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História The choice - 02 capítulo


Escrita por: Kallynysouza

Capítulo 2 - 02 capítulo


Lauren estava com muito tédio e não sabia o que fazer , olhava para os lados e tudo em pleno silencio , olhou para seu cachorro Espuma e viu que o mesmo estava completamente destraido com algo qualquer , então ela levantou-se  de sua cadeira e foi até seu rádio e ligou o mesmo , tacava Lana del rey , Lauren resolveu aumentar o voluma ,  pegou outra cerveja antes de voltar para a sua cadeira, colocou os pés sobre a mesa e se reclinou. Espuma sentou-se ao seu lado.

- Só eu e você por um tempo - disse ela.

- A que horas você acha que Taylor  vai chegar ? -  Espuma  olhou para o outro lado. Se Lauren não dissesse as palavras "caminhar", "bola", "dar um passeio" ou "venha pegar um osso", Espuma não se interessava muito pelo que ela dizia.

- Você acha que eu devo ligar para ver se ela já está a caminho? - Espuma  continuou olhando fixamente para o outro lado.

- Foi o que pensei. Ela não tem hora certa para chegar aqui . -  Ela bebeu sua cerveja sentado e olhou para a água do rio. Por trás dela , Espuma  , latiu .

- Quer ir pegar a sua bola? -  Espuma  se levantou tão rápido que quase derrubou acadeira 

