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História The Choice - Não Me Decepcione.


Escrita por: Mona_Melly

Notas do Autor


Hello, it's me... Até lá em baixo.
PS: a diva da capa é a Celeste

Capítulo 3 - Não Me Decepcione.


Fanfic / Fanfiction The Choice - Não Me Decepcione.

Sim, eu preciso de você agora

Então, não me decepcione, não me, não me decepcione

Acho que estou enlouquecendo agora

Está na minha cabeça, querido, eu espero

Que você esteja aqui, quando eu precisar muito de você

Então, não me decepcione

Don't Let Me Down (Feat. Daya)

 

Naquela tarde próxima a janela sentada naquela poltrona que Zayn havia se sentado mais cedo, eu observava o jardim do hospital enquanto respirava fundo seu perfume que parecia ter se agarrado a mim. Não poderia negar o quanto havia gostado de seu ato, e por mais que tenha sido grossa com ele, mesmo assim ele ainda estava disposto a me ajudar. 

Quando eu acordei ele já não estava mais lá, fiquei magoada e achei que ele tinha partido, mas a enfermeira que estava lá sorriu para mim e disse que ele havia saído, mas que era para deixar claro a mim que voltaria assim que pudesse. 

Eu fiquei contente, e senti novamente aquela sensação me preencher por completo. 

Não podia me iludir, não de novo, mas Zayn Malik era especial. Nós dois carregávamos nossas cruzes sozinho e eu podia ver isso quando ele olhava para mim. Ele trazia dores das quais nunca vi, eram dores cravadas no peito. Eram dores de amor. Nossas situações podiam ser diferentes, mas no fim a dor era a mesma. 

E doía tanto em mim quanto nele, pois em mim haviam marcas das quais nunca esqueceria. Eu suspirei. 

Eu também havia conversado com o médico assim que a enfermeira saiu. Acho que no fundo ele ficou com medo de que tentasse fugir novamente. 

Nossa conversa foi breve, ele me prometeu que enquanto estivesse aqui eu estaria segura, mas eu sabia que isso não duraria por muito tempo. Uma hora eu iria ter que ir embora e encararia o mundo lá fora de um jeito diferente, a maldade neles, o pavor constante de estar sendo seguida ou pior encontrar com Caio e terminar o que ele queria começar naquela manhã conturbada. 

Somente esses pensamentos já faziam os pelos de meu braços erriçarem, eu o odiava com todas as minhas forças, mas odiava ainda mais a mim por ter tanto medo. 

- Oi - Timbre rouco preencheu o quarto. - Você se sente melhor? 

Eu não me virei e nem o respondi de imediato.  Apergunta era um tanto idiota, ele sabia pelas poucas das coisas que deixei no ar, que nada estava bem. Mas não podia ser grossa, não de novo e não com ele. 

- Eu estou bem, Zayn. - Eu o respondi, mesmo que no fundo fosse mentira. - Só estou um pouco cansada. 

Eu ri amargurada pela grande ironia, eu havia descansado o suficiente nas duas vezes em que desmaiei, e dormi e reviver tudo o que passei era o que eu menos queria. 

- Sei que é mentira - Ele caminhou até mim ficando do meu lado. - , não vou dizer que compreendo, mas sinto sua dor. 

Então eu levante o olhar e o encarei enquanto ele observava algumas crianças e idosos no pequeno jardim do hospital, ele já não estava mais com seu terno e parecia mais calmo, mais relaxado. 

