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História The Clash 2 - The Distance, The Overcoming and The Change - Caçada


Escrita por: TakaishiTakeru

Notas do Autor


Olha quem voltou... hehehe... Vamos lá

Capitulo narrado pela Lucy

Capítulo 26 - Caçada


Contar ao meu pai sobre essa gravidez não será uma tarefa fácil, mas o Max está certo eu preciso fazer isso o quanto antes. — Por falar nele, onde ele está? Pensei que tivéssemos marcado de nos encontrarmos fora da escola.

 

— Lucy! — ouço a voz de Jasper me chamando.

 

   Jasper vem até mim aparentemente preocupado com algo.

 

— Viu a Sarah por ai? — ele pergunta.

— Não. — respondo. — Estou esperando o Max faz um tempo, talvez eles estejam juntos.

— Odeio quando ela me faz esperar. — Jasper reclama mexendo no cabelo. — Se bem que o Max deve estar falando com aquele cara da F.B.I ainda.

— Cara da F.B.I? — pergunto assustada. — Que cara?

— Não sei. — ele diz confuso. — O mais estranho de tudo é que o Max ficou muito perturbado quando o homem disse que estavam ali por causa de um cara chamado Spencer Green, o Max até disse que esse cara estava morto e que era algo do Robert.

— Estou com mau pressentimento. — sussurro intrigada. — Jasper eu preciso encontrar o Max, me ajuda?

— Claro.

 

   Procuramos por quase todos os cantos da escola, mas nenhum sinal do Max. — Estou começando a ficar realmente apavorada.

 

— Hey! — Jasper aborda uma líder de torcia. — Viu a Sarah por ai?

— Dá última vez que há vi ela disse que tinha lembrado algo importante e correu para o campo de futebol. — ela responde.

 

   Jasper e eu trocamos olhares e corremos para o campo. — Está tudo vazio.

 

— Lucy tem alguém ali! — Jasper exclama assustado.

 

   Meu Deus tem um corpo no campo! — Corremos até ele, e vemos o Treinador Alec no chão.

 

— Treinador? — Jasper o chama. — Treinador?

— Cuidado! — Alec grita de repente, me assustando.

 

   Alec se levanta assustado e olha confuso para os lados, ele põe a mão na cabeça e resmunga de dor, e finalmente parece se lembrar de algo.

 

— O que aconteceu com o senhor? — pergunto assustada.

— Onde estão eles? — Alec pergunta. — O Miller e a líder de torcida, a... A, a Sarah, isso Sarah.

— O que têm eles? — Jasper pergunta apreensivo.

— Meu Deus. — ele então respira fundo. — Acho que eles foram sequestrados.

 

   Sinto-me tonta de repente, e antes que eu pudesse cair, Jasper me segura. — Não, não! Eu achei que estava tudo bem, eu achei que o que fizeram com a minha mãe foi o fim da linha para eles, mas não... Eles ainda não acabaram.

 

— Lucy? Você está bem? — Jasper pergunta.

— Você dirige? — pergunto.

— Sim.

— Por favor, me leve a um lugar. — digo em sussurros. — Talvez eu possa ajudar a encontrar a Sarah e o Max.

 

   Aproveitamos a distração de Alec e corremos para o estacionamento. Entramos no carro de Jasper e ele acelera. — Tento ligar para Jeff, mas ele não atende, ligo para Robert também, mas só dá caixa de mensagens. — Eu estou sozinha agora?

 

— Pode começar a explicar. — Jasper diz irritado. — A Sarah foi sequestrada, por quê?

— Não sei. — minto.

— Não minta! — ele berra me deixando assustada. — Desculpa. Eu estou nervoso, merda me conta logo o que está acontecendo? Isso tem alguma coisa a ver com esses segredos de vocês não é?

 

   A essa altura já não faz mais sentido esconder isso dele. — A namorada dele foi sequestrada, ele merece saber a verdade. — Contei a ele tudo o que vem acontecendo com a gente desde o baile de primavera, contei a ele também sobre a relação da Sarah com o Max ano passado, sobre o Jeff e eu... Mas não contei nada sobre o Jeff e o Max.

 

— Você, o Max, Patrick e o Robert são ricos, o Jeff é filho da tal maluca que também é rica... Onde a Sarah entra nisso? Por que alguém iria querer sequestrar a Sarah?

 

   Se formos levar por esse aspecto. — Dinheiro. — O que o Jasper está dizendo faz sentido, mas eu sei que não é só isso. Mas ele tem razão, eu não consigo encontrar motivos para que o Robert e a Sarah também estejam sendo perseguidos pela G.T.

 

— Eu não sei. — digo confusa. — Estamos tentando entender ainda o que a G.T realmente quer com a gente.

— Você disse que talvez poderia ajudar a descobrir onde eles estão. — Jasper lembra. — Como?

— O alvo da G.T sempre foi o Max. — explico. — Mas pelo que já notei deles, eles nunca agem sem que todos nós estejamos juntos, ou seja...

— Você, o Jeff, o Robert e o Patrick são os próximos. — ele deduz. — Lucy, precisamos avisar a policia.