CAMILA PV

. Aquela música alta e 9 horas não eram um grande problema . Mas às 11 da noite? Quando ela estava sozinha e brincando de jogar bola para o cachorro pegar? Do de que no seu quintal, ela podia vê-la sentada, usando a mesmo short  que havia usado o dia inteiro, com os pés na mesa, lançando a bola e olhando para o rio. No que ela estaria pensando? Talvez eu não devesse ser tão dura com ela, devia simplesmente ignorá-la? . Era a casa dela, não era? O rainha do castelo e tudo mais. Ela podia fazer o que quisesse. Mas aquele não era o problema. O problema era que ela tinha vizinhos, incluindo eu , e ela também tinha seu castelo,e os vizinhos ela devia  ter um pouco de consideração entre nós os vizinhos . E, para falar a verdade, ela havia passado dos limites. Não somente por causa da música. Sendo honesta consigo mesma, gostava da música que ela estava escutando e geralmente não se importava como volume ou o tempo pelo qual ela resolvia deixar o aparelho de som ligado. O problema era o cachorro dela , Espuma , ou seja lá qual fosse o seu nome. Mais especificamente o que o cachorro dela havia feito à minha cadela. Ela tinha certeza de que Molly estava grávida. Molly, é minha  linda e doce collie puro-sangue, descendente de uma linhagem premiada - a primeira coisa que ela havia comprado com o próprio dinheiro depois de terminar a residência do seu curso de assistente médica na Eastern Virginia De Miami , e era o tipo de cachorro que ela sempre quis -, havia engordado consideravelmente durante as últimas semanas. Mais espantoso do que isso, também,ela percebeu que os mamilos de Molly pareciam estar crescendo. Ela podia senti-los sempre que Molly rolava no chão para que ela lhe acariciasse a barriga. E estava andando mais lentamente também. Juntando todos aqueles indícios, Molly estava definitivamente a ponto de parir vários filhotes que ninguém no mundo iria querer. Um bóxer e uma collie? Inconscientemente, ela franziu a testa enquanto tentava imaginar a aparência dos filhotes, antes de finalmente forçar o pensamento a sair da sua mente. Ela tinha certeza de que fora o cachorro daquela mulher ignorante . Quando Molly estava no cio, aquele cachorro havia praticamente vigiado a casa como um detetive particular, e era o único cachorro que ela vira andando pela vizinhança durante várias semanas. Mas será que sua vizinha consideraria colocar uma cerca ao redor do seu quintal? Ou manter o cachorro dentro de casa? Ou pelo menos cercar um pedaço do quintal para que o cachorro não tivesse de ficar dentro da casa? Não. Seu lema parecia ser"meu cão deve ser livre!". Isso não a surpreendia. Ela parecia viver a própria vida de acordo com o mesmo lema irresponsável. Quando eu saía para trabalhar ,  eu a via correndo e,ao voltar para casa, ela havia saído para andar de bicicleta, remar o seu caiaque, andar de patins ou jogar basquete com um grupo de crianças da vizinhança na área cimentada em frente a sua garagem. Há um mês, ela colocou seu barco na água . Como se já não praticasse esportes o suficiente. Deus não permitia que aquela mulher  fizesse hora extra no trabalho, e ela sabia que ela não trabalhava às sextas-feiras. E que tipo de empresa permite que você saia para trabalhar todos os dias usando short e camiseta? Ela não fazia ideia, mas suspeitava  com uma satisfação cruel  de que provavelmente exigia que ela usasse avental e crachá. Bem, talvez não estivesse sendo totalmente justa. Provavelmente era uma garota irritante . Seus amigos - que pareciam normais e legais  - pareciam gostar de estar em sua companhia, e sempre vinham até a casa dela . Eu percebeu que já tinha até mesmo visto um daqueles casais na clínica antes, quando uma das crianças provavelmente irmão de um deles  apareceu como nariz quebrado ou com febre altissíma . Mas o que dizer de Molly? Molly estava sentada perto da porta dos fundos, como rabo abanando, e eu sentiu certa ansiedade ao pensar no futuro. Molly ficaria bem, mas o que aconteceria com os filhotes? O que aconteceria se ninguém os quisesse? Ela não conseguia se imaginar levando-os para o canil ou para a Sociedade Protetora dos Animais, ou seja lá qual fosse o nome que davam àquela instituição nessa cidade, para serem mortos. Não tinha coragem de fazer aquilo. Não faria aquilo de jeito nenhum. Não permitiria que fossem assassinados. Mas, mesmo assim, o que ela faria com os filhotes? Era tudo culpa dela , e ela estava sentado ali, no em sua cadeira , com os pés em cima da mesa, agindo como se não se importasse com nada que estivesse acontecendo no mundo. Não foi com isso que ela sonhou quando viu a casa pela primeira vez, no começo do ano. Embora não estivesse em Tampa , onde seu namorado Shawn morava, o lugar ficava logo do outro lado da ponte. A casa era pequena e tinha quase meio século de existência, e definitivamente era o tipo de casa que precisava de uma boa reforma de acordo com os padrões de Miami , masa vista ao longo do rio era espetacular, o terreno era grande o bastante para que Molly pudesse correr por ele, e, acima de tudo, ela tinha condições de pagar. Com um pouco de dificuldade, devido a todos os empréstimos que tivera de fazer para pagar seus estudos, mas os agentes de financiamentos geralmente eram compreensivos quando os clientes eram pessoas como ela. Pessoas instruída se profissionais. Não como o "Sra"e "eu não trabalho às sextas". Ela inspirou profundamente, lembrando novamente asi mesma que a mulher podia ser uma mala . Eu  sempre acenava para ela quando a via chegar do trabalho, e eu me  lembrava vagamente de que ela havia deixado uma cesta com queijo e vinho paralhe dar as boas-vindas quando eu me  mudou para aquela casa, há alguns meses. Eu não estava em casa, mas ela deixou a cesta na varanda, e eu prometi a mim mesma que enviaria um bilhete de agradecimento, um bilhete que nunca cheguei a escrever. O rosto dela estava novamente se franzindo inconscientemente. Era muita pretensão querer ter superioridade moral. Certo, eu também não era perfeita, mas aquilo não era apenas por ter esquecido de escrever um bilhete de agradecimento. Era por causa de Molly e do cachorro vagabundo daquela mulher e os filhotes indesejados, e aquele momento era tão bom quanto qualquer outro para discutir a situação. Ela estava acordado, obviamente. Ela levantou de sua cadeira  e começou a andar em direção às cercas vivas que separavam as duas casas. Uma parte de mim  desejava que Shawn estivesse ali com comigo , mas isso não seria possível. Não depois da discussão que tivemos  na quela manhã, que começou após ela mencionar casualmente que uma de suas primas iria se casar.  Shawn, entretido coma seção de esportes do jornal local, não havia dito uma palavra em resposta, preferindo agir como se não a tivesse escutado. Qualquer comentário relacionado a casamento deixava  Shawn no mudo da lua  , ou como uma pedra, ainda mais nos últimos tempos. Eu imaginava que não deveria ficar surpresa com aquilo , nós namoramos há quase quatro anos (um ano a menos que a a minha  prima,eu senti vontade de dizer) e, se eu sabia uma coisa a respeito do meu namorado, era que, quando Shawn achava determinado tópico desagradável, era quase certo que ele não diria nada a respeito. Mas Shawn não era o problema. Nem o fato de que ultimamente sua vida não era exatamente como eu havia imaginado. E não foi a semana terrível na clínica também, na qual pacientes vomitaram em mim  três vezes - três vezes! - somente na sexta-feira, o recorde da clínica, pelo menos de acordo comas enfermeiras, que nem se esforçavam para esconder seus sorrisinhos irônicos, repetindo alegremente aquela história. Eu também não estava enraivecida por causa de Austin, o médico casado que gostava de mexer comigo  sempre que nós conversavamos , deixava a sua mão em contato com a minha  um pouco além do que eu considerava aceitável. E eu certamente não estava brava por ter passado por tudo aquilo em silêncio, sem conseguir dizer nada que a fizesse se sentir melhor. Nada disso, aquilo tinha a ver com o "Sra. festeira" se transformar em uma vizinha responsável, alguém que iria admitir o fato de que compartilhava a responsabilidade de encontrar uma solução para o problema. E enquanto eu estiver  falando sobre aquilo, talvez pudesse mencionar que estava um pouco tarde para ela estar com a música tocando tão alto (mesmo que eu gostasse da seleção), apenas para que ela soubesse que eu estava falando sério

