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História The Dance Brought Me Love Accidentally. Season 3 - Appa?


Escrita por: impenettrable

Notas do Autor


Oi ooooi coelhinhos
Onde meus filhos se esconderam hein? Só teve um comentário no capítulo anterior, ficou tão ruim assim?.-.
Bom... Já passou nenon, cheguei com capítulo novo e espero que anime vocês kkkkkk
Enfim, boa leitura

Capítulo 6 - Appa?


Fanfic / Fanfiction The Dance Brought Me Love Accidentally. Season 3 - Appa?

31 de dezembro, 1994.

Após o último dia do ano um tanto cansativo de trabalho em seu escritório, Robert finalmente pode ir para casa. Assim que entrou, deixou sua maleta no sofá e foi diretamente para o quarto tirar o paletó para se livrar das peças tão inúteis como aquelas depois de um final de dia ouvindo reclamações e resolvendo problemas.

— Sarang? - uma voz feminina ecoou do lado de fora e deu duas batidas na porta.

— Pode entrar. - o mais velho respondeu dando permissão que a mulher entrasse assim que pegou em mãos um pijama confortável e cueca.

— Não te ouvi entrar. - riu nasalado vendo o mais velho entrar no banheiro.

— Eu ia tomar um banho primeiro, estou me sentindo todo suado, isso é muito ruim. - sorriu pra ela depois que passou pela porta.

— Então... Vou ficar te esperando na sala de jantar, tudo bem?

— Está certo, amor. - a jovem sorriu assentindo e saiu do quarto deixando que o namorado tomasse seu banho sossegadamente.

Alguns minutos depois...

— Hum, isso aqui está muito bom. - Robert falou degustando do jantar. - Seus dotes culinários são algo que eu não troco nem se me oferecerem um milhão de dólares. - disse dando mais uma garfada em seu bife.

— Mas que exagero! - riu envergonhada. - É só um bife, você consegue comer um desses em um restaurante muito bem refinado por exemplo. - deu de ombros.

— Que humilde... Mas descordo, sua comida é muito melhor do que de um restaurante que eu goste.

— Bom... Sendo assim, obrigada. - deixou transparecer um sorriso de lado e bebericou um pouco do seu suco. - Robert... Preciso dizer uma coisa. - comprimiu os lábios em uma linha fina imaginando que reação ele teria.

— Aconteceu alguma coisa? - franziu o cenho um tanto preocupado.

— Sim, eu diria que... Um grande passo vai ser dado em minha vida daqui por diante. - suspirou olhando para o mais velho.

— Como assim? - arqueou a sobrancelha.

— Eu... Pedi demissão na cafeteria. - a mulher deixou transparecer um sorriso amarelo e logo notou que o homem sentado ao seu lado soltou um suspiro parecendo estar aliviado.

— Achei que nunca se demitiria de lá. - murmurou baixo. - Os homens daquele lugar não tem o mínimo respeito se as mulheres que trabalham com eles são comprometidas ou não. - bufou turrão cortando outro pedaço de seu bife.

— Sabe que eu não ligava pra eles... Não sabe? Eu só tenho olhos pra você. - tocou o ombro dele tentando lhe passar confiança.

— Eu sei, Esmerald, mas eu não gosto dessa sua independência, você poderia estar saindo com as amigas, fazendo compras, cuidando da casa, não atendendo clientes de um café que os homens mais estão ocupados em olhar para o rabo de saia das mulheres do que prestar atenção em seus cafés. - respondeu sério lançando um olhar significativo a ela.

— Já conversamos sobre isso, não é? - arqueou a sobrancelha autoritária.

— Já... - fechou os olhos por um instante. - Os tempos estão mudando e as mulheres tem liberdade de fazer o que bem entendem, eu entendo, ou tento... - fitou o prato. - Só gostaria de ter um tempo a mais com você.

— E você vai, a partir do que eu tenho planejado. - deu um sorriso aberto juntando as mãos.

