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História The Clash 2 - The Distance, The Overcoming and The Change - Momentos


Escrita por: TakaishiTakeru

Notas do Autor


Desculpem a demora, mas foi meu aniversario no dia 8, e fiquei um pouco atolado com outras coisas, mas aqui estou!

Capitulo narrado pelo Jeff

Vamos lá! Boa leitura

Capítulo 22 - Momentos


Três semanas se passaram desde o último contato e ataque da G.T. — Há três semanas uma matéria foi televisionada dizendo coisas sobre a G.T, e sobre mim e o Miller. E como prova de que não está para brincadeira, a G.T nos enviou uma charada que no fim revelou que minha irmã estava em perigo, mas graças à mãe da Lucy conseguimos salvar minha irmã, o grande problema, é que Suzy foi baleada e já está há três semanas em coma no hospital. — Durante esse tempo não tivemos mais nenhuma noticia da G.T, nenhuma mensagem, nenhuma ameaça... Nada, mas sabemos que ele, ou eles ainda estão por ai, e que estão nos vigiando esperando o momento certo de voltar a nos atacar.

 

   Hoje é dia seis de maio, quarta-feira, eu realmente não queria ter vindo à escola hoje. — Estou no campo de futebol americano, os treinos já acabaram, mas ainda estou aqui com Jasper e Robert.

 

— Já tiveram alguma noticia? — Jasper pergunta referindo-se a mãe da Lucy.

— Tudo na mesma. — Robert diz. — A Sarah disse que vai dar um pulo lá mais tarde para ficar com a Lucy.

— Isso tudo é tão estranho. — Jasper continua. — Eu realmente espero que a Sra. Evans fique bem logo. — ele joga a bola para Robert e corre na direção do vestiário.

 

   Robert joga a bola para mim, mas nem a vejo passar direto. — Não consigo parar de pensar naquele dia, foi tudo muito rápido, se o Max e a Lucy não tivessem tido aquele raciocínio rápido minha irmã poderia estar morta.

 

— Terra chamando. — Robert brinca. — Sério Jeff já está ficando chato isso.

— O que? — pergunto confuso.

— Sei lá, desde que a G.T começou a ficar na nossa cola nós deixamos de fazer tudo que sempre fazíamos.

— Isso não é verdade. — digo. — Nunca fizemos nada juntos, você que sempre fica me seguindo.

— Isso foi maldade, vou relevar. — ele diz. — É sério, as coisas estão muito tensas ultimamente, as provas finais estão chegando... E só a um modo de relaxar no maior estilo Grohonson de ser.

— Já falei para parar de nos chamar assim, é estranho. — reclamo. — Mas você está certo, ficar andando feito um zumbi não vai fazer a Suzy acordar ou a G.T parar de nos perseguir. Você venceu.

— FESTA! — Robert grita animado.

 

   Obviamente a noticia se espalhou.

 

..........

 

   Marquei de me encontrar com o Maximilian na quadra, acho que estou atrasado. — Desde o ocorrido com a Suzy, Max tem me evitado. Toda essa história de ele ser o verdadeiro alvo da G.T o fez querer se afastar de todo mundo para que não corramos perigo, mas eu não quero deixar ele sozinho, nenhum de nós quer isso. — Chego à quadra e o vejo, ele está parado bem no centro olhando para o vazio... Está usando o uniforme escolar e seus cabelos jogados para trás naquela poça de gel. Seus olhos azuis parecem brilhar assim que me vê.

 

— Não te vi o dia todo. — falo me aproximando. — Achei que tivéssemos combinado de almoçar todos juntos.

— Desculpa. — ele diz sem graça. — Eu estava estudando e perdi a noção do tempo.

— E como você está? — pergunto. — Não nos falamos direito desde aquele dia.

— A gente pode não falar sobre isso?

— O que quiser.

 

   Vamos até a arquibancada e nos sentamos.

 

— Robert e eu vamos dar uma festa. — conto. — Para relaxar como ele diz.

— Festa. — ele abre um pequeno sorriso. — E eu por acaso estou convidado?

— Não sei. — brinco. — Coisas estranhas acontecem quando você e eu vamos a uma mesma festa. Da primeira vez eu te roubei um beijo, e da segunda vez nós nos pegamos no banheiro de um dos quartos.

