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História The City Is Ugly - Bem vindo a Silent Hill.


Escrita por: Alastor_Hikari

Notas do Autor


Aahm... Heey, esta é minha primeira fanfic então PERDOEM MEUS ERROS. Eu espero profundamente que vocês gostem da ideia (afinal MCR é uma ideia, não é mesmo?). Enredos complexos me cativam muito, o que justifica meu interesse pela série de jogos "Silent Hill" (especialmente o segundo... James e seu travesseiro).
Bom, MCR não vai voltar... Silent Hill também não... Crises a parte, ótima leitura! 'w'

Capítulo 1 - Bem vindo a Silent Hill.


Fanfic / Fanfiction The City Is Ugly - Bem vindo a Silent Hill.

Gerard, poderia você realmente estar nessa cidade?

  Após longas e reflexivas horas dentro de um Ford 1964, atropelando o caminho em minha frente, percebi que já havia adentrado a cidade que procurava. O relógio velho de bolso que eu carregava dentro do porta luvas marcava 4:18 pm porém, o aspecto pacato e o silêncio que dominavam aquele local me fizeram pensar que era mais tarde do que o relógio indicava. Não dei importância.
  Eu estava a alguns minutos no interior de um pequeno banheiro público, instalado nas proximidade da entrada da cidade observando a imagem que via ao posicionar-me na frente daquele espelho mal cuidado e sujo. Um garoto... Não. Um homem, de aparência pouco atrativa, olhos desinteressados, algumas marcas ou pequenos relevos se faziam presentes em meu rosto. Meus lábios mortos e meu nariz estranho estavam gelados. 
  -Frank Iero, você é um lixo. Disse a mim mesmo.
  Lavei o rosto e desviei meu olhar daquele material refletor. Levei uma de minhas mãos ao bolso lateral de minha calça preta e desbotada, cuidadosamente retirei um papel, que naquela ocasião apresentava um quarto de seu tamanho original por estar dobrado. Eu desejava ver aquelas palavras gravadas na carta novamente:

  "Nessa abstinência de bons momentos deixei-me ser engolido por minhas memórias, memórias estas que moveram-me para nosso refúgio silencioso e pacato. As lembranças cortam meus pensamentos como uma guilhotina rígida, comandada por um carrasco insistente. Lembro-me de ter ouvido de sua boca a promessa de voltarmos aqui um dia mas, isso nunca aconteceu. No presente momento estou aqui, em Silent Hill, esperando que você venha alimentar minhas memórias com mais momentos de sua companhia
                                       Gerard Way"

    Essas palavras circulavam minha cabeça sem conseguirem organizar-se. Eu não compreendia. Por que ele queria minha companhia agora, depois de sete meses desaparecido e sem ao menos se preocupar em comunicar-me de seu paradeiro? Apesar dessa interrogação, eu entendia o motivo de sua ida: Gerard estava sentido-se sufocado e pressionado com o sucesso e os shows. Todos nós da banda estávamos. Além disso, ele enfrentou momentos horríveis, afogado em seu próprio psicológico complexo, eu sei disso porque afoguei-me em mim mesmo também. 

