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História The Clash 2 - The Distance, The Overcoming and The Change - Um Covarde Como Eu!. Part.1


Escrita por: TakaishiTakeru

Notas do Autor


Olá! Trazendo a primeira parte do último capitulo do Jeff dessa temporada! Sim... Apesar de tudo ainda terá uma terceira temporada :D

Vamos lá... Narração do Jeff

Capítulo 33 - Um Covarde Como Eu!. Part.1


O que foi tudo isso? — Foi por pouco, por alguns segundos achei que perceberiam que aquele na foto com ele sou eu. — Chego ao campo de futebol americano.

 

— Jeff! — Nicholas grita. — Para de correr.

 

   Nicholas me puxa pelo braço me forçando a parar. — O que foi? Por que ele está tão irritado?

 

— O que quer? — pergunto me soltando.

— Como o que eu quero? — ele pergunta. — Você tem noção do que acabou de acontecer lá dentro?

 

   Sinto um nó na garganta. — Eu... Eu o abandonei.

 

— Você fugiu e deixou para trás o homem que ama... Por pura covardia e...

 

   Soco o seu rosto, o fazendo cair na grama.

 

— Para de achar que sabe tudo sobre mim. — grito irritado. — Você não me conhece.

— Não te conheço? — Nicholas pergunta levantando. — Conheço o suficiente para saber que você é um covarde. — ele grita. — Você é covarde por deixa-lo lá daquela forma, sendo humilhado.

— E o que espera que eu faça? — pergunto o empurrando. — Quer que eu volte lá e me coloque a favor dele? O que vão pensar de mim?

— Você realmente está se ouvindo?

— Não dá Nicholas. — digo atordoado. — Eu tentei, tentei de diversas maneiras me aceitar e aceitar as coisas assim, mas hoje eu percebi que não dá pra mim.

— E você e eu? — ele pergunta confuso.

— Como assim? Não existe você e eu.

— Mas aquele...

— Esquece aquilo. — digo. — Apenas, sei lá... Esqueça que eu existo já que está com tanta raiva de mim.

— Jeff!

 

   Vejo Bella vindo correndo em nossa direção.

 

— Eu sinto muito por você Jeff. — Nicholas diz se afastando.

 

   O que diabos estou fazendo? — Acabei de deixar a pessoa que amo ser humilhada na frente de toda escola, e agora estou aqui simplesmente negando meus sentimentos por ele?

 

— Jeff. — Bella finalmente me alcança. — O que está fazendo aqui? Por que correu desse jeito?

— Louise tentou me fazer de ridículo na frente de toda a escola, como acha que vou reagir?

— Você sabe o quão egoísta está sendo? — ela pergunta — Jeff não foi você que foi forçado a sair do armário na frente de toda escola. — ela diz.

— Como assim? — pergunto confuso.

— Depois que você fez sua cena e deixou o Max lá sozinho, apareceu um garoto e o chamou para dançar na frente de todo mundo, e depois, Max subiu no palco e com orgulho se assumiu gay na frente de todos.

 

   Ele fez isso? — Ele conseguiu reunir forças em meio aquilo? — Espera! Como assim apareceu um garoto?

 

— Apareceu um garoto? — pergunto confuso.

— Lembra-se de quando estávamos na Califórnia e um amigo do Max apareceu? Então... Acho que é ele.

— Zac. — digo em sussurros.

 

   Sinto-me irritado de repente.

 

— Como pode deixar o seu amigo daquele jeito? — Bella pergunta. — Todos estão lá, o apoiando, e você bancando a criança saiu correndo... Até parece que foi você a ser exposto lá.

— Você não se sente incomodada com o fato do Miller ser... Ser, ser aquilo que ele é?

— Ser gay? — ela pergunta. — Jeff isso é realmente ridículo da sua parte.

— Ridículo? Eu não posso andar com gente como ele.

— Aquele garoto independente do sexo que escolha para amar já fez muito por você, e você o mesmo por ele, agora só porque descobriu que ele é gay toda aquela amizade vai simplesmente desaparecer?

