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História The Cool Kids - Especial quatro - Chuvas de outono


Escrita por: Pandorawn e Cappuccine

Notas do Autor


Dessa vez nem demoramos muito, o que já chega a ser um milagre. E já deixo avisado que estamos entrando na reta final da fic </3 Trazemos mais uma vez uma sequência de capítulos especiais, que já começa com Tenten e tudo que todo mundo queria ver acontecer euuehue Espero que realmente gostem!

E um notícia bem mais importante é que a linda @Cappuccine postou uma fanfic maravilhosa chamada Assault Rock 97, prometo que não vão se arrepender. Tem Sasusaku, tem Sasuke vocalista de banda, tem mais Sasusaku, tem Gaara sendo lindo e simpático e tem mais Sasusaku ehuheueueh O primeiro capítulo já está disponível e vou deixar o link nas notas finais. Vão lá dar todo o amor que vocês nos deram aqui em TCK *U*

Capítulo 24 - Especial quatro - Chuvas de outono


Fanfic / Fanfiction The Cool Kids - Especial quatro - Chuvas de outono

Capítulo vinte e quatro

Especial quatro

Chuvas de outono

 

 

 

As primeiras provas do semestre haviam acabado e finalmente eu podia me livrar de questões impossíveis de resolver. Sakura estava sentada a minha frente lendo um livro e mastigando algumas balinhas, a mania que ela tinha de comer três de uma vez e depois reclamar que o maxilar estava doendo. Há dois meses, desde a saída de Sasuke da universidade tudo que ela fazia era ler livros, mastigar besteiras e sair durante horas para tirar fotos e não avisar a gente.

- Sakura, me dá essas balinhas, está comendo demais. – Ela revirou os olhos e simplesmente guardou o saco dentro da mochila. Como se fosse resolver algo, afinal eu sabia que ela e doces eram uma combinação inseparável quando ela andava de mau humor.

Ino e Hinata também haviam percebido o quanto ela andava desestimulada depois dos últimos acontecimentos. Ela mal saía com a gente e mal prestava atenção em alguma conversa, ela tinha voltado a ser a velha Sakura que não gosta de interagir com ninguém e prefere guardar tudo para si. A Sakura do ensino médio que mal dizia oi e tchau. Era estranho saber que nós não podíamos ajudar, ninguém sabia muito bem como fazer isso.

Muitas vezes eu achava não conhecer Sakura tão bem, mas a única coisa que eu tinha certeza era quando ela estava triste, era quando ela não queria incomodar ninguém com seus próprios problemas. Quando ela e Sasuke brigaram no aniversário de Karin, fiquei de certa forma até surpresa por ela nos contar em que havia se envolvido. Não a julgo exatamente por saber que de certa forma eu também era assim, mas ainda me partia o coração por não saber como a ajudar.

- Bom dia, senhoritas. – Antes que eu abrisse a boca para falar com ela, Neji chegou com livros nos braços. Quando Gaara se juntava conosco, Naruto nos denominava o quarteto de gênios.

- Bom dia. – Sakura e eu o respondemos ao mesmo tempo. Neji mexeu em algo dentro da mochila e tirou dois sanduíches enrolados em papel alumínio entregando um para cada.

- Esse era do Gaara, mas não achei ele.

- Obrigada pela parte que me toca. – Sakura riu um pouco aceitando o que ele lhe entregava. Abri o meu agradecendo por ele ter aparecido na hora certa, pois graças as malditas provas nem comer noite passada eu consegui. Era um sanduíche de patê de frango com cenoura que era vendido na lanchonete daqui.

- Por que só o da Tenten é de frango?

- Porque eu não sabia qual Gaara ia preferir. – Neji deu de ombros e eu comia feliz da vida. Vi os olhos verdes dela indo de mim para ele, e então ela deu um sorriso travesso. Ah não.

- E por que você saberia qual o preferido da Tenten? – Ela perguntou ainda sorrindo. Droga, se ela saía do mau humor era só para atormentar a vida de alguém.

- Sei lá, foi sorte.

- Sei. Aham. – Ela se levantou risonha e agradeceu pelo sanduíche. A encarei mortalmente e espero que ela tenha percebido isso quando se despediu. Neji continuou sentado ao meu lado ignorando as insinuações de Sakura. Ficamos um tempo concentrados em nossos livros, mas então ele começou suas tentativas de diálogos.

- Como foram as provas?

- Mais ou menos. – Meneei a cabeça. Provavelmente as do final do semestre estariam piores. – E as suas?

- Tranquilas. – Ele apoiou o queixo na mão. – Tá afim de distrair a mente?

- Não me diz que é maconha, por favor. – Ele riu negando. Neji tinha uma risada bonita e sincera, ele era descontraído. Eu havia notado que estar com ele me deixava cada vez mais leve, era quase a mesma sensação de estar com as meninas, mas ele fazia meu coração palpitar.

