, porém separados. Quando nos juntamos essa conexão é visível pelo fato de esse momento como todos os outros serem simplesmente indescritível.  

Não é só sexo, nem de longe. É o mais puro amor. Nós dois nós desejamos e na cama não temos vergonha de mostrar isso um para o outro.

Os únicos sons que podem ser ouvido são as minhas tentativas falhas de conter meus gemidos que parecem ficar cada vez mais altos, e os gemidos abafados e roucos de Justin, que quando chega aos meus ouvidos tem um efeito incrível. Estar com ele, querendo ou não é incrível, pelo fato de ele saber exatamente o que fazer.

Quando cada célula de meu corpo não me responde mais e eu fico completamente mole apenas sentindo todo o prazer que ele me proporciona me consumindo. Eu fecho os olhos por alguns segundos apenas me deixando levar por aquela sensação incrível.

 Quando os abro, Justin me encara com um sorriso no rosto. Não um sorriso cafajeste e safado. É realmente um sorriso. Um sorriso verdadeiro, aquele que fez eu me apaixonar por ele na primeira vez que o vi e agora me fazendo ter certeza que sim, eu o amo.

Segundos depois ele também chega ao seu ápice e em seguida cai com a respiração descompassada ao meu lado.

Ajeito-me na cama nos cobrindo com o lençol e me apoio em seu peito como eu sempre fiz. Consigo ouvir seu coração acelerado, e minha cabeça apoiada sobre ele segue os movimentos de seu peito que sobe e desce enquanto ele tenta controlar sua respiração.

–– Você é tudo o que importa para mim. –– Justin fala depois de alguns minutos. Contorno a cruz em seu peito e meus olhos pesam pelo cansaço. –– Durma Faith, eu te protejo. Ainda estarei aqui pela manhã.

Olho em seus olhos e vejo aquele ouro derretido em suas íris calmas e serenas. Me acomodo em seu peito e me deixo levar pelo sono.

 

Justin

Abro meus olhos rapidamente e suspiro aliviado por saber que tudo não foi um sonho, e sim a minha melhor realidade. Faith está de volta.

O cheiro de bacon entra em minhas narinas e sorrio por saber que ela está preparando nosso café da manhã. Levanto rápido e constato que ainda estou nu. Visto somente minha calça, e ponho-me caminhar até a cozinha tendo a visão da minha mulher com os cabelos molhados, pé no chão e apenas com uma camisa de algodão branca minha. Levo minha mão ao meu membro tentando me controlar e me pergunto como não acordei quando ela tomou seu banho. É impossível me conter com toda a sensualidade dessa mulher. Ela leva a colher de pau a boca provando os ovos e logo umedecendo os lábios com a língua. Caralho!

Sinto-me como um adolescente que malícia tudo a sua volta, porém esse é o efeito de Faith Bieber sobre mim. Fazendo-me sentir um bobo apaixonado e um coelho ao mesmo tempo. Rio ao vê-la morder uma torrada enquanto passa alguma coisa. Ela se vira subitamente com minha arma em minha direção, o que me assusta, mas ela obviamente se assusta ainda mais e solta a arma sobre o pequeno balcão, correndo até mim e me abraçando com força.

–– Desculpe Justin, eu... Eu só estou assustada. Temo que a qualquer momento alguém me leve à força novamente. –– afago seus cabelos e suspiro. É mais que normal que ela sinta medo e insegurança.

–– Faith, amor olha para mim. –– levanto seu queixo e olho dentro dos seus olhos, ela presta atenção em meu rosto. –– Nada mais vai te atingir, eu vou te proteger sempre minha vida, você está segura agora, tudo bem? –– ela assente e me beija devagar, logo em seguida me dá um tapa em meu peito.

–– E não ande em casa como se fosse um gato, totalmente silencioso –– gargalho ao ouvir sua advertência.

–– Pode deixar da próxima vez venho cantando, virando mortal, assoviando. –– rimos, mas logo tomo uma expressão séria. ––Nunca mais pegue minha arma Faith, você nem sabe usar uma e ela sempre está carregada. –– ela abaixa a cabeça envergonhada e aquilo corta meu coração, pois sei que ela só queria se proteger. –– Prometo te ensinar defesa pessoal se isso vai te fazer relaxar, tudo bem?

Logo nos sentamos à mesa e a olho assustado quando a vejo comer tudo que tem na mesa. Sei que ela nunca comeu mal, mas hoje está mais do que seu habitual.

–– Faith, calma você vai passar mal. –– vejo suas bochechas ficarem rosadas.  Seguro o riso ao ver que são poucas às vezes em que a deixo envergonhada. Ela bebe um pouco de seu suco de caju e me encara.

–– Desculpe, é que Dean controlava nossa alimentação. Não passei fome, porém era tudo tão balanceado e tão pouco que sentia fome várias vezes ao dia. Não podíamos engordar centímetros.

Fecho os olhos procurando calma. Ele vai pagar.

–– Eu meio que esqueci por um segundo que o meu pesadelo acabou, e comecei a comer tudo o que posso. –– ela mesma ri e rio logo em seguida. –– Justin, me prometa que vai me levar para comer pizza e hambúrguer, eu preciso de muita coisa calórica, muita mesma. Não quero nunca mais nada integral ou salada. –– gargalho com seu olhar guloso

–– Eu vou fechar um fast food para você –– brinco para descontrair o momento e ela se deixa levar pelo nosso momento.

