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História The Cure - Jikook - 32


Escrita por: AP_Moura

Notas do Autor


Tentei caprichar nesse capitulo, espero que gostem <#

Capítulo 32 - 32


-x- Jungkook -x-

-Hyung, me empresta o Terraço? -pedi quase pulando na cadeira como se ele pudesse me ver fazendo birra. Ele estava em casa e eu no dentista esperando o Jimin, mas talvez ajudasse na minha atuação. -Por favor. 
  -Os vizinhos não merecem ouvir você acasalando. -ouço a voz do Yoongi Hyung explodir nos meus ouvidos, alguém havia deixado o celular muito perto da boca dele. 
  -Eu converso com ele. -diz Jin Hyung, dedos giraram o celular fazendo um barulho irritante como pequenos socos no microfone do celular. Uma porta se fecha lá do outro lado e o barulho de vozes vão cessando. Eu só ouvia os passos do Jin Hyung enquanto ele procurava algum lugar para falar comigo. Que se apressasse, não sei quanto tempo Jimin vai demorar. Por fim, mais uma porta se fecha e ele finalmente fala. -Para que você quer o Terraço? 
  -Eu não vou fazer isso que o Yoongi está sugerindo, okay? Não é o programado. -digo com incerteza. -Pode confiar em mim, Hyung. 
  -Acho muito legal que você não esteja fazendo como o Yoongi e o Taehyung, que vem aqui e fazem oque querem. -posso quase o ver deitado olhando para cima enquanto fala aquilo, ouvi quando de jogou na cama, o celular voltou a fazer o barulhinho. -Claro que podemos te emprestar o Terraço, mas quando? 
  -Ainda estou decidindo quando.
  -Hum, para que então? 
  -Eu... tenho uns planos por aí. -digo sem querer o revelar muito, mas eu sei que de uma forma ou de outra ele vai tirar isso de mim, mas por enquanto, vamos manter o sigilo. -Hyung, acha que... o Jimin poderia desistir de mim? 
-Que eu saiba, até agora você não fez nenhuma besteira e ele mal conhece outras pessoas, Jungkook, por que ele desistiria de você? -ele pergunta, ouço novamente o som de algo batucando no microfone, ele deve ter virado na cama. 
-Ele descobriu que um carinha aí, que ele conheceu quando era menor, está morando em Seul, foi meio que a primeira pessoa por quem ele se apaixonou. -as palavras me custam a sair da boca, não quero que pense que eu esteja inseguro com o Jimin, mesmo que eu esteja a ponto de surtar imaginando o dia em que ele o ver de novo. Será que o coração dele vai acelerar quando o ver? Vai sentir saudade? Talvez queira ir conversar com ele, falar sobre a briga com o pai, pedir desculpas, e se ele não resistir a ele tentando o beijar de novo? 
-Eu acho que ele não vai desistir de você por uma coisinha assim. Você desistiria dele por causa de alguém que você já namorou? 
-Nunca. -digo antes de conseguir medir as palavras, ele ri do outro lado. -Mas ele não sou eu.
-Verdade. Você é um bobão que se preocupa com besteira, ele é inteligente, não vai desistir de você. -me repreende, a presença dele apenas por voz parece suficiente as vezes, a imagem do Jin Hyung reclamando comigo é clara como água. Ele já fez muito isso comigo cara a cara, as vezes como um pai, as vezes como um amigo, dessas duas eu preferia quando ele era meu pai, esse amigo se irritava demais, gritava comigo, e admito, das vezes que ele fez isso eu mereci. Ninguém é perfeito. -Entendeu bobão? 
-Entendi. -digo rindo. -Eu e o Jimin vamos aí assim que ele sair daqui
-Certo, vamos estar esperando no apartamento. -ele desligou sem me dar tempo de falar, eu ri, ele fazia isso porque estava treinando para ir aos Estados Unidos, segundo ele todo mundo desligava na cara dos outros como nos filmes. 
Meus hyungs eram engraçados, eram todos incrivelmente diferentes e quando estavam juntos não tinham sincronia nenhuma. Como um gráfico de temperatura, era uma família torta, mas eu gostava assim.

