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História As crônicas da Rarity - III - Águas rasas


Escrita por: cosmiccdust

Notas do Autor


A mitologia e essa historia andam de mão dadas, espero que vocês gostem desse capitulo porque ele é o mais próximo do outros lugares que teremos por enquanto. Era para eu ter postado esse capitulo antes – era para ser o capitulo 37 de ACT (como eu chamo as crônicas de Twilight) mas eu acabei perdendo ele e fiquei brava, daí não quis mais escrever e agora eu finalmente consegui após muita raiva – estava triste, mas o sentimento é quase o mesmo.

O desenho canonicamente era pra ter um episódio introduzindo os pôneis marinhos e o Kraken (sim, o que Faust pensavam em 2008???) mas acabaram mudando e ficaram para o filme.

Capítulo 3 - III - Águas rasas


Fanfic / Fanfiction As crônicas da Rarity - III - Águas rasas

Água sempre foi um lar segura, e agora se manchava com o sangue escarlate e os mal conseguiam ficar abertos. Ela estava nesse frenesi a horas, dias, semanas? Mal tinha forças para se mexer e foi arrastada pela correnteza que a cada segundo a levava mais e mais longe de casa. Ela bateu a cabeça em uma pedra e antes que pudesse bater as nadadeiras ou quaisquer coisas apagou...

Ela sentiu mãos a tocarem - gemeu onde doía, o corte da garra do mostro parecia ter aumentando e abriu os olhos castanhos como a cor da areia e observou uma mulher...ela tinha os cabelos rosas claros e mexia a boca, mas a dor era tanta que ela fechou os olhos querendo morrer.

Era isso o que deveria acontecer com ela...

 

 

 

O homem ao lado segurou mais a pernas do cervo enquanto a alada terminava o curativo no estômago dele - onde ela tinha tirado a flecha e o chão pintou-se de vermelho, as mãos ainda tremulas e ela ainda se mantinha forte. Mesmo que ela quisesse chorar e todo mundo contasse com ela. Eles estavam na Floresta onde Applejack e Rainbow competiram na primavera, mas o silêncio do lugar era quebrado pela forte respiração do animal ferido. O homem que o segurava vestia roupas escuras, um chapéu parecido com a da fazendeira que fazia os cabelos loiros enrolados escorrer e os olhos escuros olhavam atentamente para ela.

"Tudo bem, tudo bem" repetiu Fluttershy, mais para si, sentido a voz de sua querida amiga há meses atrás e prometendo ser corajosa igual elas, ela tinha que ser "Preciso que você se levante e encontre a sua família, não posso ir contigo, mas eles estão atrás do riacho. Seguros" prometeu sobre o olhar do cervo.

Os maravilhosos chifres dele tinham sido cruelmente arrancados, sobrando apenas a base e sem eles o animal estava indefeso. Fluttershy queria apenas levá-lo para casa e nunca mais o deixar, só que ela simplesmente não podia.

"Os boatos eram verdadeiros..." ele falou baixinho impressionado, observando com espanto o cervo fazer exatamente o que ela pediu "Você realmente...".

Porém, Fluttershy apenas ficou em silencio com as mãos cheias de sangue olhando para a destruição que caçadores fizeram e respirou fundo e não deixando as palavras dele a lembrarem de outras, outra época e segurou o próprio braço não se importando em se sujar. Algumas arvores caídas, galhos quebrados no caminho viu pelo menos dois acampamentos improvisados.

"Talvez" respondeu com um sorriso pequeno, não querendo ser rude, "Mas...eu que agradeço ao Senh-".

"Fluttershy, elemento da bondade, você não precisa me chamar com toda a formalidade" respondeu casualmente, observando o cervo sumir entre as árvores cumpridas, brancas com listas e folhas do tamanho de suas pernas roxas.

"Mas o sen-...você, é membro da sociedade de preservação de criaturas raras de Equestria, meio que é..automático, me desculpe. Hunter, então, quem você acha que são os responsáveis, pois aqui é perto de onde eu moro com minhas amigas e as criaturas que confiaram em mim e não quero que ninguém se machuque" confessou, olhando para o pedaço da flecha quebrada na mão.

Hunter passou a mãos pelos cabelos amarelos e franziu os lábios em uma linha fina de desgosto, olhando para a flecha quebrada no chão. "Com isso não posso dizer, mas levarei a flecha como prova para o nosso conselho e iremos avisar a Rainha, os ataques as criaturas aumentou nos últimos meses...algo, todas as espécies estão agindo estranho" contou, olhando admirado para ela "Desde...desde de Discórdia" ele admitiu.

"Ele não fez isso" murmurou mais para si. A criatura do caos era maliciosa, mas apenas alterou os animais e não machucou nenhum. Apesar que Angel ficou enjoada várias semanas depois. Mesmo assim Fluttershy assentiu, com uma expressão preocupada, e antes que ele pudesse dizer algo mais, ela foi em direção a mochila para limpar as mãos e olhar para onde o cervo tinha ido. "Ainda preciso dar uma volta por aqui, tudo bem, Hunter? Fico contente que vocês se lembraram de mim para ajudar".

