História The Choicen Ones - A Seleção - Interativa - Recepções

Recepção da Espanha

As recepções deixaram o castelo incrivelmente agitado. A todo momento se via criados e funcionários pelos corredores, arrumando algo, auxiliando as Selecionadas com a decoração, atendendo pedidos dos hóspedes, ou o que quer que seja. Kattrina observava algumas criadas sentada em um dos divãs presente nos corredores.

— Elas não se cansam, não é? — Disse Isabelle sentando-se ao seu lado. Kattrina sorriu calmamente e assentiu.

— Não... Tão dedicadas… isso me lembra a minha mãe... — Isabelle a encarou por alguns segundos.

— Ela… faleceu?

— Sim — Disse Kattrina com um pequeno sorriso triste. No momento em que Isabelle se preparou para balbuciar um "sinto muito", Grace entrou na frente das duas, com uma expressão ansiosa.

— Meninas, desculpe incomodar, mas… a família espanhola vai chegar em breve! 

[…]

Pouco depois, todas as Selecionadas e a família real de Cambridge e de Illéa estavam posicionadas esperando as majestades espanholas. Nicollas não parecia nem um pouco a vontade no local, Audrey conversava calmamente com Emily em um local afastado, Christian e Matthew também conversavam em um local. Bridget se encontrava no centro do salão com seu mal-humor cotidiano.
Amélie, Grace e Athena repassavam as últimas informações e planos sobre a Espanha, enquanto Rafaella e Kattrina treinavam mais uma vez algumas palavras em espanhol.

— Onde está a Amber? — Perguntou Isabelle se aproximando de todas. No mesmo momento, a iniciou-se uma música no salão, indicando que a família real espanhola já estava do lado de fora do palácio.

—  Ah, eu não acredito que essa garota foi sumir justamente agora! — Athena revirou os olhos — Já não ajudou em nada, e se ela não aparecer, eu não me responsabilizo pelos meus atos!

— E olha que dessa vez eu não te seguro! — Disse Rafaella, também demonstrando irritação com a loira. 

Uma trombeta anunciando a chegada da família real foi ouvida, e no mesmo momento Amber surgiu do lado de seu grupo. Isabelle arqueou uma sobrancelha.

— Sei muito bem que os aromas do palácio são maravilhosos, mas precisava tomar um banho com eles, Amber? — A loira fingiu não ouvir, depois que Grace implorou com o olhar por não haver brigas já que a família real entrava.

As portas se abriram e todos observaram a entrada da família inteira no salão. A rainha Madelina sorria gentilmente, enquanto o rei Esteván possuía um ar debochado assim como Amaya, que estava ao lado dele. O príncipe Murilo não demonstrava nenhuma reação, apenas acompanhava sua família, e seu irmão Juan, olhava e lançava sorrisos para algumas selecionadas. Por último, em frente a todos, havia a pequena Melisa, que saltitava balançando seus cachos castanhos.

As cores predominantes do salão eram o vermelho e o amarelo, as cores da bandeira espanhola. Diversas mesas com pratos típicos da Espanha enfeitavam o local, mas alguns pratos de Cambridge e outras iguarias também estavam sobre as mesas. Uma banda tocava em acústico o hino espanhol, e distribuído por todo o salão haviam pinturas de pintores espanhóis e fotografias da família espanhola atual e algumas anteriores.

Bridget cumprimentou com um sorriso o rei Esteván, o que deixou quase todos do salão perplexos, já que isso era algo muito raro. 

— Madelina — Cumprimentou secamente Bridget a rainha, que devolveu no mesmo tom. A rainha de Cambridge olhou para a princesa Melisa, revirando os olhos em seguida. — Enfim, façam o que vocês tem que fazer. — Bridget falou para o grupo da recepção espanhola e saiu andando.

— Por que não me surpreendi? — Disse Athena em um tom quase imperceptível, mas o suficiente para que Isabelle também ouvisse e concordasse.

