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História The Clash 2 - The Distance, The Overcoming and The Change - Ameaça Invisível


Escrita por: TakaishiTakeru

Notas do Autor


Hey hey! Voltei de novo! Vamos lá...

Continuação direta do capitulo anterior.

Narração do Max

Capítulo 14 - Ameaça Invisível


Robert e Patrick foram os primeiros a chegar. — Jeff e eu resolvemos mostrar o conteúdo do vídeo. — Precisamos ter certeza antes de sair acusando, afinal, essa que aparece no vídeo é a irmã do Robert.

 

— Diz logo o que querem. — Patrick diz ansioso. — Quando o Tio descobrir que esta armando uma festa dentro do escritório dele ele vai te matar.

— Silêncio. — Jeff diz irritado. — Seu nariz ainda não parece muito bom pra mim.

— Max. — Sarah me chama aparecendo na porta.

 

   Vou até ela e vejo que não está sozinha, além de Lucy, Jasper e Liam estão aqui.

 

— O Liam disse que tinham marcado alguma coisa. — Lucy diz em sussurros.

— Eu me esqueci. — digo envergonhado. — Mas porque seu namorado está aqui? — pergunto a Sarah.

— Vai saber, ele resolveu me seguir o dia inteiro. — ela reclama.

 

   Lucy e eu vamos até Liam e Jasper, que estão sentados no sofá.

 

— Nós precisamos conversar ali dentro. — Lucy avisa. — Então vocês dois fiquem por aqui até sairmos, Okay?

— Okay. — Liam diz. — Eu acho. Algum problema?

— Por que a Sarah vai participar da conversa e eu não? — Jasper pergunta.

— Sarah é nossa amiga. — falo. — E nem sei quem é você, na verdade nunca o vi e nem sei por que está na minha casa. — digo sem perceber o quão rude fui.

 

   Lucy, Sarah e eu entramos no escritório.

 

— Com licença. — Lucy diz passando pelo Robert.

 

   Impressão minha ou esses dois parecem estar se evitando.

 

— Então. — Jeff chama nossa atenção. — Graças ao computador não destruído do nosso querido Miller Dois, conseguimos recuperar alguns arquivos, e dentre eles um vídeo que foi gravado no momento em que o Max estava preso na sala de áudio e vídeo com aquela tal mulher.

— Pergunta! — Robert o interrompe. — Por que você e o Max estão vestidos como se fosse aquele recheio sexy de bolo de despedida de solteiro?

— Isso foi... Completamente desnecessário. — Patrick o ironiza.

— Enfim... E vocês viram quem é? — Lucy pergunta parecendo preocupada.

— Vamos lá. — ele diz dando play no vídeo.

 

   Assim que o vídeo começou, Jeff e eu não conseguimos evitar encarar o Robert. — Não consigo imaginar o que ele vai fazer ao descobrir. — E enfim chega à cena, a porta da sala de áudio e vídeo se abre, e Melissa Green, a irmã de Robert entra na sala. — Jeff pausa o vídeo, e de repente todos olham para Robert como se estivessem esperando alguma resposta.

 

— Quem é essa? — Patrick pergunta confuso.

— Melissa. — Robert diz incrédulo. — Isso é brincadeira não é? Não... Por que a minha irmã?

— Não vamos tirar conclusões precipitadas. — Sarah diz atordoada. — Isso está muito confuso, quero dizer, Melissa nem nos conhece direito, porque faria isso? Tem de haver alguma explicação.

— A explicação é obvia. — Patrick diz levantando. — Foi ela, está aqui, porque é tão difícil de acreditar.

— Ela é a minha irmã. — Robert grita.

— Sinto muito, mas sua irmã é uma psicopata perturbada. — Patrick o enfrenta.

 

   Robert se joga contra Patrick. Curiosamente Jeff se coloca entre os dois, os separando.

 

— Chega! — ele grita. — Ninguém está acusando ninguém aqui, Okay?

— Claro que estamos. — Patrick diz. — Por que quando é para me acusar todos aceitam de boa, e quando é para acusar o obvio todos duvidam?

— Porque você nos deu motivos para isso. — digo.

 

   Vou até Robert que se senta no sofá.

 

— Fica calmo. — digo me sentando do seu lado.

— Como eu vou ficar calmo? — ele pergunta. — Minha irmã pode ser a pessoa que está fazendo isso com a gente esse tempo todo.

— É isso que a gente vai descobrir. — Sarah diz. — Nós vamos falar com ela, eu não acredito que Melissa tenha feito isso.

 

   O clima ficou realmente estranho. Ficamos parados, um olhando para outro esperando alguém dizer alguma coisa, mas tudo o que conseguimos pensar é que não queremos acreditar que a irmã do Robert possa ter feito isso conosco.

 

— Você ainda não disse uma palavra sobre isso. — Patrick diz a Lucy.

— O que quer que eu diga? — ela pergunta. — Nós vamos falar com ela não vamos? Até lá eu...

— Você também acredita que foi ela? — Robert pergunta quase em sussurros. — Você está do lado dele não é? Ótimo, porque não saem agora e entregam esse vídeo a policia para ferrarem de uma vez por todas a vida da minha irmã. — ele diz em berros.

 

   Robert se levanta furioso e sai do escritório, corremos atrás dele, e até mesmo Jasper e Liam nos seguem.

 

— Ei relaxa cara. — Patrick diz se aproximando dele. — Não desconta sua raiva nela.

 

   Robert olha para Lucy com cara de desapontamento. — Eu nunca o vi dessa forma, e eu nunca vi esse olhar antes. Esse é mesmo o Robert?

 

— Robert você precisa encarar a verdade, você viu, todos nós vimos, aceita. — Lucy diz para nossa surpresa.

— Desculpa Lucy, mas diferente de você e do seu... Desse cara, eu ainda tenho um coração, e por mais que eu tenha visto tudo aquilo, eu me recuso a acreditar. — ele grita enfurecido.

— Robert espera. — Lucy diz segurando sua mão.

 

   Ele então faz algo que surpreende a todos, e claramente a si mesmo. — Ele a empurra.

 

— Robert! — grito assustado.

 

   Ele então abre a porta e sai correndo.

 

— Uau! — Jasper murmura para Liam. — As coisas aqui são sempre animadas assim? — ele pergunta.

— Hoje mais do que o normal. — Liam responde desconfiado.

 

   Sarah e Patrick levam Lucy para a sala de estar.

 

— Vai atrás dele. — peço ao Jeff. — Não o deixa fazer nenhuma besteira.

— Pode deixar. — ele diz. — Qualquer coisa eu te aviso. — ele diz saindo da minha casa.

 

   Volto para a sala de estar. — O que foi que aconteceu exatamente?

 

— Você está bem? — pergunto.

— Foi só um empurrão. — Lucy diz. — Vocês exageram demais.

— Por que está encostando-se a ela? — Sarah pergunta irritada para Patrick. — Não toque nela, tarado.

— Tarado? — Jasper pergunta se aproximando.

— Esse animal quase a agarrou ontem à noite. — Sarah conta.

 

   Patrick de repente se vê cercado por Liam e Jasper.

 

— Espera. — ele tenta se defender. — Não foi bem assim.

— Chega! — grito. — Deixem isso de lado agora.