— Não que eu ache que isso vá resolver alguma coisa, mas faça isso. — digo. — Conte a eles apenas o que eu contei sobre a G.T, nada, além disso. Peça que fiquem de olho na casa do Jeff e no meu condomínio.

— E quanto a você? — ele pergunta.

— Chegamos. — digo o fazendo parar.

— Tem certeza que vai ficar bem? — Jasper pergunta.

— Por favor, se apresse eu prometo que vou trazer sua namorada pra casa. — digo.

 

   O carro acelera novamente me deixando em frente ao prédio das Corporações Miller

   Entro no prédio e subo para o andar onde fica o escritório do meu pai e do pai do Max.

 

— Srta. Evans?! — Tita, a secretária de Paul me recepciona surpresa. — Que surpresa, seu pai ainda não voltou do hospital.

— Eu vim ver o Paul, estou entrando... — digo passando por ela.

— Espere, por favor.

 

   Abro a porta de sua sala e o vejo aos beijos com uma mulher que nunca vi antes. — Olho para Tita e a vejo prestes a chorar.

 

— Nojento. — digo enojada.

 

   A mulher corre envergonhada da sala, e Tita nos deixa sozinhos.

 

— Lucy o que você acabou de ver aqui foi...

— Não importa o que houve aqui. — digo o deixando surpreso. — Por favor, senta.

— Lucy o que aconteceu?

— Senta logo.

 

   Ele se senta e suas mãos começam a tremer. — Estou correndo o risco de fazê-lo parar no hospital novamente, mas ele precisa saber que seu filho foi levado, e como também já percebi nossos pais sabem mais da G.T do que realmente nos contam, então dessa vez Paul pode ajudar a desvendar esse mistério.

 

— Não de um treco, por favor. — digo também tremendo. — O Max foi sequestrado pela G.T.

 

   Paul, não expressa nenhuma reação aparente. — Será que não fui suficientemente clara?

 

— Você me ouviu?

— Tem certeza? — ele pergunta com a voz tremula.

— Absoluta. — afirmo. — Um homem foi a nossa escola se passando por um agente da F.B.I, ele levou o Max e a Sarah, então fique tranquilo, pois eu tenho certeza que eles não vão fazer nada até...

— Até vocês seis estarem reunidos. — Paul completa. — Tudo está se repetindo, e dessa vez está acontecendo com vocês.

— Paul se tem algo a dizer pode começar, porque eu não quero ser sequestrada de novo, e não quero que machuquem meus amigos, então fala o que tiver que falar.

 

   Ele hesita de inicio, mas finalmente concorda em falar.

 

— Foi há dezessete anos. — Paul começa a contar. — Eu estava no auge de tudo o que sempre sonhei, eu tinha tudo... Só não tinha um filho, alguém que pudesse se orgulhar de mim e me suceder, Michelle não conseguia engravidar, e na época os Johnsons tinham aquele rapaz, o Jeff, e os Green também tinham um casal.

— A família do Robert? — pergunto confusa. — Então existe mesmo uma conexão do Robert com tudo isso que está acontecendo?

— Na verdade a minha teoria é que tudo isso só está acontecendo por causa do que fizemos. — ele diz. — Anos depois que eu já tinha o Maximilian, aconteceu coisas... E... Spencer enlouqueceu, ele sequestrou a mim, a Michelle, seus pais, os pais do Jeff e uma enfermeira.

— Enfermeira? — pergunto confusa.

— Não sei quem era. — ele parece mentir.

 

   Poderia essa enfermeira ter alguma ligação com a Sarah?

 

— Spencer é o pai do Robert, não é?

— Aparentemente sim. — ele confirma. — Que ironia, vocês acabarem amigos do filho daquele maluco.

— O que fizeram que deixou ele assim? — pergunto.

— Eu não posso entrar em detalhes, mas... Durante o sequestro Jéssica revelou que estava ao lado de Spencer o tempo todo, nos traindo, e Yan ficou enfurecido. Jéssica o convenceu a nos libertar, mas Yan estava louco, ele... Pegou um caminhão e disse que iria resolver as coisas com os Green, no dia seguinte eles estavam mortos.

— O pai do Jeff matou os pais do Robert?! — digo incrédula. — Tá... Mas como isso se encaixa com o que está acontecendo agora?

— Acontece que Spencer está vivo. — Paul revela.

 

   Só então me lembro do que Jasper disse, que o homem que se passou por agente da F.B.I disse algo sobre o tal de Spencer estar vivo.

 

— Espera, você acha que o pai do Robert está fazendo isso? Acha que o pai do Robert é a G.T?

— Se ele é a G.T eu não sei, mas... Que é uma possibilidade é... Não é? Pensa comigo, quem mais iria querer ferir a gente atingindo vocês?

— Robert é o filho dele, que pai tentaria matar o próprio filho? — pergunto assustada.

— Eu disse que é uma hipótese não que é a verdade. — ele diz respirando fundo. — Certo preciso te levar para um local seguro.