NARRADOR

. Conforme Camila  marchava pela grama com sangue nos olhos de tanta raiva , e os reflexos prateados do luar refletiam no gramado. Tentando decidir exatamente por onde começar, ela nem chegou a perceber aquilo. A cortesia dizia que ela deveria ir até a porta da frente e bater, mas com a música naquele volume, ela duvidava que Lauren conseguiria ouvi-la. Além disso, queria acabar com aquilo enquanto ainda sentia a energia do seu nervosismo e a disposição para encará-la. Mais à frente, viu uma abertura por entre acerca viva e foi em direção a ela. Provavelmente era a mesma pela qual Espuma  havia entrado para se aproveitar da pobre e doce Molly. Ela sentiu seu coração apertar novamente, e desta vez se esforçou para manter aquele sentimento vivo. Era importante. Muito importante. Concentrada daquela maneira em sua missão, não percebeu abola de tênis que voava em sua direção a toda a velocidade, assim que atravessou a folhagem. Ela conseguiu, entretanto, perceber o som distante - bem distante - do cachorro galopando em sua direção, um segundo antes de ser nocauteada e cair no chão. Deitada de costas no chão, Camila  percebeu, um pouco entorpecida, que havia estrelas demais em um céu muito brilhante e desfocado. Por um momento, ela se perguntou por que não conseguia tomar fôlego, e depois, rapidamente, ficou mais preocupada com a dor que lhe atravessava o corpo. Tudo o que ela podia fazer era continuar deitada na grama e piscar cada vez que seu corpo latejava. Em algum lugar bem longe, ouviu uma balbúrdia de sons, e o mundo lentamente voltou a entrar em foco. Ela tentou se concentrar e percebeu que não era realmente uma balbúrdia; estava ouvindo vozes. Ou, melhor dizendo, uma única voz. Parecia que a voz estava perguntando se ela estava bem. Ao mesmo tempo, ela rapidamente sentiu um frio na barriga . Ela piscou mais uma vez, virou a cabeça ligeiramente, e deu de cara com uma cabeça enorme, peluda e quadrada logo acima de si Espuma ,concluiu ela,atordoada.

 - Ahhhh… - ela gemeu, tentando se sentar. Quando se moveu, o cão lambeu seu rosto.

