História The Chunking (Hiatus) - Prólogo.

Point Of View Riley Butler.

Outrubro de 2001.

Seven years.

Terminava de arrumar minhas roupas no meu mais novo closet na nova casa. Ele não era pequeno, mas também não era enorme, e sim em um tamanho perfeito para colocar minhas coisas.  Mamãe, Ryan e eu nos mudamos para uma nova casa em Stratford, no Canadá. Ela era bem grande e agora eu teria meu próprio quarto, já que na antiga casa eu o dividia com Ryan, meu irmão.

Ouvi a campainha tocar, a curiosidade bateu em minha porta, me fazendo sair correndo do quarto e descendo as escadas, tropeço entre meus pés e acabei caindo no último degrau.

— Filha! — Ouvi a voz da mamãe e no mesmo segundo comecei a chorar. — Meu Deus. — Mamãe se aproximou de mim me pegando no colo. — Você não pode correr assim. — Disse me pondo no sofá e senti uma forte dor no meu joelho direito e levei minha mão até lá.

— Mãe, tá doendo. — Disse entre soluços.

— Onde?

— Aqui. — Disse mostrando meu joelho.

— Ela está bem? — Ouvi uma voz feminina, olhei pra porta e vi uma mulher baixa de cabelos negros e olhos azuis e, ao seu lado havia um garoto que me encarava sério.

— Acho que ela machucou o joelho. — Mamãe a respondeu.

— Acha? — Choraminguei.

— Vou te levar para o hospital. — Mamãe me pegou no colo novamente. — Me desculpa, eu acabei de te conhecer, mas você poderia ficar com meu filho? — Mamãe perguntou a mulher de olhos azuis.

— Claro, sem problemas. — Respondeu.

[...]

— Ela bateu o joelho com bastante força no chão que fez sair do lugar. Vou engessar o joelho. — Ouvi o doutor dizer pra mamãe.

— Ok.

[...]

Mamãe estacionou o carro na garagem e desceu do mesmo vindo até a porta de trás e me pegou no colo. Ela me levou para dentro de casa e assim que chegamos na sala, vi Ryan brincando com aquele menino de hoje mais cedo.

— Mãe, ela tá bem? — Ryan perguntou a mamãe que assentiu — O que é isso na perna dela? — Perguntou apontando pro meu joelho.

— É um gesso, filho.

— Gesso? Para que serve? — Perguntou curioso.

— Para quando alguém se machuca, como sua irmã. — Mamãe respondeu. — Justin, cadê sua mãe? — Mamãe perguntou a aquele menino.

— Ela foi ao mercado e disse que já voltava. — Respondeu.

— Ok. — Mamãe me levou até o meu quarto me botando na cama. — Descansa filha. — disse me dando um beijo na testa.

[...]

Uma semana depois.

— Ryan e Riley, esses são, Chaz, Shay e Nolan. Chaz, Shay e Nolan, esses são, Ryan e Riley os meus novos vizinhos. — Justin apresentou seus coleguinhas da escola.

— Oi. — Ryan e eu dissemos juntos.

— Oi. — Responderam também juntos.

— O que você fez na perna? — Perguntou o Chaz.

— Cai da escada. — Disse e Justin e Ryan começaram a rir, e eu os encarei com uma cara de que ia matar um.

 Um não. Dois!

 [...]

Sete meses depois.

Eight years.

— Happy birthday to you, Happy birthday to you, Happy birthdaaaay to youu, Happy birthday to you. — Sorri ao ouvir mamãe e Ry cantando parabéns para mim.

— Parabéns, filha. — Mamãe que segurava um bolo médio em suas mãos, me deu um beijo na minha testa. — Você cresceu tanto. — Diz com os olhos cheios de lágrimas.

— Calma mãe, eu só tenho oito anos ainda.

— Parabéns, maninha. — Ryan insistia em me chamar de maninha porque ele nasceu 3 minutos antes de mim, só que ele nasceu no dia 14 de setembro de 1994, às 23 horas e 58 minutos da noite e eu, hás 12 horas e 1 minuto do dia 15 de setembro 1994. No caso, o aniversario dele foi ontem.

— Obrigada. — Disse aos dois que sorriram.

[...]

— Vem, Riley. Tenho uma surpresa pra você. — Justin disse me puxando pela mão, para um canto mais afastado da escola.

— Não, Justin. A gente vai se ferrar, nós temos que ir pra aula. — Disse parando de andar.