— Não! — grito. — Eu vou ajudar.

— Negativo. — ele diz levantando. — Vou mandar alguém atrás do Robert e do Jeff, o Patrick eu acho que está em casa e...

— Paul, eu não vou ficar aqui sem fazer nada.

— Lucy você está gravida! — ele exclama me deixando envergonhada. — E se essa criança for mesmo um Miller, eu não posso deixar que você se machuque.

 

   Serio? Agora todos acham que sou uma vagabunda que dorme com todo mundo?

 

— Então se o filho não for do Patrick vai jogar para os assassinos?

— Não foi o que eu disse. — ele pega o paletó.

— Vocês contaram ao meu pai? — pergunto preocupada.

— Não cabe a mim fazer isso, não acha? Agora vamos.

 

   Passamos por Tita sem dizer uma palavra. — Me volta à cabeça a imagem de Paul beijando aquela mulher bem ao lado da amante. Estou começando a entender a revolta do Max com o pai, e Michelle não merece passar por isso, então quando tudo isso acabar eu vou resolver isso, mesmo que não seja da minha conta. — Chegamos ao estacionamento que está vazio e perturbadoramente silencioso.

 

— Está frio aqui. — reclamo em voz baixa.

— Temos que nos apressar e...

 

   Repentinamente as luzes apagam, e as luzes vermelhas de emergência ascendem.

 

— O que é isso agora? — ele pergunta irritado.

— São eles. — grito, apavorada. — Corre!

 

   Corro assustada e vejo Paul ainda parado, só então quando ele vê um furgão preto vindo em sua direção que ele corre. — É realmente a G.T, eles estão aqui por mim, eu preciso sair daqui. — Paul me puxa pelo braço e corremos juntos até o elevador, ele aperta o botão varias vezes, mas nada acontece, corremos novamente na direção da porta que leva as escadas, porém o furgão entra em nossa frente. — Para onde ir? — Olho para a saída do estacionamento, é a única saída que temos agora, porém se formos os dois para lá certamente o furgão irá nos impedir de passar.

 

— Confia em mim? — Paul pergunta em sussurros.

— O que vai fazer? — pergunto assustada.

— Pega. — ele me entrega a chave do carro. — Eu vou distrair eles, conseguir um tempo para você sair daqui, pega o meu carro e vá para a minha casa, diga a Michelle... Que peço perdão por tudo.

— Não. — então choro. — Para, nós dois vamos sair daqui, você vai ver o seu filho de novo, e você mesmo vai dizer essas coisas para a Michelle.

 

   O motor do furgão assusta Paul, que me empurra me forçando a correr. — Eu não posso fugir e deixa-lo aqui, ele é o pai do meu melhor amigo. — Corro na direção do carro de Paul, enquanto o mesmo joga alguma coisa contra o furgão, chamando a atenção deles. — Finalmente chego ao carro, entro e o ligo. — Eu não sei dirigir. — Tento acelerar, mas o carro da ré, batendo na parede. — Merda! — Finalmente consigo acelerar, saio tão rápido da vaga que quase bato no pilar no centro do estacionamento. Percebo então que o furgão está vindo em minha direção. — Onde está Paul? — Acelero novamente indo em direção à saída do estacionamento. Destruo a cancela que estava abaixada, e assim que saio do prédio o furgão bate na traseira do carro, me fazendo bater a cabeça no volante. — Abro a porta do carro e caio de joelhos no chão, uma grande multidão começa a se formar. Vejo que o furgão ainda está ali, porém parado. — O que está esperando? Acabe logo com isso!

 

— Lucy! — ouço gritos chamando meu nome.

 

   Um homem desce do furgão, ele está todo de preto, mas da para ver que ele é branco, seus olhos são castanhos claro, porém está usando uma toca. Ele aponta uma arma para mim. — Eu vou morrer? — Ouço os gritos apavorados das pessoas que começam a correr. — Os seguranças do prédio tentam imobilizá-lo, porém o homem friamente atira nos seguranças. — Não consigo me mexer, estou com tanto medo que não consigo raciocinar... — Fecho os meus olhos e fico ali parada. — O que eu faço? Mãe, pai... Tanta coisa que eu queria falar, pedir desculpas, eu queria ser uma pessoa melhor para os outros, queria poder abraçar a songamonga da Sarah de novo, irritar o Jeff, Max... — Sinto alguém me puxar e me pegar no colo. Ouço então um disparo.

 

   Sinto uma gota cair em meu rosto, abro os olhos devagar e o vejo...

 

— Robert?! — digo confusa.

 

   Estou nos braços do Robert, ele está correndo comigo, aparentemente o tiro não o atingiu e também não a mim. — Como ele chegou aqui? Ele, ele me salvou... De novo. — Ele corre comigo até um canteiro de obras, e me coloca no chão. — Ele está usando a mesma roupa de quando foi a minha casa dias atrás, seus cabelos estão bagunçados, e seus olhos vermelhos e inchados de tanto chorar.

 

— Você não tinha que fazer isso! — digo em lágrimas.

