1. Spirit Fanfics >
  2. The Clash 2 - The Distance, The Overcoming and The Change >
  3. O Significado de Suas Palavras

História The Clash 2 - The Distance, The Overcoming and The Change - O Significado de Suas Palavras


Escrita por: TakaishiTakeru

Notas do Autor


Voltei!!! Só quero dizer que depois desse capitulo as coisas começarão a ficar mais intensas... Só isso hehehe

Capitulo Narrado pelo Max

Capítulo 25 - O Significado de Suas Palavras


Bato os braços, furioso na água da piscina. — Nadar irritado não é uma boa coisa.

 

— Não sou eu que sou a boa nadadora aqui, mas tenho certeza que não está fazendo do jeito certo. — Sarah diz me ajudando a sair da piscina.

 

   Ele terminou comigo, ele realmente terminou tudo comigo? — Mas... Por que dessa vez eu não me sinto como antes? Não sinto como se algo dentro de mim tivesse sido arrancado. Eu só sinto raiva, uma raiva que não sei de onde vem. — Eu sinto vontade de correr daqui e ir até a casa dele me desculpar, pois eu sei que de certa forma eu fui culpado por sua decisão, mas mesmo assim...

 

— Jeff terminou comigo. — digo me secando.

 

   Sarah me olha confusa e balança a cabeça.

 

— Eu sei, mas isso foi há uns cinco meses, não? — ela pergunta confusa.

— Ele terminou comigo hoje. — digo a surpreendendo. — Nós estávamos tentando nos reaproximar desde a nossa viagem para a Califórnia, mas hoje ele simplesmente veio e terminou comigo.

— Uau... Sinto muito, como você está?

— Como acha que eu estou? — pergunto. — Eu o amo, eu o amo tanto que dói imaginar que ele não estará mais lá quando eu precisar dele.

— E o que deu errado dessa vez? — ela pergunta.

— De acordo com ele eu virei um babaca. — digo repetindo suas palavras. — Tá legal para você? Um babaca.

— Você não é um babaca. — ela diz em minha defesa. — Ele é um babaca por te largar.

— Mas de certa forma eu acho que ele está certo. — digo me sentando na beira da piscina. — Eu ainda não acho que ter terminado com ele ano passado foi erro, eu estava certo em fazer aquilo, mas desde que eu voltei, eu também tenho notado que venho agindo de forma estranha.

— Não é pra menos, tem uma gangue maluca atrás de você. — Sarah observa. — É normal.

— Sim, mas não é só isso. — insisto. — É tudo, é como eu tenho agido com todos.

— Chega disso, Okay? — ela diz abrindo um sorriso. — Você é lindo, você é normal, você não tem nada de errado.

— Sim, tirando o fato de minha asma esta voltando e que eu tenho um leve grau de autismo, fora isso supernormal.

— Bobo. — ela sorri me abraçando.

 

   Ela se força a levantar, mas minhas mãos a segura com força. — Droga, eu não devia ter o deixado ir, eu não vou aguentar tudo isso de novo.

 

— Max. — ela sussurra mexendo em meus cabelos. — Vai ficar tudo bem... Eu estou aqui com você, vai ficar tudo bem.

 

   Eu gostaria tanto de acreditar em suas palavras, mas eu sei que não é verdade. — Tudo bem, dessa vez foi ele que terminou comigo, mas o sentimento é o mesmo. Essa dor, esse vazio...

 

— Vamos. — digo levantando. — Tenho que ir para casa antes do meu pai chegar.

— Por quê? — ela pergunta curiosa.

— Você sabe que ele não gosta que eu chegue depois dele, e eu não quero chegar em casa desse jeito e ter que dar explicações.

— Você pode dormir na minha casa se quiser. — ela oferece sorrindo. — Totalmente inocente, sem segundas intenções.

 

   Rimos juntos por alguns segundos. — Por mais tentadora que seja a oferta de Sarah, eu não posso me dar ao luxo de passar uma noite fora de casa sem causar um grande alvoroço na família Miller.

 

   Depois de deixar Sarah em casa, cheguei à minha por volta das 19h00min. 

 

— Onde esteve? — meu avô pergunta me assustando assim que passo pela sala.

— Eu estava na escola. — respondo confuso.

— Mentira olhe a hora. — ele tenta me intimidar. — Eu vi você saindo com aquele rapaz outro dia.

— Do que estamos falando agora? — pergunto confuso me sentando no sofá.

— Não se faça de desentendido, eu sei bem o que aconteceu aqui no ano passado. — ele revela. — Aquele rapaz é o mesmo que fez aquelas coisas com você não é?

— Aquele rapaz. — repito em tom de deboche. — Se chama Jeff, e você já o conhece, e ele é só meu amigo.

— É bom que seja.

— Ou o que? — pergunto desafiando. — Quer saber eu cansei de você, eu cansei de você aparecendo aqui em casa sem mais nem menos e ficar tentando intimidar a todos. Eu não faço a mínima ideia do que tem contra o Patrick que o faz agir como um bicho de estimação perto de você, ou com meu pai, mas adivinha? Comigo isso não vai funcionar, então nem tente.

 

   Viro de costa e ao caminhar até a escada encontro Patrick ali sentado.

 

— E você? — pergunto já irritado. — Vai ficar ai se lamentando até quando? Vá falar com a Lucy logo, ela está esperando um filho seu. Não é você que diz que nós Millers devemos agir como homem independente da situação? Aja como tal, vá lá e enfrente as consequências do que fez.

