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História The chronicles of a lost love - A visão


Escrita por: AnaCharlotte

Notas do Autor


Olá, meus amores! Tudo bem?

Capítulo 16 - A visão


Fanfic / Fanfiction The chronicles of a lost love - A visão


Os momentos vividos criam memórias, e elas podem ser bastante seletivas, criando e distorcendo fatos reais, fazendo com que as memórias sejam apenas estorvos. Que ou você se livra, ou ela te carrega para o inferno. Carlota tinha consciência disso, ao menos começará a ter. As consequências de sua memória seletiva era ter criado um conto de fadas ao qual nunca existirá, tempo depois, tendo que acordar de uma forma brusca. A dor era amarga, a culpa era incessante, e não havia nada que pudesse mudar o que já estava no passado.

A morte do rei estremeceu todas as alianças, deixou o reino desprotegido e o porto a deriva para novos reinos quererem tomar posse. Carlota e sua mãe tinham especulações sobre o que poderá ter acontecido, mas, como sempre, sem provas. Uma delegação fora craida para investigar tudo que aconteceu na noite do assassinato, e eles aguardavam as informações.

Uma das provas mais evidentes e confusas era: Por que Marcus saiu de seu quarto na madrugada? Isso era o que mais a atormentava, junto com a dor da perda.

Havia dois dias que Marcus fora sepultado. A princípio seu corpo descansaria no jardim, como Carlota gostaria. Mas as leis do parlamento real deveriam ser seguidas e o lugar adequado para um rei festejar sua vida eterna seria a cripta, que fica abaixo da capela, onde já estava enterrado o avô de Carlota.

Ao mesmo tempo que gostaria de uma semana inteira para si, entendia que o reino estava a par do chanceler Tobias, e que ele não era um homem de muita confiança. Ela pretendia investigá-lo. Tobias era conhecido por seus subornos em nome do rei.

A movimentação em Gloriam estava maior que nunca, a segurança tinha aumentado e seus receios e desconfianças sobre quem matará seu pai também. Tinha várias pessoas em mente, gostaria de interroga-las, mas só quem tem permissão era os duques com a permissão de vossa majestade.

Felipe não foi visitá-la, nem mesmo mandou uma carta perguntando se estava bem. Era como se eles nunca tivessem tido nada, ela sentia sua falta! E poxa, como sentia. Portanto, impossibilitada de sair do castelo. Achava que ele era o único que iria entender sua dor.

Mas estava enganada como todas as vezes, Felipe nunca iria compreendê-la. Ele nunca sentiria o que ela sente, porque corpos diferentes; são mentes diferentes.

Ouviu as portas serem abertas e esperou o guarda anunciar quem era. Edmundo Vaughn entrou em seguida, logo as portas atrás de si foram fechadas. Sua postura estava ereta como sempre, vestia uma calça de couro preta e uma túnica azul marinho.

— Alteza. — disse ele.

— Majestade. — Ela não fez nenhuma reverência.

Seu olhar foi fixo para Edmundo, gostaria de intimida-lo, igual fazia com Felipe. Não surtiu efeito, Edmundo a lançou um olhar de deboche que a irritou.

— Fico surpresa que vossa majestade tenha participado do funeral de meu pai. Digamos que é proibido.

— E digamos que eu não me importo nem um pouco, Carlota. As regras do meu reino são diferentes da sua. A monarquia lá não segue os mesmos princípios daqui. Isso é muito relativo. — Respondeu, Edmundo.

— Então suponho que...

— Não suponha! — Interrompeu ele. — Não trabalhamos com suposições, mas com fatos.

— E sobre o que você exatamente está falando, Edmundo? — Carlota alterou sua voz.

— Sobre a morte de seu pai, oras! Quem o matou está ao seu lado, e eu não sei se merece a morte mais cruel que estão pretendendo.

Ela olhou para ele impressionada, então ele sabia quem matará seu pai?

— Mas quem irá decidir não é Vossa majestade! — Deu um sorrisinho irônico. — Lembra-te do que disse a minutos atrás: "As regras do meu reino são diferentes da sua." Com isso, meu caro Edmundo, já concluímos tudo. Agora diga, você sabe quem matou o rei?

— Carlota, Carlota — Repetiu ele em tom de aviso. — Seja mais humanista e terá todas as respostas, porque minha cara princesa, enquanto estiver com o pensamento inteiro voltado para si, está limitada a encontrar apenas seus erros. Seja livre de você mesma.