— Cala a boca! — ele berra me assustando.

 

   Suas mãos de repente agarram tão fortes os meus braços que começo a sentir medo dele.

 

— Nunca mais faça algo assim. — ele grita em lagrimas. — Nunca, por nenhum segundo que seja fique parada e se entregue dessa forma... Você poderia ter morrido.

— Por que está gritando comigo? — pergunto assustada.

— Porque independente de você me amar ou não, independente de eu ser o pai do seu filho ou não, eu Robert Green, o homem mais idiota de todo mundo, não consigo parar de te amar!

 

   Eu nunca tinha percebido, mas os olhos do Robert são de um castanho tão claro que a luz do dia parece esverdear. — Seu olhar fixo a mim me deixa constrangida. Eu não sei o que dizer, eu não sei usar palavras para expressar o que eu estou sentindo agora, eu estou aliviada, estou grata, mas ao mesmo tempo estou com raiva, estou com ódio e... — Sinto-me tonta de repente, e caio nos braços dele.

 

— Sua testa está sangrando. — ele diz ofegante. — Vamos! Eu levo você para o hospital.

— Não... Eu preciso ajudar o Max. — digo ainda tonta.

— Não se preocupe, o Jeff e o Jasper estão na minha casa, depois que sairmos do hospital vamos para lá também.

— Robert... Me desculpe por ter magoado você.

 

   Tudo começa a escurecer, a última imagem que me lembro de ver, é o sorriso dele para mim.

 

   Tudo isso que está acontecendo é culpa dos nossos pais, algo que eles fizeram no passado que agora está voltando para assombrá-los, porém quem está pagando pelos crimes deles, somos nós, seus filhos. — Max e Sarah foram sequestrados pela G.T, eu acreditei que eles estavam vindo atrás de mim para me levar também, mas eles tentaram me matar, eles mataram aquelas pessoas na minha frente.... Eu era para estar morta, mas no último segundo fui salva por ele, por aquele que acreditei que não queria nunca mais me ver. — Eu não mereço o amor que ele sente por mim. — Mas algo me intriga, eles poderiam ter se livrado de dois ao mesmo tempo, mas hesitaram e nos deixaram fugir, por quê? — Paul estava certo, Spencer Green é provavelmente a pessoa que está fazendo isso conosco, mas ele não quer machucar o filho. — Paul... O Max o considera egoísta, mas ele se sacrificou por mim e... Eu realmente espero que ele esteja bem.

 

   Abro os olhos assustada! — Vejo que estou deitada na cama de um hospital, olho para minha esquerda e vejo que está de noite, ou de madrugada. Só então noto Robert dormindo no sofá. — A porta do quarto abre.

 

— Socorro. — sussurro assustada.

 

   A porta se abre por completa e o médico entra. — Estou ficando louca.

 

— Está tudo bem? — ele pergunta preocupado. — Você apertou o botão de emergência.

 

   Vejo então que o controle com o botão está debaixo do meu braço, devo ter apertado por acidente.

 

— O que aconteceu comigo? — pergunto rouca.

— Você sofreu uma tentativa de sequestro na empresa dos Millers. — ele conta. — Mas não se preocupe, tirando aqueles pobres seguranças, todos estão bem.

— Paul?

— Não sabemos. — ele diz desapontado. — Foi toda a informação que conseguimos aparentemente ele foi levado por quem quer que seja que estava atrás de você.

 

   Ele foi sequestrado pela G.T

 

— Esse rapaz foi muito corajoso. — o médico diz sobre Robert. — Ele chegou aqui com você exausto.

 

   Abro um sorriso bobo e então coloco a mão em minha barriga.

 

— E isso aqui? — pergunto sem olhá-lo.

— Não deveria falar assim. — ele diz. — Seu bebê está bem. — ele afirma. — Está tendo uma boa gestação, vai completar dois meses...

— Dois meses? — pergunto confusa. — Como dois meses?

— Você está com oito semanas de gestação então...

 

   Parei de ouvir quando ele disse oito semanas. — Não é possível. — Então volto meu olhar para o Robert dormindo no sofá.

 

— Dá última vez em que estive aqui falaram que eu devia estar com três semanas.

— Você fez os exames?

— Não. — digo confusa. — Eu... Eu fugi e... Você tem certeza do que está falando? Isso é muito importante.

 

   Ele então me entrega um envelope.

 

— Não sei se isso é bom ou ruim, mas você está gravida de quase dois meses sim. — ele afirma.

— Então o pai do meu filho é o...

 

   O bipe do médico faz Robert despertar.

 

— Lucy, você está bem? — ele pergunta ainda sonolento.

— Eu vou deixar os dois sozinhos. — o médico diz saindo do quarto.

 

   Eu não acredito nisso. — Isso torna as coisas ainda mais difíceis.

 

— Dói? — ele pergunta apontando para minha cabeça.

 

   Nem tinha percebido o curativo em minha testa.

 

— Não. — respondo tão baixo que nem mesmo eu me ouvi direito. — E os meninos? Conseguiram alguma coisa?

