História The Cop - Bieber

"querido filho, se estiver lendo essa carta é porque, provavelmente eu não estarei aí para lhe contar pessoalmente, e eu sinto muito por isso meu pequeno, queria ter sido mais presente em sua vida mas você sabe que logo após a morte de sua mãe eu fiquei um pouco afundado no caso, não me orgulho disso porém eu queria de algum jeito vinga-la mas acho que isso não vai acontecer, eles estão na minha cola, e eu não sei por quanto tempo mais vou conseguir me esconder. Eu não temo por mim e sim por você, sei que sua esposa está com câncer, e eu sinto muito mesmo. Se você está lendo isso é porque foi atrás de alguma pista minha, como eu planejava, mas eu imploro filho, não vá atrás deles, eles são muito piores do que eu imaginava, isso não vai dar em nada, eles têm muita gente em todos os lugares, até mesmo dentro da polícia, vereadores, comerciantes e assim vai, eu não sabia o quão corrompido estava essa cidade mas pode ter certeza que é o suficiente para eles não serem pegos. Então filho, sei que está pensando em ir atrás de minhas pistas e tentar vingar seu velho, mas não cometa os mesmos erros que eu. Vou deixar todas as pistas com o mesmo cara que você pegou essa carta, e por favor queime tudo, eu não tive tempo mas faça isso por mim. Eu te amo com todo meu coração nunca se esqueça. Oh filho, eu me lembro como se fosse ontem de ficarmos brincando de futebol no nosso pequeno quintal, essa é uma memória que nunca irei esquecer, quero se se lembre disso meu filho. Adeus."

— É isso mesmo que procurava, meu jovem? 

— Isso mesmo, muito obrigada senhor.. — Olho o seu crachá. — Smith.

— Não por isso. Seu pai foi um bom homem viu, quando vinha aqui só falava de você. 

— É mesmo? E o que ele fala? 

— Falava que tinha muito orgulho de você, que você era uma pessoa incrível e gentil, ele te elogiava bastante garoto, teu pai te amava muito Justin.

— Eu sei que amava. Muito obrigada por tudo mas eu preciso ir. — Digo limpando as lágrimas  de meu olho. 

— Tudo bem, até mais e boa sorte. — Dou um último tchau para o velho amigo de meu pai, e vou em direção a meu carro.

Eu não conseguia pensar direito, essa carta realmente mexeu comigo. Não sei o que vou fazer agora, eu vim para esse fim de mundo para tentar descobrir e vingar meu pai mas nessa carta ele me pediu para não fazer, eu preciso pensar, eu estou sem rumo agora. 

{...}

Vou subindo as escadas e vejo que tinha alguém tentando olhar dentro de minha casa, uma mulher. Vou perto dela, ela parece nem perceber que estou ali.

— Procurando alguma coisa? — Ela deu um pulo para trás. 

— Ah.. Eu só tava.. É — Eu ri da situação.

— Você só tava o que? — Ela estava um pimentão, o que só me fazia rir mais.

— Eu tava vendo se tinha algum, preciso de uma xícara de arroz. — Ela deu um sorriso sem graça, peguei minhas chaves e abri a porta.

— Pode entrar. — Digo deixando a porta entreaberta. — Assim tá bom? — pergunto mostrando a xícara a ela.

— Tá ótimo, muito obrigada. —Eu apenas dei um sorriso de lado, ela foi até a saída e parou na porta. — Aliás, meu nome é Nathasha. — disse estendendo a mão. — Natasha Smith. 

— Justin Bieber, prazer. 
______

O cheiro que vem da casa da tal Nathasha era ótimo, parecia algum tipo de bolo ou torta, eu estou quase indo lá e acho que é isso que ela quer, já que não para de olhar pra cá.
Na verdade acho que é isso mesmo que vou fazer, largo o livro que estava lendo e me levanto, vou em direção à casa de frente para a minha.

toc toc toc 

Bato três vezes até ela me atender, e caramba ela tava linda, parecia estar natural, com o cabelo em um rabo de cavalo meio caído pro lado, e um avental cheio de cupcake, ela tava pateticamente linda. 

— O cheiro que me trouxe. —digo sorriso e ela faz o mesmo.