Carlota desviou sua atenção de Edmundo, não gostaria de olha-lo, ele nem mesmo a conhecia e ainda assim achava que poderia julga-la.

— Alteza. — Ele riu antes de sair do quarto.

***

Houve um momento em que todos de Gloriam acreditaram que estavam bem, e que o reino finalmente iria sair da crise e começariam a ter vidas melhores, ao menos estás foram as últimas promessas que Marcus fizera. O rei estava decidido a torna-se um rei melhor, porém, foi interrompido.

Agora eles estavam a mercê do que a rainha fosse decidir, eles a amavam, mas sabiam que em liderança ela nunca fora uma das melhores. Certa vez, quando Marcus fez uma viajem distante e o reino ficou sob seus cuidados, aquilo tornou-se em um caos. Os bárbaros aproveitaram para saquear os comerciantes e famílias ricas, o que levou a várias execuções na praça central. Os soldados não era suficiente.

Quando Marcus retornou para o reino, junto ao parlamento criou novas leis contra atos bárbaros e adicionou em seu testamento que apenas uma mulher casada, sob a orientação de um homem experiente poderia comandar Gloriam.

Por sorte, há uma semana atrás, ele decidiu voltar e mudar o testamento novamente. Colocou Carlota e sua irmã como herdeiras principais, e a rainha poderia governar o reino que herdou de seu pai, ele tinha depositado as esperanças nela. Entretanto, nenhuma de suas filhas poderia torna-se rainha, senão casadas com um rei.

A rainha Safira era do tipo que dava um jeito em tudo, não importa o quão este fosse o jeito, o importante era que as coisas saíssem como ela queria que fosse. Seu perfeccionismo na vida de Carlota e Marcus os deixavam enfurecidos, a rainha gostava de controlar, manipular e sempre que podia usava suas táticas ilícitas.

Ela já tinha pecados o suficiente e que consequentemente a arrastariam para o inferno. Safira ainda era muito inocente quando, em um casamento arranjado, causou-se com Marcus. Tinha acabado de fazer 15 anos de idade, enquanto Marcus era 5 anos mais velho do que ela. O rei foi seu marido ideal porque fazia parte do príncipe encantado que ela esperava, e ele se encaixava no padrão que ela gostaria de ter por perto.

Alto, magro, a pele um leve tom de bronzeado, cabelos e olhos negros. Ele tinha sido um jovem atraente. Carlota se parecerá com ele, em muitos aspectos.

Aos seus 16 anos deu a luz a sua primeira filha: Connie Mandiv. A princesa da luz, como diziam o povo. Ela tinha um sorriso doce e encantava-se até com um canto de um passarinho, mas quando um soldado surge em seu caminho, ele a tira dos eixos e a puxa para baixo. Connie quando tinha 15 anos, apaixonou-se intensamente por um soldado que fazia sua guarda, e então ficou grávida.

Marcus por sua vez, para não manchar sua imagem, deserdou do seu testamento, a bateu mesmo grávida e a expulsou para muito longe dali junto ao soldado. Safira não pudera fazer nada, estava grávida de Carlota e muito doente, não soube do ocorrido, quando percebeu, sua filha não existia mais naquele mundo.

Ela correu para a floresta, desesperada, na esperança de que fosse encontrar sua filha. Vagou, vagou, e vagou. Durante um dia inteiro, e antes de sair daquela floresta amaldiçoou aquela parte em que ficará o dia inteiro vagando. Sua segunda gravidez era um dos piores momentos de sua vida. Carlota veio como uma chama para iluminar e aquecer o frio, e Marcus a tinha como a única salvação.

Porém, todos os dias, ele pronunciava palavras ofensivas para com a rainha, dizendo o quanto não o suficiente era por não dar-lhe um rei, por não dar-lhe um homem.

Com o nascimento da segunda princesa uma lei foi criada no parlamento proibindo falar da princesa Connie Mandiv. Todos que desrespeitassem a ele, estavam sob pena de morte. Entretanto, Marcus nunca dissera a verdade a seu povo, ele disse que Connie estava decidida a ser uma eterna serva de Deus e que fora morar em um convento perto do papa. 

E esconder isso de Carlota seria o prudente, já que a menina era uma impulsiva.



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