— Alguém quer explicar o que está acontecendo aqui? — Liam pergunta. — O que diabo aconteceu lá dentro que deixou o Robert tão irritado?

— Não foi nada. — Lucy mente. — Ele apenas se irritou só isso.

— Mas ele é o Robert. — Jasper diz confuso. — Ele nunca se irrita.

— Jasper. — Sarah o chama. — Nós temos que ir, temos que... Aquele lugar para ir lembra?

— Não. — ele diz deixando-a envergonhada.

— Pois é, mas temos. — ela o puxa. — Nós nos falamos mais tarde.

 

   Sarah e Jasper também vão embora, e aproveitando a deixa, Lucy também sai sem que nem percebamos.

 

— Que droga. — reclamo sentando no sofá.

— O que a gente faz agora? — Patrick pergunta. — Você que quis pegar aqueles arquivos, isso tudo é culpa sua.

— E o que queria que eu fizesse? — pergunto. — Que eu escondesse essa informação de todo mundo?

 

   Liam nos observa confuso.

 

— Tanto faz. — ele diz indo para as escadas.

 

   Liam se senta no outro sofá e fica me encarando. — O que ele quer?

 

— Você e o Jeff voltam a se falar de repente, ele fica irritado com o seu primo com frequência, Sarah e Robert andam pela escola como se estivessem sendo vigiados, e a Lucy está mais psicótica do que nunca. — ele diz me deixando surpreso. — Achei que o que eu fiz por você ano passado tinha provado que eu era seu aliado.

 

   Sinto-me realmente mal com tudo isso, mas eu não quero envolver o Liam nisso. — Eu realmente não entendo o envolvimento que Liam teve com a gangue dos trilhos, mas ele não é mais assim, e o que ele fez ano passado foi apenas para me proteger. Ele agora está entrando em uma das melhores universidades do país, podendo seguir em frente, não, definitivamente não quero que o Liam se envolva nisso.

 

— Só estamos um pouco estressados ultimamente. — minto.

— Não precisa mentir Max. — ele diz se levantando. — Eu vou embora, e quando estiver preparado para me contar a verdade, sabe aonde me encontrar... Eu só espero que não seja tarde quando o resolva fazer.

 

   Liam também vai embora, me deixando sozinho. — Eu fiz errado? Eu devia ter escondido essa informação até ter certeza?

 

— Agora é tarde para se lamentar. — minha avó aparece me assustando. — Você não quis sair com a vovó deu nisso.

 

   Sou obrigado a sorrir. — Ela está usando roupa de praia, algo como uma canga e um chapéu enorme, mesmo o tempo estando horrível e chuvoso.

 

— Estava dando uma festinha? Esbarrei com um jovem muito bonito agora. — ela diz colocando o chapéu sobre a mesinha de centro.

— Era o Liam. — digo. — Um amigo da escola, eu fiquei de ajuda-lo com algo, mas hoje não está sendo um bom dia.

— Sabe o que eu gosto de fazer em dias como esse? — ela pergunta tão empolgada que me deixa assustado. — Dormir.

 

   E então sobe. — O que foi isso?

 

Sms – Jeff – “Estou com o Robert, não se preocupe, ele vai passar a noite na minha casa. PS: Melissa volta para cidade no festival de primavera.”.

 

   O bendito festival de primavera. — Estou começando a achar que eu não deveria nem ter cogitado a hipótese de voltar para Ohio.

 

   O restante do dia foi bem estranho. Meu pai me levou até seu escritório, e por pouco não encontrou meu e-mail aberto em seu computador. Ele me entregou um monte de papeis que de acordo com ele vai me ajudar a entender melhor o que fazemos na empresa, e qual será o meu papel lá de agora por diante. — Até mesmo me questionou sobre o Jeff. — Mas o garanti que Jeff e eu somos apenas amigos agora, e que tudo aquilo do ano passado já foi superado.

   A manhã de sexta feira, treze de março, veio um pouco gelada. A chuva já não cai mais, porém seus rastros estão por toda a parte. Hoje é o dia que antecede o festival de primavera, e como sempre nossa escola está envolvida nesses projetos, o que quer dizer, quase nada de aula por hoje.

 

(...)

 

   Estou no refeitório agora, tiraram todas as mesas e cadeiras, o que faz parecer que aqui é um enorme salão. — Como voltei há pouco tempo e não estou em nenhum grupo ainda, resolvi me voluntariar para pintar alguns jarros junto ao grupo de artes e artesanato. — E para minha surpresa não tem só rostos estranhos por aqui. — Jacob Collins, ele está aqui. — Eu realmente queria entender o que aconteceu com ele durante o verão passado. Nós éramos amigos, eu acho, e quando eu resolvi sair do time da natação ele simplesmente começou a me ignorar, e desde que foi passar suas férias de verão no Brasil ele nem me olha mais nos olhos.

 

— Miller! — a instrutora me repreende. — O que acha que está fazendo? Isso é um jarro e não uma parede seja mais... Delicado.

 

   Seja mais delicado. — Tenho certeza que se o Robert estivesse aqui ele iria fazer uma de suas piadas infames.

 

— Collins ajude o aspirante a pintor. — ela diz me fazendo ficar envergonhado.

 

   Ele nem se quer recusou, simplesmente levantou de onde estava e veio até mim. — Estamos sentados em algum tipo de tatame ou algo assim, e está tudo tão sujo de tinta que me sinto em um campo minado.

 

— Você está usando o pincel errado. — ele diz parecendo constrangido. — Use esse. — ele diz me entregando outro.

 

   Jacob permanece sentado do meu lado enquanto pinta o seu jarro. — Acho que essa é uma boa hora para perguntar a ele sobre tudo não é?

 

— Desculpa. — ele diz em sussurros.

— Oi? — pergunto confuso.

— Desculpa. — ele repete mais alto. — Desculpa por sido um babaca desde o verão.

 

   Okay... Isso evita o constrangimento de eu ter que perguntar.

 

— O que aconteceu para você começar a me tratar desse jeito? — pergunto. — Sair do time da natação realmente pesou para o time?

— Na verdade nós vencemos a temporada. — ele conta. — O Liam venceu na verdade.

— Você não respondeu minha pergunta. — insisto. — Por que de repente parou de falar comigo?

 

   Ele olha para os lados, como se quisesse ter certeza de que não tem ninguém nos ouvindo, respira fundo e...

 

— Foi um pouco depois do seu sequestro, e antes de você viajar para Paris e eu voltar para o Brasil. — ele começa a contar. — Estávamos todos na sua casa, lembra? Falando sobre a festa de aniversario do Jeff.

— Lembro. — digo um pouco confuso.

 

   O que tudo isso tem a ver com ele parar de falar comigo?

 

— Eu estava procurando o banheiro e... Eu ouvi você e o Jeff conversando na cozinha.

 

   Sinto um nó na garganta e quase derrubo o jarro que estou pintando.

 

— Vocês se abraçavam, e estavam tão íntimos e... — ele hesita. — Por que não me contou que você é gay?

 

   Bom... Isso tudo faz sentido agora. Jacob estava me evitando esse tempo todo por ter descoberto sobre o Jeff e eu.

 

— Desculpa. — peço envergonhado. — Eu realmente não queria que nada disso estivesse acontecendo, também não queria esconder... Para falar a verdade, só você, Lucy, Sarah, Robert e o Patrick sabem sobre isso, então, por favor.