Todas as Selecionadas se apresentaram, partindo em seguida para o começo real da recepção. Grace e Kattrina conversavam em um ótimo espanhol com os convidados da família real, fruto de um treinamento muito longo, enquanto Athena, Isabelle e Rafaella se divertiam conversando com a pequena Melisa e sua prima, Olívia. 

— Seu cabelo é tão lindo, princesa... — Disse Isabelle ao tocar nos cachos de Melisa. A pequena sorriu, divertindo-se. 

— Olhem, eu ganhei no meu aniversário! — Disse Olívia mostrando um pequeno colar de ouro e pedras preciosas em seu pescoço. As três olharam encantadas.

— Isso que é presente, viu! E olhe, são rubis! — Disse Rafaella apontando para o colar de Olívia. 

— Minha coroa tem uma pedrinha verde, mas eu esqueci o nome dela… — Disse Melisa, fazendo biquinho enquanto pensava.

— Uma jade? — Arriscou Isabelle. 

— Sim! Poxa, eu sempre esqueço o nome, ela é tão bonita… — Melisa disse e sorriu, mostrando suas covinhas, o que fez as Selecionadas suspirarem por tanta fofura. Amélie se aproximou atrás das duas, fazendo um sinal indicando que ela havia chegado.

— Ann, princesas? — Athena chamou a atenção das duas — Vocês gostam de bonecas?

— Eu adoro! Tenha várias no meu quarto! — Disse Olívia. 

— Sim, sim — Melisa falou enquanto saltitava com seus cachos. 

— Então, que tal essas bonecas para vocês duas? — Amélie mostrou os dois brinquedos para as pequenas, fazendo os olhos das mesmas brilharem.

— Olhe! Essa sou eu? — Olívia disse pegando uma boneca e apontando para si.

— São sim! — Disse Isabelle.

— Elas são tão lindas… vamos mostrar para a mamãe, Olívia! — Melisa disse, saindo correndo seguida de Olívia pelo salão. As selecionadas riam encantadas com as pequenas. 

— Só espero que elas não se percam nessa família completamente perdida… — Disse Athena com um sorriso triste.

— É o que eu desejo também. — Concordou Rafaella.

[…]

Na maior mesa do salão estava a família real Espanhola, que contava com várias pessoas, desde primos até amigos da família. A princesa Amaya olhava descaradamente para Nicollas, que estava em um canto do salão conversando com Kênia e Sophie, e que após perceber os olhares de Amaya, sentiu-se desconfortável. O príncipe Juan por outro lado, encarava Leonor, Amélie, Esther e April, que estavam em outro local conversando.

— Olha que desperdício… como pode ter tantas garotas gatas para esses três aí? — Disse Juan balançando a cabeça em negação.

— Você não é o Nicollas irmãozinho. — Amaya falou com um sorriso debochado — Apenas aceite. 

— Ah, vá se foder Amaya! — Juan mostrou o dedo do meio para a irmã. 

— Calem a boca vocês dois! — Murilo se pronunciou.

— Garotos! Os modos! — Madelina repreendeu colocando os dedos nas têmporas em seguida.

— Espere a sua Seleção chegar filho. Escolherei algumas bem melhores pra você. — Disse Esteván, bebendo mais uma taça de vinho.

— Prefiro aquela loira do canto… muito bonita. — Disse Murilo apontando para Amber que estava em um canto do salão sozinha.

— Então vai falar com ela, seu tapado. A garota tá sozinha. — Juan revirou os olhos, pondo-se de pé em seguida — E aproveitando a deixa… vou falar com aquelas quatro ali.

Murilo também se pôs de pé e saiu com o irmão, mas os dois tomaram caminhos opostos. Enquanto Juan ia falar com as três Selecionadas, Murilo tinha como objetivo Amber.

— E aí? — Disse o moreno sentando-se do lado da loira. Amber sorriu quando percebeu quem estava do seu lado.

— Sou Amber — A loira estendeu a mão para o príncipe, que a beijou — Como vai alteza? 

