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História The Chosen - The truth


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Voltei rapidinho, awn. <3
O capítulo já estava pronto, mas só tive a oportunidade de postar hoje.
Bem, eu espero que gostem e que perdoem os erros, porque né... HDUAHUSH
Assim que eu tiver tempo trarei o próximo para vocês, hm?!
Bem, vamos à leitura. <3

Capítulo 41 - The truth


Fanfic / Fanfiction The Chosen - The truth

Taehyung

 

 

- Eu estive nas memórias da Sophie hoje, Taehyung.

Hoseok falou ao sorrir e parar ao meu lado, erguendo uma de suas sobrancelhas.

- E o que viu?

- O suficiente para saber que agora você é um escravo dela.

- Não sei do que está falando.

- Taehyung, quando você tirou a pureza dela, a sua alma foi marcada pela Besta. – Ele iniciou, descruzando seus braços, então continuou: - E isso aconteceria com qualquer um que realizasse este ato.

- Está mentindo.

- Não estou, irmão. – Ele sorriu e jogou-se no sofá, fechando seus olhos. – E como não sabíamos sobre isso, Jin usou o seu sangue para curar a ferida dela, já que de todos nós você é o único que poderia ajudar nisso. Taehyung, se você continuar levando esse relacionamento para frente, as consequências serão pior do que pode imaginar.

- Mas eu tenho certeza de que naquele dia era a Sophie ali.

- Seu amor e seu corpo são dela, mas a sua alma e o seu sangue são daquilo que vive dentro dela.

 

Aquela conversa não saía da minha cabeça, ficava ali, rodando e rodando durante horas, e por esse motivo evitei ficar perto de Sophie, por mais que doesse vê-la chateada por minha distância.

Minha cabeça doía e parecia querer explodir, ainda mais com os pensamentos fixos nela, e meus irmãos pareciam sentir a mesma dor que eu, já que cada um deles tomou uma quantidade incontável de remédios para dor. Hoseok estava observando cada um de meus movimentos, cada um de meus pensamentos e cada uma de minhas palavras, provavelmente desconfiando de que hora ou outra eu iria procurar Sophie, e aquela perseguição já estava me incomodando, então decidi ir ao jardim, onde Jin estava, e para o meu azar, Sophie também estava lá.

- Como consegue manter suas plantas tão bonitas? – Sophie perguntou ao tocar as folhas de uma das árvores.

- Procuro ser cuidadoso com as coisas que gosto, e com prática, se torna fácil.

- Eu gostaria de aprender mais sobre jardinagem com você, já que você é tão bom nisso.

Sophie fez um pequeno bico e Jin sorriu satisfeito pelo que havia acabado de ouvir, e eu senti nojo por um momento, já que seu desejo por ser o melhor em tudo era tão evidente até em um momento como aquele. Eu me aproximei deles e sentei no banco vazio.

- O que estão fazendo? – Perguntei.

- Jin está me explicando um pouco sobre as ervas que ele cultiva.

- E Sophie é uma ótima aluna. – Jin levou sua destra ao cabelo dela e acariciou seus curtos fios, e de certa forma, aquela cena me incomodou.

- Sophie, preciso da sua ajuda em algo.

E por um impulso a puxei pelo pulso, a guiando para dentro de casa, até a sala de jantar que era o único cômodo vazio, então tranquei a porta para ter certeza de que ninguém entraria ali.

- O que está fazendo com ele? Você sabe que é perigoso.

- Perigoso? – Ela riu e revirou os olhos. – Como se ficar ao seu lado também não fosse.

- Eu não entendo o que quer dizer.

- Eu sei que você também é um deles, Taehyung. – Ela se aproximou de mim e bateu seus dedos em meu peito. – Eu sei que você é tão perigoso quanto eles. Você também tem algo horrível guardado dentro de você e se eu me descuidar, você poderá me matar.

- Eu jamais faria mal a você!

- Eu já não estou segura quanto a isso.

- Pense o que quiser, Sophie. Eu não me importo mais.

Ela gargalhou ao ouvir-me, e percebi seu olhar modificar-se por alguns instantes, então ela apenas saiu de perto de mim, mas antes que ela se distanciasse ainda mais, segurei seu pulso.

- Aonde vai?

- Você não se importa mais.

Ela puxou seu braço e destrancou a porta, retirando-se do cômodo rapidamente, e quando decidi a impedir, ela já havia saído de casa, e apenas não saí logo após porque Hoseok estava parado em minha frente, com os braços cruzados.