— Eu não vou dizer nada. — ele garante. — Durante todo esse tempo eu me distanciei de vocês por medo, tinha medo disso... Dessa situação toda, mas percebi que eu estava sendo um idiota e que estava perdendo meus amigos por isso. Desculpa.

 

   Abro um sorriso bobo, e ele me encara como se eu estivesse debochando dele.

 

— Idiota. — digo ainda sorrindo. — Isso que você sentiu é perfeitamente normal, e dá próxima vez que se sentir estranho com alguma coisa, vem falar comigo antes de ficar me ignorando quase que por um ano inteiro.

— Fechado. — ele concorda.

— Sr. Miller! — a instrutora grita. — O que acha que esta fazendo? É para pintar com leveza, não como se estivesse tentando furar o jarro com uma broca.

 

   Acabou que fui “convidado” a me retirar. — Não que eu queria ficar lá, mas ficar sem fazer nada realmente me irrita, e com a escola toda envolvida nesse projeto, me sinto desconfortavelmente deslocado aqui. — Coloco o avental em cima de uma mesa e saio do refeitório.

 

(...)

 

— Artesanato? Sério? — Jeff pergunta, assim que me aborda do lado de fora da escola.

— Só estava ajudando. — respondo. — Mas fui expulso por não ser... Delicado.

 

   Jeff sorri e continua a me seguir.

 

— Você definitivamente não é delicado com as mãos. — ele diz sorrindo. — Eu digo por experiência própria. — ele diz em sussurros.

— Para com isso. — digo envergonhado.

 

   A grama da parte da frente da escola está encharcada, o que faz com que eu me sinta em um pântano.

 

— O que está acontecendo ali? — Jeff pergunta curioso.

 

   Juntamo-nos a um grupo de alunos que estão formando uma roda, e no centro do circulo tem um casal dançando.

 

— Isso é música? — pergunto.

— Isso é Hip-Hop. — Jeff diz animado.

 

   A jovem ruiva que está dançando é bem bonita, seus cabelos são tão vermelhos que me fazem lembrar dá...

 

— Samantha! — grito.

 

   Todos de repente olham para mim. A jovem levanta a cabeça e tira o chapéu. — É ela, é realmente ela. — Assim que nos percebe, ela pega sua mochila e corre.

 

— Vamos! — Jeff grita começando a correr.

 

   Eu definitivamente detesto correr. — Jeff e Samantha tomam uma distancia considerável de mim, mas ainda os tenho em meu campo de visão. — Os dois correm para um beco, assim que chego vejo Jeff com a mochila de Samantha em mãos.

 

— Onde ela está? — pergunto quase sem folego.

— Sumiu. — ele diz irritado. — Deve ter pulado isso aqui.

— Isso é dela. — digo me jogando no chão.

— Ei... Você está bem? — Jeff vem até mim.

 

   Droga está acontecendo novamente. Não consigo respirar.

 

— Você está ficando roxo. — ele diz assustado. — Max, respira devagar.

 

   Jeff se ajoelha em minha frente, ele joga a mochila no chão, e de repente começa a abrir meu blazer.

 

— Não. — ele murmura.

— Relaxa. — ele insiste abrindo o blazer. — Não vou te agarrar ou algo assim.

 

   Ele abre os botões da minha camisa social e de repente sinto sua mão quente tocar em meu peito. — Não sei se era para me deixar mais nervoso ainda, mas conseguiu. — Ele começa a massagear meu peito, e também minhas costas.

 

— Respira devagar. — ele insiste. — Inspire pelo nariz e expire pela boca.

 

   Não faço ideia do que ele está fazendo, mas seja o que for está me fazendo respirar um pouco melhor. — Seu rosto está tão próximo do meu que sinto o calor saindo de seu corpo.

 

— Já estou bem. — digo me levantando.

 

   Abotoo minha camisa e o blazer. — Estou tão envergonhado que valeria ficar sem ar novamente só para correr para o mais longe possível.

 

— Achei que suas faltas de ar fossem algo mais tranquila. — ele diz respirando fundo, ele está nitidamente tão envergonhado quanto eu. — Você me assustou.

— Desculpa. — peço indo até a mochila de Samantha.

 

   Olho sua mochila e vejo um broche de nossa escola.

 

— Ela estava usando o uniforme da escola não é? — pergunto. — Ela estuda com a gente e nunca nos demos conta?

— Samantha é mais imprevisível do que se espera. — ele diz pegando a mochila da minha mão. — Vamos voltar para escola antes que percebam que sumimos.

— Espera. — o impeço de seguir. — Não está curioso para saber o que tem ai dentro?

 

   Ele me olha de forma estranha, segura um riso e faz que sim com a cabeça.

 

— Você realmente mudou. — ele nota. — Não era assim tão curioso.

 

   Abrimos a mochila ali mesmo.

 

— Caderno, livros, nada relevante. — Jeff diz analisando a mochila.

— Ela está no último ano. — digo abrindo um de seus cadernos. — Ela deve estudar com o Liam, como eles nunca se encontraram?

— Talvez tenham se encontrado. — Jeff diz. — Mas o que eu não entendo é Samantha fugiu da cadeia não é? Como ela conseguiu se matricular nessa escola?

— Muita coisa não tem resposta nisso tudo. — falo. — Mas acho que só uma pessoa pode nos ajudar a encontrar essas respostas.

— Se você está sugerindo que peçamos ajuda ao seu primo ou ao Liam, está fora de cogitação. — ele diz.

— Peçamos. — repito em um sorriso.

 

   Ele definitivamente não parou de ler o dicionário que dei a ele.

 

— É sério Jeff, nós precisamos de respostas, não podemos apenas ficar andando no escuro esperando alguma coisa acontecer. — insisto. — Primeiro eles atacam o Robert, o colocam na cadeia, depois fazem um pedido um tanto estranho a Sarah, agora a Samantha está na escola... Nós definitivamente precisamos de algumas respostas.

— E vamos ter. — ele garante. — Amanhã quando a irmã do Robert voltar para o festival de primavera, nós vamos ter todas as respostas que precisamos.

— Você também acredita que Melissa possa ter algum envolvimento com a Gangue dos Trilhos? — pergunto.

— Algum envolvimento ela tem. — Jeff afirma. — Se não ela não estaria mexendo no notebook do Patrick na noite do baile.

— Eu quero muito acreditar que ela não tem absolutamente nada a ver com isso, que foi tudo um mal entendido. Eu acho que entendo um pouco o que o Robert está sentindo agora, pois quando você... — não termino a frase.

 

   Eu prometi a mim, parar de trazer esse assunto de volta, mas é impossível.

 

— Quando eu transformei sua vida em um inferno, quando arrisquei sua vida, quando te coloquei na mira da Gangue dos Trilhos. — ele completa minha frase, irritado. — Quer saber, faça como quiser, peça ajuda a quem quiser. Está frio aqui fora, vou voltar para escola.

 

   E então me deixa sozinho. — Ele realmente ficou bravo? Mas tudo o que disse é verdade.

 

— Isso é meu.

 

   Meu corpo gela quando ouço sua voz. Automaticamente me lembro do dia do meu sequestro.

 

— Samantha. — digo virando-me.