 

   Ele sorri envergonhado. — É realmente incrível como eu me sinto mais natural ao falar essas coisas com ele.

 

— Droga. — ele levanta apressado. — Esqueci completamente de entregar o trabalho de álgebra. Jeff nos falamos depois.

— Vai lá. — digo sorrindo.

 

   Certas coisas nunca mudam uma vez nerd, sempre nerd. E por mais que o Miller tenha mudado bastante do ano passado para cá, ele ainda continua o mesmo, mas às vezes eu sinto falta daquele olhar curioso em seus olhos, da fascinação a cada nova descoberta. — Eu definitivamente odeio a G.T por tirar a pureza de sua vida.

 

— Ele é bonito.

 

   Me assusto com a surgimento repentino de Anna, a assistente da treinadora Emilly das lideres de torcida.

 

— Merda. — reclamo. — Você precisa parar com essa mania de ficar aparecendo do nada.

— Desculpa. — ela diz sentando do meu lado. — Mas me conta zagueiro do time, modelo, e o todo poderoso da escola. — ela agora diz em sussurros. — Você e aquele garoto que parece a forma humana do Ken são...

— Cala a boca. — a interrompo. — Quem você acha que é para vir falar assim comigo.

— Vamos lá, deixa de ser bobo. — ela diz já me irritando. — Eu ouvi você falando com ele, o jeito como falou com ele e...

— Cala a boca! — grito agarrando-a pelos braços.

— Vamos lá machão. Me bate, só vai provar que estou certa. — ela diz.

 

   O que diabos essa garota quer?

 

— O que quer de mim? — pergunto a soltando.

— Nada. — ela diz. — Só quero que seja honesto consigo mesmo, vamos... Não é nada demais nos dias de hoje se assumir gay.

— Fala por experiência própria não é? Você é maluca, me deixa em paz. — digo descendo.

— Serio? Vai sair assim? Tudo bem... Nos vemos por ai. Se precisar de conselhos sabe aonde me encontrar. — ela grita. — Mas talvez eu esteja com alguns dos meus amigos. — ela então para pensativa. — Mentira! Não tenho amigos, pode vir a qualquer hora.

 

   O que há de errado com ela? — De alguma forma ela consegue me lembrar do jeito irritante do Robert. — Eu preciso tomar cuidado, se essa garota abrir a boca e falar sobre mim e o Max, eu estou acabado.

 

— Jeff? — Bella me chama surpresa.

 

   O corredor está cheio, ainda está na hora do intervalo, mas mesmo assim o surgimento repentino dela me assustou.

 

— O que foi? — pergunto.

— Nada. — ela desconversa. — É que... O que estava fazendo na quadra?

— Nada que seja da sua conta. — digo dando um beijo em sua testa. — A gente se vê depois.

 

   Eu sei, eu realmente não consigo ser amoroso com a Bella do modo que consigo ser com o Miller. — É irritante, é muito irritante, pois nem mesmo com ele eu gosto de ser amoroso, mas é que eu percebi que toda vez que eu falo com ele como se eu estivesse derretendo ao vê-lo, ele se sente feliz, e ver ele feliz me deixa feliz também. — Caramba, eu realmente disso isso?

 

   Chego à sala de aula e a Srta. Katherine já está a nossa espera. — Não sei se já sabem, mas Katherine é a professora de Álgebra e grande incentivadora do Miller, ela realmente o inspira academicamente falando. — Droga eu realmente preciso parar de ler aquele maldito dicionário.

 

— Certo. — Srta. Katherine diz fechando a porta assim que Robert entra apressado. — Antes de começarmos eu quero lembrar a vocês que a prova do S.A.T está chegando, e como sabem é algo que poderá definir o futuro de vocês, então, por favor... Estudem. — ela praticamente implora.

 

   Estou sentado na última cadeira do canto esquerdo da sala. — Com vista para a janela, mais especificamente para o campo de futebol. — Robert está sentado em minha frente, e Louise do meu lado.

 

— O Liam ficou de me ajudar a estudar. — Louise diz. — Talvez possamos estudar todos juntos.

— Não sei se tenho tempo. — murmuro ainda olhando para fora.