"Eu que agradeço, Fluttershy, mas agora tenho que levar isso e espero que da próxima vez que nos encontramos a situação seja melhor" despediu-se, estendo a mão para ela.

Ainda sem jeito, ela aceitou e ele apertou com um rosto um pouco menos sério e virou-se para ver se encontrava algum rastro de quem fosse que fez isso, mas ao olhar a runas gravadas na ponta da flecha já sabia quem era.

 

 

 

"Oh, certo estarei atrás de você" Fluttershy respondeu ao pássaro azul que pousou em seu ombro e sussurrou péssimas notícias, ela agarrou o último cogumelo verde que crescia apenas nessa área - por causa da Xamã que comentou com ela algumas semanas atrás e não se conteve, aproveitando para procurar qualquer animal ferido.

Mas com o pedido urgente, abriu as asas e levantou voo atrás do pássaro que iam em direção as água do rio que desagua no oceano e de longe ela podia observar as luzes da cidade e as construções enormes, mas voltou o foco ao pássaro azul que em vez de continuar parou de repente fazendo Fluttershy ultrapassá-lo e pousar no chão com várias outros animais - até mesmo um cervo de chifres brancos estava no meio, na margem estava uma mulher com o tronco fora da água agarrada á um tronco e Fluttershy largou a cesta e correu para ela.

Os animais apenas se afastaram curiosos, cheirando a mulher desmaiada. Fluttershy viu os resquícios de sangue na terra, e a face da mulher estava coberta pelos cabelos negros e volumosos que fez Fluttershy a segurar por baixo do braço e puxá-la, enquanto dizia no seu tom de voz baixinho.

"Oh, por favor, por favor..." pediu, e arregalou os olhos ao tirar as pernas da mulher da água, mas em vez de pernas era uma calda esverdeada e nas costas, braços tinham espinhos que a tinham arranhado, mas ela não gritou, apenas olhou ao redor com medo de mais alguém se aproximar e com um esforço tirou ela completamente do rio. Virou ela, observando o estômago rasgado que não parava de escorrer sangue, os machucados no pescoço, abaixo dos seios e uma corte que ia da testa até o ombro que também não parava de sangrar. Fluttershy tirou o cabelo tentando observar melhor quando ela abriu os olhos e fez a alada pular, mas foi tão rápido e ela fechou-os novamente e gemeu. Fluttershy tirou a mochila nas costas e procurou sem saber se teria efeito as ervas que tinha preparado mais cedo. "Espero que funcione, não sei como a corpo de criaturas...marinhas dão se com isso, mas eu realmente preciso estancar esse sangramento, desculpe" pediu, rasgando um pedaço da camisa e enrolando no ferimento e colocando as ervas, amarrando firme.

Passou a braço na testa, limpando o suor e indo para os próximos ferimentos. Enquanto aplicava, rasgava e apertava tremia ao pensar que se ela não tivesse aqui, ela...Fluttershy não sabia o que ela era, mas só o pensamento de alguém morrer assim a faria querer chorar, porem ela não podia. Observou que o maior ferimento no estomago tinha parado um pouco e olhou para os animais escondidos e para ela...o que iria fazer?

Ela poderia chamar alguém, mas seria seguro? Olhou para o céu, o sol logo ia desaparecer e com isso ela observou a respiração dela subir e descer - assumiu Fluttershy, pelos traços delicados e bonitos da face, os seios à mostra e tentou não pensar em como a mulher mortalmente pálida era deslumbrante.

"Será que você é pesada? Ai, se Rainbow tivesse aqui ela poderia te carregar facilmente para Ponyville, minha casa, mas eu tenho...eu prometo que vou te ajudar, quando a noite cair te levarei para casa e te ajudarei. Espero que você não tenha medo de escuros".

Fluttershy ainda pensou na cesta, enfiou todas as ervas na mochila sem se importar com a bagunça e jogou nas costas esticando as asas. Abaixou-se ao lado da mulher e passou às mãos embaixo da cauda e das costas, gemendo pelos espinhos rasparem os braços e a levantou, dando alguns passos para trás. Respirou fundo e bateu as asas com mais esforço desde que agarrou Rarity aquele dia, mas ela conseguiu - e a mulher, não era tão pesada e voou com um olhar atento de volta para Ponyville, ouvindo o coração dela bater, era no lado direito e a respiração do peito era leve, mas estava lá.

 

Fluttershy chegou pingando de suor, com as asas ardendo pelo esforço, os braços doendo e ela passou o caminho inteiro com medo de eles falharem e soltá-la, balançou a cabeça e entrou na casa tropeçando notando o quão seco o corpo dela tinha ficado. A calda que antes era úmida e brilhante, agora estava sem cor e seca, e Fluttershy correu com ela para o segundo andar e a colocou na banheira. Não se importando com os curativos ela abriu a torneira e encheu a banheira até que toda a calda dela fosse coberta pela água e puxou o curativo.