- Espuma ! Deixea moça em paz! - disse  a voz, parecendo estar mais próxima. - Você está bem? Não tente se levantar ainda.

- Estou bem- disse ela, finalmente conseguindo se levantar até estar sentada. Respirou fundo duas vezes, ainda se sentindo um pouco tonta. Nossa, pensou, isso realmente doeu. No escuro, sentiu que havia alguém agachado ao seu lado, embora mal conseguisse perceber suas feições.

- Lamento muito - disse a voz.

- O que aconteceu? - perguntou Camila

- Espuma  a derrubou por acidente. Ele estava correndo atrás de uma bola. - disse Lauren rapidamente

- Quem ? -  perguntou confusa

 - Meu cachorro.

- Assim esse pulguento ! 

- O quê? - Ela levou uma mão até a têmpora.

- Deixe pra lá.

- Você tem certeza de que está bem?

- Tenho, sim- disse Camila, ainda um pouco tonta, mas sentindo que a dor estava diminuindo até se tornar um latejar mais distante. Quando começou a se levantar, sentiu sua vizinha colocando uma mão em seu braço, ajudando-a a ficar de pé. Ela se lembrou das crianças mais novas que via na clínica, que tinham dificuldade para ficar eretas e manter o equilíbrio. Quando finalmente percebeu que estava de pé, sentiu que a vizinha soltou seu braço

. - Não foi uma das melhores boas-vindas, não é? - A voz de Lauren ainda parecia distante, mas ela sabia que não era o caso, e, quando o olhou no rosto, percebeu que estava olhando para alguém que era pelo menos 15 centímetros mais alto do que ela, com seu 1,63 metro. Não estava acostumada com isso. Ao inclinar a cabeça para cima, percebeu os olhos esverdeados e a pele bem-cuidada dela . Seu cabelo preto  era liso com  ondas , naturalmente cacheado nas pontas, e os dentes dela quase brilhavam de tão brancos. De perto, era bonita , muito bonita mas ela suspeitava que ela também soubesse daquilo. Perdida em pensamentos,ela abriu a boca para dizer algo,e depois a fechou novamente, percebendo que havia esquecido a pergunta.

- Quero dizer, você chegou aqui para me fazer uma visita e foi atropelada pelo meu cachorro - continuou Lauren. - Como eu disse, sinto muito. Geralmente ele presta mais atenção. Diga oi, Espuma . - O cachorro estava sentado sobre as patas traseiras, relaxado e contente,e, naquele momento, ela repentinamente se lembrou do motivo da sua visita. Ao seu lado, Espuma  levantou uma pata para cumprimentá-la. Era muito fofo  e ele era fofo, mesmo para um bóxer  mas ela não ia se deixar seduzir por aquilo. Foi esse viralatas que, não contente em nocauteá-la, também havia arruinado a vida de Molly. Ele provavelmente devia ter sido chamado de bandido. Ou, melhor ainda, de tarado.

- Você tem certeza de que está bem? -  O jeito como Lauren  perguntava fez com que ela percebesse que esse não era o tipo de confrontação que queria,e tentou se lembrar do que estava sentindo enquanto cruzava o gramado e passava pela abertura da cerca.

- Estou bem- disse, Camila com a voz ríspida. Por um momento, as duas se olharam sem dizer nada. Finalmente,ela apontou como polegar por cima do ombro.

- Quer se sentar na cadeira ? Estou só ouvindo música.

- Por que você acha que quero me sentar na cadeira ? - vociferou Camila , sentindo que começava a tomar o controle da situação. Lauren hesitou.

- Não é porque você veio fazer uma visita? Ah, sim, pensou Camila. Por causa daquilo.

- Mas eu… acho que podemos ficar aqui perto da cerca viva se você quiser - continuou Lauren.  Camila  levantou as mãos para interrompê-lo,ansiosa para dar um fim na quilo tudo. - Eu vim aqui porque queria falar com você…- Camila parou de falar quando Lauren deu um tapa no próprio braço.

- Eu também- disse Lauren , antes que Camila  pudesse recomeçar.

