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História The Comeback - Things Changed


Escrita por: thurnder

Notas do Autor


Oioi littles <3
Essa é a minha primeira fanfic, então peguem leve comigo rs
Eu recomendo que vcs leiam a sinopse, se não tiverem lido, para entender melhor a história.
 A fanfic se passa em 2015.
 Não tenho data definida para postar por enquanto, mas vou postar sempre que possível :)
Personagens:
Lolla Wilcox – Sabrina Carpenter
Lisa Garcez – Rowan Blanchard
Ana Ramos – Kira Kosarin
Scarlet Wilcox – Sarah Drew
Robert Wilcox – Rider Strong
Enfim, eu imagino eles assim, mas podem imaginar do jeito que quiserem :)
A fic não é movida a comentários, mas é importante saber a opinião de vcs. Comentem, eu juro que sou legal kjsks
Vou colocando as aparências dos personagens conforme eles forem aparecendo.
Espero que gostem, e nos vemos nas notas finais <3

Capítulo 1 - Things Changed


Fanfic / Fanfiction The Comeback - Things Changed

P.O.V Lolla

 

Thursday 17/07 5:00 am, Brasil 

 

Ouço o barulho estridente do despertador do meu celular. Levanto em um pulo, e vou direto para o banho. Por incrível que pareça, hoje está um dia frio — o que é raro aqui no Brasil — e por isso não quero ficar em qualquer lugar que esteja abaixo de 15ºC. 

Amo frio, mas não estou acostumada, então tudo abaixo de 15 graus pra mim é bastante frio. Ligo o registro e me ensaboo rapidamente. Entro embaixo do chuveiro, e então saio do box. Uma corrente de ar gélido bate sob a minha pele, o que me causa calafrios. Devem estar fazendo uns 13ºC e eu estou quase congelando. Por mais que eu não more aqui no Rio – nem no Brasil – desde sempre, me acostumei com o calor. Lá em Atlanta fazia bastante frio nos primeiros meses do ano, e o resto dele tinha temperaturas amenas. Então, quando vim morar aqui, praticamente derretia, mas acabei me acostumando. 

Coloco o uniforme, penteio o cabelo e passo um pouco de rímel. Não tenho paciência pra passar maquiagem, então raramente vou maquiada para a escola. Desço as escadas, mas paro na metade delas, quando ouço minha mãe falando com alguém no telefone. 

    

               P.O.V Chandler

 

Thursday 17/07 5:30 am, Atlanta

 

Acordo com alguém me cutucando.

— Chegamos, Sr. Riggs – a aeromoça diz. 

Olho para os lados, e percebo que todos já saíram do avião. Pego o script, que estava em meu colo quando adormeci, mas que por algum motivo, foi parar no chão. 

— Obrigado — falo, caminhando em direção a saída dianteira. 

Pego o meu celular e ligo para a minha mãe. Quase não consigo me manter em pé, mas não posso faltar mais um dia de aula. E para melhorar, ainda tenho gravação mais tarde, sendo que não decorei todas as falas ainda. Ontem foi o último dia de Walker Stalker Con. Graças a Deus. É sempre muito legal, e eu adoro. Mas é desgastante também. Muito. E eu estou faltando a escola desde a semana passada. A chamada cai na caixa postal. Ligo de novo. Depois de chamar umas 5 vezes, minha mãe atende. Finalmente.

— Alô? 

— Oi mãe! Finalmente, aonde você está? 

— Ah Chan, tô chegando. Me atrasei um pouco, me desculpa. Vai comendo alguma coisa por aí mesmo.

— Ok. Quando estiver chegando me liga, beijo. 

— Tá bom filho, beijo.

Caminho até a praça de alimentação, e entro no primeiro café que vejo. 

— Bom dia, o que deseja? — a atendente me pergunta com um sorriso no rosto. Não sei se é impressão minha, mas ela parece corada, como se estivesse com vergonha.