  Finalmente me dirigi para fora daquele ambiente mal iluminado e aparamente abandonado. O pequeno estacionamento onde meu carro se encontrava localizava-se em uma das partes altas da cidade então pude apoiar-me em um muro de altura média e tentar observar Silent Hill mas, esta parecia se esconder de meus olhos, em baixo de uma névoa intensa e misteriosa, pude ver apenas algumas construções, ainda assim com dificuldade. Não era somente o banheiro do qual eu estava anteriormente que possuía aspecto abandonado, toda a cidade tinha essa característica também. Essa solidão não me incomodava afinal, era justamente isso que me atraia a este lugar.
  Eu havia perdido muito tempo refletindo sobre questões que não iriam auxiliar-me na minha procura então, entrei novamente em meu carro, bati a porta, ajeitei-me no banco, foram três tentativas de partida até que o veículo correspondesse, pisei no acelerador com cautela pois queria poder analisar o que estava em meu entorno enquanto dirigia. Nada aqui chama atenção além da neblina. Qualquer detalhe seria facilmente ignorado inconscientemente por um par de olhos desatentos. Tamanho era o silêncio que fazia meus ouvidos parecerem inúteis naquela ocasião. O barulho causado pelo motor do Ford se mostrava a única fonte sonora... Além de minha cabeça... Esta era terrivelmente barulhenta e aos poucos minha mente passou a ser um mar de questionamentos sem respostas. Senti uma insegurança enorme e quando me dei conta, percebi que teria que continuar meu trajeto andando pois a pista na qual trafegava estava bloqueada excluindo a possibilidade de continuar de carro a partir dali. Respirei fundo, girei a chave por completo para desligar o veículo, respirei fundo mais uma vez. O ar não conseguia preencher todo o volume de meus pulmões pois eu estava ansioso e ofegante. Meus batimentos cardíacos pareciam abalos sísmicos em meu peito, abri o porta-luvas e dele tirei um mapa daquela cidade. Contei até três. Não foi o suficiente. Contei até 10. Ainda não me sentia seguro. 20, 40, 100... O tempo passava e eu ainda não havia feito nada. 
  Um impulso estremeceu os músculos de meu corpo, agarrei o mapa que acompanhava o antigo relógio no porta luvas. Abri a porta e levei um de meus pés ao solo externo, depois o outro. Levantei-me do banco desconfortável e surrado. Bati a porta do carro, dobrei o mapa de modo que o mesmo coubesse em um dos bolsos de minha  calça. 
  Comecei a distanciar-me de meu veículo com passos médios. Meus tímpanos tinham que contentarem-se somente com o som de meu sapato se chocando contra o asfalto gelado. Segui para o único caminho que me era cabível. Desci quatro degraus de uma escada que ligava a parte alta, onde eu havia deixado meu carro, com o restante do território de Silent Hill. Passei por um território rural, e adentrei um cemitério, que naquela ocasião era único acesso ao restante da cidade. Vaguei por entre os túmulo em passos cauteloso. 
Matheus Paquette, Michael Lucker, Andrew Guilbert, Harrison Mason...  Foram alguns dos nomes que pude ler. 
  Em uma fração de segundo tive a impressão de ouvir um som que pensei estar vindo de algo atrás de mim. Não tive muito tempo para pensar antes de:
-QUEM É VOCÊ? 
Durante um tempo não esbocei nenhuma reação. O que me impedia de estar completamente imóvel eram os tremores que chacoalhavam meu corpo. 
-Fran-frank... Me chamo Frank -consegui soltar pela boca.
-O que te espanta? Você caminha sobre os mortos como se estivesse bem próximo de tornar-se um morto também
  Após isso rapidamente olhei para a direção da voz feminina. Altura média, pele clara, cabelos escuros, olhar pouco confiante, suéter branco, calças vinho. Jovem. 
-Ainda não ouvi seu nome. -
resmungou ela.
-Frank Iero. -Repeti, dessa vez em um tom mais alto. -E você, quem é?
-POR QUE DIABOS QUER SABER MEU NOME? AUTORITÁRIOS! INVASORES! -A moça parecia agressiva agora.
-Eu... Achei que pudesse saber seu nome uma vez que você já tem conhecimento do meu. Você não precisa dize-lo se isso te aborrece. Desculpe-me. -pronunciei tentando acalma-la.