- Estou querendo ira té a sua casa para lhe dar as boas-vindas à vizinhança em caráter oficial. Você encontrou a cesta que deixei na sua varanda? - Camila ouviu um zumbido perto da sua orelha e espantou o inseto que voava por ali.

- Sim. Obrigada - disse Camila , ligeiramente distraída.

- Mas queria realmente falar sobre… - Ela parou novamente de falar quando percebeu que Lauren não estava prestando atenção. Em vez disso, Lauren estava abanando o ar entre elas.

- Tem certeza de que não quer ir até a cadeira ? Os mosquitos são implacáveis aqui perto dos arbustos.

- O que eu estou tentando dizer é que

- Tem um na sua orelha. - Camila levantou a mão instintivamente. -Na outra. - Camila  deu um tapa na própria orelha e viu que havia uma mancha de sangue em seus dedos. Nojento, pensou ela.

- Tem outro bem na sua bochecha. - Camila  abanou novamente, tentando se livrar do enxame que crescia à sua volta.

- O que está havendo?

- Como disse, são esses arbustos. Eles se reproduzem na água , e a um idade é sempre maior na sombra…

- huum Tudo bem - concordou, cedendo. - Podemos conversar sentada em sua cadeira ?. - Logo depois elas estavam longe das folhagens, andando rápido.

- Eu odeio mosquitos,e é por isso que deixo algumas velas de citronela acesas na mesa. Geralmente é o suficiente para afastá- los. A coisa piora bastante durante o verão. - Lauren andava próximo a Camila , deixando apenas espaço suficiente para que não trombassem um com a outra acidentalmente.

- Acho que não nos apresentamos formalmente ainda. Sou Lauren Jauregui . - Camila sentiu uma pontada de incerteza. Não estava ali para fazer amizade, com certeza, mas a cortesia e os bons modos prevaleciam, e, sem perceber, respondeu a Lauren .

- Sou Camila Cabello .

- É um prazer conhecê-la.

- É claro - Camila  tentou cruzar os braços ao dizer aquilo, mas inconscientemente levou uma das mãos até o seu quadril, onde uma dor chata continuava a latejar. Dali, a mão subiu até a sua orelha, que já começava a coçar. Olhando para Camila ,  Lauren percebeu que estava irritada. Sua boca estava curvada levemente para baixo, com os músculos tensionados, como Lauren  já havia visto em muitas de suas ex namoradas. De algum modo, sabia que aquela raiva era direcionada a ela , embora não fizesse ideia do porquê. Além de ter sido atropelada pelo cachorro, é claro. Mas aquela não era exatamente a razão, decidiu. Lauren  se lembrava das expressões que fizeram a fama da sua irmã mais nova, Taylor , aquelas que mostravam uma cúmulo de ressentimentos no decorrer do tempo, e era assim que Camila  parecia estar agindo agora. Como se Camila  estivesse se sentindo assimhá umbomtempo. Mas as similaridades coma sua irmã acabavam aí. Embora Taylor houvesse crescido e se transformado em uma linda mulher, Camila também era atraente, mas de maneira que não era tão perfeita. Seus olhos castanhos  eram lindos , seu nariz era lindo, e seu cabelo castanho era sempre difícil de domar, mas, mesmo assim, aquelas imperfeições davam um ar de vulnerabilidade à sua aparência naturalmente agradável, e que eu claramente achava atraente. Em meio ao silêncio, camila tentou organizar seus pensamentos.

- Eu vim aqui porque

- Um momento - interrompeu Lauren  - Antes de começar, por que você não se senta? Eu já volto. - Lauren foi em direção à caixa térmica, mas se virou no meio do caminho

. - Quer uma cerveja?

- Não, obrigada - disse Camila , desejando poder acabar com aquilo. Recusando-se a sentar, e Camila se virou, esperando poder confrontá-la quando Lauren passasse por ali. Mas Lauren  voltou rapidamente e sentou-se na cadeira, reclinando-se e colocando os pés em cima da mesa. Irritada, Camila  continuou empé. Aquilo não estava saindo da maneira como ela havia planejado. Lauren abriu a cerveja e tomou um gole.