— Um brownie e um café, por favor — falo, retribuindo o sorriso.

— Desculpa pedir, mas será que você poderia gravar um vídeo pra minha filha? Só se não for um incomodo, é claro, mas você é o ídolo dela. — A atendente pede. Acho fofo, é óbvio que eu não me incomodo. Mas por mais que eu esteja "acostumado", sempre fico envergonhado quando me dizem essas coisas.

— Claro que eu posso! Qual é o nome dela? 

— Mila! — a moça fala, tirando o telefone do bolso do avental que usava. — Pode falar. 

— Oi Mila! Muito obrigado pelo carinho comigo, fico muito feliz de saber que gosta de mim. Um beijo. — Falo, e a atendente para a gravação, me entregando o brownie e o café. 

— Obrigada — ela fala. 

— Obrigado você! — respondo entregando o dinheiro, e indo em direção a uma mesa. 

Me sento, mordo um pedaço do brownie e pego o script de novo.

        

          […] 

 

    6:45 am

 

Quando estava relendo as minhas últimas falas pela 9ª vez, meu celular toca.

— Alô? 

— Oi Chan, cheguei. Vem rápido porque você já está atrasado. Estou no terminal 3. Já peguei suas malas.

— Ok, estou indo, tchau. — desligo o telefone e saio andando o mais rápido que posso.

Não sei exatamente para onde é o terminal 3, então sigo as placas. Todas dizem para ir em frente. Sigo na mesma direção, até que chego em uma parede. Nela tem uma placa enorme escrita "Terminal 2". E eu não posso ir mais para frente. Droga. Estou atrasado, como sempre. Olho ao redor e então finalmente vejo uma porta indicando "Terminal 3". Atravesso a porta, e vejo várias esteiras levando as malas dos passageiros que chegaram. E tem uma multidão de gente amontoada envolta delas. E no final de uma série dessas esteiras, tem uma porta que dá para o estacionamento. Passo entre as pessoas, e perco a conta de quantas vezes esbarrei em alguém. Quando finalmente chego do outro lado, me aproximo da porta de vidro, e a mesma demora séculos pra abrir. Avisto o carro da minha mãe, e entro correndo nele. Olho a hora no celular. São 7:00. Ferrou.

 

               P.O.V Lolla

 

Thursday 17/07 6:15 am, Brasil

 

Parece ser alguma coisa séria. Controlo minha respiração, para não fazer barulho, e então ouço: 

— Estamos entendidos né? Eu cumpri a minha parte da promessa. Agora é a vez de vocês. Não incomodem mais a minha filha, nunca mais FALEM COMIGO! — ela fala, com a voz embargada por conta do choro — Juro que se tentarem encostar mais um dedo na minha família, ou na NOSSA herança, vocês estarão MORTOS! — ela completa, e desliga.

Meu Deus. Não acredito que depois de me fazerem MUDAR DE PAÍS, eles ainda conseguiram uma parte da minha herança! Eu não pedi esse dinheiro, eu não quero ele, e se eu tenho ele a culpa NÃO É MINHA! Por mim eu entregava tudo na mão desses meus tios malucos, só pra acabar com essa confusão. Ouço meu pai sair da cozinha: 

— E o que eles falaram Scarlet? — ele pergunta, mas se cala no momento em que desço o resto dos degraus.

— Mãe, quem eram? — me faço de desentendida, e noto o espanto em seus olhos — O que eles queriam?! — prossigo em um tom mais alto do que gostaria.

— Depois conversamos direito. — ela fala, e mesmo querendo que ela me responda, já estou atrasada. 

Saio correndo de casa, sem tomar café mesmo, e me encontro com Lisa. 

 

*Lisa e eu somos melhores amigas e nos conhecemos assim que eu vim para o Brasil. Nossos pais já se conheciam, e são amigos, então fazemos tudo juntas

 

A casa dela é a um quarteirão da minha, e a escola é à três. Então sempre vamos juntas caminhando. Quando a encontro, ela me abraça.

