1. Spirit Fanfics >
  2. The Clash 2 - The Distance, The Overcoming and The Change >
  3. Algo Inesperado

História The Clash 2 - The Distance, The Overcoming and The Change - Algo Inesperado


Escrita por: TakaishiTakeru

Notas do Autor


Demorei pra caramba, desculpa! Mas essa época do ano fica um pouquinho puxado pra mim.... Mas voltei...

A partir desse capitulo teremos POVs...então é isso, boa leitura

Capitulo narrado pela Lucy

Capítulo 20 - Algo Inesperado


O que está acontecendo comigo? Eu não sou de ter essas coisas de desmaiar, ou ter problemas de pressão. — Tem algo errado comigo.

 

— Lucy? — o médico me chama abrindo a porta.

 

   O médico entra no quarto, e junto a ele entra Sarah. — O que ela faz aqui?

 

— É melhor você se acalmar Lucy. — Sarah diz vindo até mim.

 

   Sarah fica parada do meu lado na cama. — Estou começando a ficar assustada. Tenho algum tipo de doença?

 

— Vocês estão me assustando. — digo me sentando na cama. — Doutor, o que eu tenho?

— Ainda precisamos fazer alguns exames, mas tudo indica que você está grávida. — ele diz tão seriamente que não pude duvidar.

 

   Gravida? Isso só pode ser brincadeira. Não, não, não...

 

— Não! — grito. — Isso é um engano, isso é... Você é um péssimo médico e eu vou processar esse lugar. Gravida... Isso é ridículo.

— Por favor. — Sarah vai até o doutor. — Ela está um pouco alterada, só precisa de um tempo.

— Eu vou deixar as duas sozinhas, mas não pode demorar muito, ela ainda precisa descansar. — ele diz saindo do quarto.

 

   Por que isso está acontecendo comigo? — De repente começo a chorar. — Não, eu não posso estar gravida, meus pais irão me matar, e... Meu Deus. — Os braços de Sarah me tocam, e quando a percebo já está sentada na cama me abraçando. — Eu não quero isso, eu não posso.

 

— Por que está aqui? — pergunto a empurrando. — Vá embora, eu não preciso da sua piedade.

— Eu não estou aqui por piedade.  — ela aumenta o tom de voz. — Lucy eu sou sua amiga, e tudo o que você precisa agora é de alguém que te apoie.

— Apoiar para que? — pergunto. — Sarah, eu não estou gravida.

— Não entendo o motivo de ficar negando isso. — Sarah insiste. — Você fica enjoada o tempo todo desde que voltamos da Califórnia, tem essas tonturas e hoje desmaiou na frente de todo mundo.

— Eu só tive um mal estar. — tento convencê-la. — Por favor, isso não pode sair daqui, ninguém pode saber disso, principalmente o Max, o Robert e o Patrick. — digo em sussurros.

— Lucy. — ela se aproxima. — Você não sabe quem é o pai?

 

   Isso está se tornando ainda pior. — O que foi que eu fiz? — Eu transei com o Robert e semanas depois com o Patrick, então... Um dos dois é... — Lucy, pare de pensar, pare de pensar como se realmente estivesse gravida.

 

— O Max nunca perdoaria por isso. — conto. — E eu transei com o Robert então...

— Se o Robert é o pai, ele tem o direito de saber. — Sarah diz.

— Por favor, pare de ficar falando essas coisas em voz alta. — reclamo em sussurros. — Sarah, põe uma coisa em sua cabeça, eu não estou gravida, e se estiver, essa coisa não vai sair de dentro de mim. — digo a deixando assustada. — Eu sou uma modelo, eu estou no inicio da minha carreira, não posso perder tudo agora.

— Está querendo abortar? — ela pergunta assustada.

— Se eu realmente estiver gravida é a única solução, porque eu não quero essa criança. — digo tão decidida que um arrepio passou por mim. — Então... Não saia por ai falando bobagens, eu só tive um mal estar.