 

   Bella, eu sou gay! Aquele na foto beijando o Miller sou eu. — Como eu queria reunir forças para dizer isso.

 

— Eu tenho uma imagem a manter. — digo de forma dura. — Eu sou um modelo em ascensão ainda, o que a mídia iria achar de um jovem adolescente dançando com um amigo gay no baile de formatura?

— Jeff você está sendo rude.

— Não, não estou. Eu não tenho mais ligação alguma com Maximilian Miller, ele foi só um passado, uma lembrança.

— Vai ser assim então?

 

   Como estou criando coragem para dizer essas coisas? Quando na verdade meu coração está doendo, e cada pensamento meu me faz querer voltar lá para dentro para abraça-lo e afirmar que tudo ficará bem.

 

— Faça como quiser então. — ela se vira de costas. — Mas eu não quero compartilhar minha vida com um idiota homofóbico como você.

 

   Não tenho reação para suas palavras. — Homofóbico? — Eu... O que eu estou fazendo? — Corro para o estacionamento, pego minha moto e acelero em alta velocidade. — Eu sou patético, desprezível, eu sinto nojo da minha existência. — Max, por favor, não me odeie. — Como? Como eu pude deixa-lo daquela forma? E todo esse amor dentro de mim não é capaz de suportar tudo isso? — Eu sou fraco, eu sou desprezível... Apenas quero que essa sensação de humilhação suma de dentro de mim. — Afinal o humilhado não fui eu. — Droga!

 

---//---

 

   Chego ao condomínio das mansões. — Ainda não me acostumei a chamar esse lugar de lar. — Chego enfim a casa de Matthew, estaciono minha moto na garagem. Entro em casa pela porta da garagem. Chego à sala de estar e simplesmente caio de joelhos no chão.

 

— Tem alguém ai? — ouço a voz de Matthew.

 

   A luz da sala é acesa. O vejo então, está na entrada usando roupas casuais, e me olhando confuso.

 

— Jeff? — ele pergunta confuso. — O que aconteceu?

 

   Sinto uma dor tão forte no peito, eu gostaria de explicar e expressar exatamente o que estou sentindo, mas é impossível.

 

— Não foi nada. — minto levantando.

 

   Matthew me segura pelo braço, olho confuso para ele.

 

— Se a gente quer que essa relação dê certo, nós precisamos ser honestos um com o outro. — Matthew diz. — Agora me conta o que aconteceu com você?

 

   Choro de repente. Não consigo controlar.

 

— Ótimo. — digo em lagrimas. — Que saber? Foda-se, eu sou gay! Está feliz? E acabei de deixar a pessoa que eu amo ser humilhada na frente de toda a escola... Porque eu sou fraco, porque eu sou patético.

 

   Matthew de repente me abraça. — O que ele está fazendo?

 

— Por que eu sou assim? — pergunto ainda chorando. — Por que eu tenho que sentir essas coisas estranhas.

— Está tudo bem. — Matthew afirma. — Você não precisa se envergonhar por ser quem é. — ele diz. — Você é um homem livre, você tem direito de amar quem quiser amar.

 

   Olho para ele confuso. — Como ele pode dizer essas coisas sendo um homem hetero?

 

— Você errou hoje. — ele diz. — Mas na vida nós temos sempre uma opção, a opção de deixar as coisas como estão, ou de fazer algo a respeito... O que quer fazer Jeff?

— E-eu não sei. — digo confuso. — Eu tenho tanto medo, medo do que as pessoas vão dizer de mim, do modo como elas vão me olhar. Eu vi, eu vi o jeito que olharam pra ele hoje, como o xingaram e eu só vi, apenas fiquei ali parado deixando acontecer.

— Ainda não te conheço muito bem, não sei pelas coisas que já passou, mas eu quero que saiba que eu estou do seu lado.

— Como eu posso encara-lo agora? — pergunto. — Ele mora do outro lado da rua. O Max nunca mais vai quer falar comigo.

