História The Crystal Moon - Capítulo 17 - Confiança

     A água da chuva parece serpenteia pela vidraça da janela do meu quarto, é raro chover em Eldarya, é um acontecimento não muito comum, mas é lindo ver a chuva, que sem surpresa tem suas respectivas diferença do mundo dos humanos, não sei por qual motivo, mas parece vários cristaizinhos juntos, dançando em perfeita harmonia.

     Como não tem nada para fazer, estou indo em direção a biblioteca, por causa da chuva Nevra disse que não iremos ter vigília hoje, então poderei passar mais tempo com o Ezarel que agora está ocupado no laboratório, apenas por pensar em seu rosto fico com um sorriso bobo nos lábios, nunca pensei que ele seria capaz de planejar tudo aquilo.

     - Que surpresa ter você por aqui Alana.

     - Parece até que eu nunca venho aqui.

     - Eu não quis dizer isso – Ele sorri – Apenas pensei que nesse momento talvez você estaria com o Ezarel.

     - Ele está ocupado no laboratório – Sorri sem graça, Kero também foi cumplice do Ezarel – E também prefiro ficar aqui, esse lugar parece muito aconchegante com a chuva ao lado de fora.

     - Entendo, também me sinto bem quando estou aqui, é o meu lugar do QG preferido, hoje você vai ler um livro?

     - Apesar de você ter me ensinado um pouco do idioma de Eldarya, existem alguns livros que eu ainda tenho dificuldade para ler.

    - O nosso idioma é mesmo muito difícil, foi incrível você ter aprendido a maioria dos caracteres tão rápido.

     - Você que é um ótimo professor.

     - Eu você que é muito inteligente e capacitada, mas fica se subestimando, e por causa dessa insegurança não é capaz de aproveitar ao máximo suas qualidades.

     Fiquei pensando no que Kero me disse, ele tem razão, sempre digo que irei ficar mais confiante, mais nunca o faço, será que sempre terei medo de ser eu mesma?

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     - Hoje o dia foi muito cansativo, tem tido muito trabalho no laboratório – Ezarel e eu estávamos deitados na minha cama, em alguns momentos ele brincava com algumas mechas do meu cabelo – Apesar de não gostar, tenho que admitir que Alajéa tinha lá suas utilidades, Miiko me disse que ela irá voltar amanhã.

     - É, as férias estão acabando, estava realmente bom não ver o rosto dela pelo QG.

     - Vamos ficar longe dela a maior quantidade de tempo que pudermos, bom, pelo menos ela não é da sua Guarda.

     - É, isso é muita sorte, mas não sei se poderei fingir que nada aconteceu.

     - A frieza em momentos delicados pode se converter em uma grande virtude.

     - Não é tão fácil assim, ela já me prejudicou bastante.

     - Eu sei, mas tente se acalmar, tudo vai dar certo.

     - Eu espero.

     Ezarel começa a envolver minha cintura, enquanto beija meu pescoço calmamente, seus toques me fazem esquecer de qualquer preocupação, é como se eu ficasse anestesiada contra qualquer coisa nociva, somente ele conseguiria me acalmar.

     Sua mão ergueu meu queixo, me beijando delicadamente logo em seguida, não podia negar que mesmo depois de todo esse tempo eu ainda ficava arrepiada com suas caricias, seus toques pelo meu corpo, apenas seus toques eram capazes de me fazer ir as nuvens, me fazer delirar.

     Seus lábios foram se separando dos meios com alguns selinhos, não podia ficar sem sorrir, parecia ser um sonho, e eu não queria acordar para a realidade, a cruel realidade, que de muitos não tem piedade. Mas como nada é perfeito ainda tenho que me preocupar psicologicamente para a chegada da Alajéa.

     - Eu te amo sabia – Ouvir essas palavras tão inesperadamente, fez meu coração falhar uma batida – Lembre-se disso.

     - Eu... também te amo – Por um momento repensei minhas palavras, mas eu o amo, eu o amo, depois da noite que me entreguei a ele, eu posso afirmar que o amo.

     Sorrindo, me puxou novamente para que eu me aconchegasse em seus braços, foi direcionando sua boca ao meu pescoço, com beijos calmos, voltando novamente a minha boca, sua mão foi deslizando pelo meu corpo me causando arrepios, em um movimento rápido ele já me acariciava, essas ações repentinas do Ezarel me deixavam nostálgica, ficar com ele me faz sentir tão bem.

     Seus lindos olhos claros, eu poderia me perder naquela imensidão de águas cristalinas, que com um simples direcionar de sua visão a minha direção já me fazia esquecer de todos os meus problemas, poderia ter conhecido ele antes, talvez tudo teria sido bem diferente, Rosa provavelmente se daria bem com ele.

     Ezarel vai abaixando a alça do meu vestido, enquanto distribui beijos rápidos pelo meu ombro, me arrancando pequenos suspiros, em poucos minutos estávamos completamente sem roupa trocando carícias, mesmo depois de tantas intimidades, ficar assim com ele traz o mesmo frio na barriga, a mesma alegria, como se fosse a primeira vez.

     Ele vai me penetrando enquanto beija meu pescoço, minhas unhas estão em suas costas, tento não fazer nenhum barulho, não quero ter pessoas fazendo comentários, mas Ezarel não parece muito preocupado com isso, ao contrário, percebendo o meu ato, ele parece fazer questão de me fazer gemer, fazendo movimentos cada vez mais rápidos. Quando vê que teve seu objetivo concluído faz questão de sorrir por sua vitória, o sorriso mais lindo que eu já vi.

     Estávamos completamente suados, sem roupa sobre a minha cama, Ezarel me olhava fascinado, com um sorriso bobo no rosto, um sorriso lindo, não sei explicar o que eu mais gostava nele, eu simplesmente gostava, isso que me deixava tão atraída por ele, seu poder de me deixar sem reação.

     Não sei se eu poderia ficar mais feliz, nada poderia estragar esse momento.

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     Estava indo em direção a cozinha, o QG está bem silencioso hoje, quando tem vigília dá para escutar pequenos múrmuros dos guardas ao redor. Apenas a luz do salão principal estava acessa, como sempre, as vezes me dá uma pequena fome de madrugada, peguei mel e comecei a comer mesmo sem acompanhamento, Eldarya já sofre por falta de comida.

     Estava voltando para o meu quarto, então sinto uma pessoa me puxar, rapidamente colocando um pano na minha boca e nariz, antes de adormecer completamente o escuto falando.

     “Achou que tinha se livrado de mim?”