- Eu avisei você, e se continuar atrás dela, não passará de um cãozinho dela.

- Saia da minha frente. – Eu tentei o empurrar, mas ele logo me segurou.

- Você ficará aqui para evitar mais problemas.

- O que está acontecendo? – Jin perguntou enquanto usava um pano para secar suas mãos.

- Sophie saiu, e quero que você a siga.

- Por quê?

- Vá logo ver o que essa menina anda fazendo, não quero ter problemas.

Jin não falou mais nada, apenas saiu rapidamente de casa, assim como Hoseok havia mandado. Eu permaneci quieto, evitando encarar meu irmão que estava ainda mais próximo de mim; ele levou a destra até meu rosto e aproximou-se até conseguir sussurrar ao pé de meu ouvido:

- O dia está chegando, então não nos atrapalhe.

 

Sophie

 

A raiva que me consumia era enorme, tão grande que não cabia em meu peito. Eu não sabia ao certo o porquê, mas ver Taehyung daquela forma perante a mim me instigava, era completamente engraçado e divertido para mim, mesmo que por um lado doesse vê-lo distante, ou pelo menos tentando manter-se distante.

Eu caminhei por longos minutos até chegar à Vila, na vaga esperança de encontrar Anna ali, mesmo que o horário combinado fosse outro; eu adentrei à casa e caminhei por cima das madeiras misturadas à poeira no chão, até que pude chegar ao mesmo local em que ela havia me levado anteriormente, e para a minha surpresa, ela estava lá, sorridente e nada surpresa em me ver.

- A curiosidade não deixou você dormir?

- Na verdade, não. – A respondi e ela sorriu, apontando para a cadeira, na qual me sentei. – Não vejo suas cartas.

- Não as usaremos, Sophie. Como prometido, te contarei toda a verdade que te escondem.

Calei-me enquanto esperava ela iniciar, então segui os movimentos de suas mãos que retiravam de sua bolsa um cigarro e um isqueiro, e ao acender, a fumaça se esvaiu dos lábios cobertos por batom vermelho, com um charme e beleza tão grande que me perdi em seu rosto por alguns instantes, até que sua doce voz prendeu minha atenção novamente.

- Há anos atrás, nesta casa, uma senhora morava com sua única filha, e como você já sabe, este lugar foi construído para fins espirituais. – Ela tragou de seu cigarro e cruzou os braços, deixando o cigarro preso entre os dedos esticados para cima. – A filha dessa senhora seguiu os passos da mãe, dominou muito bem a magia negra e, anos depois da Vila vir a queimar outra vez, ela casou-se e teve duas lindas filhas, mas apenas uma delas aceitou por livre vontade seguir a magia negra, enquanto a outra era obrigada. Essa senhora tinha um orfanato escondido em um dos cantos pouco habitados da cidade, e de lá ela conseguia crianças para seguirem o mesmo caminho. Pouco depois, quando a filha mais velha já tinha uma boa compreensão sobre a magia, a mãe passou seus deveres a ela, e depois de realizar um grande ritual, no qual retirou o útero da filha mais nova como oferenda, todas as suas responsabilidades ficaram para as filhas, cada promessa e cada pacto feito com o demônio.

- E isso é possível?

- Você não pode quebrar o contrato, mas pode prolonga-lo, oferecendo algo ainda mais interessante e valioso que sua própria alma. Para aquela senhora, retirar o útero se sua própria filha foi um bom negócio. – Anna deu de ombros e voltou a tragar, demoradamente, o cigarro de filtro vermelho, soltando a fumaça no canto de seus lábios. – Sem perceber, as almas das meninas estavam destinadas ao Demônio, e como um bom contratante, ele ofereceu tudo do bom e do melhor para elas, e o que a mais velha gostou foi a manipulação. Ela vive para adorar seu mestre e realizar os mais absurdos desejos dele, e para isso ela precisava de mais pessoas. Ela reuniu dezessete pessoas além dela e conseguiu convence-los de que aquele era o caminho correto. Eles realizaram rituais horríveis, matavam crianças cortando suas línguas, em sinal de silêncio quanto sua devoção. Aos poucos ela descobriu que sua família devia algo para ele, algo tão grande e poderoso que poderia acabar com o mundo no qual vivemos.

- Quem são elas?