— Gostei do palácio… ainda mais as pessoas que estão dentro dele… — Murilo disse com um sorriso sacana. Amber riu e sentou-se mais próxima do príncipe.

— Seu país é muito bonito, alteza — Amber jogou uma mecha de cabelo para o lado enquanto se aproximava — mas se me permite dizer, o senhor é muito mais... — Murilo riu novamente e chegou próximo ao ouvido da Selecionada

— Posso dizer o mesmo de você, Amber… — Martinez riu e se levantou

— Me acompanha? — Disse mordendo o lábio.

— Como toda a certeza — Murilo respondeu, e os dois saíram, sem ser vistos por ninguém do local.

[…]

Já passavam das duas da manhã, e o movimento no salão havia diminuído. Amaya tentara várias vezes se aproximar de Nicollas, mas o príncipe sempre estava acompanhado de alguma Selecionada, tanto para fugir de Amaya, quanto para conhecer melhor as hóspedes do palácio. Juan havia levado foras a noite inteira, os piores foram os de Leonor, Grace e Arabella Stuart, que fizeram o mesmo querer sumir no mesmo instante. Mas o movimento cessou completamente quando o relógio atingiu as três da manhã, e todos foram para seus respectivos aposentos, preparando-se para o próximo dia.

Recepção da Illéa

Se passaram alguns dias desde a chegada de Amaya para que a recepção de Illéa começasse. Praticamente todos os preparativos já estavam prontos e em seus devidos lugares. Todas as selecionadas anfitriãs já se encarregavam de seus deveres, inclusive o resto das meninas já estavam lá para conversar com a Família Real, até Audrey estava presente e conversando em um canto reservado com Emily.

— Eu estou nervosa, Audy! — Exclama Emily tentando respirar calmamente. Audrey segura a mão da menina discretamente e depois solta com medo de alguém vê-la.

— Olha, eu conheço a família Real de Illéa e eles são muito gente boa. Se, por acaso, alguém cometer algum deslize eles com certeza não vão ligar. Tudo bem? — Tranquiliza a Princesa.

— Acho que ajuda um pouco, mas ainda não estou muito bem. Sei que vou começar a tagarelar e... E se eu falar alguma besteira perto do Rei? O que eu faço?! 

Audrey olha para a menina como quem sabe das coisas e continua a tentar confortar a amiga.

No outro lado do salão, Arabella Stuart, Leonor e April tentavam arrumar o palco onde acontecerão as apresentações. 

— Essa droga não entra! — Resmunga Arabella tentando colocar o Violão dentro de sua respectiva caixa. A mesma ja estava com um pouquinho de raiva e tudo o que fazia parecia dar errado. 

April vai para o lado da menina.

— Deixe eu tentar. — Pede ela pegando o violão da mão de Arabella e tentando também colocar o objeto na caixa, a mesma também não teve muito resultado até que Leonor percebeu tudo.

— Gente... — April a corta. 

— Acho que se eu fizer assim... — A pequena coloca seus dedos finos nas cordas do violão e puxa um pouco para fazer pressão na caixa e ele entrar.

— April! Não! — Grita Leonor tentando impedir April, embora não tenha ajudado muito. Duas das corda, umas das mais usadas e finas arrebentaram. 

— Maldição April! Por que você sempre tem que quebrar ou derrubar algo?! — Exclama Arabella sem conseguir se segurar. 

April dá um sorriso amarelo e brinca com uma mecha de seu cabelo.

— Foi sem querer! — Desculpa- se a menina.

— Essa é uma desculpa bem esfarrapada. — Nota Arabella bufando.

Ambas agacham perto do Violão e Leonor mostra a caixa, ainda vazia.

— Olha, essa caixa é do baixo. Na verdade, eu não sei nem por quê tem um desses aqui se que ninguém usa. Deve ter custado uma fortuna. — Explica Leonor.

— Iiiih, é verdade. Olha o baixo ali do lado daquela outra caixa. — April aponta para o objeto no canto do palco.