-X-

Na ida para a casa do Namjoon Hyung, Jimin veio atras comigo no táxi, abraçado ao meu braço e reclamando que a dentista tinha machucado ele. Sim, a dentista, não tinha nenhum homem naquele consultório para que ele se pegasse numa cadeira como sugeriu. 
O motorista não prestava atenção na gente, apenas zanzava pelo trânsito com a mente pairando em algum lugar, oque era bom, assim não haveriam olhares estranhos para a minha mão na perna no Jimin, nem nele quase sentando no meu colo por causa de manha. Eu passei o braço pelos ombros dele e ele encostou o rosto no meu peito, seus cabelos fazendo cócegas no meu rosto. Desço mais o braço e apoio minha mão na cintura dele, mas ele tenta puxar minha mão de volta ao ombro dele.
-Jiminie. -digo tentando uma voz de reclamação que com ele não funcionava nada. -Pare.
  -Eu já disse que... -começou, mas eu puxei seu rosto de volta para o meu peito e repousei minha mão na cintura dele, ele querendo ou não. -Eu não gosto disso. -murmurou, mas dessa vez sem tirar minha mão. 

  -Não tem problema nenhum aqui. -sussurro e ele suspira voltando a se calar.

  Continuamos o caminho em silêncio, o prédio em que Namjoon Hyung morava era perto de Namsan, mas decidimos ao sair do consultório que não entregaríamos o livro hoje apesar do Jimin já ter terminado de lê-lo. Ainda nos sobravam dois dias para entregar, no próximo, ou depois desse, eu daria um jeito de levar o livro e nos livrar de uma multa na nossa porta. Não precisamos de problemas no momento, obrigado. Enquanto eu tocava a cintura do meu mochi, senti que ele a contraia com força, mal sentia seu peito subindo e descendo para respirar, e ele estava bem junto a mim. Já havíamos conversado brevemente sobre isso, e ele tentou driblar o assunto como pode, por fim, não resolvemos em nada. Eu não sabia que ele tinha insegurança com o corpo dele, eu mesmo não via defeito nenhum, afinal eu adorava cada parte daquele serzinho ao meu lado. Talvez nós não nos conheçamos muito bem. 

  Fomos pulando as muitas lombadas até o prédio, entre tantas cruzadas o carro diminuia e aumentava a velocidade a cada segundo, fiquei até enjoado. Quando paramos de frente ao edifício, nume rua cheia de prédios que variavam de tamanho como uma escadinha confusa, eu segurei a mão do Jimin que ia para o seu bolso e paguei a corrida, não ache que estou tentando impressiona-lo, só estou tentando suavizar a irritação que ele deve estar por eu ter contrariado ele. 

  Saímos do carro e logo o táxi se foi pela rua, sumindo na outra esquina. Voltei a segurar a mão do Jimin e o levei até a entrada do prédio, onde o aparelhinho do interfone dizia os números dos apartamentos e da recepção. Apertei o da recepção, já que por falha do prédio, o último andar não tinha interfones ligados aquele. Não demorou para que o porteiro nos atendesse, logo a voz arrastada e de má vontade soou pela caixinha. 

  -Sim? -disse o morto atrás do interfone, Jimin deu um pulinho por estar distraído. 

  -Pode ligar para o apartamento vinte e cinco e avisar que...

  -Ah -me interrompe -Você é um daqueles garotos irritantes que vivem naquela cobertura abandonada? 

  -...Isso mesmo. -vou ignorar que ele me chamou de irritante e do Jimin rindo disso atrás de mim, sinto seu rosto nas minhas costas para tentar controlar o riso. 

  -Pode entrar, só não faça barulho. -diz desligando o interfone e logo a porta se abre com um click, levo Jimin comigo lá para dentro e volto a fechar a porta.