- SooYoung e EunJi.

Quando ela disse aqueles nomes meu corpo estremeceu, como se eu tivesse levado um grande tapa em meu rosto. Meu coração batia acelerado e minha mente ainda processava as informações, mas mesmo com meu estado, Anna prosseguiu:

- Cada uma daquelas pessoas precisavam oferecer sua participação no ritual. SooYoung precisava do filho concebido acima dos portais, do filho nascido das sombras, do filho nascido sob o perdão da luz divina, do filho gerado pelo acidente de um desejo sexual, do filho que tomasse toda a sabedoria de seus pais, do filho que protegesse e louvasse as trevas, do filho nascido do pecado e, por fim, a peça mais importante: a filha nascida do amor e do arrependimento. Cada um desses filhos nasceu, mas algo inesperado aconteceu: os pais dessas crianças amavam seus filhos e decidiram fugir com eles, mas era tarde, porque suas inocentes e puras almas estavam destinadas ao inferno. Exceto a alma de uma, da última e mais importante peça. A escolhida. A filha do amor e do arrependimento. – Anna terminou seu cigarro e o jogou no chão, enquanto a fumaça dançava em frene ao seu rosto. Ela sorriu e suspirou brevemente. – Eu fui a única mulher a nascer, mas quando SooYoung tirou a vida de meus pais, descobriu que eu não era a escolhida, porque não existia amor e muito menos arrependimento na vida de meus pais, foi então que ela engravidou de uma menina, ao mesmo tempo em que sua melhor amiga também engravidou, mas SooYoung não queria a filha de sua amiga, porque para ela, a filha que ela mesma carregava era a escolhida. SooYoung tentou matar a própria amiga diversas vezes, mas ela conseguiu fugir antes disso ocorrer, e quando ela estava prestes a ter sua filha, você nasceu poucos instantes antes, e então ela perdeu a criança. Sua mãe pediu perdão de joelhos em frente a uma igreja, estava arrependida e seu pai também. Sabendo sobre a perseguição, você foi deixada na frente daquele orfanato, que até aquele dia, sua mãe não sabia a quem pertencia.  Você estava acolhida pelas trevas, Sophie.

- A minha mãe... como ela morreu?

- Ela não morreu, Sophie. O perdão divino foi tão grande que ela conseguiu se esconder, por mais que sua alma esteja até hoje condenada. – Anna levantou-se e cruzou os braços, olhando para a janela. – Jin é um Guardião do Inferno, ele guarda e protege Lúcifer. Yoongi é um Guardião das Sombras, ele guarda os pecados de cada um de nós. Taehyung é um Guardião dos Portais, ele é o responsável por guiar as almas pelo véu que separa o espiritual do carnal. JungKook, sim, o seu amigo, é um Guardião de Luz, um ser puro e que foi encarregado de proteger você, mas EunJi, Guardiã da Morte, o fez pecar, e graças a ela, a alma de seu amigo está condenada. Jimin é um Íncubo, que tem muito haver com a personalidade dele, Hoseok é um Rakshasa, e ele pode ler tudo o que sua mente reproduz apenas olhando em seus olhos. NamJoon é o filho do Demônio, o prometido a ele durante anos. E você, Sophie, é a filha prometida ao Demônio.

- Isso é ridículo. – Eu acabei rindo, mas Anna permaneceu séria.

- Jin foi abusado pelo pai adotivo, ele foi internado em uma clínica e com as coisas que sofreu tornou-se um homem sem sentimentos e que ama o sofrimento alheio, Taehyung era obrigado a prestar “favores” ao pai e era constantemente espancado por ele, Yoongi também foi abusado, mas pela mãe, Jimin e Hoseok sofreram a vida inteira, eram injustiçados e riam deles, os espancavam e sempre os lembravam do suicídio de seus pais e o NamJoon já lhe contou o que faziam com ele. Tanto sofrimento resultou em uma vida perturbada, já que o Jin se diverte matando pessoas inocentes, como crianças, Yoongi pratica métodos de tortura e se delicia com o sangue de suas vítimas, Taehyung é um ótimo assassino, louco o suficiente para tirar fotografias dos corpos de suas vítimas e as manter trancadas em uma sala particular, Jimin e Hoseok sempre trabalham juntos, Jimin estupra e mata, enquanto Hoseok come a carne. NamJoon é o único que permaneceu com seu bom coração, e mesmo sabendo sobre os perigos que corre, aceitou ser trancafiado para proteger a garota que tem o mesmo destino que ele: você.