— Max? — ele pergunta de boca aberta. — O seu, o rapaz que gosta é o filho dos Millers?

— Merda. — sorrio enxugando as lagrimas.

 

   Nos sentamos no sofá.

 

— Vamos fazer uma coisa? — ele pergunta. — Hoje você toma um banho, esfria a cabeça, tenta colocar seus pensamentos e desejos em ordem, e amanhã você decide o que irá fazer.

— E o que tem a ser feito? — pergunto. — Eu estraguei tudo, eu não posso fazer mais nada.

— Independente de você decidir se esconder ou não eu quero que você tenha uma conversa com o Maximilian. — ele diz para minha surpresa.

— E por quê? — pergunto intrigado.

— Se estamos construindo uma família aqui, quero que você se torne um homem respeitoso, então de qualquer forma amanhã você pedirá desculpas pessoalmente a ele.

 

   Sou obrigado a abrir um sorriso. — É tão estranha a forma como ele me trata e conversa comigo, e é ainda mais estranho ele me aceitar assim.

 

— Obrigado. — digo.

— Pelo que?

— Pelo sermão. — digo o surpreendendo. — Independente do que eu decida fazer, eu irei tentar falar com ele amanhã.

 

   Levanto e sigo em direção à escada. — Talvez tenha sido bom eu ter sido adotado, talvez no fim das contas Yan e Jéssica fizeram algo bom por mim e pela Jenny.

   Chego ao meu quarto. — Ainda não me acostumei em ter um quarto tão grande. — Sempre questionei o motivo dos ricos terem um sofá dentro do quarto, mas na verdade até que é bem conveniente. — Meu quarto é tão grande quanto o do Robert, tem uma cama de casal no centro do quarto, as paredes são verde escuro, há uma janela grande com vista para a rua. Tenho um banheiro só para mim agora, dentro do quarto, um banheiro que tem o mesmo tamanho do meu antigo quarto. — Esse lugar por si só, é exageradamente grande.

   Tiro minhas roupas e visto uma bermuda leve, me jogo na cama e aqui fico. — Como tive coragem de deixar o Max naquela situação? Sei que decidimos dar um tempo, mas o que eu fiz hoje...

 

— Isso não tem perdão. — digo a mim mesmo.

 

   Pego meu celular, entro na galeria de imagens e vejo nossa foto. — Aquela que tiramos no Farout Park no verão passado. — Seu olhar era tão terno naquela época, o que eu fiz com ele?

 

---//---

 

   Desperto com um barulho repentino. — Sinto os raios de sol aquecer minha pele. — Quando foi que peguei no sono? — Livro-me do edredom, olho para a janela e vejo Jenny sentada no banco sofá abaixo da janela.

 

— Aconteceu alguma coisa? — pergunto ainda sonolento e deitado.

 

   Ela se escora no braço único do banco sofá, e me olha de forma assustadora.

 

— Então você já sabe o que aconteceu? — pergunto.

— Todos já sabem. — ela diz. — Tem um vídeo do Max no facebook sendo humilhado no baile de ontem, e se assumindo na frente de todo mundo. — ela conta. — Jeff o que foi que aconteceu?

— Eu não preciso de outro sermão. — digo me escondendo no edredom. — Ainda mais de você, então aproveite seu sábado e vai fazer coisas de criança.

— Jeff Johnson! — ela grita vindo até mim e tirando o edredom. — Eu achei que gostasse dele.

— Eu gosto dele. — afirmo me sentando na cama. — Mas eu não podia ter feito nada, Okay? Se eu fizesse qualquer coisa ontem, eles iriam descobrir que eu também... Que eu e ele...

— Que saco. — ela se senta na cama cruzando os braços. — Eu juro que às vezes não consigo te entender.

 

   Às vezes quando a Jenny fica irritada, seu olhar fica terrivelmente igual à de nossa mãe.

 

— Eu só tenho onze anos e às vezes acho que tenha a mente melhor que a de vocês. — ela murmura.

