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História The Chosen - She is mine


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Olá, meus amores! Espero que estejam bem!
Finalmente e infelizmente chegamos ao penúltimo capítulo da fanfic. ;; Mas tudo bem, né? ~chora~
Eu sumi por uns dias, porque como é final de ano as coisas começam a ficar corridas, mas consegui um tempinho para vocês!
Espero que gostem e boa leitura! <3

Capítulo 54 - She is mine


Fanfic / Fanfiction The Chosen - She is mine

Seul, 31 de outubro de 1998.

 

A tempestade não cessava e os trovões altos e frequentes abafavam os gritos da mulher que se debatia em frente à igreja, enquanto o marido insistia para ela resistir e forçar a criança que nascia para fora de seu corpo. A dor era evidente, seus olhos faziam as lágrimas misturarem-se com as grossas gotas de chuva que caíam sobre os corpos.

- Só mais um pouco, Carla! – O marido implorou.

- Eu não aguento mais, Sebastian! – Ela gritou, cravando suas unhas contra o chão.

- Aguente firme!

Sebastian implorou à esposa, que mesmo com a insuportável dor, resistiu. Horas passaram-se, e a única coisa que fez o trovão calar-se foi o choro alto da criança que acabara de nascer. Uma linda menina, com os olhos mais profundos e belos olhos azuis.

O homem sorriu e acariciou o rosto molhado da filha, erguendo-a em frente à porta da igreja.

- Sophie, a minha Sophie! – Ele sorriu, admirando o rosto semelhante ao da esposa. – Você, Sophie, fruto do nosso arrependimento, do nosso amor e da nossa dor, veio ao mundo para nos salvar das trevas! Diante você e à casa divina, minha filha, eu peço perdão de joelhos ao Senhor!

Em prantos o pai ajoelhou, abraçando a filha com força, repetindo seus arrependimentos diversas vezes em sussurros, enquanto ao seu lado, o corpo da esposa descansava e se recuperava da dor anteriormente sentida. A chuva ainda era forte e o vento frio esvoaçou os cabelos molhados de Carla, que com dificuldade sentou-se.

- Leve-a, querido! – Carla implorou. – Existe um orfanato por aqui, um bom orfanato. Leve-a e proteja-a.

- Não darei minha filha a desconhecidos, Carla! Eu voltarei à França junto de vocês e tudo acabará.

- SooYoung nos procurará quando souber do nascimento de nossa filha. Se a filha de SooYoung nascer esta noite, ela matará Sophie.

- Não podemos abandonar nossa filha, Carla! Se acharem-na, estarão todos mortos!

- Faça o que eu digo, Sebastian!

Ele não compreendia o porquê da insistência de sua esposa, mas como ela sabia exatamente o que fazia, ele concordou.

Sebastian cobriu sua filha, ainda presa em lágrimas, e correu abraçado à cesta, procurando pelo orfanato que já tinha uma mera noção de onde ficava. Quando ele chegou em frente aos muros altos e ao enorme portão de ferro, recuou por um tempo, querendo voltar com Sophie até sua esposa e convence-la de fugirem para a França, mas o medo de acabar adoecendo sua filha por conta da chuva era maior. Sebastian empurrou o portão, estranhamente destrancado, e correu pelo jardim até a porta de madeira, então colocou a cesta com sua filha ali, acariciando seu rosto vermelho e gelado pouco antes de selar sua testa, sorrindo e cobrindo-a junto à caixa de música que pertencia à sua mãe.

- Cuide-se, minha filha, convencerei sua mãe e levaremos você para longe daqui. Eu prometo!

O homem levantou-se e correu para longe antes que fosse visto, já que após bater na porta do orfanato uma luz acendeu-se. Longe dali ele caminhava com pressa, pensando em sua esposa que ficara na chuva em frente àquela velha igreja, então quando avistou a igreja, apressou seus passos, pois ainda precisava dar a volta na mesma para chegar à entrada, mas antes que pudesse dobrar a esquina, Sebastian ouviu passos atrás de si e virou-se, mas a escuridão o impediu de ver quem era a pessoa que o seguia, então a última coisa que viu e sentiu antes de cair sem vida no chão foi o grande pedaço de ferro bater contra sua cabeça de forma violenta, várias e várias vezes.

- Descanse em paz, Sebastian.

 

Seul, 30 de outubro de 2016.

 

Hoseok

 

A noite estava fria e silenciosa. Todos já dormiam, exceto Taehyung e eu. Meu irmão estava concentrado em um livro que lia e as instruções de Jin passavam pela minha cabeça várias e várias vezes, enquanto eu tentava arrumar uma forma de tirar o sangue do meu próprio irmão. Incomodado com meus olhares, Taehyung me encarou.

- O que você quer?

- Não, nada. – Menti, abaixando a cabeça.

- Então pare de me encarar.

- Parece irritado com algo. Quer conversar?