- Não vai se sentar?

- Prefiro continuar de pé, obrigada. - Lauren  cerrou  os olhos e os protegeu com suas mãos

. - Mas eu nem consigo vê-la direito - disse Lauren .

- As luzes da varanda estão brilhando muito forte por trás de você.

- Eu vim aqui para lhe dizer

- Pode dar alguns passos para a direita?- perguntou Lauren . Camila revirou os olhos  impaciente e andou para a direita.

 - Melhor agora?

- Ainda não. - Na quele momento, estava quase contra a mesa. E jogou as mãos para cima.

- Talvez você devesse simplesmente se sentar um pouco.

- Tudo bem! - concordou. Camila afastou uma das cadeiras e se sentou. Lauren estava fazendo com que tudo aquilo saísse completamente do controle.

- Eu vim aqui porque queria conversar com você… - começou Camila , imaginando se deveria iniciar pela situação de Molly ou pelo que o senso com um dizia sobre ser uma boa  vizinha. Lauren levantou as sobrancelhas.

- Você já disse isso. - de bochou Lauren

- Eu sei! - disse Camila . - Estou tentando falar, mas você não me deixa terminar! - Lauren percebeu que Camila  a encarava com raiva, mas ainda não sabia o que a havia deixado irritada daquela maneira. Depois de um segundo, Camila  começou a falar, de maneira um pouco hesitante, como se estivesse esperando que Lauren fosse interrompê-la novamente. Lauren não o fez, e Camila  pareceu encontrar seu ritmo, as palavras saindo cada vez mais rápido. Camila  falava sobre como havia encontrado a casa e sobre o quanto ficou animada com a descoberta,e sobre como ter a própria casa era um sonho que Camila sempre tivera, antes de o assunto desviar para Molly e a forma como os mamilos da cachorra estavam ficando maiores. No início, Luaren  não fazia ideia de quem seria Molly o que dava uma qualidade surreal àquela parte do monólogo  mas, conforme ela continuou, Lauren gradualmente se deu conta de que Molly era a cachorra de Camila. Lauren a havia visto algumas vezes levando a cachorra para passear. Depois daquilo, Camila  começou a falar sobre filhotes feios e assassinato,e,estranhamente, sobre nemo " sério isso ? ", nem o fato de vomitarem sobre ela  ter alguma coisa a ver com o que Camila estava sentindo, mas, honestamente, tudo aquilo fazia pouco sentido até que Camila começou a fazer gestos em direção a Espuma . Foi aquilo que permitiu que Lauren somasse dois mais dois e percebesse que ela acreditava que Espuma havia sido o responsável pela gravidez de Molly. Lauren queria dizer que Espuma não havia feito aquilo, mas Camila  estava contando tudo com uma energia tão forte que Lauren achou melhor deixá-la terminar antes de protestar. Naquele momento, a história que Camila contava havia entrado em um ciclo, repetindo-se. Alguns fragmentos e momentos da vida dela continuavam a aparecer, pequenos pedaços que parecia bem distantes uns dos outros, juntamente com explosões de raiva aleatoriamente focadas nele. Parecia que ela estava falando há mais ou menos vinte minutos, mas Lauren sabia que não poderia ter durado tanto. Mesmo assim, não era fácil receber tantas acusações de ser uma mau vizinha vindas de uma estranha, e Lauren também não gostava do jeito como Camila falava a respeito de Espuma . Espuma , em sua opinião, era o cachorro mais perfeito do mundo. Às vezes Camila  fazia uma pausa, e, naqueles momentos, Lauren tentava responder, sem conseguir. Mas aquilo também não funcionou, porque Camila imediatamente voltava a vociferar. Em vez disso,Lauren escutou , e pelo menos nos momentos em que Camila não o estava insultando ou o seu cão , pressentiu sinais de desespero, até mesmo confusão em relação ao que estava acontecendo em sua vida. O cachorro, mesmo que Camila  não percebesse, era apenas uma pequena parte do que a incomodava. Lauren sentiu uma onda de compaixão por Camila  e percebeu que, de vez em quando, assentia com a cabeça, apenas para dizer a Camila que estava prestando atenção. Às vezes Camila  fazia uma pergunta, mas, antes que Lauren pudesse responder, Camila a respondia por Lauren .

