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História The Chosen - Alive


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Olá, meus amores! Espero que estejam todos bem, uh? <3
Eu sei que disse que esse seria o último capítulo, mas ele ficou muito grande e eu decidi postar em duas partes, então espero que entendam. q
Bem, estou desde ontem tentando atualizar, então espero que agora o site permita. q
Boa leitura. <3

Capítulo 55 - Alive


Fanfic / Fanfiction The Chosen - Alive

JungKook

 

Hoseok ainda estava em silêncio após deixarmos NamJoon dormindo, e seu olhar sobre mim me incomodava, mas eu sabia que o meu desesperado andar de um lado para o outro daquela sala o incomodava ainda mais. Jin e Yoongi estavam parados ao pé da escada, tentando raciocinar sobre tudo o que lhes contamos. Eles não encontravam explicações concretas para o NamJoon ter sofrido um ataque da própria entidade, mesmo que isso houvesse nos feito cogitar a possibilidade de ter ligação com o que ele pretendia me contar.

Eu roía as unhas e batia os pés com força contra o chão, até que Hoseok me segurou pelos braços.

- Jeon, pare! Ficar dessa forma não ajudará em nada!

- Ele tem razão, narigudo. – Yoongi falou, mas nem o apelido me fez rir. – Pelo que o meu irmão lhe disse, algum de nós está nos traindo.

- Não é algum de nós. – Jin respirou fundo e se aproximou. – É uma mulher.

- Não seria a Anna?

- Claro que não, Hoseok! Ela jamais faria algo assim, eu a conheço muito bem.

- Apenas nos restam Sophie e EunJi.

- Sophie é uma vítima, Hoseok. – Yoongi suspirou e olhou para mim. – Apenas nos resta a EunJi.

Eu permaneci em silêncio, pois sabia que mesmo após tudo o que passamos ela poderia sim nos trair, afinal, ela foi aliada da irmã por muitos anos. Eles esperavam por minha resposta, mas eu nada disse, apenas me sentei e abaixei a cabeça entre as mãos. Eu não queria acreditar, não poderia.

- Jeon, você sabe que eles têm razão.

- Eu não quero acreditar, Hoseok... EunJi mudou!

- Ela é a nossa única suspeita.

- E quanto a Anna? – Gritei, levantando-me do sofá. – Ela reapareceu de repente, não a conhecemos e ela pode muito bem estar nos traindo!

- Quieto, moleque! – Jin agarrou-me pela gola da camisa e me empurrou contra a parede. – Se insulta-la eu o matarei!

- Brigar não adiantará de nada, imbecis! – Yoongi nos separou, puxando o irmão para longe de mim. – Mesmo que alguém esteja nos traindo, apenas podemos agir, já é tarde e temos apenas cinco horas até a noite virar e o inferno começar.

- De qualquer forma, Yoongi, a EunJi não pode levar toda a culpa, não pode!

- Como ainda pode confiar nela? – Jin gargalhou. – Ela está destinada a te matar, JungKook. Pelo que eu conheço da minha tia sei que ela não pensaria duas vezes em matar você para sair viva.

- Isso é assunto nosso, então se limite a cuidar da sua namoradinha, porque da minha cuido eu.

Não o deixei responder, apenas corri para o andar superior e entrei em um dos quartos, onde EunJi já dormia. Eu respirei fundo e pensei por alguns minutos antes de me aproximar, sentando-me ao lado dela na cama. Eu segurei uma de suas mãos e a acariciei, deliciando-me com a maciez de sua pele.

- Eu não ligo para o que dizem, porque eu sei que você não é ruim, querida. Eu sei que você mudou e que não nos trairá. Eu sei.

Sussurrei contra a pele de sua mão, apertando-a entre meus dedos com força, mesmo sabendo que aquilo poderia acorda-la. Eu deitei-me ao seu lado e a abracei, escondendo o rosto dela em meu peito, como se aquela fosse a última vez que nos veríamos. E, de fato, era a última vez.