— Como assim? - perguntou com certa curiosidade no olhar.

— Eu larguei o café para começar meu curso de design profissional, lembra-se que eu disse que queria isso, não?

— Claro... - fechou um dos olhos olhando para o teto. - A que horas será isso?

— Pela manhã, de segunda a quinta, posso até mesmo almoçar com você.

— Hum, até que não foi tão ruim assim deixar o emprego no café de lado. - riu baixo voltando a comer seu jantar.

— Eu queria comemorar o ano novo... Sabe... Lá em cima. - apontou para o teto como se indicasse o quarto deles, ele então voltou a olha-la com a sobrancelha erguida. - O que acha?

— Vou poder comer depois? - estreitou os olhos.

— O quanto quiser.

— Bom... Acho que alguém irá passar a meia noite na cama com um certo alguém. - rolou os olhos pela cozinha e logo levantou assim que ela começou a puxa-lo pela mão, ao chegarem nas escadas, ele a pegou no colo e começou a distribuir beijos pelo pescoço da mais nova que ria baixo enquanto ele subia os degraus com ela de forma desajeitada até chegar ao quarto.

2 semanas depois...

Esmerald havia começado seu curso imediatamente como planejado quando os feriados passaram, quem pagaria, seria Robert até que ela conseguisse um estágio ou emprego fixo. No começo, parecia que tudo estava indo bem, teria mais tempo e disposição para o seu namorado quase marido, isso até os trabalhos e outras tarefas surgirem para lhe atrapalhar. Robert não havia gostado nada daquilo, quando chegava mais cedo, sempre a via afundada em livros e mais livros, sem contar nos desenhos que ela não se cansava de fazer, quando acabava o esboço de um que tinha começado no dia anterior, logo começava a fazer outro, aquele era o maior divertimento dela, desenhar vestidos, blusas e outras peças de roupas era como desenhar para suas modelos como se fossem realmente suas bonecas.

Ao que tudo indicava, Robert conseguiria deixar que a jovem Esmerald seguisse seu sonho na carreira que queria seguir para o resto da vida, porém o que mais parecia ser algo inofensivo, começou a se tornar algo que ocupava muito o tempo de Esmerald, ela não estava disposta a desistir e muito menos levar aquilo apenas como um hobie. A mulher sempre foi muito dedicada, isso já era visto pelos professores nos primeiros dias de curso, não perdia uma aula, se ficava doente, ia mesmo assim, só não ia quando realmente se sentia indisposta, mas pegava a matéria na cama com suas colegas de classe.

O que Janeiro tinha para ser apenas mais um mês comum e tranquilo, acabou se tornando um mês estressante e bem conturbado. O casal que já estavam juntos a um ano e meio, começaram a discutir por coisas bobas. Robert não aguentava mais ver desenhos entulhados pelo sofá sempre que chegava em casa, estava começando a achar aquilo um extremo exagero para alguém que só estava desenhando e lendo, o que ele não entendia, era que aquilo era mais um treinamento, ele não havia visto nem metade do talento da mulher em sala de aula, em menos de um mês, ela já era a melhor da turma e a que mais mostrava ter desenhos criativos, os desenhos realmente profissionais sempre ficavam guardados na sala, não com ela.

Mesmo com o clima tenso em casa, Esmerald não quis desistir de seu sonho. Os dias continuaram se passando tornando a rotina principal do casal em: Alfinetadas com a hora que chegava em casa, mais sobre o que estudou com brinde de risadas sarcásticas e para finalizar, Esmerald ganhava piadinhas de mal gosto do homem dizendo com desdém que ela não estava aprendendo nada. A gota d'água, foi quando Esmerald chegou em casa por volta das oito horas da noite dizendo que havia ido a uma palestra importante assistir o discurso e pegar dicas de uma design de moda sempre muito bem indicada e reconhecida em sua área.

— Palestra? Tsc, tsc, Esmerald... Se eu pegar o homem que você anda flertando para chegar tarde assim em casa...