— Eu não vou mentir.

— Sarah eu juro que se contar a alguém, eu conto que no ano passado você se esfregou nua no Jeff tentando seduzi-lo, você realmente quer perder a amizade da única pessoa que se importa com você? Quer mesmo magoar o Max?

 

   Sarah me olha espantada. — Eu não posso me dar ao luxo de ficar feliz com uma noticia dessas, está decidido, se eu realmente estiver gravida, não posso perder tempo, eu não quero esse filho.

 

— Sarah. — a chamo. — O que aconteceu comigo?

 

   Ela hesita em responder, mas finalmente cria coragem.

 

— Você teve um pequeno mal estar, por excesso de trabalho e esforço nessas atividades escolares. — ela se força a dizer.

— Obrigado Sarah. — digo com um sorriso forçado no rosto. — Eu sabia que podia contar com minha amiga.

 

   Não sei se falar amiga foi o suficiente, mas Sarah abre um sorriso tão sincero que chega a me dar pena. — Eu preciso dar um jeito nisso. — Sarah sai do quarto me deixando sozinha.

 

   Poucos minutos que Sarah saiu do quarto, Jeff e Max entram.

 

— Oi rapazes. — digo me ajeitando na cama.

 

   Max vem até mim e me abraça. — Agora mais do que nunca me sinto envergonhada.

 

— Como está? — ele pergunta. — A Sarah disse que foi só um mal estar.

— Estou bem. — minto.

 

   Vejo Jeff acenando atrás do Max, ele está fazendo alguns gestos estranhos, mas pude ler em seus lábios: “Você está gravida”. E então fica acariciando sua barriga. — Como ele sabe? E porque não para de se esfregar, é irritante.

 

— Fala alguma coisa Jeff. — Max reclama olhando para trás.

 

   Jeff para seus gestos assim que Max se vira.

 

— Espero que fique boa. — ele diz. — Eu tenho que ir indo, eu fiquei de pegar a Jenny na escola hoje.

— Jeff espera. — chamo-o. — Eu preciso te pedir um favor, então... Max pode esperar lá fora?

— Claro. — Max sorri. — Jeff você está com sua moto, então, eu já vou indo na frente, não se preocupe Lucy, seus pais já estão chegando.

 

   Meus pais?

 

— Obrigada. — digo sorrindo.

 

   Max sai do quarto me deixando sozinha com o Jeff.

 

— Puta que pariu Lucy, que merda você fez? — Jeff me repreende. — Gravida?

— Não preciso que fique me julgando. — reclamo.

— Não estou te julgando, só estou te dizendo agora o que você vai...

— Ai chega. — o interrompo. — Já me basta a songamonga querer me dar lição de moral. Jeff eu preciso que me tire daqui.

— Como assim? — ele pergunta confuso.

— Se meus pais chegarem aqui e falarem com o médico, eles vão saber desse bebê, e eles não podem saber.

— Eles são os avós, tem que saber, e são seus pais, acha que vai esconder essa gravidez durante nove meses?

— Não, durante uma semana. — digo. — Eu não vou ter essa criança Jeff.

— Tá maluca? — ele pergunta. — Eu não vou te ajudar com isso Lucy, se vira.

— Jeff. — aumento o tom de voz. — Por favor, você precisa me ajudar. Pense em todas as vezes que eu te ajudei.

— Lucy. — ele diz serio. — Você nunca me ajudou você só ferrou minha vida o ano passado todo.

— Valeu gratidão. — resmungo. — Se não quer fazer por mim faça pelo...

— Isso não tem a ver com o Max, Lucy, isso é entre você e o Robert. — ele diz me deixando irritada.

 

   Robert, Robert, Robert... Estou tão furiosa que se eu o visse agora o matava.

 

— Não vai mesmo me ajudar Jeff? — pergunto.

— Mais que merda Lucy. — ele reclama. — Levanta logo.