— Nada ainda. — ele revela. — Mas não se preocupe, nós vamos dar um jeito.

— Dar um jeito. — repito ironicamente. — Eles invadiram a escola e levaram o Max e a Sarah, depois invadiram a empresa levaram o Paul e tentaram me matar... Dar um jeito, pelo que sei eles podem estar mortos agora já que o alvo deles sempre foi o Max.

— Você precisa se acalmar. — ele diz vindo até mim. — Isso não vai fazer bem para o...

— Para! — digo o impedindo de terminar a frase. — Eu tenho que sair daqui, nesse hospital, eu não serei útil para nada, e convenhamos que sem mim vocês são tão inúteis quanto a Sarah.

— Nossa... Estou vendo que acordou com força total. — ele brinca.

— Sim, agora sai daqui para eu trocar de roupa.

 

   Troco minhas roupas assim que ele sai do quarto. — Usar o uniforme da escola nessa situação é tão estranho. — Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, e pego em minha mochila minha maquiagem. — Não me julguem, não irei sair para procurar meus amigos parecendo uma noiva cadáver. — Guardo o envelope do exame de gravidez na mochila. — Vejo em meu celular que são 05h23min da manhã, nove de maio de dois mil e quinze. — Antes de sairmos do hospital, vou até o quarto da minha mãe, ela permanece do mesmo jeito que da última vez que a vi.

 

— Isso irá acabar logo mãe. — digo em seu ouvido. — Eu prometo.

 

   Meu pai não está aqui. — Será que ele já sabe o que aconteceu?

 

   Robert e eu saímos do hospital sem sermos vistos. Pegamos um taxi rumo a sua casa.

 

---//---

 

   Não demorou muito para chegarmos, assim que ele abriu a porta foi recepcionado por Melissa. — Lembro-me então do tapa que me deu ontem na escola.

 

— Você está bem? — Melissa pergunta para mim.

— Sim. — respondo envergonhada.

— Okay. — ela então puxa o cabelo de Robert. — Você está maluco? Se jogando na frente de uma arma? Você enlouqueceu.

— Desculpa. — ele grita. — Desculpa, desculpa... Eu não faço mais.

 

   Esses dois... — Jeff então aparece, corro até ele e o abraço. — É tão reconfortante saber que ele está bem.

 

— Eles tentaram me matar. — digo ainda assustada.

— Eu preciso contar uma coisa a você, a todos vocês. — Jeff diz seriamente.

 

   Reunimo-nos todos na sala de estar. — Melissa, Anna e eu estamos sentadas no sofá maior, Robert está sentado no outro, Jasper está em pé atrás do sofá em que estamos, e Jeff em pé no centro.

 

— Anteontem eu fui sequestrado pela G.T. — Jeff revela.

 

   O que?

 

— O que? — pergunto confusa.

— Como assim? — Robert pergunta.

— Eu não entendi direito o que aconteceu. — ele continua a explicar. — Mas aparentemente só fui pego para me assustarem.

— Você viu quem era? — pergunto.

— Não, era só uma voz, a voz de um homem. — ele continua. — Ele me revelou uma coisa que já estava me incomodando desde o inicio. Patrick não está sendo perseguido pela G.T, ele vem fingindo esse tempo todo.

— Fingindo? — pergunto. — Por quê?

— Porque ele é um maluco psicopata, esse é o motivo. — Robert diz irritado.

— Quem é Patrick? — Anna pergunta.

— Não se mete nisso. — Melissa sussurra.

— E antes de me soltar ele revelou que você por estar gravida é uma peça descartável agora. — ele diz me deixando ainda mais assustada.

— Por isso tentaram me matar. — deduzo.

 

   Anna segura minha mão. — Jeff então me entrega um papel que diz:

 

— “Não deixe nossa Princesa morrer”. — leio. — O que é isso, outro jogo?

— Robert salvou sua vida, então esperamos que não tentem te matar de novo. — Jeff diz. — Mas o que não quer dizer que eles irão parar de vir atrás da gente.

 

   Lembro-me então do que me foi revelado ontem, que possivelmente quem está fazendo isso conosco é Spencer Green, o pai de Robert e Melissa. — Mas como contar isso a eles? Como contar que o pai que eles achavam estar morto está vivo e tentando nos matar?

 

— Eu preciso contar algo. — digo levantando. — Na verdade envolve todos nós aqui, mas principalmente você e a Melissa. — digo ao Robert.

— A mim? — ela pergunta curiosa.

 

   Eu não sei como dizer isso, então serei mais direta possível.

 

— Ontem o pai do Max me contou que o pai de vocês está vivo. — digo sem rodeios.

 

   Robert dá uma risada e quando percebe que estou falando sério olha para a irmã que me encara.

 

— Como assim vivo? — Melissa pergunta levantando. — Eu fui ao enterro do meu pai, eu estava lá, eu vi o caixão e...

— Você viu o corpo?

— Não, mas...

— O homem que sequestrou o Max e a Sarah foi à escola falando sobre ele. — Jasper diz. — É verdade, o pai de vocês está vivo.