— Ei, está achando que eu sou quem? Mais respeito comigo, não sou mulher desse tipo de sair me esfregando em qualquer um, quantas vezes preciso explicar que eu sou apaixonada por você Robert?! - esbravejou pondo as mãos sobre a mesa de jantar.

— Não quero mais ouvir, a partir de amanhã, você vai parar com esse curso, fui claro? - sem deixa-la responder, ele saiu do cômodo, mas ela se recusava aceitar isso. Insistente, ela o seguiu e parou no topo da escada.

— Não! - gritou com firmeza. - Eu vou continuar meu curso você querendo ou não, não precisa pagar, eu arrumarei um emprego caso seja necessário, mas do meu sonho, eu não abrirei mão por causa do seu ciúme, se você não confia em mim, a porta está aberta para que você saia, mas saiba que não precisará voltar se ousar passar por ela. - ditou apontando para a porta. - ele continuou a observando com um olhar superior, abriu a boca algumas vezes, mas o orgulho foi maior e não o deixou falar, instantes depois, ele entrou no quarto e bateu a porta com força visivelmente irritado.

Esmerald não queria irritá-lo, ela até tentou mostrar o vídeo que havia gravado da mulher falando, mas nem isso ele deixou que ela mostrasse. Como não queria mais discussão, decidiu ficar no andar de baixo, após fazer sua refeição, foi se sentar no sofá onde começou a reler o que foi lhe passado durante a aula.

— "Não deixem que imponham a vocês sobre o que fazer da vida. A vida é sua, independente se estiver na companhia de alguém, sozinha ou morando com seus pais, quem decide que rumo tomar, são vocês, não os outros ou a opinião deles. Jamais se deixem levar pelo o que dizem a vocês. Se quiserem estudar mais do que já estudaram, estudem, nunca é demais aprender. Se vocês querem continuar seguindo essa carreira, arrisquem todas as fichas que tiverem nela e façam isso acontecer. Sei como é não ter o apoio de alguém quando se tem um sonho, mas quando você acredita, nada mais é importante a não ser que você confie em você mesma de que vai conseguir fazer tudo o que quiser, o céu é o limite." - a moça encerrou seu discurso no vídeo gravado por Esmerald que havia pego da parte que mais gostou de ouvir.

— O céu é o limite... - balbuciou para si mesma deixando que um sorriso bobo transparecesse em seu rosto esperançosa de que conseguiria fazer tudo o que queria. - Stephanie realmente é alguém que encoraja as pessoas. - riu para si mesma dando mais traços aos seus desenhos, a mais nova estava nas nuvens depois de ouvir aquelas palavras novamente, mas seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu o som de passos no andar de cima até descer as escadas. - Onde vai? - perguntou ela com o cenho franzido assim que viu Robert parar em frente ao espelho ao lado das escadas verificando se estava bem arrumado ou se não tinha nenhum fio de seu cabelo fora do lugar.

— Vou sair, volto mais tarde. - respondeu seco sem olhá-la depois que passou pelo sofá onde ela ainda se encontrava sentada.

— Para onde? - perguntou novamente sentindo uma sensação ruim em seu estômago.

— Vou me encontrar com alguns amigos, ok? - suspirou dando mais uma olhada em Esmerald em meio aos seus desenhos novamente. - Provavelmente voltarei quando já estiver dormindo, então boa noite. - disse antes de fechar a porta e tranca-la em seguida.

— Eu te amo... - Esmerald respondeu tristemente enquanto ouvia o som do carro ser retirado da garagem.

Em um certo bar...

— Mais uma rodada! - um dos amigos de Robert gritou ao barman. - Então, quem tem novidades? - Cristian perguntou.

— Esposa dormiu cuidando dos filhos. - Gregg se pronunciou indiferente.

— Estou de folga amanhã. - deu de ombros Mark.

— Discuti com a namorada. - Robert foi o terceiro a falar.

