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História The Case of White Cube - She leave me


Escrita por: lagerfeld e TiaClara

Notas do Autor


Olá meus amores, tudo bem?
Gennnnte a Helen e eu estamos surtando de felicidade. Meu Deus, a história foi tão bem aceita que é quase difícil de acreditar. Muito obrigada por todos que estão comentando, e pelo carinho que vocês tem nos dado. Espero que gostem desse capítulo, agora a história começa oficialmente :)

Capítulo 3 - She leave me


Fanfic / Fanfiction The Case of White Cube - She leave me

Justin 

Abro meus olhos de uma vez e me arrependo no mesmo instante pela súbita claridade que faz com que meus olhos se fechem, como modo de defesa pelo desconforto que sinto. Não só meus olhos reclamam, como minhas costas também, resultado da noite com minha esposa. Olho para o lado, e a vejo dormindo encolhida com sua mão apoiada em meu peito. Aliso seus fios castanhos tirando-os de seu rosto, e vendo o mesmo calmo e sereno acompanhado de uma respiração leve. Meu peito aquece como toda manhã ao constatar que fiz a escolha certa ao escolher Faith como minha companheira para toda vida. Sinto suas unhas alisarem meu abdômen, e sorrio.

Pego meu celular que esta sobre o criado mudo, e percebo que em quinze minutos o despertador irá acionar, assim como percebo nossas roupas pelo quarto, jogadas por cantos diferentes. Volto meu olhar para ela, que tem somente um olho aberto e sua órbita azul está tão límpida, como um dia de verão, quando o céu atinge aquele azul claro por completo. Percebo em sua orelha que lá está o brinco refletindo todo seu brilho e glamour, quando vi o topázio imediatamente os olhos de Faith vieram em minha mente, não me importei em gastar boa parte de nossas economias naquela joia que parecia ser desenhada para ela, unicamente para ela, uma peça pequena, meiga e singela, assim como ela. Sinto seu olhar sobre mim, estamos em silêncio, mas não me incomodo, é gostoso e reconfortante. Sinto sua pele roçar na minha ao se aninhar mais a mim, ambos estamos nu. Aliso sua coxa, e a vejo fechar os olhos curtindo o carinho, e morder o lábio em uma expressão sexy. 

––  Vejo que está animada. –– minha voz sai grossa, e bem mais rouca que o normal pela falta de uso nas últimas horas. Seus olhos se abrem, e posso ver o desejo neles. Rio baixinho, sei o quanto ela ama ouvir minha voz pela manhã, é como um fetiche seu. 

––  Justin. ––  apenas meu nome é pronunciado baixinho e envolvente.

A viro, ficando por cima, e a beijo com luxúria, muitos poderiam considerar nojento o ato, por nenhum dos dois ainda não ter feito sua higiene matinal, mas eu não me importo. Meus ombros são apertados, e controlo minha excitação, sei que a qualquer minuto tenho que levantar. Escuto o barulho irritante do meu celular, ela me olha e sorri. 

––  A noite serei sua escrava sexual. O que você quer: uma estudante, uma enfermeira, ou uma policial? ––  ela pergunta baixo em meu ouvido, me olha e pisca seus olhos. Fecho os meus olhos, desejando anoiteça em um passe de mágica. Adoro quando ela se comporta como uma submissa, e se fantasia para mim. 

––  Uma estudante. ––  ela gargalha alto, e me olha maliciosa, sei que na cabecinha ninfomaníaca dela acaba de montar todo um cenário. 

Dou mais um beijo, e me levanto indo para o banheiro, deixando a porta do banheiro aberta, algo comum entre casal. Ela entra no banheiro, e pega sua escova de dente, começando a escovar os mesmos. Estranho, ela não é de levantar cedo. 

––  Por que já está de pé Faith? ––  ela cospe a pasta na pia e me encara, fazendo uma careta logo em seguida. 

––  Tenho médico, ginecologista. Como odeio, é tão constrangedor,mesmo que a doutora Stevens seja médica de minha família a muitos anos, e que me acompanha desde moça, não consigo me acostumar. ––  ela diz me encarando. 

