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História The Case of White Cube - Reckoning


Escrita por: lagerfeld e TiaClara

Notas do Autor


Desculpa o atraso neste capítulo, tivemos alguns contratempos, mas o importante é que estamos aqui.
Bom, esse é o penúltimo capítulo, logo Laura voltará com o último.
Tenham uma boa leitura.

Capítulo 22 - Reckoning


Fanfic / Fanfiction The Case of White Cube - Reckoning

Justin

–– Eu não consigo entender porque vocês precisam ir até Las Vegas. –– Faith lamenta falsamente emburrada, completando o teatro com um bico mimado que me faz ir até ela e beija-la, apertando sua cintura com minhas mãos e terminando o beijo com um selinho rápido.

–– É uma espécie de fantasia universal. –– tento explicar. –– Todos os homens sonham em ter a despedida de solteiro em Vegas.

–– Se esse é um sonho universal... –– ela senta-se na cama, bem ao lado da mala que pequena que estou arrumando. –– Porque você não foi para Las Vegas antes do nosso casamento?

Meu olhar percorre todo o seu corpo, o mesmo coberto apenas por uma de minhas camisas, a mesma que usei momentos trás para tapar seus olhos enquanto lambia sua intimidade. Faith ao notar o meu encanto, propositalmente dobra as pernas, exibindo sua pele clara e a renda da calcinha vermelha. Umedeço os lábios ao vê-la morder o lábio inferior. Seus olhos azuis fitam-me com desejo e basta isso para que eu sinta a necessidade de apertar meu membro.

–– Porque você sempre foi e sempre será tudo o que eu poderia desejar em uma mulher. –– e assim ela sorri largamente, puxando-me pela camisa e me fazendo cair contra si mesma. Sustento meu peso com um dos braços e com a mão livre eu acaricio seu rosto angelical.

–– Promete não se deixar levar por nenhuma mulher de bunda grande e peitos enormes? –– rio.

–– Eu prometo! –– digo convicto, nem em um milhão de anos eu pensaria em trair ela.

Nosso relacionamento sempre foi honesto e nunca olhei para outra mulher como olho para ela, nem mesmo quando eu estava na fossa e pensava ter sido deixado. Sim, eu transei com uma ou duas mulheres durante os meses que passei perdido, mas isso não significa que eu tenha gostado de tal coisa. Além do mais, não hesitei em contar tudo para Faith, a mesma que compreendeu e em momento algum deu importância a isso.

–– Até porque nenhuma mulher nunca terá a bunda ou os peitos tão lindos e deliciosos quanto os seus. –– e com isso eu mordisco seu seio esquerdo, vendo seu mamilo marcar contra o tecido fino da camisa.

–– É melhor ir embora agora ou eu juro que não te deixo sair sem um segundo round.

Ela me empurra para cima e eu rio de sua safadeza. Faith está extremamente bem humorada hoje e nada poderia me fazer mais feliz.

Fecho a mala após guardar o último item que estava em cima da cama. A mala não é grande, mas ainda sim acho um exagero. Não irei precisar mais do que uma camisa limpa, mas Faith sendo quem é, colocou roupas o suficiente para três trocas de roupas. Um absurdo para quem irá passar apenas uma noite.

–– Se cuide. E se tiver algum pesadelo  me ligue...

–– Eu vou ficar bem. –– me interrompe, erguendo-se rapidamente e segurando meu rosto com suas mãos macias e pequenas. –– E você trate de se divertir, mas sem exageros.

–– Pode deixar. –– selo nossos lábios novamente, rápido, mas de forma carinhosa e apaixonada.

Faith senta-se novamente na cama e eu sigo para fora do quarto, arrastando a mala sob o piso. No instante em que desço o primeiro degrau da escada ouço a buzina estridente do caro de Henry. O próprio estava parado em frente a minha casa a alguns minutos, e não é minha culpa se ele chegou antes do combinado.

–– Não precisava disso. –– o repreendo ao me aproximar do carro.

Ele dá de ombros e eu guardo a mala no banco de trás, acomodando-me ao seu lado no banco do passageiro.

–– Eu não acredito que me convenceu a fazer isso! –– exclama. Henry segura o volante com as duas mãos e de forma violenta, consequentemente deixando os nós de seus dedos brancos.

–– Você não é criança e se está nessa comigo é porque sabe que isso é o certo a fazer. –– debato com o olhar fixo a janela do meu quarto.

A janela está aberta e a cortina balança lentamente. Através do tecido claro posso ver a silhueta de Faith andando em direção ao criado mudo e pegando algo que imagino ser seu celular. Quase imediatamente meu celular apita.

De: Faith ás 11:37am

‘’ Já estou com saudades. ‘’

Meu coração aperta, me sinto culpado em mentir para ela, mas faço isso pelo seu bem, para vê-la em paz novamente. Toda essa história de despedida de solteiro em Las Vegas é mentira, uma distração para que Faith não desconfie do que vamos realmente fazer. Nossos voos não são para Vegas e sim para Chicago. Meu plano não é passar a noite me embebedando enquanto observo o show de dançarinas seminuas. Tenho apenas um único objetivo nessa viagem... Matar Dean Henderson!