 

   O que eu faço? Maldita hora para o Jeff ter me deixado aqui sozinho.

 

— Soco...

 

   Ela cobre minha boca para eu não gritar.

 

— Relaxa Miller. — ela diz em sussurros. — Eu não quero te machucar. Eu vou te soltar me prometa que não vai gritar.

 

   Faço que sim com a cabeça, e então ela me solta. — Eu quero correr, mas ao mesmo tempo quero ficar e descobrir o que quer comigo.

 

— De onde foi que você veio? — pergunto assustado.

— Estava escondida dentro da caçamba de lixo. — ela diz. — Agora me dê minha mochila.

— Não. — digo puxando a mochila para junto de mim. — Você fugiu da cadeia, você está nos perseguindo... Por quê?

 

   Ela me lança um olhar estranho.

 

— Eu não fugi da cadeia. — ela diz puxando a mochila de mim. — Se não se lembra das acusações, elas foram retiradas, meus parceiros ficaram presos por terem envolvimento com outras coisas, mas eu fui solta.

— Não entendo. — digo. — Está livre agora, porque está querendo acabar com a gente?

— Eu não quero nada de vocês. — ela murmura. — Perseguir você foi o maior erro da minha vida.

— Não se faça de idiota. — grito.

— Não me chame de idiota. — ela grita ainda mais alto. — Eu já disse, eu não tenho nenhum envolvimento com o que está acontecendo com você, seja lá o que esteja acontecendo.

— Não quer que eu acredite quer? — pergunto irônico.

— Eu posso provar. — ela diz.

 

   Samantha pega algo da mochila, é um canhoto de uma passagem de trem.

 

— Eu estive fora da cidade esse tempo todo. — ela diz me mostrando o canhoto da passagem. — Voltei para cidade essa semana.

 

   Não é possível, estou confuso, como... Se não é a Samantha, se não é a Gangue dos Trilhos, quem está brincando conosco?

 

— Não acredito em você. — digo. — Eu sei que foi você, você é responsável pela prisão do Robert e...

— Quem é Robert? — ela pergunta. — Eu estou tentando recomeçar, valeu? Não fica na minha cola, e pede para o seu namorado parar de ficar me perseguindo o tempo todo, e isso vale para o maníaco do seu primo. Você devia ter cuidado com ele, não comigo. Vou repetir pela última vez, nós não temos nada a ver com o que está acontecendo com você, ou com esse tal de Robert.

— Max! — vejo Jeff correndo em nossa direção.

— Foi mal pela parada do ano passado ela diz. — e então corre com a mochila nas mãos.

 

   Jeff chega até mim com os olhos tão arregalados que achei que iria saltar para fora.

 

— Não são eles. — digo ainda sem acreditar. — Jeff... Não é a Gangue dos Trilhos que está nos perseguindo.

— O que? — ele pergunta confuso. — O que foi que ela te falou?

— O necessário. — entrego a ele o canhoto de Samantha. — Ela estava fora da cidade quando os ataques começaram, e ela garantiu que ninguém da gangue tem envolvimento com isso.

— E você acreditou? Logico que ela está mentindo. — ele diz. — Max, vamos manter isso somente entre nós dois, entendeu?

— Não... Precisamos contar aos outros, se a gangue dos trilhos realmente não for responsável por tudo isso, eles precisam saber.

— “Se”... É uma possibilidade quase que impossível. — ele diz me prensando na parede. — Max, precisamos ser cuidadosos.

 

   Não entendo, porque o Jeff está agindo dessa forma? — Eu não consigo acreditar, quando finalmente temos uma integrante da Gangue dos Trilhos em nossas mãos, ela simplesmente joga essa, que não tem nada a ver com as ameaças que estamos recebendo. Eu não sei mais no que devo acreditar, eu me sinto tão confuso que estou a ponto de explodir.

 

— Vamos fazer o seguinte. — ele sugere. — Você e eu vamos descobrir se o que Samantha disse é verdade, e só depois vamos contar a todo mundo.

— Por quê? — pergunto confuso. — Qual é a necessidade de esconder isso deles?

— Você viu a confusão que deu ontem quando contamos sobre a irmã do Robert sem nem termos alguma certeza. — ele coloca em questão. — Max, por favor.

— Tudo bem. — digo. — Agora me solta, você está me machucando.

 

   Ele me larga. E juntos voltamos para a escola como se nada disso tivesse acontecido. — Jeff está me escondendo alguma coisa, não sei o que é, mas é algo grave, grave ao ponto de ele querer que a Gangue dos Trilhos seja culpada por tudo, é como se ele soubesse quem está fazendo isso conosco. — Jeff está protegendo essa pessoa?

 

(...)

 

   As horas vão passando, e a movimentação na escola fica ainda mais intensa. Os trabalhos já estão quase todos prontos, e alguns dos alunos foram encarregados de ajudar na montagem, na praça do centro de Lima. Nos dois últimos horários tivemos uma última aula.

 

— Max. — Sarah me aborda assim que abro a porta do meu armário. — Ainda vamos juntos amanhã não é?

— Claro. — confirmo.

 

   Agora que tenho essa duvida em minha cabeça de se a Gangue dos Trilhos é ou não nosso inimigo, fico com o pé atrás de ir nesse evento. — Afinal, o que eles querem? O que eles querem comigo e com a Sarah para nos fazer ir juntos a esse festival?

 

— E o Jasper? — pergunto. — Ele é seu namorado, não vai estranhar?

— Eu já conversei com ele, disse que tinha te prometido isso desde o ano passado. — ela conta em sussurros. — Jasper vai trabalhar em uma barraca ajudando a avó, então ele não vai reclamar.

— Sei. — digo desconfiado.

 

   Vejo Liam conversando com o diretor.

 

— Liam parece irritado. — comento.

— Soube que Liam recebeu uma ligação estranha durante a natação hoje. — Sarah conta.

 

   Aproximamo-nos dele assim que o diretor se afasta.

 

— Algum problema? — Sarah pergunta.

 

   Ele nos olha confuso, segura um papel em sua mão, e continua a nos encarar.

 

— Alguém enviou uns papeis para a parte de admissão da Yale. — ele conta. — Alguém revelou a eles que sou um antigo membro de uma gangue e que já fui preso. Eu nunca fui preso.

— Por que fariam isso com você? — pergunto assustado.

— De que importa? — ele pergunta gritando. — Acabou tudo, eu vou perder minha única chance de mudar de vida, se eles confirmarem tudo aquilo, eu nunca vou entrar na Yale.

 

   Ele nos deixa ali parado e vai embora enfurecido. — Por que alguém faria isso com o Liam?

 

— Isso é estranho. — Sarah diz desconfiada.

 

Sms – Desconhecido – “Eu avisei quanto a ser curioso. Agora outra pessoa está pagando por um erro que novamente é seu.”.

 

— Por que recebeu isso? — Sarah pergunta. — É quase igual à mensagem que recebeu quando o Robert foi preso não é?

 

   Isso foi minha culpa? O Liam está perdendo a chance de entrar para Yale porque eu fui curioso e fui atrás da verdade? — Estou apavorado. — Se isso for verdade, essa pessoa é ainda mais perigosa do que imaginamos, ela parece estar em todos os lugares, e ao mesmo tempo em lugar nenhum.