 

   Subo as escadas correndo e vou para o meu quarto, tranco a porta e me jogo na cama. — Eu estou tão irritado, e é tudo por culpa dele. — Vejo a foto no porta-retratos, a foto de nós cinco na ponte. — O que nós dois estávamos tendo era errado? Eu não me sinto dessa forma, não sinto como se tivesse feito algo errado por me apaixonar por ele, mas eu sinto que ele está começando a se questionar, perguntar a si mesmo sobre o real significado de estar comigo. — Será que um dia nós ficaremos juntos? De verdade? Saindo na rua, indo à escola, orgulhosos e dizendo: Nós somos namorados, nós nos gostamos, e não nos importamos com o que pensam sobre nós. — Acho que é pedir demais, e agora estamos separados, então já não posso cogitar uma reconciliação, pois dessa vez foi decisão dele. — Mas mesmo assim, cada parte do meu corpo agora está gritando para eu ir até sua casa, para eu ir procura-lo, eu sinto que ele também está sofrendo e que precisa de mim o mesmo tanto que eu preciso dele. — Amor, amar, dizer: Eu te amo, hoje em dia todos dizem como se fosse uma frase qualquer, porém para mim há algo nessa frase que faz tudo ter um significado diferente, e ele disse isso para mim, diversas vezes. — Ele disse que estou sendo babaca, o que é ser babaca? — O Jeff me confunde, mas ao mesmo tempo me fascina... Ele diz que eu não possuo mais aquele olhar curioso de quando nos conhecemos, mas ele está errado, pois meu foco não é mais as coisas ao meu redor, como um boliche, ou um fliperama... O meu olhar curioso volta-se apenas para ele agora, pois eu tento todo dia entender o que o “Eu te amo” dele realmente significa para ele, se o “Eu te amo” dele tem o mesmo peso e significância que o meu. — Veja isso agora! Mesmo ele tendo terminado comigo, aqui estou eu, deitado em minha cama olhando uma foto antiga e ainda pensando como se nós fossemos um casal.

 

— Talvez eu realmente devesse ir falar com ele. — digo a mim mesmo. — De repente ele só está confuso com essas coisas que vem acontecendo conosco.

 

   Droga! Eu queria tanto poder voltar no tempo, impedir que certas coisas acontecessem. — Se eu nunca tivesse voltado ao colégio interno... Se eu tivesse descido do carro quando o Jeff veio correndo até mim? O que teria acontecido com nós dois? Seria diferente? Eu quero saber, eu quero descobrir... Eu não quero desistir do meu sentimento por ele, como ele esta fazendo comigo. — Ele diz que estou sendo um babaca, então serei uma babaca ainda pior por não desistir do que eu quero. — Eu o quero perto de mim, e dessa vez sem ser egoísta, sem pensar somente em mim mesmo... Eu não consigo imaginar meu mundo sem o Jeff Johnson nele.

 

— Max?!

 

   Vou até a janela e a vejo. — Lucy está parada no meio da rua, suas madeixas douradas estão amarradas em marias-chiquinhas, e está usando um macacão marrom, e por baixo uma camisa branca. — Está parecendo uma daquelas meninas de fazenda.

 

— O que quer? — pergunto assim que abro a janela.

— Pode descer? — ela pergunta. — Eu quero conversar com você.

 

   Pode me julgar, pode me chamar do que for, mas eu não consigo aceitar essa gravidez da Lucy. — Não que eu não consiga aceitar que ela já tenha tido relações sexuais, mas... Poxa, mesmo depois de tudo, sempre foi eu e ela, eu esperava que ela tivesse mais confiança em mim. — O Jeff tem um pouco de razão quando diz que essa gravidez não diz respeito a mim, mas acontece que eu me sinto responsável por tudo que acontece com a Lucy, já que a maioria das coisas que ela faz é besteira para chamar atenção.

 

   Abro a porta do meu quarto e vejo Patrick na frente do seu quarto.

 

— Quer que eu diga alguma coisa a ela? — pergunto.

— Vocês sabem o que eu quero. — ele diz friamente. — Ou melhor, o que eu não quero.

— Eu não entendo você não quer esse filho, mas ao mesmo tempo não quer que ela aborte?

— Não tente entender meus motivos para agir assim, do mesmo jeito que desisti de entender o motivo de você gostar de dar a bunda.

 

   Simplesmente o ignoro. Desço as escadas e evito confronto direto com meu avô novamente. — Saio de casa e vejo Lucy em frente a sua. Ela me convida para entrar e subimos até seu quarto.

 

— Acho que faz um tempo desde a última vez que estive aqui. — digo desconfortável.

— Sim. — ela concorda. — Acho que foi no dia em que você viu o Jeff pela primeira vez desde que voltou esse ano.

— Aquilo foi vergonhoso. — digo ainda mais desconfortável. — Lucy olha...

 

   A essa altura já deve ter percebido isso sobre mim: — Eu sou uma pessoa que mesmo estando errada e sabendo que está errada, vou continuar lutando para que os outros acreditem em minhas verdades. — Porém, eu devo admitir que meu comportamento, foi muito infantil ao saber da gravidez da Lucy.

 

— Desculpe ter agido daquela forma. — peço envergonhado. — Eu amo você, você é a minha melhor amiga e eu só quero o seu bem.

 

   Ela de repente me abraça, um abraço tão forte que quase me fez cair. — Esse cheiro... Fazia tempo que eu não sentia o cheiro doce natural da Lucy.

 

— Estou tão envergonhada que não sei o que dizer. — ela diz em lagrimas.

 

   Sentamo-nos em sua cama, ela coloca a mão na barriga e lágrimas incontroláveis surgem de repente.

 

— Você pode dizer o que for. — digo. — Que quer tirar, que não vai conseguir criar esse filho... Mas eu sei que você não vai seguir essa ideia adiante.

— Até você?

— Não, Lucy. — insisto. — Eu por acaso estou dizendo para ter esse filho? Só estou dizendo que na hora você não vai conseguir fazer isso.

— E porque não? — ela pergunta.

— Porque você é a Lucy. — respondo. — A garota mais gentil de Lima Ohio, a garota mais doce que eu já conheci.

— Estamos falando de mim ainda? — ela pergunta sorrindo.