 

   Tiro a agulha do soro que esta ligada a meu braço, coloco meu sapato e amarro meu cabelo em um rabo de cavalo. — Jeff abre a porta e assim que ele sai, eu saio atrás. — Andamos em passos largos, e quando uma das enfermeiras tenta me abordar, nós corremos.

 

   Não demoramos muito para chegarmos. Jeff me deixa na porta da minha casa, e antes que pudesse pedir qualquer coisa ele foi embora.

 

— Lucy?

 

   Me assusto. Olho para o outro lado da rua e vejo Michelle, a mãe do Max.

 

— Como você está? — ela pergunta assustada. — O Max me ligou dizendo o que aconteceu.

— Fofoqueiro. — murmuro. — Eu estou bem Sra. Miller, de verdade, não precisa se preocupar comigo. Sabe dizer se meus pais já saíram?

— Não que eu tenha visto. — ela diz.

— Obrigada. — digo entrando em casa.

 

   Assim que entro em casa dou de cara com meu pai.

 

— Lucy... — ele respira, aliviado e me abraça. — Minha princesa, você está bem?

— Foi só um susto pai, eu só fiquei muito cansada. — minto.

— Lucy. — minha mãe berra a me ver. — Graças a Deus que não tive que ir aquele hospital horroroso.

— Sim mãe eu estou bem. — digo de forma irônica.

— Até quando vocês duas vão ficar desse jeito? — meu pai pergunta.

— Até minha mãe resolver ser honesta comigo. — digo.

— Até a Lucy parar de achar que eu sou algum tipo de maníaco.

— Eu nunca disse isso. — me defendo. — Eu já te expliquei tudo o que está acontecendo, para os dois, então não venha se sentir culpada depois se eu morrer, ou alguns dos meus amigos, sabendo que poderia ter impedido mãe.

— Suzy. — meu pai tenta vir a meu favor. — Se o que a Lucy contou for verdade...

— É verdade. — grito. — Parem de me tratar como se eu estivesse louca.

 

   Vou em direção à escada.

 

— Quando estiver pronta sabe aonde me encontrar, mas saiba que com ou sem você eu vou descobrir o que é G.T, mesmo que sem você eu esteja correndo perigo. — digo subindo.

 

   Sim, eu tenho mais o que me preocupar do que com uma suposta gravidez. Eu ainda tenho muito que resolver com minha mãe, com a Jéssica. Preciso descobrir desvendar essa coisa de G.T, essa pessoa que está nos perseguindo.

 

— Não posso dar ao luxo de fraquejar agora. — imponho a mim mesma. — Eu vou superar tudo isso.

 

   Deito em minha cama e aqui fico. — Lagrimas escorrem dos meus olhos. — No que foi que eu me transformei.

 

 

------------------------------------------------ // ------------------------------------------------

 

POV Narrador

 

   Suzy sai apressada de sua casa, tão sorrateiramente que nem mesmo Leonard a vê. Ela caminha completamente irritada e nem cumprimenta os vizinhos que com ela falam. — Algo não está certo. — Suzy finalmente chega à última mansão do condomínio, a mansão dos Johnsons, ela toca a campainha e quem a recepciona é Matthew K.P Jones, o marido de Jéssica Johnson.

 

— Eu quero falar com a Jéssica. — ela diz invadindo a casa. — Onde ela está?

— Boa tarde para você também. — Matthew diz confuso. — Eu te conheço de algum lugar não é?

— Jéssica! — Suzy grita. — Jéssica eu sei que está aqui.

— Se continuar gritando...

— Não se preocupe querido. — Jéssica diz descendo as escadas. — Acho que desde que me mudei essa é a primeira vez que me visita, Suzy.

— Eu tenho algumas coisas para resolver na agencia. — Matthew diz beijando Jéssica. — Nos vemos a noite.

— Depois eu quero um autografo. — Suzy berra assim que ele sai.

 

   Jéssica pede para que Suzy a acompanhe, as duas então vão para a sala de estar.

 

— A que devo a honra da...