 

— Deve ter sido por causa dos arquivos do computador do Patrick. — Sarah deduz. — Eles então resolveram não atacar só a gente, mas também as pessoas que estão próximas de nós.

 

   Quem estava comigo quando resolvi procurar pistas por conta própria? — Louise me deu as chaves para ir à sala de áudio e vídeo, Patrick e Clint sabiam que eu queria os arquivos do notebook, e Jeff era o único que estava comigo quando fomos atrás de Samantha. — Então isso significa que um deles está ajudando a tal pessoa que quer acabar com a gente? — Isso não faz o menor sentido, se não é a Gangue dos Trilhos, quem mais poderia ser? Quem tem algo contra todos nós?

 

— Max você está me ouvindo. — Sarah me puxa. — Precisamos falar com os outros logo.

— Você está certa.

 

   Mandamos uma mensagem para os outros envolvidos e marcamos de nos encontrar na biblioteca que está vazia.

 

   Jeff e Lucy são os primeiros a chegar, logo depois Patrick aparece.

 

— E o Robert? — Sarah pergunta.

— Ele não veio hoje. — Jeff responde.

— Qual o motivo de estarmos aqui? — Lucy pergunta curiosa.

 

   Jeff me olha como se estivesse tentando dizer: “Não conte a eles sobre o que a Samantha falou.”.

 

— Eu recebi outra mensagem. — e então olho para o Jeff. — Da Gangue dos Trilhos.

 

   Ele respira aliviado, e então volta a se concentrar em mim.

 

— “Eu avisei quanto a ser curioso. Agora outra pessoa está pagando por um erro que novamente é seu.”. — Patrick lê a mensagem em meu celular. — O que isso quer dizer?

— Liam. — digo. — Alguém enviou provas de que ele estava envolvido com coisas erradas antigamente para a central de admissão da Yale.

— Ele está correndo o risco de não entrar mais. — Sarah conta.

— E possivelmente isso é culpa minha por ter corrido atrás de respostas. — digo me sentando no sofá.

 

   Todos ficam em silencio, mas tenho certeza que estão tão preocupados quanto eu. — Eu não posso desistir agora, não agora que eu sei que a Gangue dos Trilhos pode não ter relação alguma com o que está acontecendo.

 

— Vamos fazer um pacto. — Jeff se manifesta. — Vamos parar de tentar descobrir quem está por trás disso tudo.

— Isso é ridículo Jeff. — Lucy se recusa. — Eu não vou parar de procurar respostas, e pouco me importa quem vai se machucar com isso, eu só quero que isso acabe.

— Lucy tem razão. — Patrick concorda. — Ficar parado e não fazer nada é a mesma coisa de desistir, e sabemos o quão perigoso a Gangue dos Trilhos é.

 

   Jeff bufa e se ajeita incomodado no sofá. — Definitivamente ele está escondendo alguma coisa, e eu preciso descobrir o que é, ou isso vai ficar me atormentando para sempre. — O telefone de Jeff toca e ele nos olha apreensivo.

 

— Algum problema? — Lucy pergunta.

— A irmã do Robert já está na cidade, ele pediu para nos encontrarmos na casa dele.

— Ainda acha que devemos deixar isso tudo pra trás? — Patrick pergunta a Jeff.

— Que seja. — Jeff diz levantando. — Vamos logo antes que o Max receba outra mensagem e um de nós ganhe um lindo terno de madeira.

— Não entendi. — digo em sussurros para Sarah.

— Ele quis dizer que um de nós pode morrer. — ela me esclarece.

— Que horror. — reclamo.

 

   Jeff sai na frente em sua moto. Sarah, Lucy e Patrick vão comigo em meu carro.

 

— Mais alguém percebeu que o Jeff está estranho? — Lucy diz.

— Ele sempre é estranho. — Patrick murmura.

— Eu só espero que isso tudo termine quando a gente falar com a Melissa. — Sarah diz fixando seu olhar para o lado de fora do carro.

 

(...)

 

   Assim que chegamos a sua casa, Robert nos recepciona e nos convida para entrar. Sua irmã, Melissa está sentada no sofá menor da sala de estar. — Ela está usando um macacão rosa e uma camisa branca por baixo, seus cabelos pretos estão presos em um rabo de cavalo, e suas malas ainda estão aqui.

 

— Robert. — Melissa diz confusa. — O que é isso tudo? O que eles estão fazendo aqui?

 

   Sentamo-nos no sofá maior, exceto Lucy e Robert, que depois de uma troca de olhares resolveram ficar em pé.

   Robert me entrega seu notebook e me faz abrir meu e-mail, e então ele revela o vídeo para sua irmã.

 

— Por que você tem um vídeo meu? — Melissa pergunta a mim. — É algum tipo de pervertido ou algo assim?

 

   Ela está agindo de forma natural.

 

— Melissa você deveria estar no campus da faculdade quando esse baile estava acontecendo. — Robert grita nos assustando. — O que diabo estava fazendo aqui? E porque estava mexendo no notebook do Patrick na sala de áudio e vídeo?

— Então não deu certo? — ela pergunta confusa, e nos confundindo.

— Como assim? O que não deu certo? — Jeff pergunta.

 

   Melissa abre uma de suas malas e pega um pen-drive e entrega para Robert, ele conecta no notebook.

 

— Eu fiquei sabendo que o Maximilian iria voltar para a cidade, e eu sei o quanto ele é importante para o Robinho.

— Não me chame assim. — Robert reclama em sussurros.

— Eu só queria fazer uma surpresa então uma amiga me deu uma ideia, para fazer um vídeo de imagens e expor no dia do baile.

 

   Robert abre o arquivo único dentro do pen-drive. E de fato, a primeira foto do slide é a foto de todos nós juntos na ponte do Farout Park, e a segunda é uma foto minha e do Robert que eu nem sabia que existia, assim como as demais fotos eram de todos nós em diferentes momentos. — Então... A Melissa estar lá foi um mal entendido?

 

— Isso não explica essas imagens. — Robert diz.

 

   Ele então mostra as fotos de Jeff e eu em momentos íntimos, que quase foi exibido no baile.

 

— Robert! — Jeff grita em protesto.

— Que vergonha. — sussurro.

— Vocês são gays! — ela levanta em um grito. — Eu sabia, sabia, sabia!

 

   Ela começa a rodopiar em nossa frente como se estivesse em algum tipo de surto.

 

— Ela definitivamente é irmã do Robert. — Patrick diz com um sorriso estranho no rosto.

— Mas espera. — ela enfim para. — Não fui eu, não fui que coloquei essas imagens ai. Na noite do baile eu voltei para cidade e coloquei meu pen-drive no computador que estava aberto lá, a primeira imagem apareceu então eu sai da sala, mas o slide de repente parou, e quando eu voltei tentei voltar com ele, mas de repente surgiram umas fotos pornográficas. Eu não imaginava que eram vocês. Então eu corri de lá.

— Então isso é tudo? — Sarah pergunta. — Melissa não tem absolutamente nada a ver com a Gangue dos Trilhos.

— O que é a Gangue dos Trilhos? — ela pergunta. — Espera, Robert era isso? Você me fez ficar sentada por vinte minutos esperando seus amigos apenas para ter certeza de que eu não coloquei aquelas fotos? Você realmente acha que eu faria isso?