— Vivo? — Robert pergunta a si mesmo.

— Tá, mas o que isso tem a ver? — Jeff pergunta completamente frio ignorando os sentimentos de Robert e Melissa.

 

   Conto a eles tudo o que Paul me contou o sequestro no passado, tudo...

 

— Meu pai foi o responsável por aquele acidente que matou os pais deles? — Jeff pergunta incrédulo.

— Chega! — Melissa grita chorando. — Parem com isso, por favor. Respeitem a memoria do meu pai.

— Isso é ridículo, ele nunca faria algo assim, eu sou o filho dele. — Robert diz.

— Sim, um dos motivos de nós dois estarmos vivos hoje. — digo. — Pensa! Eles poderiam ter se livrado de nós dois, mas quando você apareceu...

— Eles hesitaram. — Robert completa.

— Está considerando isso? — Melissa pergunta. — Sério?

— Melissa eu estou tão confuso quanto você, eu só estou tentando entender o que está acontecendo aqui.

— Chega, pra mim chega. — ela diz saindo da sala.

— Deixa que eu falo com ela. — Anna diz.

— Não, eu falo. — digo.

 

   Subo as escadas e vou abrindo porta por porta, até entra em um quarto, está tudo escuro, mas a vejo, sentada no chão, o quarto está completamente vazio.

 

— Desculpa. — peço entrando. — Eu não queria contar desse jeito.

— Não peça desculpas. — ela diz. — Eu acho que sempre soube só nunca quis acreditar de verdade.

— O que quer dizer? — pergunto.

— Bem antes do acidente eu flagrei minha mãe e o Paul Miller juntos. — ela revela. — Eles estavam irritados um com o outro, foi logo depois do retiro da minha mãe, ela ficou quase um ano fora.

— Isso explica a raiva do seu pai não é? — pergunto.

— Mas ele era meu pai. — ela então chora. — Se ele está vivo... Por que me deixou assim? Eu era só uma criança que teve de abandonar tudo para cuidar do irmão.

 

   Mesmo sem jeito vou até ela e a abraço.

 

— Esse era o quarto deles. — ela diz enxugando as lagrimas. — Nós tínhamos uma brincadeira, meu pai e eu... Tinha uma caneta que escrevia tudo invisível e quando colocávamos uma luz especial o que estava escrito aparecia.

— Eu tinha uma dessas. — digo com um sorriso no rosto.

— Ele me disse uma vez que se eu realmente quisesse entendê-lo eu teria de achar o seu diário.

— E ele escreveu um diário invisível. — adivinho.

— Um que nunca tinha entendido. — ela se levanta. — Até agora.

 

   Ela acende a luz do quarto. — Não é luz normal, é luz negra. — Nas paredes de repente surgem letras e mais letras, que formam palavras... Que formam frases.

 

— Que droga é essa? — pergunto assustada.

— Acho que meu pai estava armando tudo isso desde o inicio.

 

   Os demais sobem ao chamado de Melissa. — Todos juntos tentamos encontrar alguma pista no diário secreto de Spencer Green. — Aqui fala muita coisa sobre Paul, meus pais... Jéssica.

 

— Esse aqui não é o endereço da empresa? — Jeff pergunta.

— Sim. — confirmo.

— E por que aqui diz que há um andar a mais do que realmente tem? — ele pergunta.

 

   Vou até onde Jeff está, e de fato aqui diz que há um andar que realmente não existe no prédio.

 

— Um subterrâneo talvez. — Jasper arrisca. — Meu pai e eu fomos uma vez uma casa que tinha um segundo andar, mas era debaixo da terra.

— Paul nunca saiu daquele prédio. — digo confusa. — Ele ainda está lá.

— Então o esconderijo da G.T esse tempo todo era o prédio dos Millers? — Jeff pergunta irritado. — Chega! Eu vou lá.

— Jeff espera. — o impeço de sair. — O que vai fazer? Não pode ir sozinho.

— E o que quer que eu faça? A polícia não está nem ai, a G.T tem a polícia com eles, nós estamos por conta própria, e se não fizermos nada, o Max e a Sarah vão morrer.

— Na verdade... Eu acho que podemos bater de frente com a G.T — digo deixando-o confuso.

— Como? — Robert pergunta.

— Eu sou a Princesa lembra? — digo. — Eu não contei a você porque sabia que não iria concordar, mas... Eu aceitei ser a sucessora da Jéssica na Gangue dos Trilhos.

— Vocês fez o que? — Robert e Jeff perguntam juntos.

— O que é Gangue dos Trilhos? — Anna pergunta.

— Para de se meter nisso. — Melissa reclama.

— Não importa o que pensem, eu posso arrumar um grupo para nos ajudar, é só vocês concordarem.

— Faça o que tenha que fazer Lucy. Nós vamos fazer isso hoje. — Jeff diz irritado.

 

 

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POV Narrador

 

   O sol está brilhando forte e seus raios invadem o quarto de Maximilian. Deitada em sua cama segurando um porta-retratos está sua mãe, Michelle, seus olhos estão inchados e vermelhos de tanto chorar. — A porta do quarto abre de repente...