"Certo, agora irei buscar mais algumas coisas e se eu não conseguir vou te pedir ajuda, espero que você não fique brava ao acordar" contou baixinho e sem surpresa, a mulher não disse nada. Voltou com um pano enrolado em duas agulhas e um rolo de fita de seda, da larva do bicho da seda que era o único material que ela tinha e começou a limpar o ferimento, para suturar (ela fez isso segurando o choro).

Fluttershy ignorou o olhar julgador de Angel – ele já visto a mesma coisa se repetir e repetir. Fluttershy achava alguma criatura ferida que não devia abrigar e fazia exatamente isso. Foi assim com a fênix, e seria o mesmo que fosse com essa mulher. Porém, dessa vez Fluttershy não faria isso sozinha por isso olhou para a escada e falou para o coelho.

"Fique de olho nela por mim, por favor" pediu, acariciando a cabeça dele – a mão dela cheirava a sangue e rosas, e ignorando ele reclamar, o barulho das patinhas dele em contanto com a madeira da casa ecoava enquanto ela fechava as portas e corria em busca de ajuda.

As asas de Fluttershy ainda ardiam, ela teria que pensar no convite de Rainbow para treinar um pouco e foi para a casa da amiga que saberia o que era a mulher, e por medo do que tinha acontecido antes – elas não tinham falado muito sobre Discórdia, ou desde que fugiram da coroação – queria todas juntas. Tamanho nervosismo, que Fluttershy não percebeu que era tarde e as ruas estavam vazias. A luz da biblioteca estava acessa e ela bateu na porta ansiosa.

 

 

 

 

"Fluttershy? " inqueriu Twilight, com roupas de pijama olhando para a amiga "Entre, tudo bem? Aconteceu algo?" continuou a perguntar e passar um braço ao redor do ombro dela e ficando na ponta dos pés.

Fluttershy estava com um vestido florido simples e o vento soprava fortemente. Mas ela era uma alada, não sentia frio tão facilmente e mordeu o lábio sem saber como falar. Twilight olhou para ela com aquele olhar curioso, a biblioteca organizada como sempre e a coruja estava no poleiro que Applejack tinha dado a ela.

"Você...hm-você lembra de toda a situação com Philomena?" questionou, com as mãos unidas olhando para a coruja.

"Sim, sim, muito bem na verdade. Por quê? O que aconteceu?" perguntou Twilight, arqueando uma sobrancelha preocupada.

"Eu sei que é tarde, mas eu preciso de sua ajuda, de todas, não sei se posso fazer isso sozinha. Não agora, eu-" ela olhou para as mãos "Não consigo dormir e estava na floresta mais cedo e descobri e que animais foram mutilados, Twilight...o que está acontecendo?" confessou, olhando para a amiga com os olhos brilhando.

Twilight compartilhou o mesmo olhar, mordendo o lábio e hesitante – nunca foi bom em acalmar as pessoas assim, encostou em Fluttershy e a puxou para um abraço. "Oh...uhm, sinto muito, vamos dar um jeito nisso. Quer me contar primeiro ou vamos reunir todas?".

"Prefiro só contar uma vez" olhou para a janela, a luz minguante estava escondida entre as nuvens e hesitou "Se-será que não é melhor esperar...amanhã? Acho melhor eu ir e voc-".

"Não, não me importo e tampouco elas, vamos, afinal nós te prometemos que ia te ajudar com qualquer coisa" citou uma lição que aprendeu, tentando acalmar Fluttershy "E eu também não consigo dormir de qualquer jeito" admitiu " Owlicious, vai passar a noite ou caçar?" Twilight perguntou a coruja, que piou e resposta e se acomodou mais no poleiro. Ela assentiu e com um estalar de dedos fechou a janela e guardou o copo e a bebida, "Vamo?" perguntou a Fluttershy que assentiu.

 

Twilight sempre foi uma pessoa noturna, Rarity as vezes tinha surtos criativos e ficava de madrugada desenhando ou escrevendo, mas o restante das garotas tinha uma rotina normal. Talvez não Rainbow, que passava a maioria do tempo dormindo entre as pausas do dia.

"Gasto muito energia" disse uma vez. Fazendo as amigas rirem, e mesmo assim ela dormia cedo. Mas não hoje, não essa semana e talvez mês. Todas os elementos da harmonia estavam acordados quando Fluttershy e Twilight apareceram na casa delas. Pinkie estava limpando novamente a cozinha, e aceitou sem muitas perguntas se juntar a elas; Rarity estava lendo um livro de romance e demorou um pouco para ir se trocar; Rainbow estava treinando movimentos novos e Applejack estava com os animais cuidando deles.

"Pularam da cama foi?" foi a primeira coisa que perguntou. Provocando Fluttershy que ficou vermelha.

"Sequer deitei, acredita?" respondeu Pinkie, com os olhos um pouco vermelhos e olheiras – todas elas estavam.

Nem a máscara de lama, gelo e qualquer outro produto ou feitiço e poção que Rarity usasse fazia sumir.

"Precisamos de ajuda" contou Twilight.

Applejack esfregou a barriga de Porpeta – um porco rosa, com uma mancha marrom no focinho e levantou-se sentido o ar frio da noite, estremecendo um pouco. Olhou para a fazenda de relance e deu os ombros, sorrindo ao ver as amigas. "Pode contar comigo, o que aconteceu? ".

