História The Cupid - Your Soul Can Break Mine

Your Soul Can Break Mine

Barry se encaminha para o hospital para checar Caitlin e ver se estava tudo bem, mas quando ele entra no quarto dela, ele encontra uma surpresa não tão agradável.

Caitlin estava deitada na cama como ele a tinha deixado antes de ir falar com o Chefe, mas, em pé, ao lado dela, Jay Garrick conversava naturalmente com Caitlin. Como se conhecessem há anos. Barry não gostou nada daquela cena. 

- O que está fazendo aqui? - Barry pergunta fuzilando Jay com o olhar.

Jay se levantou e foi até Barry com a mão estendida.    

- Sou Jay Garrick. - 

- Eu sei quem você é. - Barry diz enquanto rejeitava o aperto de mão de Jay. Caitlin estranhou a atitude de seu cupido.

- Barry? Você está bem? - Caitlin perguntou e Barry se virou para ela com seu melhor sorriso estampado em seu rosto. Era uma mudança repentina e impressionante. Para Jay, ele olhava como se fosse explodir a qualquer momento, mas para Caitlin, ele olhava como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. Caitlin retribuiu o sorriso do amigo com outro ainda melhor que o dele. Um sorriso que poderia iluminar, não só o quarto, mas o hospital inteiro.

Jay percebeu a troca de sorrisos dos amigos e resolveu interromper.

- Bom, eu só queria vir para pedir desculpas. A culpa foi toda minha, e eu peço mil desculpas por ter te posto nesta situação, Cait. - Jay disse.

- Tudo bem, Jay, não se preocupe. Eu estou bem. - Caitlin disse e sorriu. Jay se despediu e saiu do quarto.

Após Jay sair do quarto, Barry se virou para Caitlin, e seu olhar não era mais o mesmo que ele estava a dando antes.

- "Cait"? - Barry perguntou irônico.

- O que foi agora, Barry? Sabe, eu realmente vou desistir de tentar te entender! Você estava todo animado para que eu conhecesse Jay e me tornasse o "Amor Eterno" dele - Caitlin disse irônica e logo continuou. - O que foi agora? O destino mudou de ideia? - 

- Não é nada, Caitlin. - Barry disse frio.

- Não é nada? Você ainda tem a coragem de dizer que não é nada? Eu ainda tenho um cérebro, eu consigo pensar! - 

- Caitlin, eu já disse que não é nada! Meu Deus! Você me tira do sério. - 

- Você também me tira do sério, Barry. Me tira muito do sério. -

- Olha só, você quer saber porque eu estou assim? Eu vou te contar. Jay veio aqui mais cedo, um pouco antes de você sair da cirurgia, e adivinhe só? Suas exatas palavras foram: "Eu só vim para ver se ela estava viva para me pagar depois". Ele falou isso se referindo ao carro dele que você supostamente arranhou quando quase morreu sendo atropelada. Por isso que eu estou assim, Caitlin, porque não é possível que o destino tenha arranjado um canalha daqueles para uma mulher como você. - Barry termina de cuspir as palavras em uma velocidade impressionante.

- Barry, desde que você chegou você vem dizendo que não tem como se fugir do destino, que não importa como, eu e Jay de alguma forma, vamos acabar juntos. Ele pode ser um babaca, mas você mesmo disse que eu posso ser a pessoa que irá mudá-lo. Quer dizer, ele pareceu bem legal comigo quando ele veio aqui me visitar. Você mesmo viu. - 

- Você ainda não entendeu. Nem você, nem o Chefe. Quer saber a verdade? A verdade é que eu não sei o que está acontecendo comigo. Essa é a verdade. Eu nunca duvidei do destino. Eu já juntei tantos babacas com mulheres boas que eu já perdi as contas, mas por alguma razão, juntar você e Jay não parece certo. Eu não sei o que está acontecendo, eu só sei que eu não quero mais fazer isso. Eu não quero juntar vocês dois. Eu não vou juntar vocês dois. - Barry dá uma pausa e olha nos olhos de Caitlin, os mesmo olhos que diziam absolutamente tudo o que ela sentia em momentos como esse, os olhos dela eram os únicos que se encaixavam na expressão: "Os olhos são as janelas da alma". Estonteantes. Espetaculares. Embriagadores. Barry teve que desviar o olhar, ou ele hesitaria e não faria o que estava determinado a fazer.

- Barry...- Caitlin tentou alcamá-lo.

- Eu vou pedir para o Chefe enviar outro cupido. - 

- Barry, por favor, não faça isso. Eu preciso de você aqui, Barry. Por favor. - Ela disse levantando o queixo dele delicadamente para que olhasse para ele. E lá estavam eles. Os olhos que ele tanto tentava evitar.

- Caitlin...-

- Por favor. - Ela diz em um quase sussurro e ele desvia o olhar mais uma vez. Ele não poderia ceder. - Olhe para mim, Barry! - Ela disse e ele olhou. Era como se ela soubesse o poder que tinha sobre ele. Como se soubesse que se ele olhasse para sua alma mais uma vez, ele cederia.

- Desculpe, mas eu não posso. - Barry disse se levantando.

- Barry, não me deixe sozinha. - Ela implora e ele fecha os olhos para evitar o que estava tanto querendo dizer: "Nunca." Ele queria dizer que nunca a deixaria sozinha, mas não podia. Ele simplesmente chegou mais perto dela, deu um beijo demorado em sua testa, virou de costas e saiu do quarto.