— Mas se você me perguntasse, eu diria sim, tenha esse filho, crie esse filho, pois você mais do que ninguém viu o que eu sofri, nós temos a chance de fazer algo diferente aqui.

— Nós? — ela pergunta confusa.

 

   Seguro suas mãos. — Estão tremulas e frias.

 

— Lucy, você não está sozinha. — afirmo.

 

   Ela respira fundo e abre um breve sorriso.

 

— Acho que eu estava errada sobre você e o Jeff. — ela diz mudando de assunto. — Talvez eu tenha dado a entender a ele que terminar com você sanaria as duvidas dele.

— Foi você? — pergunto confuso.

— Não me odeie por isso.

— Não... — digo despreocupando-a. — É que... Vocês tem razão, eu tenho sido muito egoísta quando se trata do Jeff, pois eu sempre espero que ele esteja lá para quando eu precise, mas nunca parei para pensar que ele poderia precisar de mim.

— Você sempre acreditou que carregava esse relacionamento nas costas não é? — ela pergunta. — Não seja bobo... Eu posso afirmar, o Jeff te ama da mesma forma que você o ama... E eu continuo sem entender vocês dois.

 

   Sou obrigado a rir.

 

— Vamos fazer um trato. — ela propõe. — Nós dois vamos fazer o que é certo.

— O que seria o certo? — pergunto curioso.

— Tanto você quanto o Jeff são orgulhosos demais. — ela observa. — Mas foi você quem começou tudo isso, lembra? Você que o provocou, você que foi atrás dele...

— Então fazer o certo dessa vez, seria repetir o que já fiz? — pergunto confuso.

— Algo assim. — Lucy diz. — Você precisa admitir que o ama, e que as coisas que aconteceram no passado, é passado, e precisa provar a ele que o que ele sente por você é real, e não uma fantasia adolescente passageira.

— Eu não esperava isso de você. — admito.

 

   Lucy me beija na bochecha.

 

— E isso? — pergunto.

— Certo. — ela sorri colocando minha mão em sua barriga. — Talvez eu precise de ajuda aqui. — e então chora. — Você tem razão, eu não vou tirar essa criança.

 

   Ela me abraça e chora... Chora de forma que nunca a vi chorar antes. — Eu posso imaginar o quão difícil sua vida será daqui para frente, mas ela tomou sua decisão, e cabe a todos nós respeitar. — Essa criança irá nascer.

 

— Agora vá! — ela grita me assustando.

— Onde? — pergunto confuso.

— Vá atrás dele. — Lucy então sorri enxugando as lagrimas. — Encontre o Jeff enquanto ainda há tempo.

 

   Lucy tem razão, não há tempo a perder. — Eu o amo e é isso que importa aqui, e provar o meu amor, é o que eu devo fazer.

 

— Vou indo. — digo sem graça.

— Camisinha! — ela grita assim que saio de seu quarto.

 

   Eu vou encontra-lo, onde quer que esteja, e o farei sentir o que estou sentindo... O farei perceber que o que sente por mim é real... Que tudo o que tivemos foi real. Não somos só uma aventura passageira, ou uma aventura adolescente que logo passará... Nós somos dois homens diferentes um do outro, muito diferentes, mas quando estamos juntos, quando nos conectamos... É como se fossemos um só.

 

   Minha primeira parada foi na agencia de modelos, onde fui informado que o Jeff não apareceu por lá. — No caminho até sua casa liguei para Jenny, que disse que não o viu o dia todo. — Estou começando a me preocupar.

 

   Chego enfim ao seu bairro. — A última vez que estive aqui foi quando salvamos a Samantha. — Desço do carro assim que chego em frente a sua casa.

 

   Ouço múrmuros de repente. — Tento encontrar a origem do som, e então vejo um rapaz amarrado e amordaçado na entrada de uma rua sem saída.

 

— Meu Deus, você está bem? — pergunto tirando a mordaça de sua boca.

— Me solta, me tira daqui. — ele diz em sussurros apressados.

 

   Quando finalmente consigo libertá-lo das cordas, ele se levanta assustado e me empurra.

 

— Merda Jeff! — ele grita socando a parede. — Merda isso dói!

— Jeff? — pergunto confuso. — Desculpe, mas o que aconteceu aqui? Onde está o Jeff?

 

   Ele então me olha de cima abaixo como se tivesse tentando me reconhecer, então seu olhar ilumina e ergue uma das sobrancelhas.

 

— Você é o herdeiro dos Millers, você é o Maximilian Miller. — ele diz surpreso.

 

   Só então ligo as coisas. — Negro, cavanhaque, alto.

 

— E você é o tal do J.K. — arrisco.

 

   Ele volta a olhar para a casa do Jeff e parece perceber a chave do meu carro em minha mão.

 

— Vamos. — ele diz correndo.

— Aonde? — pergunto assustado.

— Salvar o Jeff. — ele diz me deixando apavorado.

 

   Salvar o Jeff? O que foi que aconteceu aqui? O que está acontecendo?

 

— Meu carro está aqui. — digo o fazendo parar de correr.

 

   Entramos no carro e acelero.

 

— Aonde vamos? — pergunto.

— Apenas dirija, eu guio você. — ele diz alterado.

 

   Noto seu desconforto dentro do carro, toda hora ele fica olhando para trás como se estivéssemos sendo seguidos.

 

— Vai me contar o que aconteceu? O que aconteceu com o Jeff? — insisto.

— Não sei. — ele diz me deixando irritado. — Eu fui falar com ele mais cedo, ele estava machucado, aquele pai maluco dele deve ter batido nele de novo. — ele conta. — Depois apareceram uns caras e apagou ele...

— Apagou? Apagou como assim apagou? — pergunto confuso.

— Fizeram ele desmaiar. — ele se faz entender. — Dai me jogaram lá até você me encontrar.

 

   O Jeff foi levado pela G.T?