(...)

–– Agora gostaria de agradecer a participação de certo homem em nosso caso, sendo sincero ele foi à cabeça de toda a operação: Detetive Bieber.

Ouço palmas e me levanto do meu local deixando Faith perto de dois policias e vou até a frente pegar uma medalha que o FBI está distribuindo como honraria pelo sucesso do caso.

–– Detetive Bieber você foi excepcional, talvez o melhor de todos sem desmerecer nossos companheiros, mas o senhor foi o que mais se dedicou mesmo tendo um motivo pessoal para ter estourado aquele lugar por contra própria teve sua cabeça no lugar. Parabéns Detetive.

Faith bate palmas em pé e sorri de orelha a orelha

–– Seria uma honra se o senhor continuasse conosco em Chicago fazendo parte de nossa equipe. –– continua O’ Conner.

–– Sempre desejei sucesso na minha profissão e ser convidado para trabalhar com o FBI é o ápice de qualquer policial, porém depois desses oito meses longe de minha mulher eu percebi que ter uma família é uma realização. Eu tenho Faith, ela é minha pequena família e quando pensei que a tinha perdido, bom eu classificaria essa dor como um nove... Foi uma das piores dores que senti na vida e depois de sete meses quando a reencontrei e descobri que ela foi traficada, ai sim veio meu terrível dez, naquele dia quis morrer. Saber que a mulher da minha vida estava passando por coisas terríveis. Isso foi a pior dor que senti em toda a minha vida.

Olho para Faith que chora disfarçadamente, e não importo de meus olhos estarem lacrimejados em frente a dezenas de homens.

–– Hoje eu não quero ser o detetive Bieber e ter méritos atrás de méritos. Eu quero ser marido, pai, avô e se Deus permitir ser bisavô. É por esse motivo que com todo respeito senhor, eu recuso o cargo, eu quero voltar para minha cidade e começar tudo de novo. Agradeço ao FBI pela oportunidade, pois se não fosse vocês eu jamais teria encontrado a Faith. Obrigado.

Todos ficam em pé e batem palmas enquanto refaço o caminho de volta a minha mesa. Vejo minha mulher chorona bebericando seu vinho branco, sento-me ao seu lado e segura sua mão.

–– E agora o que vamos fazer? –– ela pergunta e acaricia minha bochecha enquanto todos confraternizam entre si.

–– Agora vamos voltar para nossa casa. Vamos voltar para seu lar Faith.

(...)

Destranco a porta de casa empurrando-a para trás, e dando a deixa para que Faith possa passar. Ela parece receosa, quase como se estivesse preocupada por pisar em seu próprio lar. Seguro sua mão delicadamente e entrelaço seus dedos aos meus, gentilmente a puxando para dentro. Seu olhar vaga por casa centímetro do lugar como se estivesse o conhecendo pela primeira vez, seus olhos e se enchem de lágrimas e não posso julgá-la, com certeza voltar até o lugar onde tudo aconteceu lhe trás um certo tipo de dor.

Faith solta minha mão e vaga sozinha pela casa. Fecho a porta rapidamente e quando percebo ela está no último degrau da escada, quase entrando em nosso quarto. Apresso meus passos para alcança-la e paro ao seu lado em frente a porta do cômodo. Ela o fita fixamente, mas logo seu olhar fixa-se em mim.

–– Eu sei que você não é o homem mais bagunceiro do mundo, mas a menos que sua mãe tenha arrumado nosso quarto eu não consigo entender porque tudo está limpo. –– ouvir o divertimento em seu tom de voz faz com que meu coração bata normalmente, diminuindo a ansiedade se instantes atrás.

–– Faith, eu... –– suspiro pesadamente. –– Depois que você me deixou, digo, depois que foi tirada de mim eu não consegui mais dormir no nosso quarto. Tudo me lembrava você e era doloroso demais.

–– Por favor, não me diga que dormiu em um motel ou algo do tipo. –– ela se agarra ao meu corpo, apertando o tecido da blusa de moletom entre seus dedos.

–– Não. –– digo com humor, inspirando o perfume de seu cabelo. –– Eu dormi no quarto de hóspedes.

–– Oh, então eu deduzo que não vou querer entrar lá, certo? –– ela se afasta apenas o suficiente para seu olhar se encontrar com o meu. Ao ver o sorriso em seus lábios sinto uma paz interior incapaz de ser descrita. Nego com a cabeça. –– Eu estou feliz por voltar pra casa.

Relaxo os ombros, estou cansado, não nego. O Voo foi longo e mal consegui pregar os olhos. Estava ansioso, animado por voltar para minha cidade com minha esposa.

–– Nós passamos por tantas coisas, que pensar em bebê agora não parece mais um grande problema, não é mesmo? –– ela não responde de imediato, e logo deduzo que a resposta seja não.

É claro que Faith quer constituir uma família, mas ela sempre foi muito mais sensata do que eu em relação a isso. Se dependesse de mim nós teríamos um milhão de pequenos Justin’s e pequenas Faith’s correndo por esta casa.

–– Na verdade, essa é uma ótima ideia. 



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