— Claro que tem. — Robert diz chamando minha atenção. — Ou você quer ficar preso em Lima para o resto da sua vida?

— Vocês três querem compartilhar alguma coisa com o resto da turma? — a professora pergunta

 

   Eu realmente nunca tinha pensado nisso. Depois da escola como vai ser? Eu vou seguir um caminho, e o Max seguirá outro. — Ele é muito focado e estudioso, certamente entrará em uma das melhores faculdades do país, mas e eu? — Quando eu terminar a escola no ano que vem... O que vai acontecer?

 

— Você também percebeu? — ouço uma líder de torcida conversando com outra.

— Acho que todo mundo está falando disso, a Lucy está um pouco mais gorda, deve ser pelo estresse com a mãe em coma. — a outra diz ainda em sussurros.

— Tem pra mim que é outra coisa. — ela sussurra, e em seguida dá uma risada.

 

   Vejo um grupo de alunos se juntando no campo junto com o treinador Alec. — É a turma da Lucy e do Max. — A vejo usando o uniforme de educação física e... — Era só o que faltava. Quando estava no hospital eu estava apenas brincando, mas... A Lucy está mesmo gravida?

 

   A aula se estendeu bastante, mas eu definitivamente não prestei atenção em nada. — Desde quando me tornei um fofoqueiro? — Estou realmente curioso para saber se a Lucy está mesmo gravida, porque se estiver... O pai dessa criança é o Robert não é?

 

   Robert, Louise e eu saímos juntos da sala, e por mais que eu tente me distanciar deles, parece que estão me seguindo.

 

— Sarah e eu vamos ver como a Lucy está lá no hospital. — Louise diz.

— A Lucy está aqui. — falo. — Desculpa ai gente, eu preciso fazer uma coisa vejo vocês depois.

 

   Corro pelo corredor apressado em sua procura. — Ela não está em nenhum lugar. — Chego ao estacionamento e enfim a encontro, ela está sentada mexendo no celular, deve estar esperando o motorista dela.

 

— Lucy! — a chamo.

 

   Ela olha para mim e abre um sorriso forçado.

 

— Vem aqui comigo. — digo.

— Desculpa Jeff, eu estou com pressa e...

— Eu sei que está gravida. — digo interrompendo-a.

 

   Lucy me olha apavora, pega sua bolsa e me segue. — Viemos para debaixo da arquibancada no campo de futebol.

 

— Que brincadeira é essa, Jeff? De onde tirou isso? — ela pergunta alterada.

— Então é verdade! — digo espantado. — Lucy você está mesmo gravida.

 

   Que merda, isso é... Isso não deveria acontecer agora.

 

— Lucy você é uma criança... Como vai ser mãe?

 

   Ela então chora e começa a andar em círculos.

 

— Aconteceu, tá legal? Não me julgue por isso, poderia ter sido com você e a Bella, ou você e a Louise, ou você e todas essas garotas que você pegou enquanto o Max estava na Califórnia. — ela grita ainda chorando. — Então, pare de me julgar.

— A questão não é essa Lucy, você foi irresponsável demais.

— Eu não vou ter essa criança! — ela exclama secando as lagrimas. — Já está tudo certo, eu vou fazer um aborto.

 

   Eu sei que tenho sangue quente, mas dessa vez eu tive que me segurar muito parar não dar um tapa em seu rosto.

 

— Você não pode fazer isso. — grito. — Você vai tirar uma vida só pra...

— Não tem vida nenhuma. — ela grita. — Jeff me escuta, eu vou perder tudo que conquistei até agora, minha carreira, minha posição nessa escola... Eu vou perder o Max.

— Como assim você vai perder o Max? — pergunto confuso.

 

   Ela ainda gosta dele?

 

— Por favor, pare de falar sobre isso, tá legal? — ela implora. — Por favor.

— Eu não vou ficar parado enquanto você destrói a sua vida. — digo.

— Você não pode me obrigar a nada. — ela grita.

— Eu não... Mas talvez tenha alguém que possa te fazer mudar de ideia... O pai do seu filho.

— Você não ousaria. — ela diz.

— Lucy eu juro que se você não desistir dessa loucura, eu conto ao Robert que você está esperando um filho dele.

 

   Lucy então sorri.

 

— Qual é a graça? — pergunto confuso.