— Por favor, Riley. Confia em mim. — Justin disse bem perto de mim enquanto eu olhava bem fundo seus olhos cor mel.

Assenti e Justin continuou a andar. Ele tapou meus olhos com suas mãos, resmunguei quando ele tapou minha visão e ele começou a me guiar.

— Chegamos. — Falou depois de alguns segundos andando.

— Tá, agora tire a mão dos meus olhos. — Disse meio brava.

Odeio quando tapam meus olhos, e também odeio surpresas.

— Ok, bravinha. — Justin falou e tirou suas mãos dos meus olhos me dando a visão de uma toalha posta ao chão e cheia de comida em cima, e elas estavam com uma cara de delicia. — Feliz aniversário. — Justin falou no pé do meu ouvido e eu me arrepiei.

— Obrigado. — disse em meio de um sorriso e abracei Justin.

[...]

Já estava com minha barriga explodindo de tanto que havia comido. Acho que engordaria muito, credo. Mas não posso negar, essa comida está uma delícia, é impossível não comer.

— Riley, você sabe o que é beijo? — Justin perguntou.

— Sei. — Respondi.

— Você sabe como é?

— Uhum.

— Você já beijou? — Corei na mesma hora que ele perguntou aquilo.

— Pra que tantas perguntas? — O respondi com outra pergunta.

— Só queria ficar informado. — Respondeu. — Então?

— Não. — Disse meio envergonhada.

Justin se aproximou de mim e no mesmo instante senti seus lábios se juntarem com os meus.

— Agora você já beijou. — Sorri ainda envergonhada pelo meu primeiro beijo.

[...]

Cinco anos depois

Thirteen years.

— Tá na hora, eu tenho que ir. — Justin falou se levantando do sofá onde estávamos sentados olhando um filme. — Tchau. — Falou para o Ryan e fizeram um toque.

Acompanhei Justin até a porta e o mesmo roubou um selinho meu.

Sorri boba.

 [...]

No outro dia.

Caminhava pela calçada da rua indo até o terreno baldio que havia na esquina da rua de minha casa. Lá havia uma casinha na árvore onde nós, Ryan, Justin, Shay, Nolan, Chaz e eu, nos encontrávamos. E Justin disse para mim ir até lá. Segundo ele, o mesmo tinha uma surpresa pra mim.

Assim que cheguei, subi a pequena escada que tinha ali e cheguei lá em cima. Entrei na casa e vi Justin.

— Cheguei. — Disse.

— Senta aqui. — Falou apontando pro seu lado.

Caminhei até ele e me sentei ao seu lado.

— Então...

— Olha, eu tenho um presente pra você. — Disse.

— Por quê? Se nem é meu aniversário e muito menos Natal ou dia do amigo — Falei.

— Mas é por outro motivo. — Disse simples.

— Qual?

— Espera. — Disse pegando algo em seu bolso.

Era uma caixinha de joias. Justin a abriu e vi um colar com um pingente com a letra "B".

— Ai, que lindo. — Disse animada.

— Você gostou? — Perguntou e eu assenti. — Que bom. Vira — Mandou a eu obedeci.

Fiz um coque com meu cabelo segurando em minhas mãos e Justin pois o colar em meu pescoço. Me virei pra ele e sorri.

— B de Bieber ou Butler? — Perguntei.

— O que você quiser. — Respondeu com um sorriso lindo em seus lábios.

— Mas agora me diga, por qual motivo desse presente?

— É... Eu tenho uma coisa pra pergunta a você. — Disse meio envergonhado enquanto coçava a nuca.

— Então, faça-a.

— Ahhh, você aceita ser minha namorada? — Já desconfiava.

Acho que posso brincar um pouquinho com ele. Correto?

— Não. — Respondi fechando a cara.

— Não? — perguntou também fechando a cara.

— Não.

— O.K. — Disse baixo abaixando a cabeça.

Soltei uma gargalhada.

— Do que você tá rindo? — Justin perguntou.

— Da sua cara. — Disse entre as minhas gargalhadas. — É claro que eu aceito ser sua namorada, Justin Drew Bieber.

— Sério? — Assenti mordendo meu lábio inferior.

Um sorriso brotou novamente nos seus lábios e logo os senti nos meus fazendo milhares de borboletas voarem por minha barriga.

— Então, esse colar é o seu, e esse é o meu. — Disse pegando mais um colar do seu bolso. Exatamente igual ao meu.

Sorri abraçando ele.

 [...]

Três anos depois.

Sixteen years.