 

— Eu conheço uns caras, e se tiver problema com a Gangue eu posso ajudar ele. — ele diz nervoso.

— Gangue? Está falando da Gangue dos Trilhos? Isso não tem nada a ver com isso.

— Como não? — J.K pergunta confuso — Espera, pra começar porque você está aqui?

— Agora que pergunta isso? — pergunto confuso. — Eu sou amigo do Jeff.

— Amigo? — ele pergunta. — Estamos falando da mesma pessoa?

 

   Freio o carro bruscamente o que faz J.K quase bater a cabeça.

 

— Puta que pariu, onde pegou sua carteira de motorista? Em uma caixa de cereais?

— É o Jeff! — grito saindo do carro.

 

   Estamos bem distantes do seu bairro. — Tudo em volta é mato e terra. — Jeff está sentado no chão, está machucado e sujo.

 

— Jeff! — J.K corre até ele.

— O que? Que está fazendo aqui! — ele o soca enfurecido. — O que você fez?

— Jeff para! — grito o deixando surpreso.

— Max? — Jeff pergunta confuso. — O que está fazendo aqui com ele?

— Eu o encontrei amarrado perto da sua casa. — conto. — Estávamos te procurando.

 

   Jeff nos olha confuso e começa a andar de um lado para o outro.

 

— O que foi que aconteceu? — J.K pergunta confuso. — O líder que fez isso?

— Não, isso não tem nada a ver com a Gangue dos Trilhos. — Jeff diz deixando-o intrigado. — Cara eu preciso que me faça um favor, preciso que encontre a Samantha.

— E como eu vou fazer isso?

— Se vira! — Jeff grita. — Se essa merda estourar o seu também tá na reta, você sabe, encontre ela, por favor.

— Já que pediu com educação. — ele diz debochado. — Como eu deveria sair daqui? Nem sei onde estamos.

— Apenas sai. — ele diz irritado.

— Não vai matar o branquelo vai? — J.K refere-se a mim. — O cara é metido mais ele estava preocupado com você.

— Eu vou ficar bem. — digo sorrindo. — Aqui.

 

   Dou a ele dinheiro.

 

— Caridade? — ele pergunta aparentemente ofendido.

— Quer voltar para casa andando? — pergunto.

— Valeu. — ele pega o dinheiro e corre.

 

   J.K toma uma certa distancia. — Vejo Jeff se distanciar também. Entro no meu carro e o acompanho.

 

— Entra. — digo abrindo a janela.

— Vai embora Miller. — ele diz friamente.

— Vamos logo. — insisto. — Está escuro, está frio...

— Acho que posso cuidar de mim mesmo. — ele diz.

— Acho que não. — digo parando o carro. — Entra logo vai.

 

   Ele hesitou por alguns segundos, mas acabou entrando no carro.

 

— Vou te levar para casa. — digo.

— Não. — ele diz me assustando. — Eu não quero ir para casa.

— Aonde então? — pergunto. — Você precisa de um banho e cuidar desses machucados.

— Pode me ajudar? — ele pergunta sem graça.

 

   Abro um sorriso de canto de boca e acelero o carro. — Encontro um motel de beira de estrada, alugo um quarto simples com duas camas de solteiro. Deixo-o no quarto e vou até uma farmácia comprar alguns medicamentos.

 

— Jeff? — chamo voltando para o quarto.

 

   Deixo a sacola em cima de uma das camas, e caminho até o banheiro. — Ele está deitado na banheira, seu olhar está fixo no teto, seus pensamentos estão longe.

 

— Precisa de mais alguma coisa? — pergunto.

 

   Ele então volta o olhar para mim, seus brilhantes olhos verdes parecem tristes.

 

— O que esta fazendo? — ele pergunta.

— Como assim? — digo sem entender. — Ajudando você.

— Não... Eu achei que tivesse terminado com você hoje, não lembra, não fui claro o suficiente?

 

   Jeff está sendo tão frio comigo que já não tenho mais coragem de dizer a ele tudo o que vim dizer. — Estou sendo fraco novamente.

 

— Desculpa. — peço.

— Para! — ele grita. — Para com essa mania de ficar se desculpando por tudo.

 

   Meu corpo está tremulo, sinto vontade de chorar. — Caminho até ele e me sento no chão de costas para a banheira.

 

— Quando você disse aquelas coisas...

— Max.

— Cala a boca e me deixa falar. — digo o interrompendo. — Quando você disse aquelas coisas para mim na escola eu fiquei arrasado, até entender que você tem razão, e acredite ou não quem me vez perceber isso foi a Lucy. — conto. — Eu tenho agido de forma estranha desde que voltei, arrumando desculpas para ter você apenas perto de mim, apenas... Apenas para saber que se eu precisasse você estaria ali, eu nunca entendi o conceito de ter alguém, o que significa ter alguém? Acho que começo a entender isso, e entendo o motivo de ter ficado irritado comigo.

— Não é só isso. — ele diz. — É tudo, é toda essa história de ser alguém que aparentemente não sou.

— O que eu sou? — pergunto a ele. — Jeff eu lutei contra isso minha vida toda, achando que ser isso me tornaria uma pessoa horrível, mas olha pra mim... Eu tenho amigos, amigos que nunca tive, eu tive amores, eu tive você. Eu nunca nos encarei como uma experiência, como algo que provavelmente iria acabar não... Eu sempre o vi como um alguém especial.

— Eu te vejo da mesma forma, você sabe disso. — ele diz envergonhado. — É só que... Você não vai ser feliz comigo e já provamos isso, eu não posso dar a você o que você quer de mim, pelo menos não agora.

 

   Viro-me para ele. — Nossos rostos estão tão perto, que fico corado, e o vejo corar também.

 

— Eu amo você. — digo.

 

   Jeff então me beija.

 

— Eu também amo você. — ele afirma.