— É só eu quem dou graças a Deus por não ter mulher na minha vida? - Cristian arqueou a sobrancelha rindo em seguida. - Parece que eu estou vendo um bando de caras com uma coleira no pescoço.

— Também não é assim, ela me faz muito feliz. - Gregg o repreendeu com o olhar.

— A mim também, estou mais que satisfeito com a minha esposa. - Mark disse firme.

— E você Robert? - Cristian perguntou.

— Huh? - o homem levantou a cabeça distraído. - O que?

— Perguntei se estava feliz com a sua namorada.

— Bem eu... - suspirou fundo. - Não sei responder ao certo, tem um clima estranho lá em casa e não sei até quando isso vai durar.

— Hum... O que me diz então de uma distração para tirar esses seus pensamentos da cabeça? - Cristian estreitou os olhos para ele de forma sugestiva.

— Do que está falando? - arqueou a sobrancelha estranhando-o.

— Sei que você tem uma queda por asiáticas então... O que me diz daquela ali? - apontou com a cabeça pra o outro lado do balcão mais a frente, ao virar a cabeça, Roberto viu uma mulher passando a ponta de seu dedo indicador no copo de shop como se estivesse pensando na vida, por alguns segundos, ele não se interessou, mas ao prestar mais atenção, arregalou os olhos reconhecendo a mulher.

— Licença. - fez um acenar para os amigos depois de se levantar.

— Vai que é sua! - Cristian disse assobiando em seguida.

— Não devia incentiva-lo a trair a mulher dele. - Mark deu uma cotovelada no peito do amigo.

— Eu mostrei, se ele quis levantar e ir até a moça, a culpa não é minha. - levantou as mãos em defesa.

— Isso não vai acabar bem... - Gregg suspirou tomando mais de seu shop.

— Eun-Ji? - Robert se aproximou cautelosamente chamando a atenção da bela coreana.

— Oi Robert, quanto tempo... - deu um sorriso pequeno desviando o olhar para o seu copo de shop meio vazio por já ter tomado boa parte.

— O que faz aqui? Não te vejo desde... A formatura do colegial. - perguntou curioso por encontra-la ali por acaso.

— Só... Bebendo. - deu de ombros pegando o copo novamente bebericando mais um pouco do shop.

— Bebendo sozinha, em um bar cheio de homens também que não dispensam em te comer com os olhos. - riu notando os inúmeros olhares em cima dela.

— Eu não ligo. - suspirou. - Só quero me distrair um pouco.

— O que houve? - perguntou tendo novamente a atenção da mais nova para si.

— Comecei a namorar a alguns meses e... Discutimos. Digamos que fiquei com ciúmes de uma moça que estava dando bola pra ele. - riu em escárnio desacreditada. - Ele nem desviava os assuntos dela, desagradável.

— Então somos dois, também estou aqui pra me distrair um pouco, minha namorada inventou de estudar e tem vindo com uma desculpa mais esfarrapada que a outra para mim durante esses meses. - bufou irritado.

— Já pensou que pode não ser mentira dela?

— Uma moça como aquela não fica até oito horas da noite assistindo a palestras. - tomou mais um pouco do seu shop.

— Hum... Parece que estamos no mesmo barco então... - passou o indicador pela borda do copo pensativa.

— Bom... Pode parecer loucura, mas não seria bom voltarmos aos velhos tempos? - perguntou ele de forma sugestiva a ela.

—- O que quer dizer com isso? - franziu o cenho.

— Que... Poderíamos sair daqui e, não sei, fazer algo que prestasse de verdade ao invés de ficarmos aqui tomando shop se lamentando pelo leite derramado. - levantou uma das sobrancelhas.

— Mas isso não é certo, Robert! - exclamou um tanto incrédula.

— Mas será apenas uma vez! Vamos, não significará nada, ninguém irá saber. - insistiu. Eun-Ji se deu por vencida depois de um tempo pensando e logo saiu dali com Robert.