  Eu sinto saudade de viver nesse prédio, eu morava com a minha mãe aqui, antes de nos mudarmos para a casa do Carcereiro. Apesar de eu preferir minha casa em Busan, nesse prédio aconteceram coisas ótimas comigo. Sinto falta de sair para a escola todos os dias e ir andando por essa rua de prédios, ver outras pessoas também saindo para ir trabalhar ou para a escola, ver os mesmos jardins em frente a todos os prédios, a grama cobrindo todo o jardim menos a entrada para o estacionamento subterrâneo e o caminho de cerâmica ou pedras brancas até a porta do prédio. Era uma floresta de prédios coloridos, e eu adorava ir andando com o Namjoon Hyung até a escola. Não posso dizer se foi realmente uma perda de tempo, aliás, me afastar daquele prédio me trouxe o Jimin, pensando assim a saudade vai desaparecendo como fumaça. 

  Entramos no prédio e do balcão acinzentado no canto da recepção, sob as grandes letras prateadas do prédio, só podia-se ver o topo dos cabelos castanhos do agradável atendente. Não me dirigi a ele, só fui com Jimin até os dois elevadores na parede a direita da recepção, apertei o botão e ficamos esperando. Ele estava de frente para mim, mexendo na minha camisa com um sorrisinho que eu não entendia o motivo. Passei as mãos pelas costas dele e o abracei pela cintura, o ouvi rir novamente. 

  -O que foi mochi? -pergunto tentando ver seu rosto que está abaixado, mas logo desisto. -Jimin-ah. 

  -É que eu lembrei de você brigando com o Yoongi Hyung, é por isso que vocês são irritantes? -perguntou levantando o rosto.

  -Bem... as vezes brigamos no terraço, mas eu acho que se incomodam mais com... -me aproximo mais dele e sussurro. -Outros barulhos, se me intende. 

  Ele arregala os olhos e gradualmente vai ficando vermelho, começando pelas bochechas. Eu sorrio e o roubo um selinho enquanto está em choque. O elevador chega e entramos, ele ainda engolindo a resposta, será que a imaginação dele é fértil? Espera. Eu dei a ideia errada?

  -Yaegiya, eu não quis dizer que fazemos isso juntos. -digo me virando rápido para ele, que está encostado na parede ainda refletindo sobre isso, o rosto já voltando a coloração normal. -Quero dizer que isso nunca aconteceu. Mesmo. 

  -Então... -ele aperta os olhos para mim e levanta as sobrancelhas. 

  -Yoongi Hyung e Taehyung abusam da pouca paciência que o Namjoon Hyung tem com eles. -digo continuando minha explicação com um pouco de necessidade que ele acredite em mim. 

  -Ok. -diz simples e volta a se encostar com a maior calma do mundo, enquanto eu ainda estou eufórico para que ele acredite. 

  -É sério. 

  -Eu sei. -ele ri e se aproxima, segura meu rosto e me beija. Temos que tirar o atraso disso, já estou com saudade de beija-lo o tempo todo. -Não precisa se preocupar. 

  O elevador apita e as portas se abrem, nós saímos para o corredor já tão conhecido por mim, aliás o apartamento vinte três já foi meu. Vamos em direção ao vinte e cinco, ainda lá de fora dá para ouvir o barulho por trás da porta. Posso ouvir a risada do Jin Hyung e a voz do Taehyung reclamando de alguma coisa. Bato na porta e eles se calam lá dentro automaticamente. Passos, alguém está vindo abrir a porta, quando ela abre uma fresta, vejo o olho do Taehyung nos espiando, ele suspira aliviado e abre a porta toda. 

  -Pensamos que fosse um ladrão. -diz aliviado, no sofá único da sala pequena, Jin Hyung está com as pernas sobre as do Namjoon Hyung, e deitado no colchão extra, Yoongi Hyung está assistindo tv com a cabeça apoiada num travesseiro. A julgar pelos cobertores, ele deve ter dormido aqui. 

  -Como um ladrão poderia ter entrado aqui? -pergunto passando pela porta com o Jimin, Taehyung a fecha e vai para o colchão, se sentando de costas para Yoongi Hyung. 

  -O porteiro só sabe dormir, qualquer um poderia entrar. -responde Jin Hyung. -Tomara que ele não seja burro assim. 