— E eu posso aprender a viver no seu mundo. — digo em sussurros.

— E eu posso aprender a viver no seu mundo. — ele repete também em sussurros.

 

   Ambos abrimos um sorriso e voltamos a nos beijar. Ele abre um sorriso tão terno e caloroso que me faz arrepiar.

 

— Está tarde. — digo em sussurros. — Eu tenho que voltar.

 

   Levanto, porém sinto sua mão molhada me puxar para baixo, caio dentro da banheira, em cima dele.

 

— Fica comigo essa noite. — ele pede.

 

   Eu não sei o que está me dando nesse exato momento, mas minha mente só consegue pensar nele. Tento imaginar a irá do meu pai ao descobrir que ainda não cheguei em casa, mas nada disso importa agora. — Faço que sim com a cabeça e seu sorriso retorna. — Levantamos os dois da banheira, ele segura firme minha mão e me leva de volta ao quarto. Tiro o blazer e a camisa e ele me joga na cama. Sinto seu corpo sobre o meu, sua pele molhada... Seus lábios tocam os meus novamente. — Meu corpo se arrepia, e sinto o seu arrepiar também. — Sua mão direita viaja pelo meu corpo e me causa um leve tremor quando toca meu abdome. — Ele sessa o beijo e concentra-se em me deixar nu. — Sinto-me envergonhado, mas não é a primeira vez que fazemos isso. — Fico de joelhos na cama e ele também. Suas mãos alisam meus cabelos, e eu apenas permaneço parado observando seus brilhantes olhos. — Ele então segura a minha mão e a leva até seu pênis já ereto. Jeff dá um leve suspiro assim que o toco. Faço movimentos de vai e vem com as mãos, masturbando-o, e posso ver seu rosto corar e sua respiração ficar desregular.

 

— Eu senti a sua falta. — Jeff sussurra em meu ouvido.

 

   Sou deitado gentilmente na cama, e seu corpo desce junto ao meu. Seus lábios viajam por cada centímetro meu, me deixando excitado. — Ele me olha com a cara mais sem vergonha do mundo. — Assim que volta a me beijar, sinto uma forte pressão em meu ânus, e só então percebo que ele está penetrando seu dedo em mim. — Seus preliminares foram rápidos demais, pois posso perceber sua pressa quanto sua excitação. — Jeff pega sua calça que está jogada no chão do quarto, e de dentro da carteira tinha uma camisinha. Ele se atrapalha para abri-la, então eu o ajudo, e também ajudo a colocar. — O deito na cama e sento em seu abdome. Ele toca em meu pênis me fazendo suspirar alto. — Estou tão excitado que simplesmente esqueci o quão doloroso é no inicio. — Simplesmente me sentei em seu pênis, o fazendo entrar violentamente em mim. Faço movimentos lentos, porém Jeff não se aguenta, ele me levanta no colo ainda com seu “amigo” em mim, e me deita na cama, e então conduz o sexo, fazendo seus movimentos mais veloz e mais intenso. — Eu tinha me esquecido de como isso dói, mas ao mesmo tempo em que dói, consigo sentir um prazer absurdo, e esse prazer me faz abrir um sorriso, o que faz o Jeff abrir um sorriso também. Puxo sua cabeça para junto a mim e o beijo apaixonadamente. — Seus movimentos então sessão, e ele retira seu pênis de mim, ele se deita do meu lado. — Ele realmente quer tentar fazer isso? Não deu muito certo da primeira vez. — Ajoelho-me na cama, e pego outra camisinha dentro da carteira dele. Coloco suas pernas sobre meus ombros, e com o dedo toco o seu ânus, o fazendo gemer assustado.

 

— Tem certeza? — pergunto.

— Apenas faça. — ele insiste.

 

   Coloco meu pênis em seu ânus, mas não prossigo, porém em um ato surpreendente, ele me puxa para junto dele, o que força violentamente o meu pênis a entrar. — Seu grito é assustador. — Ele está fazendo isso por mim? Para provar alguma coisa? — Lagrimas caem de seus olhos, mas mesmo assim ele não tira o seu sorriso do rosto. — É tão apertado, mas é bom... É uma sensação diferente. — Seus gemidos agora se tornam mais instáveis, seus pênis pulsa e ele começa a se masturbar, e então goza rapidamente. — Continuo com meus movimentos, o vejo agarrar a roupa de cama com tamanha força que ele começa a ficar vermelho. — Ver isso é o ápice para mim, não sei se é seu rosto fofo sofrendo, ou ser eu o dominador dessa vez, mas minha excitação é tanta que gozo assim que tiro minha camisinha, jorrando meu esperma sobre ele.

 

— Acho que não me restam duvidas quanto meus sentimentos por você. — ele diz em sussurros ofegantes.

— Vem. — digo levantando da cama.

— Não consigo andar. — ele brinca. — Preciso de cadeira de rodas.

— Deixa de ser bobo. — digo sorrindo. — Vamos tomar um banho juntos.

 

   Ele sorri para mim e se levanta realmente com dificuldade. Entramos juntos na banheira, o que fez a água transbordar um pouco. — Estamos cada um em uma ponta. — Jeff não para de me olhar, de me encarar, isso me deixa constrangido.

 

— Eu gostaria que esse momento pudesse durar para sempre. — digo.

— Tirando a dor, eu também. — ele diz me forçando a rir.

 

   Depois do banho deitamos os dois apenas de cueca. — Dormimos na mesma cama, e dormir com ele me abraçando, me aquecendo, foi tão tranquilizador que dessa vez não tive um sonho sequer com a G.T. — Eu o amo... O amo com todas as minhas forças, e se eu tiver que manter nosso relacionamento escondido até o fim da minha vida eu o manterei, se isso significar que eu o terei, junto a mim.

 

---//---

 

   Desperto assustado. — Onde eu estou? — Olho para trás e vejo Jeff dormindo de bruços. — Tudo aquilo aconteceu mesmo não é? — Levanto-me e procuro minhas roupas.