— Riley? Ryan? — Ouvi a voz da mamãe me chamando.

Larguei meu computador do lado e desci da cama calçando minhas pantufas do Puff, e sai do meu quarto descendo as escadas. Caminhei calmamente até a sala e parei na porta da mesma. Logo vi Ryan vindo também e parou ao meu lado.

— Então, como vocês sabem eu fui demitida aqui em Stratford semana passada. — Ryan e eu assentimos. — Eu fiquei uma semana procurando o emprego e consegui. — Disse com um olhar triste.

— Isso é incrível mãe! — Sorri abraçando ela.

— Não, não é. O trabalho que consegui foi em Atlanta.

Quando ela diz isso já sinto meus olhos encherem de lágrimas ao pensar que teríamos que mudar. Eu não posso deixar Justin.

— Iremos nos mudar daqui um mês. Nesse mês arrume suas coisas e fale com Justin, querida.

— EU NÃO VOU! NÃO POSSO DEIXAR JUSTIN.

— Sim, você pode.

 [...]

Uma semana depois.

— JUSTIN CHEGA! — Gritei encarando ele. — Esse seu ciúmes já está me dando dor de cabeça. — Me afastei dele.

— ELE ESTAVA DANDO EM CIMA DE VOCÊ NA CARA DURA, RILEY!

— Foda-se. Você tem que entender que eu não vou largar você para ficar com ele.

— Me desculpa, princesa. Prometo que não vou mais agir assim. — Falou se aproximando de mim.

— Promete? — Perguntei baixinho.

— Eu prometo.

Sinto os lábios de Justin irem de encontro aos meus.

 [...]

Três dias depois.

— Eu quero metade bacon e metade mozzarella. — Olho para o cardápio.

— Para beber, pode ser coca mesmo. — Justin diz dando ombro.

O garçom piscou para mim e sai com o pedido. Minutos depois ficamos falando sobre o futuro. Como, o que ia formar e assim vai. Vejo o garçom voltando com o pedido e um papel em sua mão, vai ver é a conta.

Ele deixa a pizza na mesa junto com a coca e me entrega o papel. Olho para o mesmo vendo seu número. Ergui meu olhar para o mesmo vendo piscar sorrindo malicioso. Antes que pudesse falar algo observo Justin ir para cima do cara. Arregalo os olhos vendo ele dar um soco na cara dele.

— RESPEITA A MULHER DOS OUTROS, FILHO DA MÃE. ELA É MINHA!

Puxei Justin de cima do rapaz com lágrimas nos olhos. Justin se afasta do garçom, observo seu olho um pouco vermelho pelo soco que havia levado. O olhar dele se encontra ao meu vendo meus olhos cheios de lágrimas e assustada com esse ato. Nunca havia visto Justin assim.  

Sai da pizzaria em passos rápidos deixando Justin por lá. Escuto o grito de Justin falando para que eu parasse e suspiro.

— Riley...

— Fica calado Justin. Você prometeu! Você prometeu não ficar com esse ciúme ridículo! — Falo enquanto dou socos pelo seu peitoral.

— Desculpa princesa. É que... — Interrompi Justin antes que terminasse de falar.

— E que nada. Você não cumpriu o que prometeu.

— Eu te amo, Riley. Fiz isso porque eu tenho medo de você e trocar.

— Entenda que eu também te amo, Justin. Eu não te trocaria. — Suspiro. — Eu vou embora.

— Te vejo amanhã? — Justin pergunta eu não respondo e sigo meu caminho.

Ao chegar em casa observo mamãe sentada no sofá com a mala do lado e o celular nas mãos. Observo em volta vendo minhas malas e arregalo meus olhos.

— O meu chefe falou que não teria como eu ficar esse tempo fora para ele segurar a vaga. Terei que começar em dois dias. No caso, iremos no mudar agora.

— Hã? Como assim? — pergunto confusa.

— Nosso vôo para Atlanta sai hoje.

[...]

Peguei minha bolsa que se encontrava na cadeira que estava sentada antes. Sinto meus olhos encherem de lágrimas ao lembrar que iria deixar Justin. Lembro-me de sua ação, seus ciúmes.

Segui até o portão de embarque, abraçada em Ryan, nossa mãe vinha logo atrás. Entregamos nossos passaportes e dei uma olhadinha para trás pensando em ver Justin. Só que não havia quase ninguém lá.

E assim, Ryan, eu e mamãe voltamos para Atlanta. Deixando tudo que construímos em Stratford para trás.