- Será que os vizinhos não devem considerar as próprias ações?

- Sim, claro -  Lauren  começou a dizer, mas Camila  conseguiu falar antes Lauren. - Claro que sim! - gritou Camila , e Lauren viu que estava concordando novamente. Quando a situação finalmente abrandou, Camila  estava olhando para o chão, exausta. Embora sua boca continuasse coma mesma curvatura, Lauren imaginou que havia visto lágrimas, e pensou se deveria lhe oferecer um lenço de papel. A caixa de lenços estava dentro da casa  longe demais, Lauren  percebeu  mas Lauren se lembrou dos guardanapos que estavam perto da churrasqueira. Lauren se levantou rapidamente, pegou alguns e os trouxe de volta à mesa. Ofereceu-lhe um,e, depois de hesitar umpouco, Camila o aceitou. Camila enxugou o canto dos olhos. Agora que havia se acalmado, Lauren percebeu que Camila era ainda mais bonita do que ela  havia pensado à primeira vista. Camila tomou fôlego, um pouco trêmula.

- A questão é a seguinte: o que você vai fazer? -  Lauren  hesitou, tentando saber a que Camila se referia, exatamente.

- Em relação a quê?

- Aos filhotes! -  Lauren conseguia ouvir a raiva dela começando a ferver novamente e levantou as mãos na tentativa de acalmá-la.

- Vamos começar pelo começo. Você tem certeza de que ela está grávida?

- Claro que tenho! Você não ouviu o que acabei de dizer?

- Você já a levou a um veterinário?

- Sou assistente médica. Passei dois anos e meio em uma escola especializada e mais um ano fazendo residência. Sei dizer quando alguém está grávida.

- Em relação a pessoas, tenho certeza de que sabe. Mas é diferente com cachorros.

- Como você sabe? 

- Tenho muita experiência com cães. Na verdade

- Ah, sim, aposto que tem -  pensou Camila, interrompendo-a com um gesto. - Molly está andando mais devagar, os mamilos dela estão inchados, e ela está agindo de forma estranha ultimamente. O que mais poderia ser?

- Honestamente, toda mulher que Camila  conheceu acreditava que ter um cachorro quando criança o tornava especialista em assuntos caninos.

- E se ela estiver com alguma infecção? Isso poderia causar um inchaço. E se a infecção for forte, ela pode estar com dores também, o que poderia  explicar a maneira como está agindo.-  Camila abriu a boca para falar e, depois, a fechou, percebendo que não havia pensado naquilo. Uma infecção poderia causar inchaço nos mamilos mastite ou algo assim  e, por um momento, Camila  sentiu uma onda de alívio percorrer-lhe o corpo. Ao considerar a ideia mais a fundo, entretanto, a realidade voltou com força total. Não era umou dois mamilos, mas todos eles estavam daquele jeito. Ela torceu o guardanapo, desejando que Lauren a escutasse.

- Ela está grávida e vai ter vários filhotes. E você terá de me ajudaraachar pessoas que os queiram. Eu não vou levá-los para o canil.

- Tenho certeza de que Espuma não fez isso.

- Eu sabia que você ia dizer isso.

- Mas você deveria saber que… -  Camila balançou a cabeça furiosamente. Aquilo era um comportamento típico. A gravidez era sempre um problema feminino. Camila se levantou da cadeira.

- Você vai assumir uma parte da responsabilidade sim. E eu espero que você perceba que não vai ser fácil encontrar casas para eles.  

LAUREN PV

- Mas…

- Mas que merda foia quilo?- perguntou Taylor . Camila havia desaparecido por entre as cercas vivas. Alguns segundos depois, Lauren a viu entrar em casa pela porta de vidro. Ainda estava sentada na cadeira, sentindo-se um pouco encomodada , quando percebeu sua irmã se aproximando.