Arabella ri baixo.

— É mesmo, se nós sairmos de fininho, ninguém vê a gente e nós ainda podemos perguntar pro Matthew se ele tem outro.

As meninas concordaram e saíram pelos fundos do salão sem que ninguém percebesse.

Basicamente duas horas depois, no corredor de uma das principais entradas do Palácio de Cambridge, uma Grace bem cansada anda lentamente comendo uma maçã e observando os arredores. A garota pensava em... sim, no Matthew, o que ela achava bem constrangedor e ao mesmo tempo frustante. Pensava em tudo. Sua voz, seu cabelo, seu jeito arrogante e se perguntava como o garoto não percebeu que ela gostava tanto dele? 

Perdida em seus tantos pensamentos, nem ouviu quando uma porta abriu atrás de si e o anuncio da chegada de alguém que ela não conseguiu compreender, só foi perceber que era alguém importante quando viu todos ao seu redor curvar- se.

A selecionada olhou para trás e perdeu o fôlego, parando em uma meia mordida de sua maçã. Olhando com certeza com os olhos arregalados a menina se segurou para não gritar. 

Era Maxon, America e toda a dua familia em sua frente! 

— Com licença. Nos informe onde está o salão onde acontecerá a recepção? — Pergunta um garoto de mais ou menos quatro anos ao lado de uma mulher loira muito bonita. 

Ainda paralisada, Grace tenta esconder a maçã em suas costas, faz uma reverência cruzando as pernas e da um sorriso torcendo para ser o mais receptível possível.

— Por ali, mas, se quiser, eu posso levá-los er... Alteza? Me Desculpem pela a confusão, entretanto, não sei do que devo chamá-lo. Meus conhecimentos sobre sua família são de apenas alguns jornais que meus pais tinham em casa. — Explica- se Grace corando.

Maxon dá um sorriso gentil.

— Não precisa se desculpar, mas creio que seria muito agradável sua companhia até o salão. — Responde ele. 

Grace cora mais ainda e indica a direção que eles queriam ir começando a guiá-los.

— Eu com certeza estou muito atrasada era para eu estar la às... duas horas? Meu Deus! — Grace pensa alto.

— No meu tempo de Seleção nossa comandante, Silvia, nos mataria caso isso acontecesse. Já são quatro horas!— Exclama America. Grace ri e os outros dão risada.

— É verdade. — Concorda a mulher loira. 

— Você era uma das selecionadas? Me lembro de ver algo sobre você em um dos jornais. — Pergunta a selecionada.

— Era sim, me chamo Marlee, esse aqui é Carter, meu marido, e este é meu filho Kile. — Apresenta Marlee.

America começa a apresentar todos os outros, deveria ter umas vinte pessoas ali.

— Faltam Lucy e Aspen, que se atrasaram por conta de que Aspen tinha que deixar alguma função para os guardas enquanto estamos fora. 

Eles viram em um corredor chegando na grande porta do Salão, Bridget, Audrey e Margot estavam la. 

— Majestades e Altezas. — Cumprimenta Audrey e Margot ao mesmo tempo a Família Real de Illea, que agradecem de forma amigável.

— Entrem. — Manda a Rainha Bridget batendo na grande porta de madeira e dois guardas la dentro a abrem.

— Bridget, sempre muito convidativa. — Ironiza America sussurando para Grace e logo depois entrando no Salão. — Que lindo está.

O salão, parecendo ter como cor principal o azul bebe, o prata e o vermelho morango (por causa das diversas tortas e doces do sabor morango), estava muito bem enfeitado com uma mesa longa no centro, um palco improvisado (consistia em uma parte do Salão onde o chão era um pouco mais alto, dando a impressão de um mini palco) com vários instrumentos modernos e clássicos, várias fotos estavam espalhadas por todo local, e, claro, um "playground" para as crianças estava montado em um canto do salão. 

Depois de uma hora de apresentação das selecionadas, foi que a diversão realmente começou. Sophie subiu no palco e pegou um microfone.