— Não seja idiota Jéssica. — Suzy a interrompe de forma grosseira. — O que você disse a Lucy? Por que ela está me enchendo de perguntas sobre... Sobre aquilo.

— Engraçado não é? — Jéssica pergunta em um sorriso debochado. — Anos atrás era você que estava tentando ocultar tudo isso, e hoje é a sua filha que está tentando desenterrar.

— Você precisa parar com essa sua mania doentia de querer machucar o Paul através do Max. — Suzy diz irritada. — Não entende que se a Lucy ou qualquer outro ficar sabendo demais não só nossas vidas estarão correndo perigo, mas as deles também.

— Já é tarde Suzy. — Jéssica levanta. — O que você mais temia está acontecendo.

— Não pode ser você jurou que...

— Não culpe a mim. — Jéssica diz a interrompendo. — Você viu o que eles foram capazes de fazer com o casal Green, nada impede que sejamos nós os próximos, ou um de nossos filhos.

— Eu não entendo começar tudo isso novamente, para que?

— O alvo deles sempre foi o Paul, nós éramos vitimas por sempre estarmos próximos a ele, e nitidamente o alvo deles agora é o Maximilian. — Jéssica diz deixando Suzy apreensiva. — Quanto mais próximas àquelas crianças ficarem perto dele, mais estarão atraindo a G.T.

— E o que quer que eu faça? — Suzy pergunta. — A Lucy sempre amou o Max, ela nunca vai se afastar dele, e o seu filho? Eles já tiveram um caso, por mais que ele tenha feito tudo o que fez com o Max, eu vejo o jeito que eles ainda se olham.

— Não estamos falando só dos nossos filhos. — Jéssica põe em questão. — Lembra aquele amigo deles, o que foi preso? Ele é o caçula dos Green, coincidência?

— Por que eu devo confiar em você Jéssica? O que te torna diferente dessa vez? Pois pelo que eu me lembro, tudo que aconteceu da outra vez foi culpa sua, você nos traiu, por sua culpa os Green...

 

   Jéssica de repente dá um tapa no rosto de Suzy.

 

— Nunca mais repita isso. — Jéssica diz irritada.

 

   O som da porta batendo as assusta. Os passos ficam mais altos, e então Jeff e Jenny entram na sala.

 

— Suzy? — Jeff diz confuso. — O que faz aqui?

— Ela não pode mais visitar uma amiga? — Jéssica pergunta.

— Uma amiga talvez, mas não um demônio. — Jeff diz.

— Eu já vou indo. — Suzy diz.

 

   Suzy sai da casa dos Johnsons com apenas uma certeza, a G.T realmente está de volta, e aparentemente disposta a se vingar de algo que aconteceu no passado.

 

 

------------------------------------------------ // ------------------------------------------------

 

POV Lucy

 

   A manhã do dia catorze de abril veio insuportavelmente quente. Acordei bem cedo para não ter de encarar os meus pais. — Estou cansada de estar brigada com minha mãe, mas foi ela que escolheu isso. Tudo que eu pedi foi ajuda, e tudo que ela fez foi me ignorar. Quanto ao meu pai, depois de ontem eu simplesmente não consigo mais olhar em seus olhos, eu sempre fui a menininha perfeita para ele, como eu posso surgir gravida do nada? É por isso que não posso levar essa gravidez à diante.

 

   Assim que chego à escola obviamente me torno o assunto favorito de todos. — O que será que aconteceu? Foi ela que caiu ontem não foi? — Isso está me irritando.

 

— Lucy. — Louise me recepciona na quadra.

 

   Realmente achei que não teria ninguém aqui. — Droga, o ensaio, me esqueci completamente.

 

— Parabéns pela vitória. — digo não tão animada.

— Vamos lá. — ela abre um sorriso. — Admito que se você não tivesse caído eu teria perdido.

— Definitivamente. — digo indo para o vestiário.

— Louise! — a Treinadora Emilly a chama em um grito a assustando.