 

   Sorrio para ela e a abraço.

 

— Eu vou resolver as coisas com o Miller. — afirmo. — Eu vou conversar com ele hoje.

— O Max é bobinho, mas não é pra tanto. — ela diz se levantando. — Acha mesmo que depois de ontem ele vai querer alguma coisa com você?

— Não seja dura comigo. — reclamo. — Eu sei que errei, mas vou tentar consertar as coisas.

 

   Jenny caminha em direção à porta.

 

— Depois me conta se deu certo. — ela diz saindo do quarto.

 

   Levanto-me e vou até a janela. — O pior é que Jenny está certa, depois do que aconteceu ontem, eu duvido muito que as coisas voltem a ser como antes para nós dois... Na verdade não só para nós dois, agora com certeza, Lucy, Robert e Sarah vão virar as costas para mim depois daquilo. — Será que ninguém consegue entender meu lado nessa história?

 

   Tomo um banho e me visto. — Uma camisa branca normal, calça jeans preta, e um tênis também branco. Arrumo meu cabelo e desço.

 

— Aonde vai tão cedo? — Matthew me pergunta assim que chego à sala de estar.

— Ele vai falar com o Max. — Jenny diz sorrindo.

 

   A campainha toca, nosso mordomo vai até a porta. — Sim nós temos um mordomo, o Sr. Snow. Ele é bem legal, acho que tem uns quarenta e poucos anos, é branco de cabelos pretos, vive de terno e gravata e luvas brancas, e é tão formal que às vezes parece um robô.

 

— Eu estava comentando com a Jenny. — Matthew diz. — Talvez possamos passar essas férias juntos em Los Angeles, já que vou gravar um filme, talvez possamos ir e vocês podem conhecer melhor o mundo em que vivo.

 

   Jenny abre um sorriso encantador.

 

— Isso pode ser bom para a sua carreira Jeff. — ele diz. — Sair um pouco das fotos e ingressar no mundo cinematográfico.

— Você sabe que nunca quis ser essas coisas. — digo parecendo um pouco mal agradecido. — Mas acho que vai ser legal passarmos um tempo juntos.

 

   O mordomo, Sr. Snow entra na sala.

 

— O Sr. Jackson está aqui para lhe ver. — ele dirige-se a mim.

 

   Jackson? Nicholas? — Achei que depois de ontem nunca mais o veria. — Jenny e Matthew trocam olhares confusos. — Nicholas então entra na sala, está usando uma calça jeans azul escuro, uma camisa polo preta que fica marcada em seu corpo, e um tênis branco, parecido com o meu.

 

— Bom dia. — ele diz com um sorriso bobo no rosto.

— O que está fazendo aqui? — pergunto de forma grosseira.

— Jeff isso é jeito de tratar um amigo? — Matthew me repreende.

— Não tem problema. — Nicholas diz. — Jeff eu gostaria de conversar com você.

— Se for sobre ontem nem comece, não aguento...

— Não. — ele me interrompe. — Na verdade eu queria me desculpar por ontem, talvez eu tenha te dado uma impressão errada sobre mim e feito você achar que eu...

 

   Okay... Estou um pouco confuso.

 

— Tá, tudo bem. — o interrompo. — Tá beleza.

 

   Nicholas abre um sorriso.

 

— Achei que gostaria de sair um pouco, para esfriar a cabeça.

— Ué Jeff, achei que iria ver...

— Jenny! — a interrompo. — Por que não vem com a gente?

— O que? — Nicholas e ela perguntam ao mesmo tempo.

 

   Lanço um olhar para ela como se estivesse tentando dizer: “Qual é me ajuda, acho que esse cara quer algo a mais comigo”. — Eu poderia simplesmente dizer não ao Nicholas, mas a questão é que toda vez que o vejo, sinto uma calma, como se perto dele eu pudesse ser eu mesmo. — Mas não me entenda errado, eu não o vejo com segundas intenções.

 

— Eu vou. — Jenny diz.

— Ótimo. — digo sorrindo.