"Conto no caminho de casa e já me desculpem por isso" começou Fluttershy, enquanto as seis garotas caminhavam em direção a casa dela "Estava mais cedo na Floresta de Marfim, com um membro da sociedade de preservação de criaturas raras de Equestria, quando eu a encontrei..." começou a narrar.

"...e não sei mais o que posso fazer por ela, o coração dela fico no outro lado do peito e ela tem guelras nas costelas e pode ter qualquer outra mudança e não sei o que posso usar para tratá-la ou não?".

"Guelras?" questionou Rainbow, esperando Fluttershy abrir a porta da casa.

O chalé que ficava ao lado da floresta sempre foi silencioso, mas hoje era outro nível. O único som por vario quilômetros foi a voz de Fluttershy e o barulho de pessoas andando.

"Nós usamos o pulmão para respirar, mas criatura marinhas, a maioria delas respiram, as brânquias ou guelras facilitam aquilo a que se chama respiração aquática. A água entra pela boca do peixe e vai até às guelras. Aí, o sangue recebe oxigênio" deu uma pequena explicação, pois esse não era um campo de estudo que tinha se especializado – ainda.

Rainbow assentiu, um pouco confusa, mas deu os ombros. Respiração Aquática, massa, pensou e em outro momento ia tentar convencer a Twilight a fazer alguma mágica para que elas pudessem ver o fundo do mar ou algo assim.

 

 

 

O interior do chalé de Fluttershy estava silencioso, com o suave som de respirações dos animais que moravam lá – os roedores, alguns pássaros e o que estavam sem recuperando. Angel estava enrolando no chão mexendo as orelhas e babando, assim até parecia a criatura mais doce. Pois a realidade era outra, ainda em silencio as garotas entraram atentas ao chão e Applejack a última fechou a porta suavemente.

"Vou...vê-la, Aj e Twi podem ir comigo? Preciso saber como tratar ela" pediu Fluttershy.

As duas se entre olharam, um pouco receosa, mas como Applejack sequer hesitou em responder e Twilight estava morrendo de curiosidade subiram mesmo assim. Rainbow bufou, cruzando os braços. "Por que nós chamaram então?".

"Não acho que seria estranho acordar em um lugar desconhecido com um monte de gente te olhando?" Pinkie Pie sugeriu, olhando para um casal de esquilos-escorpiões ( eram venenosos) dormindo tranquilamente. Ela suspirou com a fofura deles.

Rarity deu algumas tapinhas em Rainbow e sentou-se em um canto no sofá, com as mãos entrelaçadas. "Mas, o que será que é?".

Rainbow não soube responder, Pinkie também não sabia – provavelmente desconfiava e tremia de empolgação. Afinal, era uma nova pessoa ( ou criatura, tanto faz) em Ponyville e isso significava uma festa.

 

 

Fluttershy mais por hábito bateu na porta do banheiro, sem resposta abriu e teve a mesma visão de quando saiu. A mulher estava adormecida, tinha perdido um pouco da palidez mórbida, mas respirava tão devagar que tinha que se olhar atentamente. O cabelo cumprido e volumoso tampava a nudez, e uma parte do rosto.

"Eu limpei os ferimentos, suturei o maior ferimento na barriga e ela só abriu os olhos algumas vezes. Tenho que ver se a febre baixou e a aparecia dela parecia melhor, desde que a coloquei na água novamente" Fluttershy explicou baixinho, aproximando devagar e silenciosamente da mulher.

Ela colocou a mão na testa dela, estava úmida e ardia. Fluttershy pegou um pedaço de pano que tinha deixado e umedeceu e esfregou um pouco no rosto dela, pegando a mão esquerda dela e vendo o pulso. Não queria enfiar a mão da boca dela e tomar ou mordida ou pior, e olhou para as amigas. Applejack estava com uma mão apertando o chapéu e uma expressão de medo, enquanto os olhos de Twilight brilharam – quando ela achava um feitiço legal.

"Fluttershy...ela- isso, ela...a calda" exclamou baixinho para Applejack "Oh, as histórias! São verdadeiras, isso é uma sereia, se Rainbow a visse ia gritar o que bom que não faça pois ela está ferida..." murmurou, lembrando da situação "Posso?".

Fluttershy assentiu, colocando a mão dela na água de volta. Quando estava correndo com ela para casa ou costurando a barriga dela, não teve tempo para realmente olhá-la. Tinha um rosto muito bonito, um nariz pequeno e lábios finos e pequenos. Os cílios eram enormes e as sobrancelhas cheias, com uma cicatriz na esquerda que era quase impossível de ver. O corpo dela era cheio de cicatrizes, mais um, ponderou Fluttershy olhando novamente para o corte na barriga.

"Uua, eu tenho que pegar alguns livros e reler as partes sobre as sereias, a maioria são lendas é claro, mas toda lenda tem seu fundo de verdade e..." olhou para o espinho e tocou, vendo quão afiados eram e sem nenhum pudor enfiando os dedos na boca dela "Hmm, presas, provavelmente-".