Uma noite que era para ser algo comum na vida de dois jovens solteiros (isso é, se eles realmente fossem) se tornou o começo dos problemas.

7 anos depois...

— Bom dia, minha princesinha. - Esmerald sorriu pegando a pequena menina no colo de seu berço. - Queria que você já soubesse falar pra me dizer como está se sentindo. - suspirou segurando-a. - Quem diria que está fazendo três aninhos hoje, não é, amor? - arrumou a franjinha da menina que sorria sonolenta enquanto esfregava um dos olhinhos. - Vamos descer, eu acho que você tem um presente pra ganhar, viu? Não disse de quem e nem o que. - beijou o topo da cabeça dela e saiu do quarto sorridente levando-a para o andar de baixo.

Em seis anos, muita coisa aconteceu. Esmerald ingressou em uma faculdade pouco tempo depois; Conseguiu um estágio após seu quinto semestre de curso; Casou-se com o mesmo homem que tinha interesse desde mais nova cujo era Robert; Ela ficou grávida após voltar de sua lua de mel; Ele foi promovido a presidente em sua empresa; Ambos mudaram-se para um apartamento bem maior; A filha deles nasceu na manhã seguinte que Esmerald se formou na faculdade; Esmerald havia conseguido um emprego fixo desenhando e criando coleções para Diamonds Fashion, aquele havia se tornado seu terceiro emprego na vida e dali não saiu mais.

Atualmente, a família Kwan morava no centro de Los Angeles. Robert era famoso por seus feitos de empresário e ganhou uma fama a mais por ser casado com Esmerald, ela estava começando a estourar entre as fashionistas, modelos e críticos por ser uma coreana que só ganhava elogios. Robert se sentia orgulhoso de certo modo por saber que era marido dela na frente dos holofotes, mas por dentro, acumulava uma certa inveja por ver que ela estava começando a ganhar mais que ele financeiramente, ela não chamava atenção só por conta de sua origem, mas também por sua criatividade e originalidade, como cresceu aprendendo moda e desenhando seus próprios modelos, ela sempre era alvo de grandes expectativas mesmo que suas coleções fossem pequenas ou com parcerias para marcas pouco conhecidas, as roupas que lançava nas lojas mal eram colocadas nas prateleiras e cabides, assim que abriam as portas, cerca de mais ou menos duas horas, os vendedores já precisavam pegar as reservas para vender as clientes que tanto amavam a design oriental.

Naquele dia, tinha tudo para ser perfeito. Esmerald e Robert haviam conseguido uma folga em seus empregos para passar o aniversário com a pequena de olhos puxados cujo deram nome de Shelley. Mesmo com tão pouco tempo de vida, já era amada por boa parte da mídia e vista como exemplo para as mães que amavam vestir suas filhas como princesinhas.

— Robert? Já levantou? - perguntou a mulher ao chegar na sala de estar, mas não obteve resposta. Sem querer insistir por achar que ele estava dormindo, seguiu para a cozinha, porém antes, pegou as cartas que haviam caído no chão quando as mesmas passaram pela entrada sendo deixadas pelo porteiro. - Hum... Propagandas, ofertas de revistas... - a pequena com macacão rosa e touca de coelhinhos pegou uma das cartas e ficou olhando confusa por não entender bulhufas do que era aquilo. - Opa! Temos uma para mim. - riu pegando a carta dela, logo Esmerald abriu sem pressa e ao ler o conteúdo da mesma, parou no meio do caminho com a filha no colo. - Otoke? Eu... Fui... - um sorriso adornou os lábios da de cabelos compridos pretos não deixando de evitar a alegria que sentia em ler tal coisa.

— Bom dia, Esmerald. - a voz de Robert soou séria fazendo a esposa virar-se feliz para contar a novidade.

— Robert! Bom dia, sarang. Eu fui... - parou de falar ao ver as grandes bagagens que ele carregava. - Vai viajar hoje? - perguntou tristemente voltando a olhá-lo.

— Na verdade... Vou, e não irei mais voltar. - respondeu simples deixando-a confusa.