— Vocês vão sair? — Matthew pergunta. — Ainda são oitos horas da manhã.

— A gente come alguma coisa na rua. — digo. — Posso usar o carro?

— Vai lá. — ele diz me jogando a chave.

 

   Nicholas e Jenny saem na frente.

 

— Jeff. — Matthew me chama, quando eu estava prestes a sair.

— O que foi?

— Não vai achando que se jogando em outro relacionamento agora vai esquecer tudo o que aconteceu com o Max. — ele diz me deixando constrangido. — Você precisa ser mais honesto com sigo mesmo, ou vai acabar magoando muitas pessoas por isso.

 

   Droga! — Saio de casa, tiro o carro da garagem e saímos rumo ao centro da cidade.

 

— O que tem em mente? — pergunto.

 

   Nicholas olha para trás e vê Jenny admirando a paisagem pela janela.

 

— Como está cedo ainda, achei que poderíamos tomar café da manhã juntos. — ele sugere.

— O restaurante da mãe da Lucy! — Jenny sugere. — Por favor, por favor!

— Tudo bem. — concordo.

— Lucy... — ele murmura.

— Disse alguma coisa? — pergunto.

— Não é que... Parece que eu tenho me encontrado muito com essa Lucy ultimamente. — ele conta. — Primeiro aquela vez no fórum, e depois umas duas vezes na escola.

 

   Lucy... O que está tramando dessa vez?

 

---//---

 

   Chegamos ao restaurante da família Evans, e assim que nos sentamos à mesa, pude perceber que a Lucy está aqui.

 

— Falando nela. — Nicholas diz. — Lucy! — ele a chama.

 

   O que ele acha que está fazendo? — Lucy nos olha surpresa e vem até nós.

 

— Meninos... Jenny. — ela diz assim que chega. — O que fazem aqui tão cedo?

— Nós...

— Que se dane Jeff vem aqui. — ela diz me puxando.

 

   Lucy me traz até o escritório do restaurante.

 

— Eu sei o que vai dizer e...

— Não, não sabe. — ela me interrompe. — Jeff depois do que fez ontem não tem nada, nada mesmo que faça aquilo parecer menor do que realmente foi.

— Eu estava assustado, com medo, eu não podia ser...

— Exposto? E o Max podia? Ele sofreu aquilo calado por vocês dois, você sabe né? Você não tem noção da vontade que eu tive de gritar que aquele na foto era você quando o chamou de bicha e saiu correndo.

— E por que não fez? Não seria mais fácil? Até mesmo pra mm?

— Acontece que além de ser amiga do Max, eu também sou amiga, e ter que ver os dois sendo humilhados ali seria o caos pra mim... Não pense que perdoei você pelo que fez.

— Não é do seu perdão que eu preciso.

— Fique longe do Max. — ela então pede.

— Como é?

— Você me ouviu. — ela diz. — É obvio que o Max irá te perdoar pelo que fez, porque é o Max e ele não sabe odiar as pessoas... Jeff, ou você seja homem e se assuma de uma vez, ou fique longe do Max, ou juro, e você sabe que eu faço mesmo, que eu mesma o exponho na frente de toda a escola e até da mídia se quiser.

— Você não pode. — digo irritado. — Essa é a minha vida, a minha e a dele, só nós dois podemos decidir o que é bom ou não pra gente.

— Acontece que quando se trata de você falando dos dois, você fala de si mesmo, você não consegue vê-lo como um namorado, como alguém para compartilhar a vida.

— É mentira, eu o amo.

— E que droga de amor é esse?

 

   Eu entendo aonde a Lucy quer chegar, mas me pressionar dessa forma? Quem ela acha que é para fazer isso?

 

— Você se diz minha amiga e fica ai me ameaçando?

— É justamente por ser sua amiga que estou fazendo isso. — ela diz. — Então peço, por favor, desista do Max, você está destruindo-o.

— Você devia se preocupar mais com seu filho do que comigo e com o Max. — digo saindo do escritório.