— Entre por favor. — Ela diz "estendendo" a mão para mim entrar. 

— Se me permite perguntar, o que está fazendo? Esse cheiro esta muito bom. — Passo meu olho por toda sua kitnet, procurando o que poderia ser esse cheiro.

— É brownie. — Diz ela apontando para o forno. — Já estão ficando pronto, pode me acompanhar se quiser.

— Meu Deus faz tanto tempo que não como isso, sério acho que faz uns bons 7 anos. 

— O QUE? Como assim, eu como todo sábado, sou apaixonada. — Diz Natasha 

— A última vez foi minha mãe que fez, e era incrível, quero ver se o seu vai ser tão bom quanto. — Digo sorrindo de leve.

— Sinto muito mas o meu é o melhor, você vai ver Bieber.

                                     ...

— Meu Deus Natasha isso é incrível. — Falei ainda com a boca cheia, ela apenas riu. — Eu nunca mais vou parar de comer isso. MEU DEUS. 

— Eu não falei. — Disse orgulhosa.

— Esse é definitivamente o melhor brownie que eu já comi. OBRIGADA NATASHAAA. — quando comecei a gritar ela colocou a mão em minha boca.

— Bieber cala boca. —Diz a menina rindo. 

— Quantos anos você tem Natasha Smith?  

— Faço 17 semana que vem. — imediatamente arregalo meus olhos.

— Que? Tá brincando né? — Não é possível que ela só tenha 17.

— Óbvio né, relaxa to brincando. — Solto um suspiro de alívio. — Faço 21 sexta que vem, e você? — Menos mal. 

— 25. — Meu telefone começa a tocar, eu tento ignorar mas ele não para, então decido ver quem é. — Desculpa tenho que ir, muito obrigada pelo brownie e por me divertir. —Dou um beijo em sua bochecha e saio.

Atendo a ligação.
— Bieber falando. 
— Precisamos de você aqui, é urgente. 
— Já chego aí.

Desligo a ligação e vou em direção ao meu carro. Chego na departamento de polícia em menos de 15 minutos. 

— O que foi? — Digo entrando na sala do Gomez, meu parceiro.

— Ouve um assassinato, é lá na ponte da alegria, eles querem você lá. 

— Beleza to indo agora. 

O lugar onde Gomez falou era meio longe  então demorei uma hora e vinte minutos, indo rápido. Quando cheguei lá não tinha nada, a perícia não estava lá, os policiais, nada. Desço do carro e olho em volta, não tinha ninguém lá, fiquei 29 minutos tentando ligar para o Gomez e ele não atendia então resolvi voltar, esse idiota me paga. Uns policiais me falaram que eles aqui gostam de "brincar" com os novatos mas eu não levei a sério porque isso é coisa de adolescente que acabou de entrar na faculdade, não vou tolerar brincadeiras bestas, não dei intimidade para isso e nem vou dar.

Quando finalmente consegui chegar fui direto para a sala do filha da mãe do Gomez, quando me viu chegar começou a rir.

— Olha cara é melhor você ir parando por aí, porque eu não sou o tipo de cara que gosta desse tipo de brincadeirinhas.

— Digo chegando perto dele.

— Aí desencalha, isso não foi nem o começo meu caro. 

— Meu escuta bem, eu falei que não quero e nem vou permitir esse tipo de brincadeira, não sou seu amigo e nem estou aqui para brincar, você fica na sua e eu na minha, é assim que vai ser de agora em diante, estamos entendidos? — Ele me olhou com uma cara de deboche. Eu peguei ele por sua camisa.

— Estamos entendidos Gomez? — Perguntei mais uma vez.

— Tá cara, que seja. — Disse ele, e eu o soltei.

Com tudo que aconteceu e com o que está acontecendo, digamos que tirou meu senso de humor, não sou mais o de antes e nunca vou ser. Eu já não era muito de brincar, tirando claro com a Jessica, com ela eu ria por qualquer coisa, o que me lembrou muito a Nathasha, ela deixa tudo num clima tão bom, tão leve, com aquele sorriso, porra ela tem um sorriso lindo, mas não posso me comprometer agora muito menos ficar pensando nela, é o melhor, não quero meter ninguém nisso. Preciso ficar longe dela.