––  Finalmente vai conversar sobre uma possível gravidez? –– pergunto sorrindo abertamente, nunca escondi meu desejo em ser pai, não precisaria correr, seria algo planejado com calma. 

––  Não Justin, só consulta de rotina mesmo, daqui dois anos planejamos nosso filho, como combinamos. ––  ela fala sorridente.

Ligo o chuveiro, e gemo de dor quando a água quente bate contra meu braço, quase queimando a pequena região sensível, e em carne viva onde a bala passou ontem. Praguejo ao ver Faith me olhar procurando respostas, e por não conseguir me conter. 

––  O que foi isso Justin, está machucado? ––  ela vem em minha direção me analisando de cima a baixo. 

––  Não é nada Faith, foi só a água quente. Agora me deixa tomar banho, tenho que ir trabalhar. ––  ela me olha desconfiada, mas não fala nada, apenas sai dali.

Tomo um banho rápido, e visto rapidamente meu uniforme. Olho meu braço esquerdo, onde a bala passou de raspão, está vermelho, e com um corte superficial, a manga da blusa não é o suficiente para esconder por completo. Dou de ombros, e saio do quarto, indo para cozinha, quase imediatamente vendo Faith com seu roupão, em pé, e mastigando lentamente um pedaço de mamão.

––  O que houve com você Justin? Lhe deixei tomar banho, e se arrumar tranquilamente, mas agora quero saber o que houve, tenho esse direito. ––  acabo que solto uma lufada, está aí um dos motivos que tentei esconder o ocorrido, noventa por cento das nossas brigas são pelo fato de ser um policial, e Faith viver sempre com o coração na boca. 

––  Não foi nada Faith, só treinamento de novos patentes. Estou dolorido, todos dessa vez participaram. ––  tentei soar convincente, para quem não me conhece, acreditaria, mas Faith não. Além de me conhecer muito bem, ela é detalhista. 

––  Não minta para mim Justin, treinamento na sua base é cada trimestre. O que aconteceu? Ontem você se atrasou para o nosso jantar, percebi ontem que evitou  tocar no assunto de como foi seu dia, e hoje sente dor. ––  O que acabei de dizer? detalhista ao extremo. 

––  Tudo bem Faith, se quer saber tivemos uma apreensão ontem e houve um confronto, tomei um tiro de raspão, não posso falar mais nada, ética de um policial. ––  minha voz saí um pouco mais grosseira do que gostaria, mas ainda sim calma e indiferente. Antes que ela pedisse, levanto a manga da minha blusa mostrando a ferida ali, ––  Satisfeita? 

Vejo seus olhos se arregalarem, seu rosto ganha uma expressão de preocupação, e logo percebo uma feição raivosa. Seu silêncio esta me matando. Pego uma xícara de café, e começo a tomar. 

––  Você tomou um tiro Justin,  e me conta isso nessa calma absurda? O que você tem na cabeça? ––  sua voz está exaltada, porém baixa. 

––  Faith acontece. Eu estou aqui, não estou amor?  Prometi que sempre voltaria para você, e estou cumprindo. ––  tento me aproximar, mas ela se afasta. 

––  Não Justin, eu vivo todos os dias com medo de receber uma ligação, com alguém me avisando que fiquei viúva, me prestando condolências, e dizendo que meu marido foi um herói. Não quero um herói, só quero o meu Justin, e você me diz nessa tranquilidade que tomou um tiro? Você não pensa em mim? No que sinto? Começo a pensar que não devia ter me casado com um policial, não tenho estruturas para isso. –– a olho chocado, e percebo que ela se assusta com o que falou. 

––  Não seja mimada Faith, qualquer profissão tem seu risco. Um eletricista pode se eletrocutar, um pedreiro pode tomar uma martelada, ou cair de uma casa em construção. Você me conheceu fardado, sabia desde o início qual era minha profissão. Se arrepende de casar comigo? Tudo bem Faith, não posso fazer nada contra isso, eu te amo, mas não irei obrigar você ficar comigo. 