 

— Miller? — ele chama me assustando. — O que está fazendo?

— Já amanheceu. — digo um tanto ansioso. — Eu tenho que ir para casa.

— Relaxa cara. — ele murmura fechando os olhos novamente.

— Jeff! — digo jogando sua calça para ele. — Levanta logo.

— Chato...

 

   Depois de muito reclamar ele finalmente levantou. Saímos do quarto e deixamos o motel logo em seguida. — Vejo meu celular: 06h45min, oito de maio de dois mil e quinze... Vinte e duas ligações perdidas. — Acho que estou encrencado.

 

   Deixo Jeff próximo a sua casa, e em seguida sigo para a minha. — Estaciono meu carro, respiro fundo e finalmente entro em casa.

 

— Sr. Miller. — Guadalupe vem a mim aliviada. — Onde o senhor esteve?

— Por ai. — digo vagamente. — E os meus pais? — pergunto.

— Seu pai está no escritório e sua mãe ainda não desceu. — ela responde.

— Eu vou tomar um banho e já desço. — digo dando um beijo em seu rosto. — Bom dia!

 

   Ando em passos largos e silenciosos, e me tranco em meu quarto. Tiro minhas roupas e corro para o banheiro. A água quente do chuveiro caindo em mim me faz lembrar a noite passada.

 

   Desço para o café da manhã e sou recebido na sala de jantar com olhares frios contra mim, exceto pela minha mãe, que corre para me abraçar.

 

— Você está bem? — ela pergunta assustada.

— Estou ótimo. — respondo tranquilizando-a. — Gente, porque estão todos me olhando dessa forma?

— Não sei. — Patrick diz bebendo seu café. — Talvez pelo fato, de você não ter dormido em casa.

— Onde passou a noite? — meu pai pergunta assim que me sento.

— Dormi na casa do Robert. — minto. — Ele estava muito abalado com tudo que vem acontecendo.

— É mentira. — Patrick diz.

— Como saberia? — pergunto. — A não ser que voltou a me vigiar, ou nunca o parou de fazer. — provoco. — Eu estava sim na casa do Robert.

— Quem é Robert? — meu pai pergunta.

— Robert Green. — minha mãe diz.

 

   Meu pai deixa seu jornal cair, o que chama a atenção de todos.

 

— Algum problema querido? — Margareth pergunta.

— Estou bem mãe. — ele diz fazendo sinal para Juan pegar o jornal do chão. — E o que esse tal Robert tem que fez você ficar na casa dele sem nos avisar?

— Eu conto ou você conta? — pergunto a Patrick.

— O que está havendo? — minha mãe pergunta curiosa.

— Tá legal eu falo. — digo. — Patrick vai ser papai.

 

   Meu avô e meu pai olham para ele como se tivessem tentando sufoca-lo com a mente.

 

— Você perdeu o juízo? — Sebastian, meu avô pergunta. — Pai? Quantos anos têm dezesseis?

— Dezessete. — ele corrige.

— Grandes coisas a sua idade. — ele continua a gritar. — Você é uma criança, não terminou seus estudos ainda... Quem é a mãe?

— Isso não vem ao caso. — ele diz em sussurros.

 

   Pensei em dizer que a mãe é a Lucy, mas a reação do meu avô está me deixando apavorado.

 

— A garota loira da casa da frente, que está com a mãe no hospital. — Margareth revela.

— Lucy? — minha mãe pergunta incrédula. — Max, você sabe de alguma coisa? — ela pergunta.

— Eu acho que eu devo ir. — digo.

— Não! — Patrick e meu pai dizem ao mesmo tempo.

— Você inventou de abrir a boca, agora fica. — Patrick continua.

— Você que tentou me ferrar mais uma vez, lide com isso sozinho. — digo saindo.

 

   Saio apressado ainda ouvindo a confusão na sala de jantar. Assim que saio de casa vejo Lucy atravessando a rua.

 

— Hey! — corro até ela. — Vem comigo, rápido, eu te dou uma carona para escola.

— O que aconteceu? — ela pergunta assustada.

 

   Lucy entra no meu carro, e assim que saímos do condomínio conto a ela o que acabará de acontecer.

 

— Você fez o que?! — ela berra. — Você perdeu o juízo, você contou aos seus pais que eu estou gravida?

— Não exatamente. — me defendo. — Eu só disse que o Patrick ia ser pai.

— Claro e ele contou. — ela bufa irritada.

— Na verdade foi minha avó que falou que você é a mãe do filho dele. — conto.

— Aquela velha enxerida. — ela grita. — Que droga Max, e o que eu deveria fazer agora? Seus pais vão contar para o meu pai, e quando isso acontecer ele vai me matar.

— Seu pai nunca faria isso com você. — tento acalmá-la. — Ele te ama, ele vai entender.

— Entender o que? — ela pergunta. — Que a filha que ele achava que era uma santa é na verdade uma vagabunda que ficou gravida aos dezesseis anos?

— Credo, não diga essas coisas de você mesmo. — reclamo. — Vamos para escola, vamos fazer nossos testes, e eu vou com você para o hospital falar com o seu pai.

— As coisas não são tão simples assim. — ela murmura. — Eu não posso fazer isso.

— Ei... — digo segurando sua mão. — Vai dá tudo certo.

 

   Não demoramos muito para chegar à escola. — Assim que estaciono e descemos do carro, Lucy parece lembrar-se de algo.

 

— Ontem à noite. — ela diz. — Sua mãe me ligou perguntando se eu sabia onde estava.

— O que você disse? — pergunto curioso.

— Sei lá, entrei em pânico, disse que provavelmente você tinha reatado com a Sarah.

— Sério? — pergunto seriamente. — Não pensou em nada melhor?

— Desculpa. — ela diz sorrindo. — Mas sério, e ai o que aconteceu? Você o encontrou?