Anna terminou de falar e eu permaneci quieta, completamente imersa em meus próprios pensamentos, tentando digerir aquelas informações. Meus irmãos eram assassinos. O homem para qual me entreguei era um assassino. Minha tão sonhada família é uma farsa. E meu melhor amigo sempre me escondeu sua vida.

Estava doendo, mas eu não conseguia chorar e muito menos falar nada. Era a pior sensação que alguém poderia sentir.

O silêncio era o suficiente para ouvirmos qualquer barulho que viesse do lado de fora, e foi por este motivo que nossa atenção foi chamada, já que passos foram audíveis atrás de nós. Anna olhou-me por alguns instantes e então me levantei, e com medo do que poderia ser, agarrei seu braço, e o que era para ser um alívio, perturbou-me ainda mais.

- Sophie, o que faz aqui?

Jin apareceu na porta e encarou Anna, que mesmo com o tremor de seu corpo, não desviou o olhar do rosto pálido de meu irmão.

- Eu havia marcado de encontra-la aqui.

- Não sabe que é perigoso por aqui? Um jovem morreu perto desta casa.

- Não se preocupe, ela está segura. – Anna forçou um sorriso e apertou minha mão.

- De qualquer forma, quando quiser vê-la, vá à nossa casa. – Jin abriu um gentil sorriso para Anna, que retribuiu o sorriso.

- Não quero incomodar.

- Incomodar? – Ele riu, aproximando-se dela e segurando uma de suas mãos. – Uma pessoa tão interessante quanto você não incomodaria. Para ser sincero, adoraria conhece-la melhor.

- Seria um prazer.

O olhar dele era sério e profundo, mas Anna não parecia incomodada com seu ato, era como se assim pudessem se comunicar de algum modo, e quando o silêncio novamente surgiu, uma energia horrível e quente invadiu o cômodo no qual estávamos, e incomodada, acabei afastando-me de Anna e saindo dali o mais rápido que pude.

- Eu o espero do lado de fora.

Quando Jin teve certeza de que eu estava ao lado de fora da casa, imediatamente sua destra agarrou o cabelo de Anna, e em um rápido movimento seus lábios foram direcionados à orelha dela, onde sussurrou:

- Espero que você não traga problemas para a minha família outra vez.

Anna sorriu e passou seus pequenos braços ao redor do pescoço do mais velho, acariciando levemente sua nuca antes de depositar um demorado beijo em sua bochecha.

- Você sabe que eu sempre serei um problema para vocês, querido. – Ela sussurrou próxima ao rosto dele e puxou os curtos fios de cabelo para trás. – A não ser que me matem.

- Não seria difícil.

- Tente, querido. Não seria a primeira vez que a sua família tenta tirar a minha vida.

- Saia de nossas vidas enquanto ainda tem tempo.

- Por quê? – Ela riu e afastou-se dele, apoiando suas mãos na mesa atrás de si. – Não disse que iria me matar? – Ela perguntou e Jin permaneceu em silêncio, então ela suspirou. – Eu não a deixarei.

- Se arrependerá.

- E você também se arrependerá se cometer este erro!

- Não é um erro tentar salvar a própria vida.

- A sua alma está condenada, SeokJin! Aquela mulher cegou você e seus irmãos, não deixe que ela continue te manipulando!

- Ela está tentando nos salvar, Anna. Você também seria salva se estivesse ao nosso lado.

- Eu prefiro queimar no inferno do que juntar-me a vocês.

- Eu já dei o meu recado. Não nos atrapalhe.

- Eu não a deixarei sozinha, Jin.

- Então sofra com as consequências, Anna.

Jin virou-se de costas e Anna permaneceu em silêncio enquanto o via afastar-se de si. Por mais que perder a vida por outras pessoas fosse algo que muitos recusariam, para Anna era mais do que justo.

Ela, jamais, me deixaria sozinha. 


Notas Finais


Digam-me o que acharam, por favor!
O próximo capítulo será um pouco diferente, talvez um tanto... fofo (?), ele já está pronto na minha cabeça, assim como os próximos, agora tudo depende do tempo para eu escrever e postar, né? D: Vamos torcer para ser logo!
Obrigada por todo o carinho, meus amores, sem vocês eu sou nada.
Beijinhos e até o próximo! <3


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