- Não estou irritado. – Ele mentiu e eu percebi através de seus olhos, então sorri ao descobrir o que era.

- Por que não me contou que já se lembrou, Taehyung?

- Saia da minha cabeça, idiota!

Taehyung levantou-se, mas segurei seus braços antes que ele pudesse se afastar de mim, então me surpreendi com as lágrimas formando-se em seus olhos enquanto ele lembrava das palavras de Sophie, contando à nossa tia que havia se entregado ao NamJoon. Tão surpreso quanto ele, o soltei e dei um passo para trás. Agora muita coisa fazia sentido.

- Viu o porquê não contei?

- Tae...

- Não finja preocupação, por favor! Eu sei que você não sente um pingo de compaixão por mim.

- Engana-se, meu irmão! Eu descobri a verdade, pedi perdão aos nossos irmãos e estou arrependido. Eu quero ajuda-los.

- Não acredito em você.

- Ele diz a verdade, Taehyung. – Jeon nos interrompeu ao entrar na cozinha, parando ao meu lado. – E agora que você já se lembra, precisamos conversar.

- Sobre o que? Vocês querem jogar na minha cara que estou pagando por todas as vezes que tirei mulheres dos meus irmãos? – Ele riu, cruzando os braços. – Se for isso, poupem o seu tempo.

- Não estamos aqui para falar sobre os seus sentimentos, Taehyung. Estamos aqui para falar algo sério e que é muito mais importante que o seu sofrimento. – Jeon falou em tom alto, respirando brevemente antes de continuar: - Amanhã é o dia e precisamos correr para evitar que uma desgraça aconteça.

- O que devo fazer?

Jeon respirou fundo e sentou-se ao meu lado, sendo seguido por Taehyung, que permaneceu em silêncio conforme Jeon e eu contávamos sobre o que havíamos feito naquela tarde, tudo o que conversamos e decidimos, então para a minha surpresa, Taehyung aceitou de imediato o que propúnhamos.

- Amanhã, antes do ritual, eu levarei o seu sangue para longe daqui, então esteja preparado.

- Certamente, irmão. – Ele assentiu e levantou-se, virando-se de costas. Ele soluçou e eu respirei fundo.

- Taehyung. – Ele parou, mas não me respondeu. – Ainda não está perdido, Sophie ainda pode amar você. – Ele riu.

- Amar-me? Não. Ela esteve com o NamJoon e eu não tiro a razão dela, Hoseok. Eu a fiz sofrer, a traí quando não me lembrava dela e me afastei por medo da Damara.

- Mas ela não poderá ficar com o NamJoon, irmão.

- Como não? – Surpreso, ele virou-se.

- Mesmo que exista sentimentos entre eles, jamais poderão ficar juntos.

- Eles são receptáculos, Taehyung. – Jeon continuou. – São como almas gêmeas. Receptáculos não podem ficar juntos, ou matarão um ao outro.

- O que quer dizer, Jeon?

- Mesmo que demore, um deles morrerá, e se ficarem perto um do outro, o caos acontecerá.

- Então eles são proibidos um ao outro, certo?

- Exatamente.

Mesmo que ele tentasse disfarçar, um sorriso formou-se em seus lábios pouco antes de ele se retirar da cozinha, deixando-me a sós com Jeon, que suspirou e olhou para mim.

- Por que está com essa cara?

- Porque agora eu entendi o porquê de tudo aquilo nos acontecer quando Sophie foi possuída.

- Mesmo? E por quê?

- Porque antes ela se deitou com o NamJoon, o amor dos dois os uniu ainda mais, e com isto a Damara e o Alcander ficaram ainda mais fortes. – Encarei o moreno e ergui as sobrancelhas. – Se eles estiverem em terra ao mesmo tempo, nada do que fizemos adiantará. Nós estaremos mortos, JungKook.

 

TaeHyung

 

O que JungKook havia me contado fez um fio de esperança surgir em meu coração, mesmo que eu já considerasse aquela batalha perdida. Eu não poderia desistir, não ainda.

Sophie dormia profundamente quando entrei em seu quarto, não preocupando-me em fechar a porta ao entrar. Cuidadosamente sentei ao seu lado na cama e levei uma de minhas mãos ao seu rosto, acariciando-o calmamente, sorrindo ao ver seus lábios entreabertos.

- Eu fui um idiota, Sophie. Eu fui ruim, sempre fiz coisas imperdoáveis, até mesmo enquanto estava em mim. – Abaixei a cabeça e forcei um sorriso. – Talvez a única coisa certa que fiz foi amar você. Eu não te culpo por ter se apaixonado pelo NamJoon, se bem que eu tenho quase certeza de que fui eu quem roubou seu coração dele, já que no início apenas ele vivia em sua cabeça, não eu. Eu sei que cometi erros, mas, por favor, entenda que eu estou arrependido e que eu quero te proteger, Sophie! Perdoe-me, meu amor.