— Como assim? - franziu o cenho não entendendo.

— Eu estou indo embora. - Esmerald esbugalhou os olhos incrédulo com o que acabara de ouvir. - Já deixei meu cargo da presidência com o vice e estou indo. Irei começar uma vida nova no Japão. Meu advogado entrará em contato com você para negociar o nosso divórcio, então... Até outra vida. - riu irônico e começou a carregar as malas com si.

— Como você ousa... Fazer isso no aniversário de sua filha? - a mulher tentou ao máximo manter sua voz firme.

— Fazendo, todo mundo faz aniversário, Esmerald, por favor, não use essa desculpa para me impedir, cresça. - continuou arrastando suas malas em direção a porta.

— Como isso foi acontecer? - perguntou já sentindo as lágrimas começarem a embaçar os seus olhos. - Eu acordei feliz da vida por hoje ser o aniversário da nossa filha, recebo uma carta dizendo que serei uma das principais desenhistas de minha empresa e agora... Você simplesmente está... Indo embora... - sua voz começou a falhar aos poucos ao dizer as últimas palavras.

— Exatamente isso, olha como você pega rápido! - riu irônico. - Primeiro, ela nunca foi e nunca será minha filha, não passa de um esperma que deu sorte e que foi implantado em você depois de uma boa foda, essa garota é uma criança mimada que só chora, é um saco ouvi-la me chamando de "appa", parece que tem problemas com a língua. - Esmerald tapou um dos ouvidos da menina e a pressionou levemente contra o seu peito tapando o outro impedindo-a de ouvir tal absurdo mesmo sabendo que ela não entenderia. - Segundo, você sabe se virar, sempre soube desde que inventou de entrar nessa merda de emprego de desenhos inúteis! Agora que se tornou uma das principais desenhistas daquela empresa de merda, ótimo pra você! Eu estou pouco me fodendo pra sua felicidade e sucesso, pelo menos terá como pagar um café para tomar. - deu de ombros voltando a pegar suas outras grandes malas. Esmerald não estava acreditando que aquele era o mesmo homem que havia se casado e que a ajudou pagando suas aulas para aprender design quando ainda era nova, aquele era um homem ganancioso, rancoroso, sem coração e invejoso, não era o seu Robert de jeito nenhum.

— Como você pode... Querer jogar pelo ralo quase oito anos de relacionamento fora sem me dar uma mínima satisfação? - perguntou controlando sua calma para não fazer a filha chorar com algum grito inesperado.

— Eu cansei, não está vendo? Pessoas que se cansam de seus relacionamentos, se separam, não é isso? - sorriu debochado abrindo a porta e empurrando suas malas para fora. - Se me der licença, tenho uma viagem para fazer, e isso. - tirou a aliança. - Não faz mais parte de minha vida a partir de hoje. - deixou o metal dourado cair no chão como se fosse um pedaço de nada fazendo o silêncio tomar conta do local sendo ouvido apenas o som do objeto entrando em contato com o piso gélico. - Adeus, Esmerald Kwan. - sussurrou com um sorriso aberto nos lábios e fechou a porta delicadamente não deixando-a responder mais nada.

— Eu não preciso de você pra sobreviver, Robert. - a mulher sussurrou deixando as cartas que ainda eram seguradas por seus dedos, escorregassem pelos mesmos como se não tivesse forças para segurar se quer um mísero pedaço de papel. - Eu nunca vou precisar de uma nota sequer para sustentar minha filha... Você tem razão, ela não é sua filha... Ela é minha, minha Shelley Kwan. - continuou ditando para si mesma e olhou para a pequena que a olhava com os olhinhos confusa, Esmerald se permitiu deixar que uma lágrima escorresse por sua bochecha, mas logo sorriu quando a menina segurou seu dedo indicador com uma das mãozinhas, pode parecer estranho, mas ela se sentiu abraçada só com aquilo. - Vamos, temos café para tomar e um dia para aproveitar. - beijou demoradamente a testa da filha e antes de seguir para a cozinha, tirou a aliança que adornava seu dedo anelar e a jogou de qualquer jeito no sofá.