— Majestades, Altezas e selecionadas, começou agora o Karaokê Real, então, se você quiser pode subir e cantar qualquer música. — Anuncia ela, descendo do palco.

As meninas, inclusive May e America, gritaram e aplaudiram e Sophie saiu do palco.

As duas primeira a subir no palco foram Isabelle e April.

— Ah, se você quiser pode ir primeiro. — Oferece April à Isabelle. 

— Não precisa, pode ir. — Responde ela.

A mãe de América grita la do playground. 

— Façam uma competição logo! — Grita ela.

— Mãe! — Repreende América e Maxon ri, como se fosse uma piada interna entre os dois, o que deixou várias meninas encantadas.

April e Isabelle se entreolham e dão de ombros rindo. 

— Vamos nessa então. — Diz April.

Ambas entregam duas partituras aos homens da banda. 

Isabelle é quem começa a cantar a sua música e depois April introduz a música dela, fazendo uma mistura ótima entre as duas. (Música nas notas finais)

Assim que elas acabam de cantar, ambas as selecionadas (menos Amber) estavam impressionadas, junto da Família Real que agora contava com Aspen e Lucy também. 

— Hum... Essa música fui eu quem escrevi e se chama Why Try, Matthew, quero dizer, O Principe Matthew, me ajudou bastante nela. — Fala April, um pouco envergonhada. Grace e Esther olham para a menina.

— A minha eu escrevi sozinha. Espero que tenham gostado. — Isabelle fala orgulhosa. 

— Nós amamos, e vocês arrasaram. — Grita Amélie, recebendo um olhar torto de Margot. 
    

Duas horas se passaram, enquanto apresentações rolavam. Arabella Stuart, Kênia, Nicole, Giovanna e Esther estavam reunidas conversando com Maxon. 

— Então, eu e America não gostamos muito de falar sobre a minha Seleção, mas posso afirmar para as senhoritas que ela não foi igual as outras. Minha mulher era muito teimosa, sabe? E ainda é. — Diz ele olhando de relance para America, que segurava Eadlyn no colo enquanto conversava com algumas selecionadas e com Marlee. 

— Isso é tão fofo. Imagino que tenha sido difícil. Mesmo para nós, que estamos a pouco tempo aqui já não está sendo tão fácil como esperávamos. Começando por aquela garota loira conversando com a sua mulher. — Nicole diz apontando discretamente para Amber. 

Maxon concorda.

— Conheci uma idêntica na época em que conheci America, seu nome era Celeste, acabamos descobrindo que ela era uma ótima pessoa logo no final da minha seleção. Ficamos bem próximos.

— Me desculpe a pergunta, mas por que ela não está aqui? — Pergunta Giovanna.

O Rei fica com um olhar melancólico de repente.

— Hum... Senhorita Celeste não está mais entre nós, infelizmente. America e eu ficamos arrasados com sua perda. Então dêem uma chance para essa menina, cujo eu esqueci o nome. 

— Bem que falaram que você é bonito e gentil. — Arabella deixa escapar. 

— Bella! — Repreende Kênia.

Maxon da uma risada divertida e Esther pigarreia.

— Sentimos muito pela perda. Mas creio que Amber não tenha mais volta.

Da janela, gotas de chuva começam a cair. Maxon e America se entreolham. 

— Senhoritas, se me derem licença, preciso resolver um assunto urgente com minha mulher. — Pede Maxon sem tirar os olhos de America.

— Claro. — Responde Giovanna que faz uma reverência e se retira, sendo acompanhada pelo resto das selecionadas.

A Rainha e o Rei se juntam e vão a caminho do Jardim, ficando lá uns vinte minutos juntos.

Já à noite, a Família Real pede licença e se retira para uma longa noite de descanso, fazendo com que as selecionadas se retirem também deixando apenas algumas criadas limpando o salão.

Recepção da França

Logo a última recepção chega, e ambas as selecionadas estavam exaustas por conta da recepção da Espanha e de Illéa. Faltavam menos de duas horas para a Família Real da França chegar e os detalhes finais sendo ajustados de última hora.

