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História The Case of White Cube - I'm going to kill him


Escrita por: lagerfeld e TiaClara

Notas do Autor


Olá meu amores, tudo bom? Aqui é Bea/Laura, sei lá, me chamem do que quiserem kkkkk
Hoje seria o último capítulo de TCOWC, mas Helen e eu fizemos algumas mudanças no final da fanfic e ainda temos dois capítulos pela frente :) Bom, hoje eu percebi que nós chegamos aos 260 favoritos e PUTA MERDA, são 260 pessoas que gostam da nossa história. Faz muito tempo que eu não agradeço a vocês por todo o apoio que nos dão, mas saibam que nós lemos todos os comentários e ficamos muito felizes. Nós adoramos vocês e já estou com saudade da fanfic mesmo que ela ainda não tenha acabado. Enfim, espero que gostem do capítulo. Boa leitura.
ps: Irei responder todos os comentários amanha, ok?

Capítulo 21 - I'm going to kill him


Fanfic / Fanfiction The Case of White Cube - I'm going to kill him

Justin

 

Alguns meses depois.

Meu peito sobe e desce devagar, o lençol de seda cobre minha nudez e a pouca luz dos postes da rua que adentra o quarto através da janela aberta impede que o cômodo se torne um completo breu. A brisa fria atiça a cortina e mantém a temperatura do meu corpo regular. Ao girar a cabeça vejo Faith adormecida ao meu lado, seu corpo igualmente nu também é coberto pelo lençol. Ela se remexe algumas vezes, suas pálpebras estão inquietas e sua respiração pesada. Gostaria de dizer que o suor em sua testa é efeito do orgasmo maravilhoso que lhe proporcionei, mas são quase cinco da manhã e o sexo terminou há três horas trás, tempo o suficiente para que o suor secasse em sua pele.

Solto um longo e cansado suspiro. Meu polegar toca sua bochecha na tentativa de acalmar seu sono, mas esse simples e singelo toque é suficiente para que ela fique ainda mais inquieta.

— Não! — grita com toda a força de seus pulmões, erguendo seu corpo em um único movimento rápido e sentando-se na cama com a respiração ofegante.

— Faith. — chamo sua atenção para mim. Ainda assustada ela me encara, os cabelos caem sobre sua face e o seus olhos deixam transparecer o medo que a assombra. — Está tudo bem meu amor, foi apenas um pesadelo.

Ela tenta normalizar a respiração, seu peito sobe e desce rapidamente e ela aperta o lençol contra o tronco para cobrir os seios fartos e rosados. Estico meu braço até sua cintura fina, circundando-a por inteiro e a puxando para perto, até que seu corpo frio esteja deitado contra o meu. Sua cabeça encaixa-se perfeitamente na curvatura de meu pescoço, ela relaxa a mão esquerda sobre o meu peito e eu faço pequenos círculos com o dedo médio por toda a suas costas.

— Me desculpe, eu não quis te acordar. — diz baixo, quase sussurrando.

— Shh. — beijo o topo de sua cabeça. — Está tudo bem, vamos apenas voltar a dormir. — minto. A verdade é que eu não preguei os olhos durante todo esse tempo e duvido que vá conseguir fazer isso agora.

Demora um pouco, mas Faith volta a dormir, dessa vez o mais serenamente possível. Em momento algum eu a afasto de mim, pois de alguma forma sei que o calor do meu corpo contra o dela a mantém calma, mesmo que ela não saiba disso.

Às sete e meia em ponto o relógio ecoa por todo o quarto. Estando acordado, não demoro muito para interromper o som ensurdecedor e quando me viro de volta para Faith ela já está com os olhos abertos. Ela sorri, minimamente, mas ainda sim um sorriso. Antes que eu possa pensar em beija-la ela se levanta, acompanho o movimento de seu corpo e umedeço os lábios fitando sua bunda perfeita. Ela apanha o robe de cetim na poltrona e sai do quarto em silêncio.

Frustrado, puxo os cabelos e soco o colchão. Levanto-me em um pulo e sigo em direção ao banheiro. Abro o box, giro o registro e deixo com que a água gelada molhe meu corpo, levando embora não apenas os resíduos de sexo, como também o cansaço. Há dias não tenho uma verdadeira boa noite de sono.

O banho não demora mais do que o necessário. Ao sair do box termino minha higiene matinal e quando volto para o quarto meu uniforme já está separado em cima da cama. Quando nós voltamos de Chicago eu não pensei duas vezes antes de voltar ao meu antigo emprego, esperando apenas duas semanas para que as coisas entre mim, minha esposa e nosso lar voltasse ao mais normal possível.