"Twilight" Fluttershy advertiu.

"Tira a mão dai" exclamou Applejack.

"...carnívoro e não é um bom sinal, qual será a dieta dela? Será qu-AHhh!".

Comentou mais para si, ignorando o aviso das amigas quando a mulher acordou e mordeu o dedo de Twilight. Ela gritou, Fluttershy guinchou, Applejack também gritou puxando o corpo da feiticeira para trás da boca da mulher.

Ela tinha os olhos arregalados, mordeu com mais forças fazendo Applejack e Twilight caírem para trás. Os dedos – o indicador e o do meio de Twilight não estavam mais em sua mão, no lugar sangue escorria e ela gritava de dor, correndo para trás da mulher que tinha os espinhos apontando para as duas.

"Espera, por favor" pediu Fluttershy.

"Meu...dedo! Celestia! AHHHHHHHHH" gritava Twilight segurando a mão sagrando.

"Fluttershy!" chamava Applejack.

A mulher rosnava e Fluttershy ficou entre ela e as amigas, mãos levantadas e olhava para ela com o olhar. "Tudo bem, você está segura. Me desculpe por isso, sou Fluttershy e você está na minha casa" disse a ela.

A mulher não conseguia desviar O olhar, mas aos poucos ia se acalmado. Mesmo que receber O olhar de Fluttershy fosse como se um rinoceronte se sentasse em cima de seu peito, e mal conseguia respirar. A alada estendeu a mão, e falou algo que nunca pensou que ia falar.

"Me devolva os dedos".

A mulher abriu a boca, as presas enormes a mostra e cuspiu os dedos de Twilight na mão de Fluttershy. Fluttershy entregou para Applejack, que pegou e sem precisar falar mais nada arrastou Twilight para fora do banheiro de deixou Fluttershy para lidar com ela – por enquanto.

 

 

Enquanto descias as escadas e trombou nas amigas que tinham corrido para saber o que tinha acontecido. "Alguém sabe costurar um dedo de volta?" Applejack anunciou.

"Um dedo, querida?".

"Que maneiro!".

"Uma vez eu ca-".

"Meus dedos! Gente, AHHHHH" Twilight lembrou segurando os dedos sagrando que pingavam no chão.

"Por que você enfiou a mão na boca dela?" retrucou Applejack. Ela tinha colocado Twilight no sofá, ela tremia e mão não parava de escorrer sangue pingando o chão.

Rarity tinha sumido e voltou com água e um pano e Rainbow olhou sem saber o que fazer, enquanto Pinkie dava um tapinha nas costas de Twilight olhando para mão.

"Por que...porque ela é uma sereia e eu-ARh, queria saber se ela tinha dentes! Descobri, muito obrigada!" respondeu, orgulhosa da descoberta.

"Uma  sereia? Tem uma sereia aqui?".

"Uua, o que é uma sereia?" Pinkie inqueriu.

"Que tal, falarmos de series depois de os dedos voltarem para mão dela!" exclamou Rarity "Me de os dedos preciso limpá-los antes de colocar de volta" disse.

"Você sabe?" questionou Twilight.

Rarity não respondeu e Twilight engoliu a seco.

 

 

 

"Onde estou?" perguntou a sereia. A voz dela era melodiosa, como se ela falasse cantando e teria levada a mão no pescoço – se não tivesse paralisia. A força da alada em sua frente era sufocante, se ela tivesse algo no estomago estaria no chão.

Fluttershy piscou, afastando da mulher e escorando na porta, respirando um pouco pesado e com ambas as sobrancelhas franzidas. "Na minha casa em Ponyville" respondeu baixinho.

"Po-ponyville?" repetiu as palavras soaram estranha.

"Em Equestria. E-eu, me desculpe mas eu preciso que você se acalme, prometo, uma promessa Pinkie que não irei te fazer nenhum mal" Fluttershy continuou a falar, apontando suavemente para os espinhos afiados dos cotovelos até os pulsos.

A sereia olhou para elas assustada – os olhos castanhos brilhavam de medo e tentou ao máximo se afastar. Agora ela conseguia se mexer, a sensação tinha desparecido e alada a sua frente parecia uma presa fácil. Ela cerrou os punhos e levou a mão ao pescoço em um hábito antigo. Em vez de tocar a textura da pérola que sempre esteve em seu pescoço, encontrou nada. Olhou para o pescoço, estava ferido e ela podia sentir o cheiro de remédio e para o chão.

"Onde está?" perguntou nervosa, olhando para todo o lugar "Onde está meu colar!".

"Colar? Quando eu te achei na margem você não usava nada" Fluttershy respondeu o mais rápido possível.

"Oh...não, não...! Eu-o que?" olhou para as mãos "Você devia ter me deixado morrer. Eu-...não..podia..." ela resmungou para si, afundando mais na banheira até perder a consciência de novo.

Fluttershy correu para não deixa afundar – ela poderia morrer afogada? Duvidada, mas não podia correr o risco e tirou o cabelo do rosto vendo manchando de sangue, sangue de Twilight. Desde Discórdia, Fluttershy sentia que estava sendo uma péssima pessoa e amiga. Não importava quanto tempo tinha passado, ainda doía.