 

Hoseok

 

O clima ainda estava pesado, mesmo após a saída de JungKook, e com o silêncio atormentador, meus irmãos se retiravam da sala, mas o barulho da fechadura da porta os fez parar no meio da escada. Nós nos encaramos e juntos percebemos do que se tratava.

A porta abriu-se e a luz do luar iluminou os rostos sorridentes de nossos pais, que entraram em casa rapidamente. O medo consumiu meu corpo quando olhei o horário, estava cada vez mais perto do dia final.

- Boa noite, meus filhos! – SooYoung abriu os braços e respirou fundo. – Já podem sentir o cheiro da liberdade? – Ela gargalhou, abraçando-me. – Olhe só, o maior exemplo de fidelidade que uma mãe pode ter! Venha, Jin, deixe o traidor ao seu lado sozinho.

- Como quiser, mamãe.

Jin a obedeceu e Yoongi nos olhou incrédulo, e se eu não tivesse feito um singelo sinal para ele apenas continuar com a farsa, tenho certeza de que ele teria estragado tudo e contado sobre nossos arrependimentos. Yoongi balançou a cabeça e correu para o andar superior, provavelmente para avisar aos outros. DongHa tocou o ombro livre de meu irmão e eu o vi estremecer, abaixando a cabeça imediatamente, mas antes que ele pudesse se sentir ainda pior, o puxei para perto de mim. Eu não deixaria mais ninguém fazer mal à minha família. Ninguém.

- Filhos, prendam sua irmã.

- Mas, mamãe! – Jin relutou, imediatamente erguendo a cabeça.

- Está me contrariando?

- De modo algum! Mas e se ela se sentir amedrontada e acabar dando tudo errado?

- Não se preocupe, querido! – Ela sorriu. – Tranque-a no mesmo quarto que o NamJoon, assim, se algo sair errado, teremos tempo enquanto eles tentam se matar.

- Isso é cruel... – Sussurrei, apertando meus olhos.

- Disse algo, querido?

- Não, mamãe.

- Faça o que mandei. Agora.

Eu não a respondi, apenas soltei de seu abraço e corri pela escada, olhando no relógio para saber exatamente quanto tempo tínhamos. Quatro horas para as três da manhã.

Eu toquei a porta do quarto e fechei os olhos por alguns instantes, criando coragem o suficiente para entrar sem bater, mas quando entrei senti meu coração se partir em mil pedaços. TaeHyung estava segurando as mãos de Sophie e ambos choravam em silêncio, e quando me viram, meu irmão sorriu e levantou-se, ajudando Sophie a se levantar.

Sophie se aproximou de mim ao lado de meu irmão, levando suas pequenas mãos de encontro ao meu rosto, acariciando-o ao mesmo tempo que o observava durante longos minutos, como se assim ela pudesse gravar em sua memória cada detalhe do mesmo.

- Não se preocupe, uh? Vocês sairão vivos daqui. – Ela sorriu, soltando-me. – Yoongi nos avisou e ele já está dando um jeito de levar o sangue para longe daqui.

Os soluços atrapalharam a voz dela, e incapaz de responde-la, apenas a abracei com toda a minha força. Sophie fechou os olhos e soluçou alto, praticamente gritando pela dor que corroía seu peito. TaeHyung se negava a olhar para ela, ele apenas encarava o chão.

- Eu acho que nunca tive a oportunidade de dizer isso a você... – Ela afastou-se, segurando meu rosto com ambas as mãos. – No dia em que cheguei aqui, o seu sorriso aqueceu toda a minha alma, a sua voz, as suas brincadeiras, os seus olhares... eu sempre te vi como um verdadeiro exemplo de alegria. Mesmo com tudo o que passamos, tanto ódio e dor, eu amo você, Hoseok. Obrigada.

- Sophie, isso até parece uma despedida. – Sorri, evitando derramar as lágrimas que eu segurava.

- Eu sinto que é, Hoseok.

- Independentemente do que aconteça hoje, eu quero que saiba que graças a você eu me tornei o que sou hoje. Eu também amo você, irmãzinha.