Eu pensei que tudo estava bem. White Cube foi destruída, Faith e eu voltamos para o Canadá, Dean está preso e até onde sei todas as outras mulheres traficadas reencontraram suas famílias ou encontraram novos rumos. Eu pensei que tudo estava bem, mas a partir do momento em que minha esposa se deita e tem verdadeiras noites de tormenta, obviamente as coisas não vão tão bem quanto eu imaginava.

Essa não fora a primeira vez que Faith acordara gritando de madrugada e me dói dizer que apesar de todas as minhas tentativas, ela não se sente a vontade para compartilhar seus pesadelos comigo, mesmo eu imaginando exatamente o que eles sejam.

Após vestir a farda e calçar as botas eu saio do quarto. Assim que desço o primeiro degrau o cheiro forte de café adentra minhas narinas e sorrio brevemente.

— Bom dia. — digo ao pisar na cozinha, vendo-a de costas pra mim.

— Bom dia. — responde quase de forma automática.

Aproximo-me da cafeteira, mas quando a vejo dando passos para sair do cômodo eu largo a xícara de café e apresso meus passos, ficando a sua frente. Ela ergue o olhar e no momento em que suas íris claras se encontram as minhas eu lhe roubo um beijo, sentido o gosto de menta impregnado em sua boca. Concluo que ela escovou os dentes no banheiro de baixo apenas para me evitar.

Seus lábios se encaixam perfeitamente aos meus e quando minha língua pede passagem ela cede imediatamente. Aperto sua cintura com minhas mãos e não perco a oportunidade de desça-las, levantando o robe e sentindo a maciez de sua pele. Ela geme contra os meus lábios quando eu aperto sua bunda e seus dentes capturam meu lábio inferior me fazendo arfar. Suas mãos circundam o meu pescoço e com suas unhas medianas ela faz carícias no local sensível.

Faith finaliza o beijo com um selinho e eu sorrio.

— Você fica terrivelmente sexy quando está fardado. — ela encara-me como um pedaço de carne, o que me faz rir.

— Eu pensei que não gostasse do meu emprego. — arqueio a sobrancelha.

— E não gosto. — afirma. — Todas as manhãs quando você sai de casa meu coração aperta, mas você é um excelente detetive e ama o que faz, então eu jamais irei me opor contra isso.

— Está certa, mas tem uma coisa que eu amo ainda mais que o meu trabalho. — ela tomba a cabeça levemente para o lado e sorri. — Você!

Ela me abraça apertado, envolvendo os braços finos ao redor do meu quadril ao mesmo tempo em que se aninha em meu peito.

— Eu não quero estragar o seu bom humor, mas... — a afasto de mim, apenas o suficiente para segurar seu rosto com minhas mãos e fixar seu olhar ao meu. — Faith, eu preciso saber.

— Do que está falando? — pergunta, mas eu sei que ela sabe exatamente do que essa conversa se trata.

— Dos pesadelos. — ela se afasta, mas novamente eu nos aproximo. — Eu preciso saber.

— Justin... — ela suspira. — Amor, vamos apenas esquecer isso, ok?

Passo as mãos pelo rosto, subindo-a até a cabeça sem me importar em bagunçar os fios recém-arrumados.

— É ele, não é? — ela comprimi os lábios em linha reta. — Dean. Ele é quem tem tirado o seu sono.

Ela não afirma, mas também não nega e imediatamente eu sinto uma dor no peito. Odeio o fato de ser tão inútil, de não poder fazer ou dizer nada para ajuda-la a se sentir segura, pois tudo o que eu poderia fazer ou dizer já foi feito e dito.

— Não se preocupe com isso. — seu tom de voz é manso. — Eu só preciso de mais um pouco de tempo, mas está tudo bem. Eu sei que ele não pode me machucar.

(...)

— Justin? — desperto quando sinto a mão pesada de Henry contra o meu ombro, dando-me um tapa forte o suficiente para eu o encarar severamente, juntando as sobrancelhas.

— Estou te chamando a mais de cinco minutos. — se justifica.

Relaxo os ombros e desvio o olhar. Provavelmente ele está falando a verdade, nunca me senti tão desatento, apático, ou melhor, dizendo, completamente perdido. Não importa o que eu faça Faith não sai dos meus pensamentos e infelizmente não de uma maneira boa. Ela diz que tudo irá ficar bem e tudo o que eu mais quero nesse momento é que suas palavras se concretizem. Mas, eu não consigo ficar simplesmente parado vendo-a sofrer dessa forma. Da pior forma.

Dor física passa. Um machucado cura. Um osso quebrado tem concerto. Mas, uma mente adormentada é sem dúvida alguma o pior sofrimento.

— Qual é o problema? — ele pergunta me fazendo o encarar. — Sabe que pode falar qualquer coisa comigo. Nós somos como irmãos.

Bufo.