- Vê isso Zayn - Eu levantei o cordão dourado que circulava meu pescoço e mostrei a ele o pequena lua com o sol. - , esse colar é a única coisa que tenho de meus verdadeiro pais. - Eu olhei aquele pequeno tesouro nas mãos, levantei o olhar e o encarei. - Quando eu nasci fui abandonada em um orfanato e a única coisa que deixaram antes de partir foi esse pequeno cordão. As madres do orfanato costumavam contar para as meninas de la a lenda do sol e da lua. - Eu sorri nostálgica com a lembrança da senhora de cabelos brancos me ninando em seu colo enquanto contava a história. - Você conhece? - Eu perguntei a ele, mas ele negou com o olhar fixo no cordão. - Quando o Sol e a Lua se encontraram pela primeira vez, se apaixonaram perdidamente e a partir daí começaram a viver um grande amor. Mas o mundo ainda não existia e no dia que Deus resolveu criá-lo, ele os separou e deu a cada um seu próprio brilho. 

" A Lua foi ficando cada vez mais amargurada, mesmo com o brilho que Deus havia lhe dado, ela foi se tornando solitária.  O Sol por sua vez havia ganhado um título de nobreza "ASTRO REI", mas isso também não o fez feliz. 

Deus então os chamou e explicou a eles que não deviam ficar tristes, pois agora ambos tinham seu próprio brilho. A Lua iluminaria as noites frias e quentes, e encantaria os enamorados; enquanto o Sol iluminaria a terra durante o dia, fornecendo calor aos seres vivos." 

Eu fiz uma pausa enquanto guardava o cordão e encarei Zayn que me encarava de volta. Naquele pequeno momento eu não via mais a dor em seus olhos, ele estavam me analisando. 

Ele não desviou o olhar, e sorriu para mim tirando-me todo o ar. 

- Prossiga. - Ele murmurou com seus olhos cravado em mim. Eu limpei a garganta antes de continuar: 

- Deus decidiu que nenhum amor nesse mundo seria impossível. Nem mesmo o da Lua e o do Sol, foi ai então que ele criou o eclipse. - Eu olhei para a janela. - Hoje Sol e Lua vivem esperando esses raros momentos que foram concedidos e que custam tanto a acontecer. - Eu voltei meu olhar e ele. - Quando você olhar para o céu a partir de agora e ver que o Sol encobriu a Lua é porque ele deitou-se sobre ela e começaram a se amar. Nesse cordão atrás do Sol está marcado o nome "Celeste", você sabe o que significa Celeste? - Eu perguntei a ele. 

Ele deu um sorriso de lado e afagou meus cabelos ruivos, preenchendo meu peito com o conforto de seu toque. 

- Ele tem origem Latina e quer dizer do céu ou celestial. - Ele respondeu me deixando surpresa. 

- Sim - Eu me levantei da poltrona ficando ao seu lado e foquei meu olhar no idoso sentado no banco com uma rosa murcha na mão, ele parecia abatido enquanto rodava na mão sua aliança que brilhava com a luz do sol. - Não sei se Celeste era o nome da minha mãe ou da minha avó, mas quando as madres o pegaram e viram o nome logo me batizaram de Celeste. - O senhor idoso se levantou com dificuldade quando uma senhora aos pranto caminhava devagar até ele e o abraçou. - Você acredita no amor, Zayn? 

Eu o senti ficar tenso ao meu lado, a pergunta simplesmente saiu antes que eu percebesse. Eu toquei seu braço e o senti relaxar. 

- Não precisa res... 

- Eu acreditava - Ele me cortou sussurrando. - , agora já não tenho mais tanta certeza. 

- Por quê? 

- O mundo pode ser cruel com as pessoas. - Ele se limitou a responder. - O médico me contou algumas coisas. - Ele comentou trocando de assunto. 

- Não quero conversar sobre isso. - Eu disse já caminhando em direção ao pequeno banheiro que havia no quarto, algumas roupas que a enfermeira conseguiu para mim estava lá, eu só estava esperando o momento certo para ir embora e agora parecia a hora perfeita. 

Mas para onde eu iria? Com os alugueis atrasados e sem emprego, eu não tinha a quem recorrer. Danielle provavelmente já havia viajado para Flórida com seu namorado, no aniversários de casamentos dos pais e mesmo que ela insistisse para mim ficar na casa dela eu jamais aceitaria. Dany era minha única e melhor amiga, não poderia jogar sobre ela meus problemas, de novo. Eram minhas responsabilidades, eu procuraria um emprego assim que saísse do hospital, e, se por algum milagre conseguir, eu guardarei dinheiro o suficiente para sair da cidade de vez. 