Implorei em meio aos soluços que tornaram-se alto o suficiente para acorda-la de seu sono, e mesmo com a visão ainda embaçada, ela logo me reconheceu, sentando-se em sua cama e abraçando-me com força. Eu apenas retribuí.

- Taehyung, o que aconteceu?

- Por favor, não desista de mim...

- O que você quer dizer? – Ela perguntou, afastando-se.

- Eu lembro, Sophie... eu lembro de tudo.

- Taehyung...

- Não diga nada, por favor! – Sorri, tampando seus lábios com meus dedos. – Eu não quero ouvir suas desculpas, eu apenas quero que me perdoe.

- Eu sempre te perdoarei, Taehyung. – Ela voltou a abraçar-me, escondendo seu rosto em meu peito. – Por que não me contou antes?

- Porque eu não queria interferir na sua vida, Sophie.

- Eu senti tanto a sua falta.

- Ao menos existe algo bom em tudo isso.

- Existe? – Ela perguntou, erguendo sua cabeça para me encarar. – O que?

- Eu tive a chance de me apaixonar por você outra vez.

Sophie sorriu e seus olhos brilharam quando me ouviu, mas o silêncio me torturou, pois eu sabia exatamente que ela não poderia retribuir, já que seu coração pertencia ao meu irmão, mas mesmo assim, sorri junto a ela e a abracei.

Ela é minha e ninguém a tirará de mim.

Ninguém.

 

NamJoon

 

A morte daquele homem em meu sonho me fez acordar em um pulo, e enquanto eu me recuperava, a imagem ficava nítida aos poucos, e junto a ela o rosto da pessoa que o matou também veio. Eu levantei da cama e corri à porta, tentando abri-la de todas as maneiras possíveis, batendo várias vezes e chamando por qualquer um de meus irmãos, mas nenhum deles parecia me escutar. A minha garganta doía e meus dedos adormeceram quando meu corpo foi brutalmente jogado para trás, fazendo-me bater as costas contra a parede do quarto. Eu forcei a vista e então o vi.

Alcander estava bem à minha frente, ainda mais real do que das outras vezes. Ao contrário das outras aparições, ele estava em pé, andando sem dificuldade alguma e com a pele livre de cicatrizes e sangue. Ele ria e se divertia conforme fazia cada parte de meu corpo doer e machucar-se.

- Largue-me, demônio! – Gritei, mas ele riu.

- Aonde pensa que vai? – A voz grossa dele me fez tremer. – Não deixarei que conte a eles o que viu.

- Eles têm um traidor entre eles! Você foi traído, mataram-no, não pode entender?

- Está pedindo a um demônio para entender os seus sentimentos? Poupe-me!

Meu ar falhou quando ele moveu seus dedos em minha direção, como se apertasse meu pescoço, e enquanto eu tentava chamar pelo nome da Sophie, ele rasgava a pele de meu corpo, em cortes pequenos, mas doloridos. A sensação de socos sendo desferidos em meu rosto era pior do que imaginei, e a cada vez que eu tentava me debater, ele me machucava mais e mais. Então, como última escapatória, decidi fazer o que sempre fiz.

Eu fechei os olhos e tentei me concentrar em Sophie, e mesmo que fosse difícil também tentei concentrar-me em minha própria alma saindo de meu corpo, mas antes que eu conseguisse, Alcander riu e me fez despertar.

- Acha mesmo que deixarei você fazer uma viagem astral? – Ele riu.

- É a liberdade que querem? Então mate-me, mas deixe-os em paz!

- Quem dera fosse tão simples, criança. – Ele me arremessou contra o chão, fazendo minha cabeça bater no piso. – Se tentar contar a eles o que viu, matarei a Sophie.

Ele desapareceu logo em seguida, mas as dores e a fraqueza permaneceram em meu corpo. Eu estava quase inconsciente quando a porta do quarto abriu-se e a luz foi acesa.

- NamJoon, eu e o Jeon compramos uma pizza, mas não conte ao Jin que comemos sem ele. – Hoseok riu e entrou no quarto. – Você sabe que ele fica chateado quando não dividimos comida com ele.

Ele continuou sorrindo, mas ao ver o meu corpo ensanguentado e quase inconsciente, a caixa de pizza foi jogada no chão e ele correu até mim, segurando minha cabeça enquanto perguntava repetidamente o que havia acontecido comigo.

- Jeon... ela está mentindo... os pais da Sophie...

Não pude terminar de falar, pois a dor aumentou e a minha visão embaçou, então, ainda com a imagem da morte de Sebastian, desmaiei.


Notas Finais


Quem será que matou o Sebastian, hm? DSAPOKADPSKDO
Bem, espero que tenham gostado e digam o que acharam, amoras!
Beijinhos e até o último capítulo!
Amo vocês. <3


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