— É a Faith. — desabafo. — Ela não está bem. Tem tido pesadelos com Dean e isso está me deixando louco. Não suporto vê-la dessa forma. Não posso deixar de me sentir culpado e droga... Eu a fiz passar por isso! Ela não teria passado por toda aquela merda se eu tivesse sido mais cuidadoso. — tomado pela raiva eu soco a mesa de madeira, fazendo com que o barulho ecoe por todo o escritório e chame a atenção de nossos colegas.

— Ela te conta sobre os pesadelos? — noto o seu olhar inquieto.

— Graças a Deus, não. Eu não sei o que faria se soubesse as coisas que aquele desgraçado a fez passar.

Henry fixa seu olhar ao computador, rolando a página para baixo e para cima sem qualquer foco. Sua perna esquerda balança, seu pé direito está inquieto e seu maxilar trava. O conheço a tempo o suficiente para ter certeza de que ele está escondendo alguma coisa.

— Henry se quer me falar alguma coisa fala logo, não estou com cabeça para arrancar a verdade de você através de ameaças. — ele me encara e parece pensar se deve ou não abrir a boca, o que me deixa ainda mais nervoso.

Mas, que merda ele sabe?

— Desde que as coisas ficaram sérias entre mim e Chloe, ela e Faith se tornaram grandes amigas. — ele diz, se referindo à noiva que daqui a duas semanas será sua esposa. A situação de Henry seria hilária se eu não estivesse tão nervoso. Desde que conheceu Chloe ele mudou completamente, se tornou um homem sossegado que não olha para nenhum outro rabo de saia e durante esse tempo eu não perdi nenhuma oportunidade de zomba-lo, até agora. — E... Elas conversam sobre as coisas.

— Pare com a enrolação. — meu tom de voz é ríspido, mas ele parece não se abalar. Ele entende o meu estado e agradeço por isso.

— Ele torturou ela, Justin. — confessa tão baixo que quase não escuto. — Ele machucou ela de uma forma que dói até em mim ao imaginar.

Fecho os olhos, tentando esconder o acúmulo de lágrimas em meus olhos.

— O que ele fez? — pergunto com a voz embargada.

— Ele... Ele deu choques no corpo dela. — soco minha própria perna. — Faith confessou a Chloe que quase ficou inconsciente.

— Como ela não me contou isso? — lamento, Faith e eu nunca conversamos sobre o que ela passou. Simplesmente decidimos que o melhor a se fazer era deixar os acontecimentos ruins para trás, mas obviamente nenhum dos dois realmente conseguiu fazer isso.

— Provavelmente ela quis te poupar o sofrimento, além do mais deveria estar envergonhada. 

— Henry, há quanto tempo você sabe disso? — inclino meu corpo para frente, apoiando as mãos nos joelhos e usando todo o meu treinamento para manter o controle.

— Três dias. Quatro no máximo. — responde com a testa franzida. — Ouvi Faith contar a Chloe no dia que elas saíram para decidir as flores do casamento. Nenhuma das duas sabe que eu estava em casa naquele dia e achei melhor não dizer. Faith parecia tão frágil ao relembrar esse sofrimento que eu fiquei com medo de simplesmente me fazer presente.

As lágrimas rolam, é inevitável e eu não me preocupo em limpá-las. Sinto como se alguém estivesse esmagando meu coração. Ela sofreu. Sofreu mais do que eu pude imaginar e eu nem ao menos tentei impedir. Deixei com que o distintivo falasse mais alto e não agi como o marido desesperado, como o homem apaixonado que faria e faz qualquer coisa pelo bem da esposa.

— Eu vou mata-lo. — é tudo o que digo.

— Justin ele está preso. Dean já está pagando por tudo o que fez e ao que tudo indica ele não irá sair da cadeia tão cedo.

— Eu vou matá-lo. — repito, a cadeia é muito pouco para ele.

— E como planeja fazer isso?

— Eu vou pensar em um plano e você vai me ajudar com ele.

 


Notas Finais


Vocês lembram no capítulo 15 quando Faith e Dean transam no apartamento dele? Pois é, eu acho que vocês lembram o quanto ela ficou abalada e até o momento nós nunca havíamos dito o que realmente aconteceu. Bom, agora vocês sabem e... Ain gente, tadinha da Faith :/ Bem que o Dean disse que ele sempre seria parte da vida dela.

Caso tenham gostado do capítulo não deixem de comentar, pois isso nos incentiva muito. Críticas são sempre bem-vidas, desde que as mesmas sejam construtivas. Beijão e até o próximo capítulo <3


Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=VnHeKudjqf8&feature=youtu.be

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https://spiritfanfics.com/historia/love-at-second-sight-6875946
https://spiritfanfics.com/historia/the-sound-of-the-heart-6201410


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