  -Vamos subir. -Taehyung se levanta de novo quase pulando. -Então vamos só eu e o Jimin. -ele vem pulando até o outro lado da sala e tenta puxar ele de volta lá para fora, onde a porta para a escada do Terraço fica escondida, mas eu segurei o Jimin ainda comigo e o Tae ficou me olhando de cara feia. 

  -Vocês vão dividir o menino. -diz Jin Hyung se levantando e indo soltar nossas mãos dos braços do Jimin, que ainda parecia um pouco confuso com aquilo e sem reação. -Vamos todos. Yoongi, Namjoon, colaborem por favor. -ele solta Jimin e o leva para o seu lado, longe de mim e do Tae. 

  Os outros dois se levantam enquanto nós esperamos na porta, eu ao lado do Taehyung de braços cruzados e Jin com a mão no ombro do seu novo filho. Eu sabia que o Jimin ainda estava se acostumando com eles, e aos poucos ele iria se soltando mais, só tinha que esperar ele mudar de humor de repente. Enfim saimos do apartamento e Tae foi correndo para a porta no final do corredor, que diferente das outras, era metálica e verde, ele a abriu com a chave que só nós tínhamos porque a achamos no chão uma vez e tiramos cópia, nunca reclamaram mesmo, então continuamos ali. Ele a abriu, revelando a escada em espiral que subia até uma outra porta para o Terraço. Nesse meio tempo, consegui roubar o Jimin para perto de mim novamente. Subimos com ele na minha frente, eu tinha uma bela imagem dele de costas enquanto subia. Ainda era cedo, e quando abriram a porta lá em cima, o vento assobiou e soprou nossos cabelos, o sol iluminando todo o corredor vertical da escada. Subi os degraus que ragiam um pouco e quando sai pela porta, fiquei cego por alguns segundos por conta da luz, ali em cima tudo era mais forte, o vento, o sol, o frio de noite, mesmo com a cobertura que a cobria inteira, aliás, estávamos no topo de um prédio de dez andares. Parece perigoso, mas Jin Hyung nunca nos deixava chegar perto da ponta, que até tinha um parapeito de concreto, mas ele não confiava ainda. No meio do Terraço, havia o antigo sofá do Namjoon Hyung e duas cadeiras acolchoadas que foram da minha casa, cobertas por capas que havíamos mandado fazer para que não pegassem sol ou chuva, alguns canteiros de flores retangulares tomavam conta do rodapé do lado esquerdo do parapeito, e uma mala enorme que veio da casa do Taehyung, estava no canto sob as telhas da "casinha" que levava de volta a escada, nela guardávamos travesseiros e cobertores para a noite, se deixássemos eles no sofá poderiam voar. 

  -Por que abandonaram isso? -Jimin perguntou enquanto andava até os canteirinhos que sempre estiveram ali. 

  -Não tinha utilidade para o dono. -explicou Namjoon Hyung, já desatando os nós das cordas que seguravam a capa no sofá. 

  -E deram esse lugar para vocês? -ele as vezes era um pouco ingênuo. Yoongi hyung riu baixo e negou. 

  -Ainda acham que ninguém fica aqui, por sorte nosso porteiro fantasma é quieto. -disse ele se jogando numa das cadeiras. 

  Eu consegui a outra cadeira, o sofá era propriedade do casal Girafa, que já se acomodava lá. Taehyung sentou no colo do Yoongi e Jimin ainda ficou andando ao redor do Terraço. 

  -O show é daqui a alguns dias. -disse Taehyung animado batendo palmas, e Yoongi revirou os olhos, todos rimos, menos Taehyung que estava preocupado só com o show. -Será que a gente vai ficar perto do palco?

  -Acho que sim, pelo preço que foram aqueles ingressos, você devia estar no palco. -Yoongi Hyung reclamou, mas todos sabíamos que no fundo aquilo era ciúme. -Aliás é show de que? 

  -Comédia. -ironizou Taehyung. -Você sabe, eu te dei o poster para guardar. 

  -Eu não li o poster, eu só guardei. -uma briguinha começava a girar entorno deles como sempre, talvez levássemos outra multa de barulho no final do dia. 


Notas Finais


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