–– Nós podemos perder nosso distintivo se esse plano der errado. –– o tom receoso de Henry chama minha atenção.

–– Não vai dar errado se você fizer exatamente o que nós combinamos.

–– Pode repetir o plano novamente? –– o encaro ele parece nervoso e nesse momento me pergunto: Como esse cara conseguiu entrar para a polícia? Rio de meus pensamentos. Henry é um excelente policial, mas assim como qualquer outro ser humano ele tem os seus momentos de nervosismo.

–– Henry você só precisa distrair os guardas, apenas isso. –– dou dois tapas em seu ombro.

Está na hora do acerto de contas.

(....)

Relaxo a cabeça contra o encosto da poltrona, o avião irá decolar a qualquer instante. Faz pouco mais de duas horas desde que deixei em Faith em casa, e apesar do pouco tempo o aperto em meu peito é constante. O que é completamente compreensível, desde voltamos para casa eu não sai do seu lado, ao menos não a ponto de ficarmos a tantos quilômetros um do outro. Entretanto tomei todas as providências necessárias. Faith não sabe que além de todas as câmeras da casa estarem conectadas ao meu celular, eu também pedi para que dois colegas de trabalho alugassem a casa ao lado, fingindo ser um casal de americanos que vieram conhecer os pontos turísticos da cidade.

Talvez eu esteja sendo exagerado, porém eu sei que Faith se sente mais segura dessa forma. Ao menos assim ela sabe que mesmo distante, estou cuidando dela. Além do mais, qualquer movimento suspeito em torno da casa ou dentro dela, basta eu acionar os policiais Chapman e Burke.

Fecho meus olhos para tentar descansar um pouco, mas no exato momento que o faço Henry começa a tamborilar os dedos sobre a calça jeans. Me viro imediatamente e o mesmo me encara como se perguntasse o porque da minha expressão.

–– Você tem que ficar calmo Henry. Onde está seu autocontrole emocional? –– pergunto sério, sei que tem muita coisa em jogo.

Henry e eu temos muito a perder. Nosso distintivo, honra e profissionalismo. Mas, do que adianta eu ter reconhecimento e respeito, se minha mulher não tem paz? Não adianta em nada eu ser um policial se quem eu devo proteger acima de qualquer coisa vive acuada e tenta disfarçar os medos para que eu não me sinta mal.

Esse pesadelo tem que acabar.

–– Cara, eu estou nervoso. Muito nervoso! Mas eu prometi que iria te ajudar e assim o farei. –– suas pupilas dilatam. –– Se Chloe souber que eu menti para ela... Ela acaba com nosso casamento antes mesmo dele acontecer. 

Não consigo segurar a risada. Quem diria que Henry Bustamante iria arrumar uma pessoa e a pedir em casamento. Não era ele quem dizia ser de todas e todas ser dele?!

–– Está na coleira mesmo. –– ele me mostra o dedo do meio e a senhora que está ao lado faz uma careta pelo gesto obsceno. –– Não se preocupe, elas nunca irão saber. Até porque Henry, mulheres são fofoqueiras e sua noiva iria contar tudo a minha mulher assim que você virasse a esquina. 

–– Ainda bem que sabe. –– nós dois rimos, pois sabemos que é a verdade.

Faith e Chloe se tornaram grande amigas e sendo assim a noiva de Henry não pensaria duas vezes antes de contar a amiga que o pesadelo acabou, e consequentemente minha esposa descobriria que sei os terrores que a assombra.

 

Aperto meus dedos, juntando as mãos em punho e imediatamente vejo os nós dos mesmos ficarem brancos. Suspiro pesadamente, esse cara vai pagar. A cadeia é pouco pra ele.

Olho para o lado e me surpreendo ao ver Henry completamente apagado, efeito das duas pílulas que o mesmo tomou para dormir durante todo o vôo. Aproveitando o silêncio repasso todo o plano em minha mente e concluo que não tem como ele dar errado. As mortes nos presídios não são averiguadas a fundo, ainda mais entre presidiários. O máximo que pode acontecer é o responsável ser levado a solitária. 

(...) 

O táxi estaciona em frente a central do FBI e agradecemos ao senhor simpático que durante todo o trajeto do aeroporto até aqui, nos contou sua história. Logo que entramos no prédio nossa entrada é permitida e um funcionário avisa que O’conner me espera. Cumprimento alguns rostos conhecidos e vejo o olhar de Henry, completamente admirado. É o sonho de todo policial chegar a uma patente tão alta.

Bato duas vezes na porta branca de meu antigo chefe e sua voz grossa libera nossa entrada. Adentro a sala com Henry ao meu encalço.

–– Boa tarde detetive Bieber. Policial Bustamante. –– sua voz grossa e expressão séria são familiares, mas sei que debaixo de toda aquela superioridade existe um homem bom. 

–– Boa tarde senhor. –– digo tranquilamente enquanto sento-me à sua frente. 