— O que acha? — pergunto com um sorriso bobo no rosto.

— Pela sua cara parece que a noite foi boa. — ela sussurra sorrindo. — Seu depravado.

— Falou a adolescente gravida. — brinco.

 

   Quando estávamos prestes a entrar na escola, ouvimos um grito.

 

— Hey! Você ai.

 

   Olho para trás e vejo Melissa, a irmã do Robert, e junto a ela Anna a assistente da treinadora das Líderes de Torcida.

 

— O que fez com meu irmão? — Melissa pergunta empurrando Lucy.

— Ei, calma! — intervenho me colocando entre as duas. — O que aconteceu Melissa?

— Você sabe bem o que aconteceu, essa dai está gravida de outro cara, estava engando o meu irmão, e agora ele sumiu.

— Enganando seu irmão? — ela pergunta confusa. — Eu nunca tive nada com o Robert, nós nunca fomos namorados, eu só fiquei com ele uma noite.

— O suficiente para destruir o coração do meu pequeno Robbie. — ela diz.

— Isso é ridículo. — Lucy murmura irritada. — Ouça bem, diga ao seu irmão para parar de drama, ele não é o pai dessa criança, o que ele acha? Eu nunca gostei dele, eu não entendo o que aquele retardado quer comigo que não para de...

 

   Repentinamente Melissa dá um tapa no rosto de Lucy. — Os curiosos começam a se juntar e murmurar coisas sobre as duas. — Espera... O Robert sumiu?

 

— Fica longe do meu irmão. — ela grita dando de costas.

— Precisa de carona? — Anna pergunta.

— Não, eu pego um taxi. — Melissa responde gritando.

 

   A pequena multidão formada com esse escândalo não se desfaz o que nos força a entrar na escola. — É incomodo esses olhares que todos estão tendo com a Lucy.

 

— Você está bem? — Anna pergunta a Lucy. — Melissa tem uma mão pesada às vezes.

— O que você quer? — Lucy pergunta irritada. — Quem é você afinal de contas? O que estava fazendo com a Melissa?

— Sou uma estudante de intercâmbio lembra? — Anna diz. — Eu ficava no campus da faculdade, mas Melissa se ofereceu para me hospedar em sua casa, então estou vivendo com eles.

— Há quanto tempo? — pergunto curioso.

— Acho que vocês estavam na Califórnia quando me mudei.

— Tanto faz. — Lucy reclama voltando a andar.

— Espera. — Anna a faz parar. — E quanto aquilo?

— Aquilo? — pergunto.

— Você é um bocado fofoqueiro em...

— Esquece Anna, eu resolvi não fazer. — Lucy diz deixando-a aliviada.

— Ainda bem. — Anna respirava aliviada. — Eu estava mentido sobre ter conseguido alguém, na verdade eu ia te levar em um beco e te bater na barriga até sangrar, mas é melhor assim. — ela diz nos assustando. — Okay! Nos vemos no treino... Ah é verdade você foi expulsa, então nos vemos por ai.

 

   Anna se afasta de nós. — O que diabos há de errado com essa mulher? Acho que a loucura da família Green é contagiosa.

 

— Ela estava brincando quando disse que te bateria até sangrar... Não é?

— Sei lá. — Lucy diz com semblante ainda apavorado.

— Sr. Miller!

 

   Só então vejo o Sr. Palmer, o professor de espanhol, entre os alunos.

 

— Encontro você depois. — Lucy diz. — Bom dia professor.

— Bom dia Srta. Evans. — ele a cumprimenta.

— Algum problema? — pergunto curioso.

— Não, é só que... Lembra-se do meu filho? Que eu disse que estava pensando em trazê-lo para cá?

— Ah! Sim. — lembro. — E então? Finalmente conhecerei o jovem Palmer?

— Em breve. — ele responde com um sorriso. — A verdade é que ele não conhece ninguém aqui, e vai ser o último ano dele na escola, então...

— Você quer que eu me torne amigo dele? — pergunto confuso.

— Isso seria ótimo! — ele diz agradecido. — Sabia que podia contar com você Miller, eu te aviso quando ele chegar.

— Não, espera...

 

   O Sr. Palmer sai apressado. — O que está acontecendo com as pessoas atualmente? Estão todas tão estranhas.

 

---//---

 

   Termino minha última prova e vou para a quadra das piscinas, onde acontecerá uma apresentação de natação artística. — Jasper, Sarah, Liam, Jacob e eu, estamos juntos na arquibancada.

 

— Já sabe o que vai fazer quando terminar a escola? — Jasper pergunta para Liam. — Quero dizer, você entrou para Yale, mas vai direto para lá, ou vai esperar.

— Eu tive muito sorte de conseguir isso. — ele diz. — Não vou desperdiçar esperando.

— Não foi sorte, você mereceu. — Sarah diz em sorriso amigável.

— E quanto a vocês? — Liam pergunta. — S.A.T é semana que vem, não?

— Sim. — Jasper confirma. — Eu tenho tentado estudar, Sarah também me ajuda, mas é bem complicado essas coisas.

— E os outros? Robert, Jeff... Louise disse que iriam estudar juntos.

— Vai saber o que acontece. — Jasper diz agora encarando Sarah. — Esse pessoal tem tantos segredos que acabam esquecendo-se da gente e da escola.

— Isso não é verdade. — digo.

— É sim. — Jacob se intromete. — Quando foi a última vez que saímos todos juntos?

— Nós fomos para Califórnia. — Sarah coloca em questão.

— Vocês foram para Califórnia. — Jacob lembra. —Eu não fui.

— Ele está certo. — digo em sussurros.

— A gente devia ir até o Robert. — Liam propõe. — Desde aquela confusão lá da Lucy estar gravida que ele não vem para a escola.