— Desculpa. — ele se desculpa envergonhado.

— Sei. — ela murmura. — Eu vou subir antes que me acusem de...

— Espera. — Patrick se levanta.

 

   Ele tira uma foto do blazer e mostra para Melissa.

 

— Você conhece essa mulher? — ele pergunta.

— Sim. — ela responde sorrindo. — Ela é a Rachel, ela me procurou ano passado, é a psicóloga da escola de vocês, ela queria saber mais sobre o Robbie, então eu contei a ela algumas coisas.

— Obrigado. — ele diz confuso.

— E vocês dois. — ela se dirige a mim e ao Jeff. — Eu tenho um amigo que é gay, ele disse que a primeira vez foi tão dolorosa que precisou ficar bêbado para poder não enforcar o parceiro. — e então sorri como se tivesse dito algo filosófico. — Ou seja, bebam, é a resposta para o sexo feliz.

 

   Sarah, Lucy e Robert começam a rir de forma descontrolada. Patrick vira o rosto em reprovação. Jeff e eu ficamos tão vermelhos de vergonha que evitamos até olhar um para o outro.

 

— A sua irmã é você de saia. — Patrick diz se colocando de pé em nossa frente.

— Então acabou não é? — Robert pergunta aliviado. — Melissa não tem nenhuma relação com o que está acontecendo.

— Sim. — Patrick diz. — Ela só foi ingênua de acreditar na pessoa errada.

— O que quer dizer com isso? — pergunto.

 

   Ele então mostra a mesma foto que mostrou para Melissa.

 

— A tal Rachel, a psicóloga da escola que ela reconheceu na foto, é a Jéssica Johnson, a mãe do Jeff.

 

   Jeff e Lucy trocam olhares. — A mãe do Jeff. Espera Jéssica é louca, ela infernizou minha vida e a do Jeff ano passado, me usou para voltar como uma heroína para a empresa, mas ela seria capaz de fazer isso? — Se bem que quando o Robert foi preso, a Lucy a acusou de ser culpada. —Não é possível, se isso fosse verdade o Jeff nunca permitiria que a Jenny vivesse junto com uma psicopata.

 

— Por que sua mãe se passaria por outra pessoa só para saber mais sobre a vida do Robert? — Sarah pergunta confusa.

— Para me atingir. — Lucy diz irritada. — Jéssica é um demônio, mesmo que não seja ela que esteja fazendo isso conosco agora, ela fez horrores comigo, Jeff e o Max no ano passado.

— Aquela mulher. — Jeff pragueja furioso. — Eu preciso ir embora.

 

   Ele sai irritado da casa de Robert, corro atrás dele o alcanço assim que pega o capacete.

 

— É por isso que não queria que os outros soubessem sobre a Gangue dos Trilhos não é? — pergunto. — Você teme que sua mãe esteja mesmo envolvida nisso tudo.

— Eu temo nada. — ele grita. — Eu tenho certeza.

 

   Meu coração dispara com a sua afirmação. — Então é verdade, isso tudo é obra da Jéssica?

 

— Mas eu não tenho como provar. — ele diz ainda mais irritado. — E o pior de tudo é que ela esta me usando como um fantoche me obrigou a trabalhar na empresa apenas para me ver sofrer por ficar perto de você o tempo todo... Ela está usando a própria filha, a minha irmã, como um escudo contra mim.

 

   Ele joga o capacete no chão com toda a sua força, quebrando-o.

 

— Nós podemos dar um jeito. — digo.

 

   Dar um jeito? Estou tão confuso e assustado que nem sei o que dizer.

 

— Meu pai. — digo chamando sua atenção. — No escritório do meu pai ele tem uns arquivos, uns dossiês, talvez um deles tenha algo que possamos usar para desmascarar a Jéssica.

— Invadir o escritório do seu pai? Está louco?

— Eu já fiz isso uma vez. — conto. — Eu posso conseguir novamente, quando voltarmos do Spring Break, teremos acesso a quase tudo lá dentro, Jeff nós vamos conseguir.

 

   Jeff de repente me abraça. — O que ele acha que está fazendo? Me solta... — Meu corpo de repente para de me responder, e antes que eu pudesse me livrar de seus fortes braços, me vejo abraçado a ele também. — Isso não está certo, não está. — Posso sentir os batimentos do seu coração, sua respiração está tão forte que parece que ele está ansioso por alguma coisa.

 

— Que cena mais gay. — Robert diz em sussurros da porta de sua casa.

— Para, é bonitinho. — Sarah diz com um brilhante sorriso no rosto

 

   Por que ele faz isso comigo? — Onde está aquele Jeff que tinha vergonha até de falar comigo na escola com medo de alguém nos ver? E agora está aqui, me abraçando no meio da rua, como se fossemos um... Um casal. — Nos afastamos e seu sorriso para mim é tão grande e caloroso que sou forçado a sorrir para ele. — Ele pega o capacete quebrado, sobe na moto e vai embora. — O que é isso que estou sentindo agora? Já senti isso antes. — Droga! Acho que estou amando-o novamente.

 

— De novo não. — sussurro confuso.

 

   Viro-me para a casa de Robert e vejo todos ali, parados, me encarando.

 

— Não me diga que vocês dois... — Patrick se força a dizer.

— Não. — interrompo. — Isso foi só um abraço. Ele ficou irritado por causa da mãe, eu só quis mostrar apoio.

— Claro, se esfregando, se não estivéssemos aqui aposto que estariam se agarrando agora na grama.

— Não seja ridículo. — Lucy diz caminhando até mim. — Max, vamos indo.

 

   Vou até o Robert que está me olhando com a cara mais estranha do mundo. — Acho que ele está se segurando para não soltar uma de suas piadas.

 

— Que seja... Fala logo. — digo.

— Tive uma visão bizarra de vocês dois fazendo sexo, foi como ver um touro montando em uma pobre ovelha.

 

   Okay... Talvez tenha sido, não, foi completamente desnecessário.

 

— Tchau Robert. — me despeço constrangido.

— E só para saber, você é a pobre ovelha. — ele diz gritando assim que entro no carro.

— Essa família é louca. — Patrick murmura também entrando no carro.

 

 

   Sarah foi a primeira que deixei em casa. — Hoje é o dia do festival de primavera. Então ela quer estar perfeita para quando eu vier busca-la.  — Ainda acho isso muito confuso, ela está namorando, então porque está indo comigo?

 

(...)

 

   Patrick e Lucy me encaram assim que chegamos a minha casa. — Estou sentado no sofá e eles em pé em minha frente.

 

— O que foi? — pergunto confuso.

— Precisamos conversar não acha? — Lucy pergunta apreensiva.

— Espera! Eu já disse que não tem mais nada entre o...

— Não é isso. — Patrick me interrompe. — Estamos falando do que descobrimos hoje, como você está com tudo isso?

— Não entendi. — digo confuso.

— Você descobriu que a Jéssica pode ter alguma ligação com isso que está acontecendo conosco. — Patrick.

— Mais que droga. — grito assustando-os. — Por que vocês sempre acham que eu preciso de proteção? Eu estou bem, fiquei chocado? Fiquei, mas vocês acharam que eu reagiria como?

— Sei lá. — Patrick diz friamente. — Max você é um surtado, você já passou por uma loucura dessas antes.