- Há quanto tempo você está aqui?

- Há um bom tempo - disse Taylor . Taylor  viu a caixa térmica perto da porta e pegou uma cerveja. - Por um segundo, achei que ela fosse socar você. Depois achei que ela iria chorar. E depois, parecia que ela queria socar você de novo.

- Foi mais ou menos assim que aconteceu - admitiu. Lauren esfregou atesta,ainda processando acena.

- Estou vendo que  voce continua sendo a mesma com suas namoradas.

- Ela não é minha namorada. É minha vizinha.

- Melhor ainda - Taylor se sentou. - Há quanto tempo vocês namoram? Olha, é impressionante - observou Taylor. - Eu não achei que você tivesse essa qualidade.

- Que qualidade?

- Você sabe. Fazer alguém odiá-la tão rapidamente . Geralmente é preciso conhecer melhora pessoa antes de chegar a esse ponto.

- Muito engraçado

- Eu também acho. E Espuma … - ela se virou para o cachorro e apontou-lhe um dedo reprovador - você não devia fazer essas coisas. - Espuma abanou o rabo antes de se levantar.  ele  foi até Lauren e esfregou o focinho em suas pernas. Lauren empurrou a cabeça dele, o que fez com que Espuma se esfregasse nela com mais força. - Vá com calma aí, seu cachorro velho.

- Não foi culpa de Espuma. -  disse Lauren

- Foi o que você disse. Não que ela quisesse ouvir, é claro. O que óbvio ? - disse Taylor  

- Ela só estava irritada.

- Eu vi. Demorou um pouco até que eu conseguisse perceber o que ela estava falando. Mas, para ser honesta, foi divertido. - disse Lauren rindo

- Não seja má.

- Eu não sou má- Taylor se recostou,avaliando sua irmã mais velha. - Ela é bonita, você não acha?

- Nem percebi.

- Claro, tenho certeza de que não percebeu nada. Aposto que foia primeira coisa que você percebeu. Eu vi o jeito como estava de olho nela.

- Que coisa, não? Você está a todo o vapor hoje.

- Eu deveria estar na casa de Max  hoje foi horrível.

- O que significa isso? Você deixou a mãe dele te odiar mais ?

- Não, mas tive de pensar muito para não xinga-la.

- Deve ser ótimo ser alguém como você. - disse Taylor debochada

 - Com certeza. .- disse Lauren

- Coitadinha.  como você acha que nossos pais vão se sentir se eu dissesse a eles que quer ia ficar mais uns dois anos na faculdade para completar meu doutorado?

 Na casa de Camila, a luz da cozinha se acendeu. Distraída , Lauren levou um momento para responder.

- Acho que eles vão aceitar isso sem problemas. Você os conhece.

- Eu sei. Mas ultimamente eu tenho a sensação de que eles  querem que eu encontre alguém e me case. - disse Taylor

- Pode entrar para o clube. Faz anos que tenho essa sensação. - disse Lauren revirando os olhos 

- Sim, mas é diferente para mim. Meu relógio biológico está  em contagem regressiva . Aluz da cozinha na casa vizinha se apagou. Alguns segundos depois, uma luz se acendeu no quarto. Lauren imaginou se Camila estava se preparando para dormir.

- Lembre-se de que a mamãe se casou com 21 anos - continuou Taylor . - E você nasceu quando ela tinha 23. - Ela esperou por uma resposta, mas não obteve nada. - Mesmo assim, veja o que aconteceu com você. Talvez eu devesse usar seu caso como argumento. -  Lauren absorveu as palavras da irmã lentamente e franziu as sobrancelhas quando elas finalmente o atingiram.

- Por acaso você está me insultando?

- Eu tentei - disse Taylor, com um sorriso malandro. - Só estava testando para ver se você estava prestando atenção em mim ou na sua nova amiga da casa ao lado.

- Ela não é minha amiga - disse Lauren.  Lauren sabia que estava agindo na defensiva, mas não conseguiu evitar. - Ainda não - disse a sua irmã -, mas estou com uma sensação engraçada de que ela será. - disse dando uma piscadela para a Taylor



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