 

— Max?! — ela chama esperançosa.

— Sou eu. — Patrick diz entrando. — Tia... Você precisa comer alguma coisa.

— Eu só preciso do meu menino de volta, do meu marido. — ela torna a chorar. — Por que estão fazendo isso de novo?

 

   Patrick então senta ao lado dela na cama e coloca a cabeça de Michelle em suas pernas.

 

— Vai acabar tudo bem, você vai ver. — ele tenta animá-la. — Vai ser como dá outra vez, daqui a pouco os dois voltam tranquilos para casa.

— Não. — ela então enxuga as lagrimas e se senta. — Dessa vez é diferente, toda aquela história.

— História? — Patrick pergunta curioso.

 

   Michelle parece hesitar falar, mas bate de ombros.

 

— Você deve ter ouvido falar da crise que aconteceu na empresa há dez anos não é?

— Mais ou menos. — Patrick responde.

— Na verdade nunca houve crise nenhuma. — ela revela. — Foi só o que o Paul e Leonard disseram a imprensa, o que aconteceu realmente foi algo que nos assustou bastante.

— Aquela história do passado não é? — Patrick pergunta.

— Sim. — ela confirma. — Eu ainda fecho os olhos e consigo lembrar o horror daquela noite.

— O que aconteceu?

— Até hoje tento entender, mas tudo o que precisa saber é que duas pessoas nos enganaram aquela noite. E uma delas foi a Jéssica que conhecemos bem, e o outro foi um homem chamado Spencer Green.

— Green? — Patrick pergunta confuso. — Como Robert Green?

— É verdade. — Michelle parece finalmente perceber. — Quanta ironia vocês acabarem amigo do filho daquele homem.

— Mas enfim... O que aconteceu?

— Spencer estava transtornado com alguma coisa, mas ele sempre foi um bom homem, no fim ele percebeu seu erro e nos deixou ir... Porém eu acho que Jéssica tenha feito algo terrível, pois no dia seguinte, os Green morreram em um acidente, e Jéssica fugiu da cidade largando os filhos e o marido.

— E como isso se encaixa no que está acontecendo com o Max e o Tio Paul?

— O corpo de Spencer nunca foi encontrado. — Michelle revela.

— Espera! Você acha que o pai do Robert possa estar vivo? Acha que ele pode ser a G.T?

— Tudo o que eu quero é meu filho e meu marido de volta. — ela volta a chorar.

 

   Patrick sai apressado do quarto, corre para o seu quarto troca de roupa e pega uma mochila. Assim que ele sai de casa corre para a mansão dos Johnson.

 

— Você? — Jenny o recepciona surpresa.

— Sua mãe? — Patrick pergunta ansioso. — Jéssica?! — ele grita.

 

   Jéssica aparece na porta deixando Jenny ainda mais intrigada.

 

— Foi como você previu. — Patrick anuncia. — Michelle acredita que Spencer é a G.T. — ele então mostra um vídeo em seu tablet, e nas imagens.

— Aquele é o Jeff? — Jenny pergunta confusa.

 

   As imagens em seu tablet mostra a casa de Robert em tempo real. — Patrick os esteve vigiando todo esse tempo.

 

— E como imaginava a Lucy está tomando o controle da situação, ela vai usar sua nova influencia como sua sucessora da Gangue dos Trilhos para resgatar os dois.

— Essa menina é mais esperta do que eu imaginava. — Jéssica pragueja. — Certo! Sabe o que tem que fazer não é?

— Sim. — ele afirma. — Eu vou impedir que Samantha estrague seus planos, para falar a verdade isso está acontecendo nesse exato momento.

— O que está acontecendo? — Jenny pergunta.

— Fique fora disso. — Jéssica a empurra.

— Não! — Jenny grita. — Você é aquele garoto que espionou meu irmão e o Max ano passado. — Jenny grita. — Vocês tem alguma coisa a ver com o sequestro do Max e do pai dele?

— Não seja ridícula. — Jéssica reclama. — O sequestro deles só foi conveniente.

— Conveniente? — ela pergunta apavorada.

 

   Jenny tenta fugir, porém Patrick a impede.

 

— Me solta! — ela grita. — Socorro!

— Jenny. — Jéssica a chama. — Por favor, não faça isso.

— Fazer o que? — ela pergunta tão fria que a assusta. — Meu irmão estava certo, meu pai estava certo, todos estavam certos esse tempo todo e eu fui burra de sentir pena de você... Eu pedi ao Max para ajudar você!

— Me ajudar? — Jéssica sorri sarcástica. — Leve-a para dentro, eu vou me encontrar com os outros.

— Não! — Jenny grita.

 

   Jenny morde o braço de Patrick, e assim que ele a solta chuta entre suas pernas o fazendo se contorcer de dor. — A irmã de Jeff foge sem olhar para trás.

 

— Levanta. — Jéssica reclama. — Ela é minha filha, mas se me atrapalhar eu juro que a próxima a ir para um internato é ela.