Não a deixo falar nada, saio de casa, e somente escuto ela falar que nenhum deles correm o risco de tomar um tiro. Preferi sair, estou nervoso. Sinto meus dedos tremerem, todas as nossas brigas foram levadas na esportiva, mas dessa vez doeu, nunca pensei que aquelas palavras seriam ditas em uma discussão. Olho no relógio em meu pulso, já estou atrasado quarenta minutos. Soco meu volante indo para a delegacia, estaciono o carro, e jogo as chaves para o guarda. 

––  Bom dia detetive Bieber. ––  ouço o guarda dizer, mas nem para o lado olho.

Conforme vou entrando na delegacia, vários comprimentos são direcionados a mim, mas não respondo a nenhum. Meu mal humor é palpável para qualquer um. Paro em frente a secretária, ela tira seus olhos do computador, e me olha. 

––  Bom dia detetive Bieber, deseja algo? –– sua voz sai sexy, reviro os olhos para que a mesma perceba o quanto patética parece, nem quando estava solteiro a olhava, imagina agora.  A vejo ficar sem graça. 

––  Leve até minha sala todos os meus casos, e um café amargo. 

––  Sim, senhor. ––  vou para minha sala que é em frente a sua mesa.

Vejo Henry olhando as pastas de casos concluídos. 

––  Está atrasado Bieber, pelo jeito a comemoração foi longa. ––  ele levanta sua cabeça, e seu sorriso se desfaz no momento em que me vê. ––  Pelo jeito não foi como o esperado. 

––  Ontem foi maravilhoso cara. ––  me jogo em minha cadeira. Duas batidas são ouvidas, e a secretária entra deixando meu café e minha pasta, saindo em seguida rapidamente. Tomo um gole do líquido preto, e vejo o quão amargo está. Perfeito.

–– O que houve então, porque o descontentamento? –– olho para Henry, que está escorado em sua mesa me olhando. 

––  Faith, e eu tivemos uma briga essa manhã. Ela como sempre surtou, dessa vez por causa do tiro que tomei ontem, mas não quero falar sobre isso, vou enfiar a cara no trabalho. –– ele assente e se senta. –– O que está fazendo Henry? 

––  Estou conferindo se realmente todos os casos foram arquivados. Justin, sei que não quer falar sobre isso, e respeito, mas fica calmo cara, ainda não tenho uma mulher, mas tenho uma mãe, e sei como ela fica preocupada comigo. Você além da Pattie, tem a Faith e ambas te amam, ela só deve sentir medo em te perder, pelo fato de amar tanto você que não deve saber como viver depois. 

(...)

O dia passa a passos de tartaruga, não consigo me concentrar, as palavras cortantes de Faith não param de ecoar em minha mente, sei que ela falou de cabeça quente, no calor do momento, e o que Henry me disse também ecoava, eu a amo e tenho que entender seu lado inseguro, seu amor por mim, e o meu por ela, é maior e podemos passar por cima dessas briguinhas de casal. Pego meu celular, e ligo duas vezes, todas as duas vezes cai na caixa postal. Pirracenta, acabo que sorrio, pois esse é bem o seu modo de me castigar. Ligo mais uma vez, e de novo cai na caixa postal, dessa vez deixo a ligação completar 

––  Oi aqui é a Faith... E o Justin. ––  rio ao escutar minha voz gritar ao fundo o meu nome, e sua gargalhada se fazer presente. ––  Cala boca Justin, enfim, não posso atender no momento, então deixe sua mensagem, e assim que puder eu retorno. ––  ao ouvir o bip, olho Henry que está lendo concentrado o relatório que pedi, e decido gravar  uma mensagem de voz. 

––  Faith, bom, como sempre ganhou. Fui um babaca me perdoe, ok? Eu te amo muito minha vida. Deixe que o jantar essa noite eu faço, é o meu modo de me redimir com você, fazendo aquele macarrão bolonhesa que gostamos. Até mais tarde. ––  desligo o celular, e olho Henry que segura uma risada. 

––  Só agora percebi quem é que manda na casa dos Bieber. Por isso não me caso. ––  levanto o dedo do meio para ele, que gargalha alto, e volto ao trabalho.

Levantei a bandeira da paz, resta somente que Faith aceite o meu pedido de trégua.

