História The Crystal Moon - Capítulo 15 - Visão

     Já havia se passado uma semana, tudo está praticamente perfeito, todos naturalmente já estão sabendo do meu envolvimento com o Ezarel, eles não comentam nada, até porque sabem que ele ficaria irritado por se envolverem na vida dele, mas dá para ver claramente que estão surpresos, acho que até eu fiquei surpresa quando Ezarel me beijou no laboratório.

     - No que está pensando? – Eu e Ezarel estávamos perto do refúgio, é um lugar bem calmo, nos encontrávamos deitado sobre a grama verde, com seu braço em torno de mim, enquanto enrolava os dedos em algumas mexas do meu cabelo.

     - Nada demais, esses dias tem sido perfeitos, estou começando a imaginar que tudo isso é um sonho, e eu estou em um conto de fadas.

     - Mas pode acreditar que tudo isso é real – Fala se virando para mim, e fazendo com que eu faça o mesmo, o encarando – Posso te perguntar uma coisa?

     - Claro.

     - Você ainda quer voltar para o seu mundo? – Essa pergunta realmente me pegou de surpresa.

     - Eu... vou ser sincera com você – Suspirei – Eu penso sim, apesar de estar muito feliz aqui, eu sinto falta dos meus pais, dos meus amigos e também há algo que eu preciso fazer, uma pessoa que eu preciso mostrar para todos como ela realmente é.

     - Você sabe que vingança, não é uma emoção muita boa, né? Algumas pessoas param de viver simplesmente por causa do ódio que carregam, elas não vivem, simplesmente existem.

     - Não é vingança – Sorri com a sua preocupação – Essa pessoa manipula a todos, inclusive alguns que já foram meus amigos, ela colocou eles contra mim e eu não quero que ela continue a manipular eles.

     - E se eu te ajudasse a encontrar alguma forma que te ajude a voltar para casa? – Ele me ajudar, mas porquê? – Eu só quero te ver feliz.

     - Eu não sei se consigo ficar longe de você – Acho que ele não esperava por essa resposta, pois sua expressão foi de completo espanto, uma expressão fofa, confesso, então o beijei calmamente, sem nenhuma pressa – O que eu quero dizer é que sim, eu sinto falta das pessoas que eu conheço, mas não quero me afastar de você e das pessoas que eu conheci aqui.

     - Eu também não quero me afastar de você – Ele pareceu pensar um pouco – Acho que eu preciso te levar para um lugar, mas por favor, não fique irritada comigo.

     - Que lugar é esse? – Pergunto um pouco preocupada.

     - Você conhece, é Sala do Crystal.

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     - O que estamos fazendo aqui?

     - Alana, acho que ninguém te falou isso, ou realmente pensou em te falar, acho que até saber disso a deixaria mais eufórica.

     - O que está querendo dizer? – Já estava começando a ficar assustada.

     - Por meio do Crystal é possível ver o mundo humano – Ele diz me olhando, tentando decifrar cada expressão minha, como assim é possível ver o mundo humano? Por que nunca me disseram isso? – Eu também estava relutante em te dizer, não se te faria bem ver como estão as pessoas que você ama, e não poder voltar para casa, ou sequer comunicar que você estava bem.

     - Foi por isso que não me contou? – Eu não sabia o que pensar.

     - Exatamente, eu só não quero que você pense que eu fui egoísta, eu só não queria ver você sofrendo por eles.

     - Sim Ezarel, você foi egoísta – Ele olhou para o chão – Mas eu entendo você, nem eu sei se quero saber como eles estão lidando com o meu sumiço mesmo depois de saber disso.

     - Então você prefere não saber? – Ele pergunta me abraçando, um abraço tão confortável e aconchegante, que me fazia esquecer os problemas que eu tinha, eu não poderia pedir mais nada naquele momento.

     - Eu não sei, talvez só uma olhadinha – Ele sorri, com a voz dengosa que eu faço.

     - Tudo bem, é bem simples na verdade, pensa no lugar que você quer que apareça, qualquer lugar...

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     - Não sei como todos conseguem ficar do lado da Debrah depois de tudo o que ela fez com a Alana – Dizia Rosa um pouco revoltada, mas ainda sim com uma expressão triste, preocupada...

     - Sinto falta dela – Alexy não estava mais com aquele sorriso que conquistava a todos.

     - Vai ficar tudo bem Alexy, a polícia vai encontrar ela – Armin não se encontrava com o seu PSP.

     Eles estavam na escadaria, o Lysandre e o Nathaniel também estavam presentes, mas não mencionavam nenhuma palavra, Nathaniel essa hora deveria estar na sala do grêmio e Lysandre com o Castiel, o que eles estariam fazendo ali?

     - Será que dá pra dar licença? Eu preciso passar – Debrah parecia indiferente com todo o corrido.

     - Não, você não precisa, você quer passar por capricho, não tem ninguém no andar de cima.

     - Olhe como você fala comigo Nathaniel, o Cast já não gosta muito de você, imagina quando ele ficar sabendo que você está me tratando assim.

     - Acho melhor você ir embora Debrah, não queremos problema – Debrah olha furiosa para Lysandre, percebendo sua indiferença com relação a ela, Debrah decidi ir embora.

     - Não sei como o Castiel consegue não enxergar como ela realmente é – Rosa, preciso que você seja forte.

     - Apesar de tudo Castiel parece estar começando a perceber, apesar de eu não ter uma relação tão próxima com ele como era antes, Debrah anda afastando ele de todo mundo, por sorte ele continua aqui na escola.

     - Apesar de não gostar de admitir, acho que ele tem a esperança que Alana volte – Nathaniel comenta se referindo ao Lysandre, e todos olham confuso – Desde o dia que Alana sumiu, ele não anda arranjando nenhum problema, e por incrível que pareça não faltou nenhum dia.

     - Todos nós não podemos perder a esperança, Alana está bem e ela vai voltar – Diz Rosa, amiga, você está certa como sempre.

≡≡≡

     - Alana, como se sente? Não sei se isso foi uma boa idéia – A luz do Crystal estava começando a voltar ao normal, sinto Ezarel se aproximando e me abraçando por trás.

     - Está tudo bem, eu precisava saber, obrigada.

     - Vou estar sempre aqui por você, Alana – El me abraça mais forte – O que acha de jantarmos fora do QG amanhã? Só nós dois?

     - Eu aceito, precisamos de um tempo a sós – Digo me virando, e ele me beija com serenidade, colocando as mãos envolta do meu rosto, depois olhando nos meus olhos.

     - Só nós dois...