 

   Volto para o salão do restaurante, pego Jenny pelo braço e a trago para fora do restaurante.

 

— Jeff! — ela reclama confusa.

— Jeff o que aconteceu? — Nicholas pergunta se aproximando.

— Desculpa, mas eu não quero ficar.

— Nós podemos ir para...

— Não, você não entendeu, eu não quero ficar aqui, eu não quero sair... Eu só quero ficar em casa, tá beleza?

 

   Nicholas e Jenny trocam olhares confusos.

 

— Consegue voltar sozinho? — pergunto.

— Não sou nenhuma criança Jeff. — ele diz sorrindo. — Te vejo depois baixinha. — Nicholas diz se despedindo de Jenny.

 

   Durante todo o caminho de volta Jenny me questionou o real motivo de estarmos voltando. — Lucy consegue me deixar pior do que já estou. O que ela acha? Que estou feliz do Max ter sido exposto daquela maneira? Que me sinto super confortável em ter um vídeo dele saindo do armário, circulando pela internet? — Merda!

 

---//---

 

   Assim que chegamos, guardo o carro na garagem, Jenny e eu descemos, mas ao invés de entrar em casa sigo para fora da garagem.

 

— Onde está indo? — Jenny me questiona.

— Vou falar com o Max. — falo. — Cansei de todo mundo ficar falando disso como se eu não me importasse.

 

   Jenny abre um sorriso. — Talvez ela esteja certa, talvez o Max nem mesmo me ouça, mas eu tenho que tentar... — Atravesso a rua e corro apressado, até finalmente chegar em frente a enorme mansão dos Millers. — Toco a campainha...

 

— Deixa que abro, já estou aqui mesmo. — ouço uma voz familiar.

 

   A porta então é aberta, e aquele posto diante de mim é Patrick.

 

— Ele não vai falar com você. — Patrick diz sem mais nem menos.

— Pode ao menos perguntar? — pergunto. — Ou me deixar entrar?

— Não e não. — ele diz. — Além do mais ele não está em casa, e outra, o que você fez nem eu teria coragem de fazer.

— Você entregou seu primo para um psicopata, ele poderia ter sido morto, quer mesmo comparar o que eu fiz com o que você fez?

— Ninguém nunca vai esquecer isso não é?

— E tem como? — pergunto. — Sério, não sei o que a Lucy viu em você.

— Talvez algo que ela não tenha visto em você quando estavam juntos.

 

   Sinto uma vontade absurda de bater nele, porém sou interrompido ao ouvir a voz do Max. — Saio da frente da mansão Miller, e olho para o lado da rua que leva para a entrada do condomínio. — Vejo então Max e... Zac caminhando juntos.

 

— Não vou dizer que estou feliz com isso. — Patrick diz. — Mas vale a pena ver essa sua cara de babaca.

 

   Meu corpo parece estar formigando, cada vez que vejo Zac se aproximar mais e mais dele sinto uma irá gigantesca. — O que diabos esse garoto veio fazer em Ohio? — Ando na direção deles.

 

— Zac eu já te disse que isso...

— É com aquele babaca que você realmente se importa? Aquele que saiu correndo ontem. — Zac pergunta. — Você merece mais do que isso.

— Eu não me preocupo. — Max diz. — Ele fez a escolha dele, então que assim...

 

   Repentinamente, Zac segura o rosto de Max e simplesmente o beija, aqui, no meio da rua! — Sinto como se minhas mãos estivessem em chamas, corro irritado e em um ato de fúria soco o rosto de Zac que cai desnorteado no chão.

 

— Nunca mais faça isso de novo! — grito enfurecido.

 

   Max de repente me empurra e fica me encarando. — O que há de errado com ele? Por que parece estar zangado?

 

— O que acha que está fazendo? — Max pergunta. — Quem te deu o direito de...

— Esse cara estava te beijando. — digo. — Eu estava te defendendo.

— Me defendendo? Defendendo de que? — ele pergunta agora irritado. — Onde estava toda essa sua valentia ontem quando eu precisei de você?