 

Rarity pensou que se alguém fosse fazer algo tão idiota assim seria Rainbow Dash – ela era impulsiva, mas Rarity também era e quando se tratava de conhecimento Twilight ganhava de todas. "Impressionante" resmungou, com os olhos fechados e continuou o feitiço para fazer os dedos voltarem no lugar.

Twilight tinha parado de gritar e reclamar, agora que Rainbow tinha a distraído e Applejack olhava todo momento para a escada e Pinkie tentava a acalmar, mas quem estava fazendo isso era Rainbow.

"Desde que eu gosto muito de piratas, é minha obrigação saber das criaturas do mar, perigosas e fodonas! Sereias não são minhas favoritas, mas são bem legais. Em algum historias dizem que ela enfeitiçavam os marinheiros para o fundo do mar e o devoraram" Elas fizeram um careta ao ouvir isso, mas Rainbow continuou empolgada "Alguns dizem que elas foram amaldiçoadas e cantar por conta da tristeza e homens, nunca mulheres, acabam se apaixonando e querendo ficar com elas para sempre e acabam mortos".

"Um tanto romântico...O que?" Rarity murmurou, recebendo o olhar delas.

Os dedos de Twilight ia ter a cicatriz dos dentes da sereia – afinal não foi um corto limpo, e ela desconfiava que não ia ter a mesma flexibilidade como antes. Porém, no momento não se importou pois só tinha uma coisa na cabeça.

"Ou Sirenes" retrucou Rainbow.

"Sirenes?" repetiu Applejack.

"É a mesma coisa que uma sereia" respondeu Rainbow dando os ombros.

"Claro que não, sereias são metade peixe e nem dizia nada sobre espinhos, o que aquela mulher lá em cima tem um monte muito menos presas!" estremeceu, olhando para a mão "Também há registros de Sirenes, metade pássaro e mulher, que tem a habilidade de enfeitiçar todas as pessoas, não apenas homens!" informou.

"Mas você disse que ela era uma sereia, e tô falando o que eu sei de uma sereia!".

"Onde? Que livro você leu? Pois adoraria comparar as fontes" respondeu curiosa, "Rainbow Dash...".

"Não começa, eu já disse, gosto de piratas!" cruzou os braços.

"Não é mais fácil perguntar para ela?" Pinkie Pie sugeriu.

"Ela ia entender? Não querendo soar como se ela fosse inferior que a gente ou nada d-...só um pouco aqui pro feitiço acabar" Rarity fechou a boca assim que recebeu o olhar de Twilight.

"Bem, ela entendeu Fluttershy" comentou Applejack.

"Mas a Fluttershy não fala com todas as criaturas?" Twilight lembrou, elas suspiraram, voltando à estaca zero.

 

A mulher na banheira desmaiou novamente, Fluttershy foi a ajudar e a colocou de volta na posição mais confortável e saiu no banheiro, olhando os pingos de sangue no chão e descendo as escadas. Encontrou as amigas sentadas no sofá – elas bebiam algo fumegante e olhou para ela culpada.

"Me desculpe..." começou.

"Eu que peço, Shy, mas eu e Rainbow temos uma ideia do que ela é, só vou voltar para pesquisar um pouco mais e vamos descobrir" contou a feiticeira, com a mão enrolada e o curativo manchando de sangue.

"E o que vamos fazer com ela?" perguntou Applejack assoprando o café e observando o vapor subir e desaparecer.

"Ou de onde ela é, ela tem família, será que estão procurando por ela?" Pinkie Pie sugeriu, sentada no sofá de Fluttershy com as pernas cruzadas.

A alada franziu a testa e balançou a cabeça, "Realmente não sei, mas ela não queria ser salva...ela parecia estar arrependida de algo e queria...".

"Oh" Rarity exclamou "Nós vamos de ajudar, e tenho certeza que vamos descobrir mais a fundo tudo, não é?" ofereceu Rarity, colocando ambas as mãos nos ombros da alada.

Ela tremeu sob o toque da amiga, fechando os olhos. "Estou tão cansada...não consigo dormir..." admitiu.

"Vá fazer isso então, ficaremos aqui" Rarity prometeu.

"Que tal eu fazer nosso café da manhã, vocês pegam os livros" virou-se para Rainbow e Twilight "E vocês ficam de olho nela, enquanto você tenta se deitar um pouco?".

"M-mas...-" Fluttershy tentou interromper.

"Vamos te acordar se algo acontecer, agora vá" completou Applejack.

 

Twilight e Rainbow saíram do chalé, o céu estava escuro ainda com os primeiros resquícios de luz solar, enquanto Fluttershy tentava se deitar na cama e fechar os olhos, mas tudo o que ela sentia era a textura quente e o cheiro de ferro. Se ela fechasse os olhos, veria as amigas no chão e a estátua daquele mostro afundando na terra. Fechou os olhos com mais força, ignorando o barulho de Pinkie Pie na cozinha e Applejack e Rarity revezando para cuidar de seus animais.