— A graça é você me trazer no mesmo lugar que eu te trouxe ano passado para fazer a mesma coisa que eu fiz com você... Ameaçar. — ela diz.

— Eu não estou te ameaçando. — insisto. — Eu só quero o seu bem.

— Eu cansei... Sério mesmo eu cansei de tudo, da G.T, das ameaças, do Robert, do Patrick... De você, de todo mundo querendo dizer o que eu tenho que fazer. — ela então grita. — Eu não sou um robô, eu não sou uma máquina, eu não sou perfeita.

 

   Patrick? Espera... Existe alguma possibilidade do pai dessa criança não ser o Robert?

 

— Antes de vir me ameaçar, lembre-se que você também está em minhas mãos, ou o todo popular Jeff Johnson está pronto para assumir para toda escola que é gay?

— Você não presta Lucy. — digo irritado.

— Foi você quem começou, eu apenas estou seguindo as regras do seu jogo. Agora fique longe de mim se não quer ver sua imagem mais imunda do que já é. — ela diz dando de costas.

 

   Merda! Ela sabe jogar sujo quando quer, mas eu não posso ficar parado esperando ela destruir a própria vida. — Eu definitivamente preciso fazer alguma coisa.

 

 

 

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POV NARRADOR

 

   Yan Johnson está sentado na mesa de reuniões da empresa, vasculhando alguns papeis, e em sua expressão nota-se que a algo de errado.

 

— Não sabia que estava aqui. — Paul Miller diz entrando na sala. — O que está fazendo com esses arquivos?

— Há quanto tempo você sabe disso? — Yan pergunta mostrando os papeis a ele.

— Não sei do que você está falando. — Paul recusa-se a pegar os arquivos.

— Há quanto tempo sabe que Spencer está vivo? — Yan agora altera o tom de voz.

 

   Paul o agarra pelo pescoço e o faz levantar da cadeira.

 

— Nunca fale comigo dessa forma. — ele grita. — Você não tinha nada que se meter nessa história.

— E você queria que eu continuasse acreditando que eu era culpado pela morte dele?

— Não vem com essa agora. — Paul o empurra. — O que você fez aquela noite provocou o acidente que matou a esposa dele, então não se sinta menos culpado.

 

   Yan anda de um lado para outro da sala.

 

— Você sabe que o que aconteceu com a minha filha semanas atrás que causou o coma da Suzy tem relação com tudo isso não sabe? — Yan pergunta. — E esse tempo todo você sabia que o Spencer estava vivo.

— Como eu poderia imaginar que aquele homem saberia tanto sobre eles? — Paul pergunta. — E agora por algum motivo o alvo deles é o meu filho, e tudo isso é culpa do seu filho que inventou de querer destruir a minha família. — ele grita irritado.

— Você pode acabar com isso Paul, apenas diga onde o Spencer está se escondendo, e porque depois de tantos anos ele não voltou nem para ver os próprios filhos.

— Se fosse fácil assim. — Paul se senta. — Jéssica descobriu que ele estava vivo depois do acidente e o ajudou a fugir, só que depois disso ele simplesmente desapareceu, e levou com ele tudo o que tínhamos para finalmente destruir aqueles que nossos filhos chamam de G.T.

— Então eles estão com o Spencer, esse tempo todo? Ele já deve estar morto a essa altura.

 

   Paul coloca as mãos na cabeça, pensativo.

 

— Ele está vivo. — Paul revela.

— Como? Depois de todos esses anos?

— Suzy sem querer acabou encontrando um dos esconderijos da G.T em Ohio, ela conversou com Spencer, Suzy sabe o que não sabemos, e agora ela está em coma por isso.

— Nossa melhor chance de finalmente acabar com esse inferno é com a recuperação da Suzy, ou com o aparecimento do Spencer.

— Eu sei. — Paul diz. — Eu coloquei seguranças no hospital, tenho certeza que eles vão querer terminar o trabalho que começaram.

 

   Tita entra na sala assustando Yan. — A secretaria carrega nas mãos uma pasta e sua bolsa.

 

— Desculpe, achei que estivesse sozinho. — ela diz sem graça.

— Eu já estou indo. — Paul diz com um sorriso bobo no rosto.

 

   Paul levanta-se e caminha até Yan que o observa receoso.