- Onde vai? - Zayn cortou meu raciocínio me chamando. 

- Embora. - Me limitei a responder e entrei no banheiro trancando a porta logo em seguida. 

Eu precisava pensar em algo, por meu pensamentos em ordem e dar um jeito na minha vida. Eu me olhei no espelho e não me reconheci. 

- Cadê aquela garotinha que sonhava em estudar Astronomia? - Eu sussurrei para o reflexo abatido no espelho. 

Cansada do reflexo me virei e resolvi me trocar, vesti a calça jeans evitando olhar minhas marcas e coloquei uma blusa de gola alta evitando deixar qualquer parte do meu corpo a mostra e calcei o tênis que havia na sacola. Joguei uma água no rosto e enrolei meu cabelo em um coque. 

Quando sai do banheiro Zayn ainda estava lá olhando para a janela, mas se virou assim que me viu. 

- Posso leva-la até sua casa? - Ele perguntou gentilmente para mim.

Droga, eu praguejei. E agora? O que eu responderia a ele? Zayn ainda olhava para mim a espera de uma resposta.

- Eu posso ir andando, mas obrigada pela gentileza. - Eu andei rapidamente até a porta, mas ele foi mais rápido e se pôs na minha frente. 

- Celeste Jasmine Middleton, nascida no dia quatorze de abril de noventa e cinco, atualmente desempregada e sem moradia. - Ele disse me deixando surpresa. 

- Co-como sabe tudo isso? - Eu gaguejei baixo me afastando dele com medo. 

- Eu sou rico senhorita Middleton - Ele escorou no batente da porta e me encarou - e também pedi ajuda a um de meus amigos para descobrir algumas coisas sobre você. Eu disse que a ajudaria. - Ele estendeu a mão para mim, hesitei, mas a peguei. - Eu prometi não foi? - Ele deu um sorriso torto e me puxou pelo corredor.

Assim que saímos do hospital eu o vi encostado à uma árvore fumando seu cigarro rotineiro, Caio ao encalço de Lucas seu melhor amigo, ele olhava para mim com seu semblante torcido pela irritação.

Eu dei um passo em falso e quase cai se não fosse por Zayn, eu corei e o agradeci logo desviando meu olhar dele para olhar novamente para as arvores, mas eles não estavam mais lá. 

- Vamos? - Zayn me chamou abrindo a porta de um carro preto que estava parado no lado de fora do hospital. 

- Aonde? - Eu perguntei ligeiramente confusa. 

- Eu tenho uma proposta para você. - Ele olhou em meu olhos e segurou minhas duas mãos. -Você pode escolher entrar nesse carro e escutar o que tenho para dizer, ou você pode simplesmente ir embora, a escolha é sua. - Ele caminhou até a porta do motorista e se virou para mim. - Se escolher vir comigo eu prometo que a ajudarei, mas se escolher ficar aqui saiba que a proposta vai comigo, e se eu for eu não voltarei. 

Ele entrou, esperou alguns minutos e então girou a chave ligando o carro. Eu ainda estava parada na porta do carro sem saber o que fazer. Ele me prometeu que me ajudaria, então antes que ele fosse embora, eu entrei em seu carro. 

- Boa escolha. - Ele sorriu olhando para frente, colocou o cinto e saiu andando entre os carros que avançavam para o centro. 

"Eu espero que tenha sido mesmo" 

Eu pensei colocando o cinto de segurança enquanto ele me guiava rumo ao desconhecido.


Notas Finais


Ei queridos, tchau brigado.
PS: Pra quem assiste Supernatural, sim, o nome Celeste foi inspirado na diva Charlie Bradbury


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