-Angela Orosco, estou procurando minha mamã... Digo, mãe. -a garota mudou seu estado de forma brusca , como uma sublimação sentimental. 
-Espero que a encontre o mais rápido possível. Também estou procurando uma pessoa. -falei para conforta-la.
-Boa sorte. Tem algo de errado com esta cidade. Tenha cuidado. -aconselhou-me em um tom adversativo. -Vou indo, preciso encontra-la. -disse Angela, enquanto se movia rapidamente em direção a uma das saídas do cemitério. Eu não tive tempo para responder o conselho da moça. Fiquei pensando no ocorrido durante alguns segundos e quando percebi estava sozinho novamente. Continuei meu trajeto ainda tentando entender o que aconteceu. Outro barulho se fez presente. Angela. Ela estava por aqui ainda. Olhei ao meu redor. Não, ela não estava; então quem estava? Ninguém aparentemente. A incerteza se tornou minha companhia.  
  Continuei andando, desconfiado, em passos curtos e velozes. As folhas das árvores ao redor pareciam querer pregar-me uma peça. Esta cidade morta parece tão viva. Não havia ninguém aqui além de mim, pelo menos eu acreditava nisso, mas era como se houvesse um ser espreitando meus movimentos tensos. 
  A presença de árvores ao meu redor foi tornando-se menos frequente. O solo de terra foi substituída por asfalto. Estava agora na região central de Silent Hill e os comércios, casas, construções se mostravam apenas aglomerados de tijolos. Nem uma pessoa transitava por ali. Eu andava por entre as lojas, era como um turista caminhando na parte mais remota do Alaska. 
  Eu segui em um ritmo constante que foi interrompido no momento em que meus olhos avistaram uma forma humana, distorcida pela névoa intensa que tornava meu campo de visão infinitamente menor. Era como se houvesse uma parede esfumaçada em todo lugar que eu olhasse. 
  Eu não tinha um ponto exato para onde ir então optei por seguir aquela pessoa misteriosa. Ao chegar próximo ao local onde o ser estava anteriormente, um rastro de sangue no chão deixou-me bastante assustado. Aquela pessoa estava ferida? Caso estivesse, seria um dano grave e se essa não fosse a verdade, de onde viria aquele líquido escarlate? Segui o rastro que se iniciava com uma concentração maior e se estendia tornando-se gotas. Eu sentia medo do que me aguardava ao fim daquela trilha maldita mas, ficar parado ali não parecia-me mais seguro então, prossegui, atravessei um portão de ferro e avistei o que parecia ser um telefone preso a parede. Eu poderia tentar algum contato, ouvir alguma voz que abafasse o silêncio. Havia madeiras bloqueando o caminho mas eu dei um jeito de passar por entre a estrutura. Estava bem escuro ali portanto os números do aparelho não eram visíveis. Levei o telefone a orelha. Somente um som estático podia ser escutado. Agora eu conseguia ouvir alguns múrmuros de agonia.
-Olá? 
Coloquei o telefone em seu lugar. Os múrmuros continuavam. Eles não haviam parado pois tal som horrendo não era proveniente do aparelho que segurava a pouco tempo. Uma criatura estava aqui. Bem aqui. Diante dos meus olhos. Meu corpo não respondia de acordo com a situação. Senti meus olhos arregalarem-se e minha boca secar. 
  Corpo nu cuja extensão era coberta por um tecido epitelial extremamente danificado e sofrido. Retorcido. Agonizante. Três braços? Movimentos trêmulos e bruscos o guiavam em minha direção. Estava se aproximando de mim. Meu coração furava meu peito com batidas intensas e aceleradas. 
  Eu havia chegado em Silent Hill. Eu havia chegado no inferno. 


Notas Finais


Muito obrigado pela chance que você me deu lendo o primeiro capítulo. Espero que tenha gostado! Essa primeira parte foi uma introdução de Silent Hill e do personagem principal: Frank Iero.
Nesse capítulo aprendemos: ir para Silent Hill é a pior escolha que você pode tomar. Até a próxima, amiguinhos!
Mcr e sh acabou mas a fic não, em breve mais!
Espero que seu dia seja melhor do que foi ontem. Tudo de bom!! ^^

Ps.: Sinta-se a vontade para informar-me de erros.


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