— Não me chame assim. — grito levantando. — Me admira muito você Lucy, ter contato sobre os meus problemas para o cara que você achou que tentou te agarrar outro dia.

 

   Deixo os dois e subo para o meu quarto.

 

   Tudo bem, talvez eu deva uma explicação. — Eu não gosto de falar sobre isso, na verdade eu tenho vergonha de admitir, mas sim, eu tenho autismo. — Quando eu tinha sete anos eu fui diagnosticado com isso, ninguém na época se preocupou muito, pois de acordo com os médicos era um caso leve e que não me faria muito mal na vida. Porém certo dia eu simplesmente explodi, tudo para mim começou a ter sentidos estranhos, e desde então eu não consigo lidar dar bem com as coisas ou as pessoas. — Mas eu não estou mais tendo essas crises, então eu acho que Lucy e o Patrick estão exagerando com essa preocupação obsessiva comigo. — Eu estou bem, e isso basta.

 

   As horas vão passando até que a luz do luar finalmente invade meu quarto. — Já estou arrumado para o festival, de acordo com Sarah não devo ir de forma formal, mas a questão é que só tenho roupa formal, então... — Estou usando uma camisa branca, e um colete cinza, uma calça jeans preta, e um sapato também preto. Meus cabelos estão soltos e livre do gel.

 

(...)

 

   Chego à casa de Sarah, assim que a porta se abre a vejo radiante. — Seus cabelos castanhos estão presos em um lindo coque, usa um vestido, cor azul claro, tomara que caia que vai até seus calcanhares, e um sapato de salto alto branco.

 

— Achei que tinha dito que não era nada formal. — brinco. — É só um festival de primavera não um casamento.

— Olha quem fala. — ela sorri se aproximando. — Quem usa um colete com menos de vinte anos de idade?

 

(...)

 

   Entramos no carro e seguimos a Praça de Lima. Não foi nada difícil chegar, os refletores praticamente nos levaram até lá. — Assim que chegamos vemos a grandeza do que foi feito aqui. — Um incrível arco de flores foi posto na entrada da praça, e jarros de flores formam caminhos por toda a praça, mostrando cada evento aqui oferecido.

 

— É uma roda gigante. — Sarah diz animada assim que entramos na praça. — Eu quero ir.

 

   A praça está absurdamente lotada, parece que vieram gente de varias cidades de Ohio. O céu está estrelado, parece que a chuva vai dar uma trégua hoje.

 

— Já estamos aqui. — Sarah fala. — Será que a Jéssica já sabe disso?

— Não temos certeza se a Jéssica está envolvida. — falo. — Mas vamos andar um pouco.

 

   Tem uma musica ambiente tocando na praça, o que faz parecer que tem pássaros cantando em todos os cantos. — Começa a ficar irritante com o tempo. — Andamos por quase todos os lugares, fomos a uma exposição de arte na parte norte da praça, comemos algo na barraca do Jasper. — E ele realmente não se incomodou. — Agora estamos sentados perto de uma daquelas cabines de fotos. — Isso me lembra do Jeff.

 

— Não entendo o motivo da Gangue dos Trilhos de nos querer juntos aqui. — Sarah diz confusa.

— É realmente estranho. — concordo.

 

   Lucy, Patrick, Robert e Melissa chegam juntos. — Melissa está usando uma bermuda branca curta e uma camisa rosa de manga comprida. Seus cabelos estão soltos. Lucy usa um vestido branco com detalhes em rosa, e um sinto preto. Uma bota de cano longo, e seus cabelos também estão soltos. Robert está vestido como sempre, uma calça que parece não entrar nele, uma camisa cinza, e uma toca preta. Já meu primo está parecendo que errou de evento, pois está vestido como se estivesse indo a um show de rock.

 

— Estão todos aqui. — digo levantando.

— E o Jeff? — Patrick pergunta.

— Ele disse que não viria. — falo.

— Desculpa, mas porque sua irmã está aqui? — Lucy pergunta ao Robert.

— Não se preocupe P. Lucy. — ela diz sorrindo. — Robbie me contou sobre tudo, acha mesmo que eu o deixaria vir sozinho depois de saber que tem um doido andando por ai tentando fazer alguma coisa com ele.

— P. Lucy? — ela pergunta confusa.

— Você contou a ela? — Patrick pergunta irritado.

— Desculpa, ela meio que ouviu quando eu estava falando com o Jeff e eu não tive escolha, afinal eles também a usaram, para que achássemos que ela fosse membro da Gangue dos Trilhos.

— Que seja. — os interrompo. — Vamos nos separar, ver se encontramos algo suspeito por aqui. Afinal pediram para a Sarah e eu virmos hoje juntos, então é certeza que vai acontecer alguma coisa.

— Olha! — Melissa grita nos assustando. — Algodão doce... Se virem ai, depois encontro vocês. — ela diz correndo.

— Definitivamente você pertence a uma família muito estranha. — Patrick diz revirando os olhos.

 

   Todos nos separamos. — Eu realmente não gosto desses planos de termos que nos separar, mas assim procuraremos em mais lugares ao mesmo tempo.

 

— Max. — alguém puxa meu braço.

— Jenny? — digo assustado.

 

   É realmente ela. A irmã do Jeff está parada em minha frente, seus cabelos dourados estão presos em um rabo de cavalo, ela está usando uma camisa branca, uma saia rosa, e um casaquinho também rosa.

 

— O que faz aqui? — pergunto confuso.

— Estou aqui com minha mãe e o Matthew. — ela conta sorridente. — O Jeff também está aqui?

— Acho que não. — digo ainda confuso em vê-la.

 

   Se Jéssica está aqui, então definitivamente vai acontecer alguma coisa.

 

— Você está sozinho?

— Não. — respondo olhando para os lados. — Estou com uns amigos.

 

   Ela sorri tão graciosamente para mim, que simplesmente esqueço que algo possa acontecer hoje.

 

— Vamos ali comigo? — ela pergunta apontando para a roda gigante.

— É brincadeira não é? — pergunto. — Aquilo é seguro?

— Sim. — ela diz me puxando. — Vai ser divertido.

 

   Entramos na fila quilométrica, mas até que não demorou muito. — Jenny e eu nos sentamos e um dos acentos, e assim que a barra de segurança fecha a roda começa a se mover novamente.

 

— Dá para ver tudo daqui. — digo sorrindo.

— Às vezes você parece mais criança do que eu. — ela concentra-se no horizonte.

 

   E então a roda de repente para, no deixando bem no alto. — Isso é normal, eu espero.

 

— Acho que minha mãe está com problemas. — ela diz sem rodeios.

 

   Como assim com problemas?

 

— Não entendi. — digo confuso.

— Minha mãe esta sendo ameaçada por alguém. — ela conta. — Ela acha que eu não sei, mas um dia eu encontrei um bilhete no seu quarto dizendo coisas ruins, sobre você, o Jeff e os seus amigos.

— E a assinatura é G.T. — adivinho.

— Sim. — ela diz surpresa.

— Não é a Jéssica. — digo com um sorriso bobo no rosto.

— O que eu faço? — Jenny pergunta assustada. — Eu tenho medo que alguma coisa aconteça com ela.

— Na verdade você acaba de fazer algo. — digo. — Você impediu que sua mãe se tornasse um monstro aos olhos do seu irmão.