— Tudo bem? — ela me pergunta, desfazendo o abraço — Você parece assustada.

— Tá sim — Disse não querendo preocupa-la. Mas como se lesse meus pensamentos, ela me pergunta de novo.

— Lolla, o que tá acontecendo? Não tá tudo bem. — ela pergunta, apertando os olhos.

— Eu não sei! – respondo praticamente gritando. Sinto o olhar de algumas pessoas que andavam pela rua pairando sobre mim — Mas tem alguma coisa muito errada com a minha mãe. E eu sei que tem a ver com a minha família. — falo praticamente sussurrando, mas alto o suficiente para ela ouvir. 

— Como você sabe? — Lisa me responde no mesmo tom. 

Nos aproximamos do portão da escola

— Depois eu te falo — respondo e praticamente corro em direção a minha sala. Lisa faz o mesmo. 

Entro, e me sento no lugar de sempre. Fileira da  direita, última carteira. Metade da turma já aparentava estar lá, mas aos poucos alguns atrasadinhos iam chegando. Nunca fui pontual, então não posso falar nada. Minha amiga, a Ana, que é a mais próxima de mim na minha turma, está viajando, então provavelmente vou ficar bem sozinha hoje. Antes, éramos um grupo, 6 meninas. Mas no ano passado, houve uma "mesclagem" e todas as classes se misturaram, formando novas turmas. Então, o que aconteceu foi que, eu e Ana ficamos em uma turma, e Lisa e as outras ficaram na outra. De repente a porta se abre em um estrondo. Algumas pessoas pulam da cadeira, e eu que estava quase dormindo, acordo novamente. 

Sr. Claus é o professor que entra. Ciências. Não é minha melhor matéria, mas também não é tão chata como matemática. 

— Bom dia, pirralhinhos! — ele praticamente grita. 

Murmuro um "bom dia" e ouço outras pessoas fazerem isso também. 

— Alguém sabe me dizer as classificações dos seres vivos? — ninguém levanta a mão — Vamos lá, gente! Fizemos revisão justamente dessa matéria na última aula! — ele completa, na tentativa de conseguir algum voluntário. 

Saber eu até sei, mas não gosto muito de falar a resposta assim, na aula. 

Vejo uma menina, de olhos verdes, cabelo levemente enrolado um pouco abaixo dos ombros, extremamente ruiva, levantar a mão. Acho que ela se chama Ella. Ou Gabriella, não sei ao certo. Ela era da turma da Lisa, turma 9B, mas parece que brigou feio com uma amiga, e pediu para mudar de turma. 

— Existe o Reino Animal, Reino Vegetal… —ela começa a falar, mas é interrompida pelo professor. 

— Isso! Já está bom, muito obrigada Srta. Carvalho. Alguém sabe me dizer duas características de cada reino? 

     

          [...] 

 

As primeiras aulas demoraram uma eternidade para acabar. Quando finalmente ouço o sinal que anuncia o início do recreio, pego meu celular, e saio da sala, em direção ao ginásio. Mas não é para lá que eu quero ir. Quando estou quase chegando, viro à esquerda, onde fica um "recuo" que praticamente divide parede com a quadra. Enfim, aquele é o nosso cantinho. Quando chego lá, Lisa já está sentada. No chão mesmo, já que não tem cadeira e nem mesa ali. Me sento ao seu lado, respiro fundo e começo: 

— Hoje, quando eu estava descendo para a cozinha, ouvi minha mãe falando no telefone. Ela parecia prestes a chorar a qualquer momento. Com certeza era alguém da minha família.Safados — Reviro os olhos e bufo. 

— Meu deus! E o que eles queriam? — Ela pergunta, com os olhos arregalados. 

— Queriam não, parece que conseguiram. Tinha alguma coisa a ver com o dinheiro que meu avô deixou. Acho que pediram uma parte em troca de alguma coisa. Não sei direito, não deu pra entender muito bem —respondo. Já estou cheia desse negócio de herança, dos meus familiares malucos e interesseiros. Cansei.