 

   Louise se junta às outras lideres de torcida.

 

   Entro no vestiário e vejo Sarah sentada no banco mexendo no celular. — Será que ela contou a alguém?

 

— Bom dia. — digo sorrindo.

— Bom dia... — ela diz parecendo confusa. — O que faz aqui?

— Como assim? — pergunto colocando minha bolsa no armário. — Eu sou a capitã das lideres de torcida, eu tenho que estar aqui.

— Sim, mas não está se esquecendo de alguma coisa? — ela pergunta apontando para minha barriga.

— Já não falamos sobre isso? — lembro em sussurros. — Sarah, você tem que esquecer o que os médicos disseram.

 

   O barulho de um dos armários se fechando me assusta.

 

— O que estão fazendo aqui ainda? — uma mulher pergunta. — Vamos lá.

— E você quem é? — pergunto confusa.

— Anna. — Sarah sussurra para mim. — É a assistente da treinadora.

 

   Anna? — Não parece ter mais de vinte anos, é alta negra, muito bonita, seus cabelos são curtos.

 

— Você é parente da treinadora? — pergunto. — Quero dizer, vocês duas são...

— Lucy. — Sarah me repreende.

— Negras? — ela pergunta erguendo a cabeça. — Você garota é racista, e eu não tolero racismo, então se continuar com suas piadinhas ofensivas eu vou...

— Me denunciar?

— Não, afundar sua cabeça na privada e dar descarga. — ela diz saindo do vestiário como se estivesse desfilando.

— Lucy. — Sarah continua a me repreender. — Por que foi tão rude com ela?

— Eu não fui rude. — digo confusa. — Eu só perguntei se elas eram parentes.

— Por serem negras? Eu sou negra e você nunca disse nada.

— Você é negra? — pergunto. — Sarah você é tão clara que você fica no meio termo de ser branca e ser negra.

— Racista. — Sarah diz. — Vamos logo antes que mais alguém entre aqui.

 

   Saímos do vestiário e nos juntamos as outras líderes, que estão paradas em frente à Treinadora Emilly e a Anna.

 

— Como sabem. — a treinadora fala. — Anna estará conosco a partir de agora, ela será minha assistente, meus olhos e ouvidos, ela perseguira tanto vocês que até mesmo quando estiverem no banheiro ela estará observando.

— Não, não estarei. — Anna diz em sussurros.

— Por favor. — a treinadora da à palavra a Anna.

— Bom como já sabem eu me chamo Anna Lopez, eu sou brasileira...

 

   Outra brasileira? Deve ser parente do Jacob então... — Espera! Eu fui racista de novo?

 

— Eu vim para os Estados Unidos para estudar então...

— Quantos anos você tem? — uma menina pergunta. — É que você parece tão jovem para.

— Vinte e um. — Anna diz sorrindo. — Em todo caso é isso... Estou às ordens.

— Claro que está. — Emilly diz. — Certo suas preguiçosas, o que estão esperando? — ela grita soando o apito. — Comecem o aquecimento.

 

   Puxo Sarah para perto de mim para alongarmos juntas.

 

— Está querendo me manter por perto agora? — ela pergunta. — Não se preocupa Lucy, eu não vou contar a ninguém.

 

   Está tudo... Está tudo rodando.

 

— Sarah...

— Você quer que eu jure?

— Sarah...

— Lucy? Você está bem? — ela pergunta assustada.

— Não faça escândalo, apenas me ajude a ir para o vestiário. — peço

 

   Não sei se alguém nos viu ou não, mas assim que entro no vestiário corro para vaso sanitário e vomito. — Isso é nojento demais.

 

— Eu não acredito que isso está acontecendo comigo. — reclamo me sentando no chão.

— Fica calma. — Sarah se senta em minha frente. — Vai dar tudo certo.

— Não, não vai. — digo chorando. — Sarah, eu não posso ter esse filho.

— Lucy você precisa se acalmar, está pálida, comeu alguma coisa hoje?