 

   Eu até entendo o motivo do Robert ficar tão abalado quanto a Lucy. — Eu me imagino na situação dele, como eu reagiria se soubesse que o Jeff vai ser pai? Isso só significaria que ele estaria me traindo... Bom, não tecnicamente já que ele está namorando a Bella, e eu sou o... Amante. — Que horror!

 

— Pessoal! — Bella nos chama subindo a arquibancada.

 

   Falando no diabo...

 

— Alguém viu o Jeff? — ela pergunta preocupada.

— Não o vi o dia todo. — Jasper diz pensativo. — Não acho que ele tenha vindo.

— Max? — Bella pergunta.

— E como eu poderia saber? — pergunto confuso. — Eu e ele mal nos falamos.

 

   Jacob olha para mim querendo dar uma risada. — Esqueci que o Jacob sabe que Jeff e eu tivemos um caso.

 

— Eu vou até a casa dele, já que não vamos ter mais aula hoje. — ela anuncia. — Alguém quer ir comigo?

— Não. — Liam e Jacob dizem ao mesmo tempo.

— Jeff me odeia. — digo fingindo me concentrar na apresentação do time artístico de natação da escola.

— Nem rola. — Jasper também recusa. — Sarah e eu vamos ao cinema.

— Grandes amigos vocês são. — Bella reclama. — E só para constar, ele não te odeia. — ela agora se dirige a mim.

 

   Bella desce a arquibancada e sai da quadra das piscinas irritada. — Droga, ela realmente me deixou curioso. — Desço a arquibancada e corro atrás dela. Saio da quadra e consigo encontra-la mexendo em seu armário.

 

— Desculpe, eu não quis ser rude. — digo me desculpando. — É só que... Você sabe, muita coisa aconteceu entre o Jeff eu no ano passado.

— Claro que eu sei. — ela diz. — Todo mundo sabe daquele maldito sequestro. Porém o Jeff está arrependido.

— Eu sei. — digo me apoiando de costas no armário. — Para falar a verdade nós meio que estamos nos tornando amigos, mas as coisas são complicadas.

— Jeff é uma boa pessoa, e realmente se importa com você, e também com a Lucy e o Robert, por mais que ele negue.

— Então... Eu realmente queria ir com você e saber o motivo dele não ter vindo, mas você sabe... Tem aquele pequeno problema das nossas famílias e...

— Eu sei. — ela sorri para mim. — Nos vemos depois.

— Claro. — digo enquanto ela sai.

 

   O Jeff não veio à aula. — Será que alguma coisa aconteceu? Será que a G.T foi atrás dele novamente? Parando para pensar nisso, ontem enquanto estávamos juntos nem por um segundo conversamos sobre isso. — Eu fui egoísta? De novo...

 

— Miller! — ouço a voz irritada do treinador, Alec me chamar.

 

   O vejo se aproximar de mim junto a um homem que nunca vi.

 

— Algum problema? — pergunto confuso.

— Sr. Miller, esse é o Agente Carter da F.B.I. — Alec diz me deixando assustado.

— F.B.I? — pergunto.

 

   Nesse mesmo momento, Sarah, Jasper, Liam e Jacob vêm ao meu encontro.

 

— Maximilian Miller, certo? — o agente pergunta. — Tenho algumas pergunta a fazer sobre Spencer Green e Jéssica Johnson.

— Spencer Green? — pergunto confuso. — Esse é o pai do Robert. — digo ainda mais confuso. — Ele está morto há anos.

— Spencer Green foi dado como morto. — o agente revela. — Ele está vivo.

 

   Vivo? Como assim vivo? — O agente e eu vamos para o lado de fora da escola, ele pede para que conversemos dentro do seu carro, mas aquilo me deixou apavorado, então resolvemos conversar na arquibancada do campo de futebol.

 

— Não entendo. — começo confuso. — Como o pai do Robert pode estar vivo?

— Isso não é assunto para tratar com você, não acha?

— Não. — discordo. — Você veio até mim para falar sobre ele, então tenho o direito de saber. Afinal o que eu tenho a ver com isso?

 

   O Agente Carter me entrega alguns arquivos, e o que mais me chama atenção é o nome como se referem a esse caso: “G.T”.

 

— Estou um pouco confuso. — digo.

 

   Tem alguma coisa errada, esse homem... Ele não me é estranho.

 

— Max! — ouço o grito de Sarah.

 

   Então a vejo correndo no campo vindo até nós.

 

— Ele é da G.T! — ela continua.

— O que? — pergunto confuso.

 

   Repentinamente o homem coloca a mão na cintura e vejo sua arma. — O que está acontecendo? — O empurro e desço correndo da arquibancada. — Encontro-me com Sarah, a puxo pelo braço e corremos juntos.

 

— Ele é um dos homens que nos atacou no festival de primavera. — ela diz ofegante. — Max eu acho que eles são da G.T.

 

   Olho para trás e o vejo correndo atrás da gente. — Chegamos ao outro lado do campo e damos de cara com Liam e o treinador Alec.

 

— O que está acontecendo? — Alec pergunta.

— São bandidos. — grito.

 

   O treinador Alec desmaia de repente, só então percebemos que havia alguém atrás dele, que o golpeou com uma arma.

 

— Max? — Liam pergunta assustado.

— Acho que é a G.T. — digo apavorado.

 

   O homem que se passou por agente finalmente nos alcança e aponta sua arma contra nós.

 

— Nos poupou o trabalho de ir atrás dela também. — o homem diz.

— E esse outro? — o outro homem pergunta referindo-se a Liam.

— Sem testemunhas. — ele diz. — Vamos levar todos.

 

   O que? O que está acontecendo aqui?! — Alguém nos ajude!


Notas Finais


G.T finalmente começou a agir seriamente e Max e Sarah foram levados! Nos próximos capitulos vamos descobrir o que realmente está acontecendo, e um grande segredo está prestes a se ser revelado!

Até mais!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...