— Você sabe muito bem que eu...

— Que você é um covarde. — ele diz agora indo até Zac. — Jeff, por favor, não me procure mais, me deixe em paz.

— Como assim? A gente tem que conversar.

— Conversar sobre o que? — ele grita. — Jeff você é a pessoa menos honesta que já conheci em toda minha vida, juro que não entendo como alguém como você consegue se esconder dessa forma.

— E você vai me trocar por esse estranho ai que mais parece um armário. — digo.

— Não importa com quem eu vá ficar. — ele diz. — Só... Só me deixe em paz.

— Você me pertence Miller. — digo deixando-o assustado. — E isso não vai mudar.

— Já chega!

 

   Suzy atravessa a rua agitada, ela me puxa para junto a ela.

 

— Max, por favor, vá para casa. — Suzy pede.

 

   Sem questionar, Max ajuda Zac a levantar e os dois entram na mansão.

 

— Isso não é dá sua conta. — grito me soltando das mãos de Suzy. — Você e a Lucy tem essa coisa irritante de se meterem em coisas que não são da conta de vocês.

 

   Suzy então me dá um tapa no rosto.

 

— Você está agindo como uma criança. — ela altera o tom de voz. — “Você me pertence”. — ela repete. — O que você é? Um psicopata? Está se tornando algo parecido com sua mãe.

— Não diga isso...

— Então pare de agir como ela.

— Me diga então o que devia ter feito? Você realmente acha que se eu tivesse me assumido lá na frente de todo mundo mudaria alguma coisa?

— Obvio que mudaria. — ela diz. — Mas eu também não o condeno por não ter se assumido, condeno por ter feito o Max passar por aquilo sozinho, esse é o amor que diz sentir por ele?

— Eu estou arrependido, Okay?

— E você demonstra isso socando a única pessoa que ficou do lado dele?

— Eu fiquei irritado quando vi os dois juntos, eu não pensei direito.

— Esse é o mau de vocês. — ela observa. — Sempre agem imprudentemente e nunca pensam nas consequências — ela então acaricia o mesmo lugar onde me bateu. — Você é um homem lindo, e independente com quem vá para a cama, você não deixará de ser um homem... Já parou para pensar que o maior preconceito que pode sofrer não é o das pessoas para como você, mas sim de você mesmo quando não se aceita?

 

   Sinto um arrepio de repente. — Viro-me na direção da mansão Miller. — O que foi que eu fiz? Eu estraguei tudo, dessa vez... Dessa vez não tem mais volta, tem?

 

— Desculpe por isso. — digo me afastando.

 

   Aperto o passo e volto para casa. — Jenny ainda está na porta. Acho que ela já esperava que isso não fosse dar certo.

 

— Não precisa dizer nada. — ela diz me abraçando. — Eu vi tudo.

 

   Era melhor que não tivesse visto. — Entramos juntos em casa. Tranquei-me em meu quarto e aqui estou. — Fato, todos estão certos sobre o que eu fiz ontem no baile com o Max ter sido errado, mas... Mesmo que eu também sinta isso, eu não consigo me arrepender, na verdade me sinto aliviado por ninguém estar se quer pensando que aquele na foto com ele sou eu. — Me chamem do que quiser, eu o amo, mas talvez não o bastante para passar por tudo isso. — Lucy está certa, eu devo deixa-lo em paz, deixar que ele siga sua vida... Sem mim.

 

 

Sms – Ralph – “Festa de despedida hoje! Talvez seja uma boa se acertar com Liam antes dele ir.”.

 

   Liam... Com toda essa história do Max a última pessoa que eu iria parar para me preocupar é o Liam. — E qual é a do Ralph quer que eu me entenda com o Liam a essa altura do campeonato?

 

— Eu não fiz nada de errado com o Liam. — digo a mim mesmo. — Ele que foi covarde.


Notas Finais


Já já venho com a segunda parte, que finalmente revelará o passado do Jeff e do Liam! Até mais


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