— Não.

— Eu vou buscar algo, fique aqui. — ela diz saindo.

 

   Assim que sai ouço passos entrando no vestiário.

 

— Sarah? — chamo. — Sarah é você?

— Bingo. — Anna diz assim que vê. — Eu sabia que tinha alguma coisa errada com você assim que bati meus olhos, meu sexto sentido lésbico nunca se engana.

— O que? — pergunta assustada. — Você é lésbica?

— Sim. — ela responde em um sorriso. — E você não precisa ter vergonha do que é.

— E o que eu sou? — pergunto ainda mais confusa.

 

   Espera um pouco, ela acha que eu sou lésbica? Ela está tentando me seduzir?

 

— Eu acho que vou...

 

   Vomito novamente.

 

— Que nojo garota. — Anna diz me assustando.

— Seu linguajar é muito chulo para uma professora. — reclamo.

— Eu não sou professora, sou assistente da treinadora. — ela diz. — E você está gravida.

— Não, não estou. — minto.

— Sim está.

— Não estou.

— Está.

— Não estou.

— Querida eu posso continuar isso o dia inteiro. — ela diz me dando a mão para levantar. — Você está gravida.

 

   Começo a chorar de repente. — Eu não queria chorar, mas é inevitável. — Anna me surpreende ao me puxar para um abraço.

 

— Está tudo bem, vai ficar tudo bem. — Anna diz. — Já sabe o que vai fazer?

— Eu não posso ter essa criança. — digo enxugando as lagrimas. — Eu não quero.

— Está falando sério?

— Lá vem outra tentando me dizer que isso é errado.

— Eu não disse isso. — ela diz para minha surpresa. — Olha... Eu não te conheço, não fui com a sua cara, é racista...

— Eu não sou racista. — reclamo.

— Mas eu tenho essa coisa irritante dentro de mim que sempre quer ajudar as pessoas, então, me deixa te ajudar.

— Claro. — digo irônica. — A partir do momento em que sairmos daqui você vai contar para a treinadora que estou gravida e ela vai me tirar do time, depois vão contar para os meus pais e...

— Cala a boca. — Anna me interrompe. — Eu vou te ajudar a fazer o que você quer, por mais que eu não ache certo.

— Não entendo. Não entendo o motivo de querer me ajudar.

— Apenas pense Okay? Você sabe aonde me encontrar. — Anna diz saindo do vestiário.

 

   Okay, aquela mulher é realmente estranha, mas se ela está se propondo a me ajudar dessa forma, talvez eu não tenha escolha a não ser aceitar.

 

— Lucy. — Sarah entra assustada. — A Anna acabou de sair daqui, aconteceu alguma coisa?

— Aconteceu. — revelo. — Aquela mulher maluca metida a Mulher Maravilha descobriu que estou gravida.

— E agora?

— Agora nada. — digo. — O mais curioso de tudo é que ela se ofereceu para me ajudar, naquilo.

— Naquilo? — Sarah pergunta. — No aborto?

— Fala baixo idiota. — reclamo pegando a barra de cereal da sua mão. — É definitivo agora Sarah, eu não vou ter essa criança.

— Lucy pense no que você está fazendo, está tirando uma vida. — Sarah tenta me convencer.

— Acabou Sarah, esquece isso. — digo pegando minha bolsa do armário e saindo do vestiário.

 

   Saio da quadra sem que a Treinadora e a Anna me vejam.

 

— Lucy. — a voz do Robert me faz arrepiar.

 

   Eu desejo com todas as minhas forças que ele me irrite, pois estou com muita, mais muita vontade de bater nele.

 

— Você está melhor? — ele pergunta tão delicadamente que por alguns segundos chego a cogitar contar que estou gravida.

— Estou bem, obrigada pela preocupação. — digo.

 

   Eu não consigo virar para olhar para ele, estou envergonhada, ainda mais por não saber se essa criança é dele ou do Patrick.