- Vamos, eu sei que você precisa me trancar.

- Eu não quero fazer isso com você.

- Não se preocupe, irmão! – Ela sorriu. – Eu sei que se eu não estiver longe de vocês, tudo sairá errado. Apenas vamos.

Eu hesitei por um momento, mas com a insistência dela, acabei concordando. Sophie virou-se de costas para mim e eu amarrei suas mãos com uma corda que TaeHyung havia me dado, então, quando fui à sala junto deles, todos os meus irmãos, exceto Yoongi, estavam ali junto de nossos pais e, infelizmente, Anna, EunJi e JungKook também estavam presos, mas ao contrário de Sophie, eles se debatiam e gritavam para serem soltos. SooYoung sorriu e deu espaço para passarmos, aplaudindo alegremente as lágrimas no rosto de minha irmã.

Sophie soluçava e tentava controlar as lágrimas conforme andávamos pelo jardim até o quarto do NamJoon, e quando chegamos na porta, dei um beijo em sua testa e ela sorriu, não demorando a entrar no quarto escuro.

Eu tranquei a porta e respirei fundo, pois não poderia chorar, então voltei para dentro de casa.

Sophie, apenas permaneça viva, por favor.

 

Sophie

 

Aos poucos a minha vista se acostumou com a escuridão do quarto, mas eu não conseguia enxergar NamJoon, então com dificuldade acendi a luz, percebendo seu corpo machucado deitado na cama. Eu corri até ele, soltando-me da corda que Hoseok deixou frouxa em meus pulsos, então toquei seu rosto pálido e ele sorriu, abrindo seus olhos devagar ao sentir meu toque.

- O que faz aqui?

- O que aconteceu com você, NamJoon?

- Eu estou bem, já não sinto mais nada. – Ele sorriu e sentou-se na cama. – Responda-me.

- O dia chegou, NamJoon.

- Eu sei, Sophie, o que quero entender é o porquê de estar trancada junto a mim.

- Porque a SooYoung decidiu que se algo sair errado, pelo menos nós mataremos um ao outro.

- Se eu pudesse a mataria sem piedade alguma.

NamJoon abaixou a cabeça e levou as mãos até o próprio rosto, tampando seus olhos cansados, para que eu não o visse chorar, mas mesmo assim pude perceber as gotas escorregarem por suas bochechas e pingarem em suas próprias roupas. Eu agachei de frente a ele e o fiz olhar-me, assim segurando suas mãos e sorrindo o máximo que pude.

O silêncio se fez presente enquanto nos encarávamos, mas em poucos instantes ele também sorriu, balançando negativamente a cabeça antes de iniciar:

- Não importa o que aconteça conosco, Sophie, eu sempre cuidarei de você, sendo nesta ou na próxima vida. Eu amo você e, se for preciso, darei o restante de minha vida para vê-la sorrir.

Eu fui incapaz de responde-lo, pois o choro não cessava de maneira alguma, não apenas pelo medo e pela certeza do fim, mas também pelas palavras dele a mim. NamJoon acariciou as laterais de meu rosto e eu fechei os olhos, aproveitando ao máximo aquela carícia; ele se aproximou um pouco mais e selou meus lábios sem pressa, demorando alguns minutos antes de iniciarmos o beijo. Um beijo calmo, sincero e doloroso. O último beijo, o beijo da despedida.

Os olhos dele eram de um profundo vazio, eram como duas prisões. Sua voz ecoava em meus ouvidos todas as noites antes de dormir, fazendo-me ficar cada vez mais intrigada sobre quem ele era. O sorriso cínico e cheio de sarcasmo me hipnotizava, sempre que insistia em dizer que eu era como ele, por dentro. Este é Kim NamJoon, o dono do mais belo olhar, da mais melódica voz, do mais contagiante e perturbador sorriso, o dono da minha alma.


Notas Finais


E por enquanto é só isso, meus amores.
Espero que tenham gostado e até o próximo. sz


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