Sinto meu celular vibrando. Por que diabos alguém está me ligando essa hora?! Ah, é a minha mãe. O que é estranho porque, ela nunca me liga enquanto eu estou na escola.

— Alô? — atendo a ligação. 

— Filha? Será que eu posso falar com você um pouquinho. Não queria te incomodar, mas aconteceu uma coisa. E acho que você tem o direito de saber, antes dela realmente acontecer — minha mãe fala. Sua voz chorosa me assusta. Não é muito comum ver minha mãe chorando. 

— Aí mãe, o que aconteceu? — respondo. Minha voz quase falha, mas tento parecer firme. Realmente estou assustada. Muito.

 

         P.O.V Lisa

 

Lolla atende o telefone. Parece ser a mãe dela. Parece não, com certeza é. E alguma coisa estranha está acontecendo. 

— Aí mãe, o que aconteceu? — Lolla fala, com uma expressão tensa. Olhos arregalados, voz falhada, e um olhar desnorteado. 

Sinto um arrepio percorrer o meu corpo. O que tá acontecendo ali? Meu Deus. Vejo os olhos de Lolla marejarem, e ela tenta segurar as lágrimas com todas as forças. Ela desliga o celular. Mesmo sem fazer a menor ideia do que aconteceu, a abraço. 

— Calma, vai ficar tudo bem — sussurro em seu ouvido. Ela nega com a cabeça. Ah não. 

 

            P.O.V Chandler

 

13:40 pm, Atlanta

 

Chego em casa exausto. Hoje o dia foi muito chato. Os professores falaram a aula inteira sobre coisas das quais eu não consegui entender sequer uma palavra. Óbvio, eu perdi quase toda a matéria. Eu vou ter que estudar muito para recuperar isso. Meus planos para essa tarde são deitar na minha cama e dormir tudo o que eu puder, até a hora de gravar. Depois, vou jantar na casa do Sam, ele vai me ajudar a estudar. Caminho até a cozinha, a procura de alguém na minha casa. Não encontro ninguém. Subo as escadas e vou até o escritório. Ninguém também.Estranho. Vou até o quarto dos meus pais. É, estou sozinho em casa. Posso dormir em paz. Vou até o fim do corredor, entro no meu quarto e ligo a televisão. Me jogo na cama, mas no momento que meu corpo toca o cobertor, lembro que tenho que repassar as falas. Contra a minha vontade, levanto, e vou em direção as escadas. No corredor do segundo andar, tem uma série de fotos emolduradas. Minha mãe grávida, sendo abraçada pelo meu pai, que se localiza perto da porta do quarto deles. Eu pequeno, e Grayson bebê embaixo da mesma. Perto da porta do quarto de Gray, tem uma foto dele em um show de alguém que não sei quem é. Perto da minha porta tem duas fotos. Uma era minha, eu devia ter uns 5 anos, sentado em uma toalha de piquenique no quintal de casa. Ao meu lado, estava a minha melhor amiga de quando eu era pequeno. Eu me lembro dela. E estranhamente, sinto saudades. Seu nome era Lolla, e nós éramos grudados. DEMAIS. Era uma amizade quase perfeita, por mais que tivéssemos só uns 4 ou 5 anos. Ela se mudou para o Brasil, para receber uma herança do avô, eu acho. Mas parecia ser algo além disso, se não ela voltaria. Eu nunca mais tive notícias dela. Queria saber como ela está, o que está fazendo da vida. Queria saber também por que ela nunca voltou, mas querer não é poder né? Desço as escadas, e pego o script que estava em cima da mesinha central da sala. Sento no sofá, ligo a televisão em um desenho qualquer e recomeço a ler as falas pela milésima vez. Que tédio.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado :)
Um beijo, e até o próximo cap <3


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