— Mas isso não impede que alguém faça algo contra ela. — ela diz.

— Vamos fazer o seguinte. — digo. — A mesma pessoa que parece estar incomodando a sua mãe está nos incomodando. — conto. — Então me mantenha informado sobre qualquer coisa, e eu faço o mesmo com você. Concorda?

— Sim. — ela diz sorrindo.

 

   A roda volta a se mover, e na primeira parada descemos.

 

— Aonde vai? — pergunto ao vê-la correr. — Preciso encontrar minha mãe, obrigada pela volta.

 

   Algo estranho aconteceu aqui hoje. — Eu deveria estar em perigo ou algo assim? — Mas ao invés disso acabei por descobrir que Jéssica também está sendo ameaçada por essa pessoa que assina como a Gangue dos Trilhos. — Ou isso é apenas um truque? E se Jéssica fez a Jenny pensar que aquele bilhete era para ela quando na verdade era para outra pessoa? Se for verdade, talvez esse bilhete que Jéssica esconde contenha alguma pista de quem está por trás disso além dela.

 

— Maximilian. — alguém me chama.

 

   Olho confuso. — Dois homens estão em pé em minha frente, não me lembro de já tê-los visto.

 

— Algum problema? — pergunto assustado.

— Queira nos acompanhar, por favor. — um deles dá um passo à frente.

— Aconteceu alguma coisa?

 

   Então o mais alto simplesmente me puxa e sou obrigado a ir junto a ele. — Acompanho-o até um local menos movimentado. Estamos atrás de uma tenda, e para minha surpresa, ou alivio, não sou o único aqui. Lucy, Patrick, Sarah e Robert também estão aqui.

 

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo? — pergunto confuso.

— É uma boa pergunta. — Lucy diz irritada. — Vocês por acaso sabem quem eu sou?

— Acho que não é hora para egocentrismo. — Patrick sussurra.

 

   Os dois homens começam a falar algo entre si. — O que está acontecendo aqui?

 

— Samantha Phoenix. — o mais baixo fala nos mostrando uma foto.

 

   Na foto vejo Samantha, a ruiva da Gangue dos Trilhos. — Essas pessoas, são policiais?

 

— Quando foi a última vez que a viram? — ele insiste.

— Eu nunca a vi. — Sarah diz confusa.

— Muito menos eu. — Patrick conta. — Se me lembro bem essa garota que ajudou no sequestro do meu primo e da Lucy, eu nem estava na cidade na época.

— A última vez que a vi foi quando ela foi presa. — Lucy diz quase em sussurros.

— Não me lembro de já ter visto. — Robert diz confuso.

— E você? — ele se dirige a mim agora.

 

   Estou um pouco confuso. Samantha me disse que foi solta, então porque a policia está atrás dela?

 

— Quem vocês disseram que são mesmo? — pergunto.

 

   Lucy me olha confusa e então parece entender a situação.

 

— E ai pessoal o que vocês estão... — Liam surge de repente e então trava ao ver os dois. — O que está acontecendo aqui?

 

   Repentinamente, o mais alto agarra Sarah pelos braços e o mais baixo saca uma arma e aponta para a gente. — Sarah...

 

— Me solta! — Sarah grita desesperada.

— O que estão fazendo? — Liam pergunta se juntando a gente. — Soltem a garota.

— Você os conhece? — Lucy pergunta.

— São como eu. — Liam responde.

— Antigos membros da Gangue dos Trilhos. — Patrick conclui.

— Calem a boca. — o que possui a arma grita. — Não queremos machucar ninguém aqui.

— Então soltem a Sarah. — Lucy diz nervosa. — Deixe-a ir.

— Vocês parecem tão autoritários, como se não entendessem a situação que estão.

— Do que eles estão falando? — Liam pergunta.

 

   De repente fogos de artifícios explodem no céu de Lima, me deixando assustado, e não só a mim. O homem que segura à arma da uma coronhada na Sarah a fazendo cair. Os homens fogem.

 

— Você está bem? — pergunto indo até ela.

— O que eles queriam afinal de contas? — ela pergunta com a mão na cabeça.

— Não importa agora. — digo. — Vem comigo, eu vou te levar para o hospital.

— É isso? — Patrick pergunta. — Deveríamos estar indo atrás deles.

— Não sei se percebeu, mas eles tinham uma arma. — Robert diz em berros. — Claro que você nunca levou um tiro na vida, mas adivinha? Eu já, e não é legal.

— Vocês querem parar de gritar. — Lucy reclama. — Que droga.

— O que eu não entendo é porque eles acham que sabemos onde a Samantha está. — Sarah diz.

— Samantha? — Liam pergunta.

 

   Ele então me força a levantar e me faz segui-lo, deixando os outros um pouco distante de nós.

 

— Primeiro acontece aquilo na sua casa que deixa o Robert enfurecido, e agora isso. — Liam diz em sussurros. — Aqueles caras tinham uma arma apontada para vocês, e não venha me dizer que não sabiam o que queriam. — agora ele aumenta o seu tom de voz me deixando assustado. — Miller, o que está acontecendo?

 

   Eu não posso... Não posso contar a ele, por minha causa ele já está correndo risco de não entrar em Yale, se ele se envolver nisso o que mais pode perder?

 

— Liam, por favor, não me obrigue a ser rude com você. — peço.

— Mais que merda. — ele grita chamando a atenção dos outros. — Max, porque não confia em mim?

— Eu confio em você. — digo. — Eu só, eu só estou tentando te proteger.

 

   Nossa... Eu acabei de falar como o Jeff ou o Patrick.

 

— Isso é ridículo. — ele diz. — Só me diz uma coisa, isso tem relação com o que aconteceu no baile não tem? A foto os holofotes... Max, você está sendo ameaçado. — ele enfim conclui. — Todos vocês.

— Liam, por favor, não. — de repente lagrimas caem dos meus olhos.

— Meu Deus. — ele diz assustado. — Vocês precisam contar a policia.

— Como se fosse simples. — digo o deixando ainda mais assustado. — Toda vez que tentamos fazer alguma coisa eles nos ameaçam de alguma forma, primeiro colocaram o Robert na cadeia, depois... Desculpa.

— Desculpa pelo que? — ele pergunta.

— Por você ser próximo a mim eles te atacaram também. — revelo.

— Ninguém me atacou. — ele diz tentando me despreocupar.

— Eu falo sobre Yale. — conto. — A, ou as pessoas que estão fazendo isso com a gente deu um jeito de enviar aquelas coisas sobre você, só para me atingir.

 

   Ele coloca as mãos na cabeça e começa a andar de um lado para o outro. — Os demais enfim se juntam a nós.

 

— Não importa se querem minha ajuda ou não, mas eu vou ajudar. — ele diz. — Quem mais está envolvido nisso?

— Além de nós, o Jeff e a irmã do Robert. — Lucy conta.

— Certo. — ele diz. — Pra começar, temos que descobrir um jeito de nos mover sem que eles percebam nossos movimentos. — Liam respira fundo. — Nós vamos passar por isso, juntos.


Notas Finais


Oooookay! As coisas começam a ficar tensas para os nossos protagonistas... O que será que a Samantha tem a ver com tudo isso?

Logo estarei de volta!


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