 

 

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POV Lucy

 

   Estamos na antiga base da Gangue dos Trilhos, estou de pé no centro de um circulo formado por doze pessoas, dentre eles oito homens e quatro mulheres. — Jeff, Robert e Jasper estão vigiando a entrada.

 

— A maioria de vocês já me conhece. — digo a todos.

— Tenho uma foto sua na minha carteira. — um dos homens diz fazendo os outros sorrirem.

— Eu sou Lucy Evans, conhecida aqui como a Princesa, aquela que foi escolhida pela verdadeira líder para assumir tudo.

— Uma criança? — outro homem pergunta.

— Por favor, eu preciso da ajuda de vocês para resgatar duas pessoas que foram sequestradas. — anuncio.

— E quem seria?

— Maximilian e Paul Miller. — respondo.

 

   Todos ali se levantam e ameaçam deixar o local, até que Samantha, J.K e o Antigo Líder entram.

 

— Vão a algum lugar? — Samantha pergunta em tom sarcástico.

— Certo maricas! — o ex-líder começa a falar. — Não importa qual era nossa missão inicial aqui, todos nós odiamos a família Miller, mas agora temos a chance de provar que somos melhores do que eles.

— Isso é ridículo! — outro homem grita.

— É uma oferta, não uma ordem. — digo. — Todos vocês estão sendo caçados pela policia, eu... Eu e minha família que tanto odeiam podemos ajudar vocês, dar um fim de uma vez por todas nessa perseguição e encerrar de vez a Gangue dos Trilhos.

— Encerrar? — Samantha pergunta.

— O que eu peço a vocês, é que me sigam uma primeira e última vez, me sigam e me ajudem a salvar o meu amigo.

— Que garantias temos que depois que a gente fizer isso não vai nos abandonar igual aquela outra? — uma das mulheres pergunta.

— Porque diferente dela, eu estou aqui encarando vocês ao invés de outra pessoa para isso, vocês sabem quem eu sou e onde eu moro, então não tenho motivo para me esconder. — afirmo. — Estamos juntos aqui, querendo ou não eu faço parte disso... Querendo ou não se vocês caírem, eu também vou cair... Eu perdi muita coisa nesses últimos meses, eu não quero mais perder nada.

— Tocante. — J.K diz. — Mas mesmo assim...

— Mesmo assim o cacete. — Jeff finalmente se pronuncia. — Se não forem fazer pelos Millers, façam por alguém que sempre teve apresso.

— E quem seria? — o homem pergunta. — Você? O cara que nos abandonou?

— Liam. — Jeff diz fazendo um alvoroço iniciar. — Liam também foi levado por aqueles que se chamam de G.T.

— O Liam? — uma das mulheres pergunta.

— Vocês vão deixar que um de nós seja levado dessa forma? — ele pergunta. — É assim que agimos?

— Agimos? — o ex-líder pergunta. — Desde quando faz parte disso de novo?

— Uma vez parte, você nunca mais pode sair. — Jeff diz. — Lembra?

 

   Onde foi que vim parar... Eu era para ser só mais uma estudante comum, com preocupações banais, mas ao invés de estar dando festas e ficando bêbada, estou em uma estação abandonada liderando um grupo de gangster para poder salvar meus amigos. — Estou fazendo a coisa certa... É o certo a se fazer.

 

— Vocês vão me ajudar? — pergunto novamente.

 

   Todos ali colocam a mão no peito e me encaram. — O que estão fazendo?

 

— É uma saudação. — Jeff diz surpreso.

— E o que significa? — pergunto curiosa.

— Isso significa que eles te aceitaram como a nova líder. — o ex-líder anuncia.

 

   Vejo Robert me olhar com um olhar de reprovação, e Jasper observando tudo isso apavorado.

 

— Certo! — grito assustando-os. — Desculpa. — sorrio. — Preparem-se, partimos ao anoitecer.

 

   Jeff, J.K, Samantha e o antigo líder preparam o grupo. — Saio da estação e Robert e Jasper vem atrás de mim.

 

— Sério isso Lucy? — Robert pergunta me fazendo parar. — Líder de uma gangue.

— Eu só estou fazendo isso para trazer nossos amigos de volta. — digo. — Vivos.

— E pra isso você tem que virar uma criminosa? — Jasper pergunta confuso.

— Por que estão agindo assim? — pergunto. — Não vi nenhum dos dois oferecerem nenhuma outra solução. Essa é a única forma que temos de trazer o Max, a Sarah, Paul e o Liam vivos... Eles tentaram me matar, eles não vão hesitar em mata-los.

— Eles não vão hesitar em tentar nos matar também. — Robert grita. — Não sei se você se lembra, mas aquela maluca ruiva lá dentro atirou em mim ano passado e agora vamos pedir a ajuda dela?

— Robert eu não estou pedindo para você vir. Vai ser perigoso? Vai, mas eu não tenho escolha, eles precisam de um líder, e eu preciso dos meus amigos de volva... Sem mais!


Notas Finais


Por enquanto é isso... Logo estarei de volta!


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