— Duas horas meninas! — Avisa Margot.

Elizabeth arrumar seu vestido com desgosto.

— Mal começou e eu já não aguento mais essa história de recepção. — Murmura ela para Athena e Arabella White.

— Eu também não, mas temos que fazer. — Responde Athena.

— Ai gente, pode ser legal conhecer o pessoal da França. Culturas novas. — Retruca Arabella.

— É, pode ser. — Elizabeth dá de ombros.

As três ficam terminando de arrumar as mesas com os flores vermelha e azul.

Enquanto isso, onde as bandeirinhas da França eram colocadas por algumas criadas, Giovanna e Gwen riam.

— Não! Fala sério Gi! — Exclama Gwendolyn praticamente chorando de rir.

— É sério! E ele parecia bem assustado, coisa que eu nunca pensei que viria o Matthew fazer. Tá, daí eu chamei ele de terrorista e...

 — Terrorista?! — Pergunta ela já controlada dos risos.

— Sim! Vergonhoso, não? — Pergunta ela.

— Tenho que concordar.

— Ah não! — Exclama Giovanna que esconde a cabeça nas mãos e ri.

Nicole e Katerina aparecem ao lado delas.

— Olá meninas. Estão falando de quê? — Pergunta Nicole.

Giovanna e Gwen se entreolham.

— De nada, não. — Responde Giovanna um pouco rápido demais. — Hum... Animadas? 

Katerina e Nicole se entreolham.

— Sim! Fiquei sabendo que virão alguns príncipes de la. — Katerina responde animada.

Gwen arregala os olhos e põe as mãos na cintura.

— Você sabe muito bem que não podemos ficar de olho em outros Príncipes que não sejam os nossos, Katerina! Já pensou se te pegam falando isso?! Deu sorte que não somos fofoqueiras, porque se fosse com a Amber você já estaria em uma encrenca. — Responde ela em um tom mais baixo.

Katerina revira os olhos e cruza seu braço no de Nicole.

— Ai Gwendolyn, olhar nao arranca pedaço não! E você sabe que eu não sou esse tipo de garota que fica de olho em outros garoto quando já tem um. Mesmo que eu ainda não tenho ninguém. — Retruca ela ofendida.

Nicole assente.

— Verdade. 

Giovanna nega com a cabeça.

— Tenho certeza que Gwen não fez por mal. — Responde ela olhando para a amiga que sorri e concorda com a cabeça.

Ambas ficam conversando por mais alguns minutos e depois se despedem indo conversar com outras meninas.

Duas horas depois, a Família Real da França chega e ela era bem grande. Uma mulher elegante exalando poder e um homem forte e bonito que surtia o mesmo poder da mulher adentraram ao imenso salão sendo seguidos por uma criança, dois garotos, uma menina loira muito bonita, e mais dez pessoas ao todo. Tirando Matthew, Nicollas, Christian, Audrey e Bridget que também compareceram.

Muita das selecionadas se arrumaram, enquanto outras já assumiam seus postos de entretenimento, como Esther e Sophie que foram logo conversar com os Reis.

Ambas fizeram uma reverência formal.

— Boa tarde, Vossa Majestade, deixe-me acompanha-los até seus lugares. — Pede Sophie com um sorriso bonito no rosto.

— Seria muito gentil. — Agradece a Rainha Daphne.

Esther, Isabelle e Amber cuidam dos outros membros.

— Nossa, seu cabelo é muito bonito. — Elogia uma prima da família, Sol Martín, a Amber. — Queria cortar o meu assim, porém minha mãe não deixa, ela diz que...

— Pois é, ele é bonito mesmo, e embora tenha demorado bastante tempo para deixá-lo assim, até que da pro gasto. E o seu até que é... bonitinho. — Responde Amber jogando sua franja para trás.

Sol pega uma mecha de seu cabelo e o penteia com os dedos. Isabelle se inclina para a garota.

