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História The book of the Olympians - Prologue


Escrita por: Mr_Snuffles

Capítulo 1 - Prologue


 

“Porque é esta a maneira de o mito existir: variando.”

— Ruth Guimarães

 

“No início, nada existia. Tudo era escuro, sem formas ou tamanhos, e isso era o Caos. Desse vazio chamado Caos, surgiu Gaia, que ganhou forma e criou o Mundo. Gaia teve um filho, Urano, que era o céu. Urano e sua mãe, Gaia, tiveram filhos juntos: os Ciclopes, que tinham apenas um olho, localizado bem no meio da testa, e os Titãs, que eram seres com a forma de um homem, porém, enormes.

 O pai Urano odiava seus filhos Ciclopes, tratava-os cruelmente e, por isso, baniu-os, aprisionando-os no Tártaro.

 Gaia não conseguiu perdoar Urano pelo que ele fez aos filhos Ciclopes, então encorajou os seus outros filhos, os Titãs, liderados por Cronos, a se revoltarem. Eles atacaram e venceram Urano, e Cronos tornou-se o soberano dos deuses.

 Do sangue de Urano caíram três gotas na Terra e, assim, nasceram as Erínias. Estas eram espíritos de vingança e revolta, com cabeças de cão e asas de morcego. Elas perseguiam assassinos, principalmente aqueles que matavam familiares. Outra gota caiu no mar, formando espuma; dessa espuma, surgiu Afrodite, a deusa do amor.

 Cronos, que emprestou seu nome ao tempo, casou-se com sua irmã Reia, deusa da terra. Eles tiveram cinco filhos, mas, à beira da morte, Urano avisou Cronos: ‘Se me matar e roubar meu trono, será derrubado por um de seus próprios filhos, pois o crime gera o crime’. Assim, Cronos tomou cuidado, decidindo devorar os filhos à medida que nasciam. Primeiro, vieram três filhas: Héstia, Deméter e Hera; em seguida, dois filhos: Hades e Poseidon. Um a um, engoliu a todos.

 Reia ficou furiosa. Resolveu, então, impedir que Cronos devorasse o sexto bebê, que estava para nascer e que, certamente, seria um menino. Quando chegou a hora, desceu as encostas do Olimpo e procurou um lugar escuro e escondido para dar a luz.

 O recém-nascido era de fato um menino, e recebeu o nome de Zeus.

 Reia pendurou um berço de ouro nos galhos de uma oliveira e depositou nele o filhinho adormecido. Depois, voltou para o topo da colina, enrolou uma pedra com os cueiros e fingiu estar embalando uma criança junto ao peito.

 Esbravejando e ofegante, Cronos levantou de sua majestosa cama, roubou da mulher a pedra embrulhada e a engoliu imediatamente, achando que se tratava do bebê.

 Reia correu novamente para onde havia deixado o berço de ouro, recolheu o filhinho e o escondeu entre algumas deusas menores, chamadas de Ninfas, que criaram a criança em segurança.

 Zeus cresceu e se tornou um belo rapaz. Cronos, seu pai, não sabia de nada. Porém, com saudade do filho, Reia chamou Zeus de volta à morada dos deuses e o apresentou a Cronos como seu criado. Cronos ficou contente, pois o rapaz era de fato muito bonito.

 Certa noite, Reia e Zeus preparam uma bebida especial, denominada néctar, e misturaram a ela folhas de mostarda e sal. Na manhã seguinte, depois de tomar toda a bebida, Cronos não se conteve e vomitou: primeiro, uma pedra; em seguida, Héstia, Deméter, Hera, Hades e Poseidon, que, por serem deuses, não haviam sido digeridos — ainda estavam vivos. Agradecidos, elegeram Zeus o seu líder.

 Depois disso, aconteceu uma terrível batalha. Cronos contou com a ajuda de seus meio-irmãos, os Titãs, que eram medonhos, sinistros, mais altos que as árvores e mantinham-se confinados nas montanhas. Eles atacaram violentamente os jovens deuses. Mas Zeus também tinha aliados. Ele correu até algumas cavernas profundas — cavernas sob cavernas sob cavernas, formadas a partir das primeiras bolhas produzidas pelo resfriamento da Terra, o Tártaro —, onde estavam confinados os Ciclopes e os Hecatônquiros, criaturas de cem mãos. Zeus libertou seus primos medonhos e os liderou contra os Titãs.

 Os Ciclopes fizeram relâmpagos para Zeus, que os arremessaria, um tridente para Poseidon e um elmo mágico para Hades, responsável por fazê-lo ficar invisível.

 Um grande tumulto se formou nos céus. Na Terra, os humanos ouviam o retumbar de trovões e viam montanhas inteiras virando pó. A Terra tremia e ondas enormes varriam o mar enquanto os deuses lutavam.

 O velho Cronos era um líder habilidoso, e os Titãs eram gigantescos. Eles atacavam violentamente, fazendo os jovens deuses recuarem.

 Mas Zeus tinha preparado uma armadilha.

 Nas encostas do Olimpo, ele assobiou para os seus primos, os Hecatônquiros, escondidos ali. Com cem mãos cada um, os monstros começaram a atirar pedras enormes contra os inimigos. Os Titãs acharam que a colina estava desabando e não tiveram outra saída senão a de fugir.

 Vencedores, os jovens deuses voltaram ao Olimpo, tomaram o castelo e Zeus tornou-se o soberano, Senhor dos Céus e rei de todos os deuses. Poseidon foi feito Senhor dos Oceanos e Hades, do Submundo.”

 — Outra vez, vovô! — pediu a criança, deitada na cama. As cobertas lhe cobriam metade do corpo, protegendo-a do rigoroso inverno de Nova Iorque.

 — Agora é hora de dormir, Justin — disse o avô, fechando o velho livro de histórias que tinha desde muito antes de seu netinho nascer.

 — Eu não quero dormir; quero ouvir mais histórias! — Seu lábio inferior tremeu. Ele estava a ponto de chorar.

 — Está bem, só mais uma. — O velho, cujo rosto era marcado por profundas rugas, e as mãos calejadas como a de um peão, viu-se outra vez navegando com seu querido netinho pelos mares da imaginação, num barco mais forte e esbelto do que o do próprio Pérola Negra.

 Era sempre assim: Bruce vinha todas as noites contar histórias sobre heróis e deuses gregos a Justin, que ouvia tudo com bastante atenção. Para ele, o avô era forte como os heróis e poderoso como os deuses. Invencível.

 Talvez, imaginara a criança, Bruce fosse um olimpiano. Talvez ele estivesse nas páginas daquele gigantesco livro. Quem sabe não fosse Zeus, ou Poseidon? Às vezes, Justin fantasiava com os dois passeando no mar juntos com os golfinhos.

 Deus ou não, Justin queria ser como ele.

 Bruce narrou histórias ao neto Justin até os seus pulmões pararem de receber oxigênio e seu coração travar contra o corpo uma batalha tão incessante quanto a Guerra de Tróia, para continuar ali, ensinando Justin até que ele estivesse pronto.


Notas Finais


Sinopse por Verlak, Redemption Designs
Capítulo betado por Natália Corrêa, Kat Fanfics.

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