 

— Você precisa parar de ficar fuçando essas coisas, para o bem dos nossos filhos. — Paul alerta. — E por enquanto é melhor que todos continuem acreditando que Spencer Green está morto.

 

 

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POV Jeff

 

   Vou para a quadra, onde as lideres de torcida estão treinando. — Assim que chego vejo Louise e Sarah liderando as meninas. — Não entendo como até hoje a Lucy não foi expulsa do time.

 

— Você machucou a perna ou o corpo inteiro no ano passado? — a treinadora Emilly grita com Louise. — Mexa-se.

 

   Acabo por tirar a concentração das meninas quando elas percebem minha presença.

 

— Posso ajudar em alguma coisa Sr. Johnson? — Emilly pergunta.

— Ele veio me procurar. — Anna diz.

 

   Eu nem tinha reparado sua presença até então.

 

— Sarah eu preciso falar com você. — digo chamando a atenção de todas.

— Comigo? — ela pergunta confusa, vindo até mim.

 

   Subimos no topo da arquibancada. — A música volta a rolar e as demais meninas voltam a ensaiar.

 

— É realmente incomum você me procurar. — ela diz sem graça. — Ainda mais depois...

— Depois de você ter tirado a roupa e se jogado em cima de mim? — pergunto deixando-a ainda mais sem graça.

— Eu ia falar depois de tudo que aconteceu entre você o Max e eu. — ela diz corando o rosto.

— Quem se importa. — digo. — Eu não vim falar disso, eu vim falar da Lucy, você sabe o que está acontecendo com ela não sabe?

— Como assim?

— Não vem com essa, no dia que ela foi hospitalizada você foi a primeira a entrar no quarto com o médico. — falo. — Diz logo o que você sabe.

— Eu não sei mais do que você. — Sarah diz desconfortável. — Isso é algo que não desrespeita a mim, ou a você, e até mesmo a Anna.

— Anna? — então olho para a assistente da treinadora lá embaixo. — O que a Anna tem com isso?

— Jeff eu...

— Sarah eu sei que a Lucy está gravida. — digo deixando-a espantada. — Eu sei desde o dia em que ela foi parar no hospital, mas só hoje confirmei isso... A Lucy me falou algo sobre aborto e agora você está dizendo que a Anna tem alguma coisa com isso?

— Eu não disse isso.

— Mas deu a entender.

 

   Sarah respira fundo. — O que? Ela acha que eu também não estou desconfortável aqui falando com ela? Desde o que ocorreu entre nós dois, ano passado mal consigo olhar em seus olhos sem imaginar o que o Max diria se descobrisse sobre aquilo.

 

— Quer saber? Que se dane. — Sarah diz. — A Anna disse que poderia ajudar a Lucy com o que ela queria, com essa ideia absurda de tirar a criança.

— E porque não impediu? — pergunto.

— E a Lucy me ouve? Ela algum dia me ouviu?

— A gente precisa fazer alguma coisa. — digo. — Você sabe que do modo que ela fazer isso...

— Eu sei. — ela me interrompe. — Mas uma coisa que ela disse ainda está martelando na minha cabeça, o Max vai ficar muito ressentido com tudo isso.

— O Max não tem absolutamente nada a ver com isso! — digo irritado.

 

   Por que isso está me irritando tanto? Eu sei que esse filho não é do Max.

 

— Parem de agir como se tudo tivesse a ver com ele. — insisto. — Nós vamos ajudar a Lucy, você está comigo?

— Jeff eu não sei...

— Por favor, eu preciso da sua ajuda, porque se a Lucy descobre que estou fazendo isso ela vai contar a escola toda que tive alguma coisa com o Max, e você também não quer sair ridicularizada já que você era a namorada dele na época.

— Você e a Lucy precisam confiar mais nas amizades ao invés de ficar nos ameaçando.

 

   Levanto e começo a descer a arquibancada.

 

— Não somos amigos Sarah. — digo deixando-a surpresa. — Só estou tentando fazer a coisa certa dessa vez.

 

   Desço e fico aguardando o ensaio das lideres acabar. — Eu tenho que conversar com o Robert e de um modo que a Lucy não desconfie então... — Minutos depois as meninas saem da quadra, Louise vem até mim assim que me vê.

