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História The Cursed Blood (O Sangue Amaldiçoado) - O Passado Volta


Escrita por: DropCandy

Notas do Autor


Desculpem pela demora ;-; não deu pra postar aqueles dois capítulos, e nem deu pra sair um ontem ;-; mas prometo que hoje sim vai sair dois \o/
Então, Boa Leitura <3

Capítulo 10 - O Passado Volta


[Micaela]
 

Foi a vez de Nevra ser ignorado por mim.

Depois de sair me carregando pelo bairro (com as pessoas rindo ou revirando os olhos), ele só foi me por de volta no chão quando chegamos na cafeteria.

Fiquei sentada na cadeira, chocada e irritada demais para conseguir dizer qualquer coisa sem gritar. E como já havia chamado atenção demais até aquele momento, preferi permanecer em silêncio.

Nevra se sentou a minha frente, satisfeito.

– Eu te odeio. - consegui murmurar entredentes.

Não sabia se corava ou o fuzilava com o olhar quando lançou em minha direção seu sorriso de lado.

– Mas um dia vai amar.

Bufei, cruzando os braços quando vieram anotar o pedido. Não tinha nenhuma intenção de pedir nada ( começando pelo fato de que ainda estava com a calça do pijama e sem dinheiro), mas quando Nevra se ofereceu para me pagar o que quisesse, peguei qualquer coisa ali que tivesse chocolate.

–Isso não é... Pesado pra um café da manhã? - perguntou com apenas uma xícara de café. Ele me carregou até ali para tomar SÓ café?

Ergui uma sobrancelha e dei de ombros.

– O que queria comigo?- limpei minha boca com o guardanapo, esperando que ao menos fosse um assunto que valesse a pena toda a vergonha até ali.

Ele coçou a cabeça, olhando para o lado, e eu percebi que não havia nada a falar para mim.

Deitei a cabeça na mesa, indignada, e choraminguei.

– Não fique assim - disse colocando os braços na mesa.

Murmurei um "não enche" que saiu abafado, e então levantei o rosto para ele, seus dedos brincando com meu cabelo espalhado sobre a mesa.

– Quer que fique como então? Feliz por ter sido carregada que nem um... Saco de batatas pelo bairro?

Ele me encarou por alguns instantes, e então riu, fazendo-me corar.

Virei o rosto mordendo o lábio.

– Apenas não me odeie ainda, fique um pouco comigo.

Olhei de lado para ele, ainda não convencida.

– É... Importante, pra mim, que você esteja aqui. Não posso te dar em detalhes mas... Apenas fique.

Desisti e voltei-me para ele; já estava ali, já havia passado toda a vergonha, não tinha mais muita coisa a perder.

 


           O sinal bateu e corri para fora com a mochila nas costas; ainda era o intervalo, mas ir para a aula de redação fazer uma com o tema "momentos marcantes de seu passado" era uma péssima ideia.

Apenas esquecer tudo. Era o que tinha feito, não melhorou muito minha situação, mas pelo menos eu não acordava mais chorando e nem tinha medo de sair de casa. Só restaram aqueles pesadelos, cujas imagens eu nem sequer lembrava o que eram, então eles eram até suportáveis.

Passei pelo pátio sem ser parada por ninguém  e quando estava finalmente chegando na portaria sou puxada pela bolsa e tropeço para trás, sendo segurada por um braço de Nevra.

– Aonde está indo mesmo?- ele me perguntou. Afastei-me alguns passos tentando inventar alguma desculpa ou um meio de implorar para que me deixasse ir.

–E-eu...- comecei a gaguejar, até uma voz feminina gritar pelo "professor Nevra".

Revirei os olhos, já imaginando o tipo que apareceria ali para dar em cima dele.

Mas a menina que realmente apareceu era exatamente uma das que eu vinha tentando apagar da memória.

–Professor, espera!- sua voz era a mesma de quando tinha mentido.

Os cabelos negros e compridos balançando com seu andar confiante.

Meu sangue se tornou gelo e minha expressão, pedra.

As memórias estavam tentando voltar, vestidas agora no mesmo uniforme azulado que o meu.

Nevra me encarava, mas não tinha tempo para prestar atenção nele, estava mais preocupada em conter as lágrimas e a raiva dentro da represa em de mim.

– Professor... - ela parou perto dele, arfando com a correria, provavelmente só um motivo para se apoiar no braço de Nevra - Eu... Não conheço nada aqui... Você não...

Nevra olhou dela para mim, provavelmente se perguntando o porquê daquela reação minha.

E ela tinha que seguir o olhar dele.

Tinha que ter me notado.

Tinha que ter voltado.

Seus olhos lilases se arregalaram, a boca se abriu num grito de surpresa não dado e os pés a levaram dois passos para trás.

–Mi-Micaela...- murmurou, alguma coisa me dizendo que havia dor em sua voz.

Meu estômago embrulhou com essa ideia.

–Amanda. - falei fazendo questão de deixar minha raiva transparecer e dei as costas, respirando devagar e contando até dez, impedindo as lagrimas de caírem quentes ódio.


Notas Finais


<3


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