 

— Eu preciso ir. — digo. — Tenho que ir torcer pelo meu time.

— Eu vou jogar hoje, é minha final contra o Patrick. — ele diz me fazendo arrepiar. — Vai me ver?

 

   Estou me sentindo tão sufocada que estou a ponto de gritar.

 

— Eu vou estar lá. — digo. — Então trate de vencer aquele metido.

— Pode deixar. — ele diz animado. Então me dá um beijo no rosto e sai andando pelo corredor.

 

   Eu vou enlouquecer, eu preciso fazer isso de uma vez por todas antes que todos descubram.

 

   Encontro-me com Max, Jasper e Jacob na arquibancada do campo de futebol americano, onde tem o circuito de corrida.

 

— Achei que não viria hoje. — Max diz. — Já está melhor?

— Sim. — digo sorrindo. — Então... Quem está correndo?

— Jeff. — ele diz.

 

   Ele fala Jeff como se somente ele estivesse lá embaixo. — Droga agora eu estou começando a ter essa ideia maluca de que seria tudo mais fácil se fosse o Max o pai dessa criança.

 

— Posso?

 

   Olho para o lado e vejo Patrick se sentando do meu lado.

 

— Por que está me olhando com essa cara? — pergunto.

— Não posso ter ficado preocupado com você?

— Não sei, eu não era só uma vagabunda? Não vejo sentido em se preocupar comigo agora. — digo o ignorando.

— Lucy eu...

— Não, chega disso, o que nós dois tivemos foi um erro.

 

   Um grande erro por sinal.

 

— Mas você me desculpa? — ele pede. — Eu... Fui um idiota, eu não queria ter dito aquilo, eu fiquei nervoso.

— Patrick você não precisa do meu perdão, nós não estamos namorando nem nada.

— Mas você me ama. — ele diz. — Eu sei que ama.

— Não seja tão convencido. — murmuro.

 

   O disparo anuncia o inicio da corrida.

 

— É injusto o deixar competir. — Patrick reclama.

— Por quê? — Max pergunta.

— Olha aquilo, ele parece um cachorro louco correndo.

 

   O vencedor? Óbvio, Jeff!

 

— Era de se esperar. — Jasper diz.

— Ninguém é mais rápido que ele. — Jacob fala.

— Vamos? — Max diz levantando.

— Aonde? — Patrick pergunta.

— Falar com o Jeff, ele é do meu grupo eu tenho que parabeniza-lo pela vitória. — digo. — Depois eu encontro vocês na quadra, boa sorte no jogo Patrick.

 

   Max desce tão animado que... — Espera, o Max está animado por causa do Jeff? Não, não acredito que vamos começar tudo aquilo de novo. Eles dois estão juntos novamente?

 

— Vamos? — Jasper chama levantando. — Tenho que esperar a Sarah, mas dá para irmos à frente.

— Eu não to muito a fim de assistir esses jogos, eu acho que vou para casa. — reclamo.

— Você tem estado muito cansada ultimamente. — Patrick brinca. — Até parece que está...

— Cala a boca. — o interrompo. — Não diga bobagens.

— Eu só estava...

— Quer saber, eu vou ficar, e ver o Robert te derrotar.

— Como se isso fosse acontecer. — ele diz.

 

   Eu não tenho ideia de como será minha vida daqui para frente, mas estou fazendo o possível para que nada mude. — Estou gravida.  — Mas não posso ter esse filho, eu tenho minha carreira e pais muito conservadores então... Eu preciso fazer o que é certo, certo para mim. — Não posso olhar o lado sentimental de tudo, não posso pensar no Patrick ou no Robert quanto a isso, é minha decisão, é da minha vida que estamos falando, e sou eu, apenas eu que decido por mim mesma. — É o que eu quero, é o que eu vou fazer. — Eu não vou ter essa criança.


Notas Finais


Lucy gravida no meio de toda essa confusão... E agora? Logo estarei de volta! Dessa vez tentarei ser mais rapido hahaha


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...