 

— Sobre aquela parada de estudar. — digo sem jeito. — Ainda está de pé?

— Você e eu? — ela pergunta com um sorriso no rosto.

— Você, eu e o Robert. — acrescento.

— Não sei. — ela começa a andar me forçando a andar atrás dela.

— Vamos... Por favor, pelos velhos tempos.

— Se fosse realmente pelos velhos tempos você ficaria sozinho comigo, você voltaria comigo.

 

   Oi? Acho que me perdi.

 

— Como é? — pergunto confuso. — Você está namorando o Liam.

— Você sabe que só fiquei com ele para botar ciúmes em você, eu sempre gostei de você. — ela diz me assustando.

— Tá certo... Acho que a parada de estudar fica para a próxima. — desconverso sem graça.

— Eu estava brincando bobo. — ela sorri forçadamente. — Vou só pegar algumas coisas e encontro vocês dois na casa do Robert. Tchau.

 

   Okay... Às vezes Louise me assusta, às vezes até mais que a Lucy.

 

..........

 

   Convencer o Robert a fazer esse grupo de estudos em sua casa foi a tarefa mais fácil que já tive. — Chegamos a sua casa e preparamos algumas coisas... Livros, lanches... — Mas tudo o que eu consigo pensar aqui é como eu vou contar a ele que a Lucy está gravida, e gravida de um filho dele.

 

— Sua irmã está em casa? — pergunto.

— Não, ela só volta nas férias de verão lembra. — ele diz. — Vem, me ajuda com isso aqui.

 

   Levamos alguns livros para a sala de estar. — Não demorou muito tempo para Louise, Liam e Jasper chegarem.

 

   Eu já não consigo me concentrar nas aulas direito, agora então fica pior. — Não me leve a mal eu tento me dar bem com o Liam, mas é muito difícil para mim. — Não me lembro de ter explicado o que aconteceu entre o Liam e eu, e também não vou entrar nisso agora. Primeiro tenho que resolver o assunto do Robert.

 

— Alguém quer mais alguma coisa? — Robert pergunta.

— Água. — Jasper pede.

— Eu ajudo você. — Louise diz.

 

   Esse talvez seja o momento perfeito. — Levanto e vou até a cozinha com os dois.

 

— Está tão calado hoje. — Robert nota. — Aconteceu alguma coisa.

— Aconteceu. — digo tão seriamente que até mesmo Louise parou para prestar atenção em mim.

— O que aconteceu? — Robert pergunta assustado. — É sobre aquilo?

— Não. — respondo. — É sobre...

— É sobre o baile de formatura. — Louise diz me interrompendo. — Sabe... Eu fui indicada a rainha e o Jeff a rei, pensamos talvez em irmos juntos, mas eu disse que não já que estou namorando o Liam.

 

   É o que? — Louise então pisca para mim. Ela sabe o motivo da minha conversa com o Robert?

 

— Sei... — ele murmura desconfiado. — Eu vou levando isso aqui, vocês podem pegar os copos para mim?

— Claro. — ela diz sorrindo.

 

   Robert sai da cozinha nos deixando sozinhos.

 

— O que foi isso? — pergunto.

— Eu estava impedindo você de fazer uma besteira. — ela diz. — Eu sei o que você ia falar com o Robert, é sobre a Lucy não é?

— E o que você sabe?

— Algo que vai te deixar de boca aberta. — ela então abre um sorriso. — A santa Lucy amada por todos... Está gravida, e é claro que você já sabe disso, mas pelo visto ainda não sabe quem é o pai...

— O Robert é o...

— Não. — ela me interrompe. — Quando estávamos na Califórnia eu flagrei a Lucy e Patrick na cama. E pelas minhas contas essa gravidez já deve ter umas seis semanas ou quase isso então o pai da criança é o...

— O pai do filho da Lucy é o Patrick?

 

   Ouço algo cair e quebrar. Olho para trás e vejo Robert parado. — Ele ouviu tudo?

 

— Robert...

 

   Ele simplesmente sai correndo, corro atrás dele, mas ele deixa sua casa. — Merda!


Notas Finais


Robert enfim descobriu sobre a gravides da Lucy... Vamos ver como as coisas vão se desenrolar. Logo estarei de volta


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