No banheiro, a sereia acordou menos confusa com o gosto de sangue na boca e levou a mão ao pescoço. Sentiu a textura do curativo, o cheiro de pomada e sentiu lagrimas escorrerem dos olhos.

"Oh, não, não por favor..." mas tinha sumido.

Assim como sua cara iria, e todo o resto. Ainda chorando, cobriu a cabeça com os braços e só queria ser deixada em paz – mas ela ouvia todo o barulho de baixo.

O que vão fazer comigo? Ponderou.

Tudo parecia dar incrivelmente, errado, fosse a pesquisa de Twilight que não dava em nada ao não ser mitos e descrições errôneas – Twilight ia escrever uma tese sobre isso, vivia anotando tudo o que ouvia sobre a sereia e os animais do chalé iam morder alguém pela paz do lugar acabar. Era implícito que sempre alguém ficasse com Fluttershy ou de olho na sereia, já que a alada tinha que sair tomar banho na casa de Rarity e finalmente ter os braços limpos e enfaixados – pelos espinhos. A sereia não falava muito, apenas com Fluttershy, o que não respondia se ela falava ou era outra coisa. Ela ficava na banheira e Fluttershy notava que o parapeito da janela esta úmido então ela ficava ali as vezes, os curativos estavam melhorando e ela comia a maioria das coisas como elas. 

Pinkie Pie terminou de fazer um pão doce – e Twilight trouxe o vinho, e enquanto ela comia e ouvia as amigas murmurando sobre os livros que tinha lido e mais conhecimento, exclamou e pulou. Deixou as amigas confusas no sofá, na poltrona e Rainbow no chão com as pernas cruzadas olhando feio para Angel.

"Coma aí sua cenoura, eu hein" resmungou.

Ela estaca cansada – todas estavam, a rotina nos últimos quatro dias tinha mudado e as pessoas estavam começando a perceber, mas não perguntaram a elas diariamente. Ainda e elas não sabiam por quando tempo ia durar.

"É só um coelhinho" provocou Rarity.

Rainbow virou a cara, a tempo de Pinkie voltar com uma bandeja cheia de comida indo em direção ao segundo andar.

"Que cê vai fazer?" inqueriu Applejack, dando o olhar que dava pra irmãzinha quando era pega fazendo algo de errado.

Pinkie deu os ombros, sorrindo com a brilhante ideia. "Vou convidá-la para jantar com a gente, ué" e assim subiu ignorando o olhar de chocados das amigas.

"Ela...?" começou Fluttershy.

"Que mal pode acontecer" Rarity ofereceu, terminando de mastigar o pão quentinho "Não é como se a gente tivesse cometendo um crime de traição ou algo assim" brincou com a voz irônica.

As garotas estremeceram e Twilight franziu a testa, "Conto uns quatro crimes, mais ainda desde que a gente se conheceu e esconder uma criatura de outra nação e perigosa, falando assim...oh, é que mal faria" riu para si mesma.

Fluttershy afundou-se mais no sofá querendo desaparecer. Rainbow percebeu e sorriu, "Mas tipo, eu quebraria a maioria dos crimes por vocês, então não se preocupe".

"Uma hora ou outra a gente ia descobrir" completou Applejack, sorrindo para ela.

"É eu sei...mas como eu poderia deixá-la na beira do lago assim..." suspirou cansada.

 

Para a sereia – ela ainda não tinha dado o seu nome, mas decorou as garotas que praticamente viviam na casa. A alada de cabelos rosas era a dona, era gentil e tinha um conhecimento muito bom sobre cura. Era calma e não se importava com as palavras duras e rosnados que ela dava em troca de ser salva e cuidada. A porta ficava aberta – apenas fechada e ela disse que poderia sair um pouco e quando estivesse complemente curada elas iam levar para casa, diziam.

Mas ela queria ia para casa? Ela teria uma casa para voltar? E mais perguntas assim a assombravam, normalmente ela ficava furiosa e jogava água por todo o canto e olhava a lua. As estrelas se moviam e a luar entrava pela janela e fazia brilhar.

Já as outras eram menos gentis e mais escandalosas. A de cabelos rosas falava tanto que era impossível para entender e sempre tentava ser legal com ela. Ela não merecia. Enquanto a outra alada perguntava coisas absurdas, como: "Cê pode cantar algo?", "Você tem mil anos e é imortal?" e outras coisas absurda, mas era mais legal e super ágil. A loira olhava para ela cautelosamente, como se ela fosse mordê-la e por isso ela sempre estava com as presas prontas e ela deixava a comida e praticamente corria. A de cabelos roxos – a alta, com a postura regia e lábios pintados era prática, tentava falar com ela, mas ela não respondia.

E a que mais achava graça era sem os dedos, ela estava com dedos costurados enrolado em um curativo e lembrava da textura deles na boca e por isso fazia questão de lamber os dedos e mostrar os dentes para ela. A mulher de cabelos lilás escorregava na água e não chegava perto, olhava como se fosse dizer algo e ia embora. Ela segurava as mãos, mesmo que tinha sido a culpa dela.

