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História The Cursed Blood (O Sangue Amaldiçoado) - Bem-Vinda á Eldarya


Escrita por: DropCandy

Notas do Autor


Bom, agora sim podemos dizer que a estória começa de verdade \o/
Boa leitura *^*
Ah, e muito obrigada por todo o apoio de vcs nos comentário. Isso ajuda muito, sério. Então... Obrigada >///<

Capítulo 20 - Bem-Vinda á Eldarya


Fanfic / Fanfiction The Cursed Blood (O Sangue Amaldiçoado) - Bem-Vinda á Eldarya

[Micaela]

 

– Micaela...? - a voz feminina e baixa repercutia em minha mente. Depois daquele clarão que havia me engolido e do gelo momentâneo que me tomara, tudo estava negro, meu cérebro entorpecido e alguém me chamava, a voz desaparecendo aos poucos em um eco perdido dentro de mim.

–Micaela, levanta!- de repente gritou e meus olhos se abriram de uma vez; quase senti minhas pupilas se contraindo com a luz intensa que me atingiu bruscamente enquanto eu estava deitada a sobre terra.

Aos poucos percebi meus sentidos retornando. O ar estava quente e úmido, quase pegajoso; o farfalhar das folhas soavam por todo meu redor, o vento parecendo sussurrar algo contra meus ouvidos que eu não era capaz de entender.

–Micaela?- ela me chamou de novo e sentei-me, ereta e assustada, o coração se lembrando de que ainda estava vivo e bateu acelerado no peito.

Olhei em todas as direções, nada além de árvores me faziam companhia. Árvores que, reparei assustada, tinham folhas maiores que meu corpo, com cores variando do verde escuro ao amarelado, algumas até levemente arroxeadas.

–Onde...?- balbuciei pondo me de pé com grande esforço, afinal, meu corpo queria simplesmente ficar ali jogado até aquele pesadelo acabar.

–Isso não é um pesadelo. - ela voltou a falar e virei-me de costas, esperando encontrar alguém. Mas não havia nada ali além de plantas e um zumbido distante que, creio eu, eram de insetos.

Fui tomada por uma tontura nauseante com aquele movimento simples; cambaleei até o tronco espesso de uma das árvores e me apoiei ali, segurando o estômago.

– Ora por favor, não é possível que uma viagem boba dessas tenha de consumido tanto.

Fechei a mão em punho quando finalmente reconheci aquela voz.

–Amanda.

Um frio cortante percorreu todo o meu corpo e senti meu peito ser puxado de dentro para fora; quando me dei por mim a forma translúcida de Amanda caminhava para fora de mim, literalmente, prostrando-se a minha frente de braços cruzados e olhar decepcionado.

Cambaleei para trás com a surpresa e tropecei em algo, caindo com um baque surdo no chão. Um chiado soou da pedra onde havia tropeçado, dela então saindo dois pares de patas mais finas que gravetos e saiu correndo para longe, chiando em protesto.

–O que...?!

–Ah, ignore; esses bichos sempre foram mal-humorados assim. - gesticulou em desdém e esperou que eu levantasse.

Não sabia o que sentir. A confusão atrapalhava todos meus pensamentos e os acontecimentos dos últimos minutos não faziam o menor sentido. E foram esses momentos que voltaram de uma vez em minha mente, num turbilhão de imagens que me atingiram em cheio e fizeram o mundo ao redor girar.

–O que houve? - Amanda me perguntou estreitando os olhos; parecia realmente preocupada com a minha situação.

Grunhi qualquer coisa para ela e apoiei-me numa árvore, a cabeça baixa, tentando ajustar as ideias em algo claro, mas tudo em que eu conseguia pensar era nela tentando me matar e naqueles lobos negros que...

–Nevra? O que aconteceu com ele? E Ezarel? Valkyon...? Ah, meu Deus, Valkyon... - comecei a perguntar, e logo em seguida o desespero tomou conta. Eles haviam tentado me ajudar. Valkyon entrara na frente quando um daqueles monstros atacou. Algo atingiu Nevra. Ezarel... Fui de um lado para o outro, os olhos ardendo, meus dedos puxando com força os fios de meu cabelo, como se arrancá-los do couro pudesse resolver todos os meus problemas.

Amando revirou os olhos.

–Eles, infelizmente, devem estar bem... - inclinou levemente a cabeça para o lado, mordendo o lábio inferior - Bom, ao menos Nevra TEM que estar bem...

Encarei-a como se pudesse matá-la com o olhar, o ombro voltando a doer com a lembrança do ferimento que ela fizera; mas minha raiva naquele momento era grande o suficiente para amenizar aquela dor.

E foi quando meu olhar pousou em sua figura que percebi o quanto meus problemas estavam apenas começando.

Amanda tremeluzia, seu corpo não passando de uma névoa fina e translúcida; as roupas ainda eram o uniforme que costumava usar na escola, a capa negra havia sumido junto de sua aura assustadora que mostrara de noite...

Levantei a cabeça para o céu azul e límpido, o sol brilhando forte nele. Meu coração deu uma batida em falso.

–Por quanto tempo fiquei desmaiada? - sussurrei mais para mim mesma e pude ouvir o risinho baixo de Amanda.

–Por exatos oitenta batimentos de dragão. - ela falou e desviei meu olhar para ela, que fitava o céu assim como eu, parecendo hipnotizada por aquele azul.

–Como? - algo no fundo de mim me dizia para parar com as perguntas, que eu deveria simplesmente me deitar ali e dormir até acordar.

Me dizia que não gostaria de ouvir as respostas.

Me dizia que eu iria encarar coisas com as quais não estava pronta para lidar.

Mas não conseguia. Queria entender o que eu sabia que não iria entender.

Amanda voltou seus olhos para mim, estes que cintilavam em roxo vivo, como se carregados de energia pela luz daquele lugar.

–É o que equivaleria a vinte e cinco segundos no seu mundo.

Engoli em seco e ela sorriu para mim de lado; um sorriso que fez o vento varrer as árvores, sussurrando suas palavras inaudíveis em meus ouvidos entorpecidos.

A noite não se transformava em dia por se passarem apenas vinte e cinco segundos.

"No seu mundo".

Aquilo não podia estar acontecendo.

Corri para dentro daquela mata, seguindo a direção oposta a do vento. O vento sussurrante.

Meu coração martelava o sangue pelas veias, meu corpo correndo enquanto minha mente havia simplesmente parado de funcionar.

O vento não estava sussurrando.

Afastei umas duas folhas gigantes e alaranjadas para fora de meu caminho. Um azul intenso invadiu minhas vistas, tão infinito que se fundia ao céu no horizonte.

Vento não sussurrava. O que eu ouvia era o som das ondas que fora carregado até mim.

Eu não estava mais em casa, nem em qualquer lugar perto dela. Eu não queria acreditar, mas ou aquilo era um sonho lúcido, ou...

Amanda apareceu atrás de mim, apoiando-se em meus ombros, colocando o rosto ao lado do meu, fitando o mar assim como eu; sussurrou em meu ouvido, se divertindo com minha falta de reação perante o choque:

–Bem-vinda á Eldarya.


Notas Finais


Espero que tenha gostado *^*
Até mais seus lindos ♥ ♥ ♥ ♥


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