— Não liga para Amber, ela não gosta de nada. 

— Sei muito bem como é gente assim.— Ela da uma piscadinha para Isabelle e vai olhar o salão.

Assim que toda a Família Real se acomodou foi que a festa realmente começou. Rei Frederick ama comida, então todas as criadas do local já se encarregavam de oferecer diversos pratos diferentes escolhidos pelas próprias selecionadas. 

Todos da Família gostavam muito de conversar, a própria Daphne tinha assunto na ponta da língua. Ela elogiava sem parar como a recepção tinha ficado linda e bem preparada, pois continha tudo o que ela e seu marido gostavam. Porém, o interessante era um pequeno círculo que se formou em uma das mesas do local, Príncipe Dylan e seu melhor amigo, Jacob Mussolini, estavam conversando com April, Grace, Sophie, Esther e Matthew. 

— Então vocês são algumas das selecionadas. Interessante... — Pondera Jacob. 

— Jura mesmo? — Ironiza Esther sem conseguir se segurar.

— Creio que sim, senhorita... — Ele se inclina para ler a plaquinha com o nome de Esther, porém olha mais para o decote, que nem era tão aberto, da menina. — Esther. Bonito o nome. 

Esther se encolhe na cadeira e Matthew lança um olhar mortal para o garoto. 

— Sim, é bonito mesmo. — Concorda ele olhando para Esther e balançando a cabeça para a mesma, como quem diz: "Só ignore"

— Peço perdão pelo meu amigo, as vezes ele não consegue se controlar. — Fala Dylan, que se volta para April e Sophie. — Então, como está sendo para as senhoritas ficarem aqui? —  Pergunta ele inclinando a cabeça para o lado e penetrando seus olhos azuis como gelo em April, que cora.

— Está sendo muito bom. Matthew e Nicollas estão me ajudando bastante à me encaixar aqui. Creio que não tem como ser ruim. Era... Alteza.— Responde ela dando de ombros.

— Também acho isso, mas ainda estamos no começo e não dá para dizer com clareza agora o que estamos achando. — Sophie concorda.

Christian aparece ao lado de Matthew.

— Dylan. Jacob. Senhoritas. — Cumprimenta o Príncipe.

Jacob lança um de seus sorrisos charmosos para eles e depois para April e Sophie.

— Eu estava prestes a dizer como essas meninas são encantadoras. — Diz ele piscando para April.

Christian olha para a menina e cerra os punhos.

— Sim, são mesmo. Encantadoras e nossas. — Retruca ele voltando o olhar para o garoto abusado.

— Então quer dizer que vocês tem dono? — Pergunta Jacob às meninas.

Grace assente. 

— Enquanto estivermos aqui nossa vida tem sim de certa forma, um dono e são esses que o senhor está olhando agora. Eu, por exemplo, não poderia pedir mais.— Responde ela com um sorriso vencedor no rosto e encarando o Matthew.

Matthew e Dylan olham com um brilho nos olhos para a menina. 

— Muito bonito o que você disse. — Elogia Dylan.
     

Nicollas, Audrey, Sol e Emily conversavam calmamente em um canto, enquanto outros se dividiam entre outros grupos do local para conversar. 

Três horas se passaram e a dança de se juntar para conversar com alguém e depois sair para conversar com outro continuava. Praticamente todos já estavam exautos e muitos já se retiraram. Apenas tocava uma música lenta e Jacob ainda tentava alguma coisa com Esther, April, Arabella Stuart e Elizabeth, que fazia questão de jogar na cara dele que o mesmo não conseguiria nada. Até que uma coisa muito estranha aconteceu. Isabelle estava na porta do salão quando uma carta passa por debaixo da porta.

— Mas o que é isso? — A menina pega a carta do chão e olha envolta dela. Nenhum selo, nem nome, nem nada. Ela abre a carta e se assusta com o que vê.   

 "ESTAMOS CHEGANDO.
                                       — Vocês sabem"