Eu obviamente sabia do que se tratava, sei muito bem diagnosticar um início de paixão. Mas eu não queria aceitar e não queria demonstrar. Eu me achava de certa forma fraca, meus conceitos haviam se descontruído e haviam se tornado em coisas mais fortes e concretas. Eu sabia que minha concepção de julgar todos os homens estava totalmente errada quando eu conheci melhor Neji. Eu podia ter a chance de estar com alguém muito diferente do modelo de homem que eu presenciei na infância. Eu podia acrescentar coisas muito mais positivas sobre eles se eu me permitisse ficar ao lado de Neji.

- Vamos dar uma volta.

- Aonde?

- Não sei, vamos decidir na hora.

- Mas pode chover a qualquer hora. Nunca confie no outono. – Respondi voltando a me concentrar no livro, mas foi impossível com Neji me encarando com uma feição entediada. – O que foi?

- Se não quiser ir é só dizer, não arranje desculpas. – Ele cruzou os braços ainda me encarando. Respirei fundo e vi ele dar um sorriso quando eu fechei meu livro, espero não me arrepender disso.

Depois que guardei minhas coisas no dormitório e voltei ao estacionamento, encontrei Neji encostado em uma moto preta segurando dois capacetes. Apertei minha blusa de frio em volta de mim. Eu já estava me arrependendo antes mesmo de sair.

- Você tá brincando né? Eu não vou subir nisso. – Falei quando ele me estendeu um dos capacetes. Ele me olhou risonho.

- Está com medo?

- Não. – O encarei ainda mais um tempo. Nossa Tenten, aonde você está se metendo? Peguei o capacete e o coloquei. Sentei na garupa da moto e respirei fundo ao ouvir o barulho alto quando Neji a ligou. Eu nunca andei de moto na vida e tenho a impressão de que essa não será a melhor das experiências.

- Acho melhor se segurar em mim. – Ela falou alto.

- Nem fudendo. – Vi ele rir depois da minha resposta e logo estávamos saindo pelos portões do campus. Eu me segurei o máximo que pude no apoio da garupa, era nem fudendo mesmo que eu iria me segurar nele. Não mesmo. E ele pareceu perceber isso acelerando cada vez mais, eu tinha a impressão de que sairia voando a qualquer momento.

Depois de um tempo chegamos em uma pista à beira de um penhasco, era próximo a uma floresta e logo depois podíamos ver o mar. Ela estacionou no acostamento e torci para que nenhum carro em alta velocidade aparecesse.

- O que viemos fazer aqui, vai me matar?

- Você dá muito show. – Ele colocou a mão nos bolsos. Seu cabelo longo estava preso em um coque mal feito e os olhos brilhavam. – A visão é maravilhosa. Vem.

Segui ele por uma trilha malfeita que se estendia até a praia, era rochosa e escorregadia devido a umidade. Ótimo. Pensei em alguém que poderia roubar a moto que deixamos para trás, mas decidi guardar minha negatividade somente para mim. Chegamos em um ponto onde as rochas eram maiores, próximas a areia. O tempo estava fechado e o mar agitado. Senti o vento salgado ricocheteando em meu rosto.

- Eu gosto de vir aqui às vezes. Pensar nos meus problemas. – Ele sorriu um pouco. Tinha algo errado. – O meu maior problema é pensar na Hinata.

Neji nunca havia falado muito sobre a prima e eu já cheguei a até mesmo questionar sua preocupação com ela. Mas ele parecia bastante sincero.

- Eu sinto muito. Quero dizer, todos nós estamos preocupados. É meio... Inacreditável que isso esteja acontecendo com ela.

- Eu procuro estar com ela todas as vezes que precisa ir ao hospital. Temos uma família sem muita empatia, você sabe. Eu me sinto como o único que pode protegê-la. – Ele se sentou em uma das pedras, com um pouco de receio fiz o mesmo ficando do seu lado.

- Não precisa ser assim. Eu, Sakura e Ino também vamos protege-la.

- Sim, eu sei. – Ficamos um tempo em silêncio e isso me deixou nervosa. Ele voltou a me encarar e eu queria socar a cara dele, pegar a moto e voltar ao aconchego do meu quarto. Eu estava me sentindo muito diferente do que um dia fui e me assombrava cada vez mais as inúmeras possibilidades de loucuras eu poderia cometer.

- Por que me trouxe aqui? – Perguntei me arrependendo logo depois.

- Gosto da sua companhia.

Eu não sabia exatamente o que fazer ou o que dizer, mas Neji tomou sua própria decisão ao se aproximar de mim. Assim como todas as vezes que o tentei repelir, dessa vez não funcionou porque eu também gostava da sua companhia, havia aprendido a gostar. Quando seus lábios encostaram nos meus e suas mãos frias em meu pescoço eu estava em um nível totalmente diferente. Uma corrente elétrica me percorreu quando ouvi o barulho dos trovões. Assim como eu havia dito, uma chuva poderia chegar a qualquer momento. Mas ele não se importou, continuou me beijando até a chuva começar a cair.

- Eu te odeio. – Eu disse quando ele se afastou colando sua testa na minha, nossos cabelos molhados.

- Eu sei que não.

 


Notas Finais




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