–– Como vai sua esposa? –– ele pergunta e se ajeita na poltrona para ouvir minha resposta. 

–– Ainda está com alguns traumas, mas nada que a impeça de viver. Cada dia é um progresso.  –– Minto em parte, mas não deixa de dizer algumas verdades. 

–– O trauma é inevitável detetive Bieber, mas sua esposa é uma mulher forte e ela vai superar tudo. –– ele sorri brevemente sem mostrar os dentes. –– A que devo a honra de sua visita? 

–– Vim pessoalmente saber como o caso do Henderson se encontra. Não posso negar que tenho motivos pessoais para querer que ele viva o inferno lá dentro. 

–– Entendo. –– O’conner junta as mãos e apoia os cotovelos na mesa. –– Ele conseguiu através de seu advogado uma cela especial. Ainda aguarda o veredicto do juiz da vara criminal, mas todos sabem que ele pegará muitos anos. Sua influência em Chicago desmoronou ao descobrirem que ele usava mulheres. 

–– Posso vê-lo? –– pergunto direto. Seus olhos sérios me encaram por inteiro e depois analisam Henry que está tão sério quanto eu. Agradeço aos céus que ele esteja tranquilo. 

–– Desejo concedido, mas nada mais do que cinco minutos. 

Ele emite uma autorização e me entrega. Ao sairmos do prédio um carro está nossa disposição para chegarmos ao presídio, que fica quarenta minutos da cidade, em um campo afastado o suficiente de toda a civilização, apenas com árvores ao seu redor.  

Ao chegarmos em frente ao lugar onde o filho chora e a mãe não escuta nossa passagem é liberada graças a autorização de O’conner e devido a mesma não somos revistados, afinal o cara é o chefe distrital e sua autorização é uma ordem direta para nossa passagem. 

Como eu havia calculado os detentos estão no pátio, momento do banho de sol, os únicos sessenta minutos que eles têm no dia para respirarem ar puro e sentirem o calor do dia. Alguns apenas sentam nos bancos velhos de madeira, enquanto outros correm ao redor do perímetro. O presídio não é o maior que já vi, mas é grande o suficiente para se destacar em meio a tanta natureza.

–– Vou buscar quem os senhores vieram visitar. 

–– Não precisa soldado. –– ele cessa os passos e me encara. –– Apenas observarei de longe. Ele não precisa saber que estou aqui. 

Ele assente e nos guia pelos corredores. Ajo conforme o plano, alguns detentos passam por nós e quando finalmente nos aproximamos do pátio onde os presos se encontram o homem que nos acompanhou durante todo o trajeto nos abandona para falar algo com o companheiro. De longe posso ver Dean, ele está mais magro e com a barba por fazer, mas seu olhar de superioridade permanece o mesmo. Orgulhoso.

Henry me encara, buscando o meu consentimento e eu assinto. Ele olha para os dois lados e então deixa com que um maço de cigarros caia disfarçadamente no chão. Pode parecer estúpido, mas é fácil incitar uma briga em um lugar como esse. Esses homens estão presos, muitos há anos e um mísero cigarro pode ser a melhor coisa que viram nos últimos tempos.

Um dos presos enxerga o maço no chão e não demora muito até que outros façam o mesmo. Logo o cigarro está sendo disputado por um tumulto de homens e é nesse momento em que eu me aproximo com cautela da confusão. A briga piora quando socos são deferidos uns nos outros. Os guardas presentes no local se aproximam a fim de separar a confusão que generalizou e de apitos começam a preencher minha audição.

Dean se mantém no mesmo lugar de antes, com os olhos fixos ao tumulto. Ele está de costas para mim e não vê quando tiro o punhal pequeno do bolso da calça. Henry se posiciona a minha frente para evitar que o golpe seja visto.

–– Queime no inferno desgraçado. –– ele se assusta quando minha fala regada a amargura adentra seus ouvidos.

Seus olhos se arregalam ao se encontrem com os meus. Enfio o punhal em seu peito, ele geme de dor e sua expressão de sofrimento é quase uma felicidade. Mantenho a mão firme no objeto, pressionando-o contra seu coração e torcendo a lâmina afiada em sua carne.

–– Isso é por minha mulher. –– dito isso ele cai no chão com os olhos abertos. O sangue começa a encharcar o macacão bege e de gota em gota começa a colorir o concreto.

Me afasto de seu corpo morto acompanhado de Henry, o mesmo que dá dois tapas em minhas costas e sorri brevemente de forma solidária. Nós nos enfiamos em meio a confusão, ajudando a conter os detentos, mas minha atenção continua fixa ao corpo sem vida de Henderson.

O pesadelo acabou!


Notas Finais


Caso tenham gostado do capítulo não deixem de comentar, pois isso nos incentiva muito. Críticas são sempre bem-vidas, desde que as mesmas sejam construtivas. Beijão e até o próximo capítulo <3 


Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=VnHeKudjqf8&feature=youtu.be

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https://spiritfanfics.com/historia/love-at-second-sight-6875946

https://spiritfanfics.com/historia/violetta-8462909


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