Agora, ela ouvia o barulho lá embaixo e suspirou, daqui a pouco ia dar comida para ela e ela poderia finalmente dormir. Era o que ela mais fazia, os pesadelos não a deixavam ficar muitos tempos adormecida e não ajudava nada seu corpo debilitado tentar se recuperar.

"Posso entrar?" ela não respondeu, e depois de um tempo a rosada entrou. Ela tinha uma bandeja com mais comida e trouxe junto uma cadeira e colocou na frente da banheira.

A seria arqueou a sobrancelha e foi o bastante para a rosada sentar-se, entregar o prato dela com algo que ela não estava acostumada a comer enquanto mastigava o seu próprio. "Estávamos tento uma discussão se você precisa beber água, e de qualquer maneira eu trouxe vinho, é da Twilight, mas é bom para relaxar e acho que você precisa um pouco. Eu fiz, e está uma delícia apontou para cada coisa e explicava o que era "Usei uma massa nova para o pão e está soltinho, o queixo é da Applejack, mas ela só vende maça e me deu alguns pois acabou fazendo demais, muito atenciosa né? E tem geleia e algumas frutas".

A seria partiu o pão no meio e mastigou, segurando o gemendo que ia escapar. Estava uma delícia e ouviu Pinkie rir e sorrir, "Você não fala nosso idioma? Porque é uma pena, e não achamos nada do seu ou estaria aqui tentando aprender. Deve ser legal cantar parabéns em outras línguas, quando é seu aniversário, você tem? Quantos anos e seu tipo de bolo favorito, oh, você já comeu bolo?" continuou a encher de perguntar.

"Coral" respondeu a séria.

"Coral, o que é?" retrucou Pinkie confusa.

"Você me perguntou no dia que me viu, me nome, Pinkie Diane Pie, ou só Pinkie" respondeu, lambendo a geleia na ponta dos dedos.

Pinkie Pie derrubou o pão de volta no prato e olhou para ela com a boca aberta, balançou a cabeça e riu jogando a cabeça para trás. "Você podia me entender, Coral? Nós entender esse tempo todo!" apontou o dedo na cara dela pulando na cadeira "Isso é cruel e eu te expliquei cada coisa...".

"Eu não sabia a maioria delas" respondeu de novo.

"Como?".

"Não é culpa minha que vós são ignorantes sobre a cultura dos outros" comentou.

"Ah...bem nós passamos esse dia lendo sobre você, tentando achar algo pra ajudar mas nada nos livros parecia ajudar" defendeu-se e sorriu "Mas agora que você quer conversar, vamos ter as dúvidas respondidas agora?" Coral se encolheu.

Não seria a primeira que se encontraria com um ser da superfície, eles eram sempre os mesmos. Egoístas e cruéis, por isso suspirou.

"O que possamos fazer para te ajudar? Já que você não sorriu uma vez desde que acordou" Pinkie Pie contou, olhando no fundo dos olhos dela.

Coral franziu a testa. "Me ajudar?".

"Sim, Coral, é por isso que Fluttershy te trouxe para cá, e nós chamou. Nós só queremos te ajudar, você nós deixa?" perguntou.

"Não mereço ajuda, tampouco piedade".

"Besteira, todos precisam" respondeu e pegou a própria bandeja e a dela "Eu vou lavar isso, se quiser continuar a conversar é só nos chamar, e quer beber algo?".

"Eu...quero a cidra de maça que você tanto falou" confessou, evitando os olhos delas.

Pinkie Pie sorriu e com a bandeja com farelos na mão saiu. "Applejack vai te oferecer com o maior prazer" comentou, fechou a porta com o pé e desceu as escadas rindo, e balançando a cabeça.

 

 

O restante dos elementos da harmonia tinha acabado de jantar e estavam na cozinha, Applejack lavava a louça e o resto olhava enquanto conversavam, Pinkie colocou a cadeira na mesa e colocou a bandeja na pia.

"Coral quer experimentar a famosa culinária Apple e a cidra, é claro, culpa minha que falei de vocês demais para ela" comentou.

As garotas olharam confusa, e Rarity piscando perguntou. "Coral? Quem é Coral?".

"A sereia gente, duhh" respondeu.

"Pinkie...como?" inqueriu Twilight, invocando o bloco de notas que usava apenas para a sereia e tudo dela, rabiscando o nome no papel.

"Eu perguntei pra ela no primeiro dia que fiz companhia a ela, e agora ela resolveu me responder. Ela deve estar realmente entediada, temos que mudar isso e será que pra ela sair da água?" falou coçando o queixo enquanto as amigas olhavam para ela sem acreditar.

Applejack limpou as mãos com o guardanapo e olhou para ela, sorrindo calmamente. "Amanho trago tudo então, vou ter que ir embora mais cedo hoje, quem vai ficar?" perguntou.

"Eu..." Rainbow respondeu baixinho.

"Bem, tome cuidado queridas, vamos indo então? Como sempre estava uma delícia, Pinkie Pie" elogiou a guarda.

Com um abraço elas se despediram, e ambas as aladas observaram as amigas sumirem atrás da porta, Rainbow com os braços cruzados e Fluttershy com as mãos juntas.

 



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