Ás sete em ponto, eu  me despeço de Henry, e saio da delegacia, indo rumo ao meu carro. O guarda me encara mau humorado, e ao invés de retribuir tal coisa, eu sorrio de lado, e surpreendentemente ele retribui o sorriso, jogando a chave de meu carro para mim.

O caminho até em casa é tranquilo, somente em minha mente, pois o trânsito está péssimo, típico desse horário, onde quase todos os trabalhadores da cidade, como eu, dão fim a mais um dia de expediente cansativo, e vão para as suas casas, sonhando com o colchão macio, e a esposa linda ao lado. Ao menos, é nisso o que penso todos os dias no caminho do trabalho, até em casa.

Estaciono o carro na frente de carro, o bairro onde moramos é completamente residencial, e seguro, sem perigo de algum cretino seja burro o suficiente para roubar o carro do detetive da cidade. Adentro minha casa, já tirando o paletó, e o pendurando em dos canchos próximo a porta.

–– Faith. –– grito, tirando os meus sapatos, mas não obtenho uma resposta. –– Amor, para de bobeira, eu não quero continuar brigado. –– insisto, mas novamente, tudo o que ouço é o angustiante som do silêncio.

Pego meu par de sapato no chão, e olho ao redor procurando por algum sinal de minha esposa no andar de baixo, mas nada encontro. Sendo assim, sigo pela escada, a porta do quarto está entreaberta, e a luz apagada, mas posso ver uma vela acessa sobre a cômoda. Sorrio largamente, imaginando a colegial safada que está deitada em minha cama.

Ajeito meus fios louros, levando-os para trás, e empurro a porta devagar. Com os olhos, percorro todo o quarto, e me decepciono ao não ver Faith. Ao invés de encontrar minha linda mulher, com uma saia curta, parte de um uniforme sexy, tudo o que encontro é uma carta, com o meu nome no envelope.

Suspiro frustrado, e me sento.

‘’ Querido Justin,

Você se lembra quando nos conhecemos? Oh, Deus, como te achei bobo, mas também te achei lindo, e incrivelmente sedutor. A princípio, fui capturada por sua beleza, mas foi por ser quem você é, que eu me apaixonei, um homem íntegro, humilde, trabalhador, bondoso, gentil, e um amante maravilhoso. Você me capturou, me tem em suas mãos, e nunca pensei que um dia, eu fosse capaz de me soltar, mas esse dia, chegou. Eu não posso, Justin. Não posso continuar a viver assim, não consigo, e não quero. Eu te amo, mas não posso ser a esposa de um homem que está disposto a morrer todas as manhãs quando saí em casa, e nunca, serei egoísta o bastante para lhe pedir que saia do emprego, você o ama, e ser detetive... Isso é o que você é, e você é ótimo. Então, eu estou te deixando, meu amor, seja livre para fazer o que gosta, seja um policial, e continue me dando tanto orgulho. Eu espero que um dia, eu seja madura o bastante para saber lidar com isso, e talvez, só talvez, nesse dia, a gente possa tentar de novo.

                                                                                Com amor, para sempre sua Faith.’’

O papel caí de minha mão, como se o seu peso ridiculamente inválido fosse aumentado tornando-se impossível de tolerar. Minha visão foi embaçada pelas lágrimas, sim, eu comecei a chorar, e não tenho vergonha nenhuma disso. Essa história de homem que é homem não chora, é uma das coisas mais idiotas que já ouvi. Homem que é homem chora sim, e não tem medo de mostrar seus sentimentos, porque sim, eles existem.

As palavras escritas na carta se repetem em minha mente, e a cada instante se tornam mais dolorosas. Eu não acredito no que li, não acredito que...

–– Ela me deixou. 


Notas Finais


E então o que acharam? Eu espero que tenham gostado. Caso tenham gostado do capítulo não deixem de comentar, pois isso nos incentiva muito. Críticas são sempre bem-vidas, desde que as mesmas sejam construtivas. Beijão e até o próximo capítulo <3
ps: Helen e eu estamos querendo fazer um grupo no whatsapp para TCOWC, então quem quiser entrar me manda uma mensagem ou me chama no chat, ok?

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=VnHeKudjqf8&feature=youtu.be

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