No aeroporto...

Robert já havia despachado suas malas para o avião e no momento esperava seu vôo, ele tinha plena certeza de que sua vida ao lado de Esmerald havia sido mais do que deixada para trás quando fechou a porta daquele apartamento deixando ex esposa e filha dentro deles, não pretendia tomar delas o que tinha de pose, só queria deixar o que não o fazia mais feliz de uma vez por todas para trás.

O homem se encontrava totalmente inerte em seus pensamentos sobre como seria trabalhar no Japão, expandir a empresa para aquele lados parecia ser um desafio que ele estava disposto a se arriscar já que quando ouviu a proposta, se prontificou prontamente para atender o pedido caso fechassem tal acordo, como o mesmo obteve sucesso, não hesitou em deixar para trás também a vida que considerava insuportável ao lado da tal coreana que dizia o amar do fundo do coração.

Estava tão distraído que nem notou que alguém havia se sentado ao seu lado, ele lia sobre algumas instruções que tinha que seguir quando chegasse no local com atenção e também observava um mapa que servia como a localização para encontrar a empresa, só teve sua concentração quebrada, quando ouviu uma voz feminina o chamar.

— Robert? - a voz soou docemente ao seu lado, sem demora, ele olhou para a direção que ouviu a mulher tendo assim a visão presa a uma mulher com um menino de cabelos negros no colo que brincava com um coala de borracha que usava para coçar seus dentes que estavam crescendo aos poucos.

— Sim, em que posso ajudar? - baixou seus óculos de grau afim de observa-la melhor tendo interesse na moça logo de primeira.

— Não me reconheceu? - riu baixo deixando o sorriso tomar conta de seu rosto. - Eun-Ji

— Oh! - exclamou surpreso. - Você sumiu... - franziu o cenho pendendo um pouco o corpo para o lado dela. - E esse garotinho, quem é?

— Meu filho, Park Jimin. - sorriu de lado vendo o pequeno tirar o ursinho de borracha da boca e sorrir como uma criança feliz. - Cumprimente o amigo da omma, amor.

— Anyounghaseyo... Senhor. - sua voz saiu um pouco baixo por ter ficado tímido.

— Ensinou coreano para ele? - riu quando ouviu.

— Mas é claro, eu estou morando em Busan, vim apenas a passeio com meu marido.

— E onde ele está?

— Foi comprar pipoca para mim, então resolvi passear um pouco com ele. - beijou a testa do menino que soltou uma risadinha e tapou o rosto com vergonha.

— Quantos anos ele tem? - perguntou curioso analisando os traços do garoto.

— Quatro. - respondeu ela arrumando um fiozinho fora do lugar do cabelo do pequeno.

— Seu marido é um cara de sorte. - Eun-Ji travou quando ouviu tal pergunta, mas deixou um suspiro escapar.

— Eu nunca tive a exata certeza de que ele era filho do meu marido... - sussurrou olhando para o menino que agora brincava com os próprios dedos.

— Como assim? - arqueou a sobrancelha. - Pulou a cerca, Eun-Ji? - perguntou baixo para que o menino não ouvisse.

— Sim, com você. - dessa vez respondeu virando seu rosto para ele. Robert abriu a boca para falar algo, mas sua voz falhou quando finalmente entendeu o que ela quis dizer com aquilo.

— Ele é o meu filho? - perguntou ainda baixo olhando para ele.

— Eu não tenho certeza. - a mulher respondeu ainda num sussurro.

— Voo 864, destino Japão. Passageiros, favor dirigirem-se a saída para embarque. - a voz de uma mulher ecoou por todo o aeroporto chamando atenção dos que iriam para aquele mesmo voo, Robert se pôs de pé e Eun-Ji fez o mesmo segurando seu filho nos braços.

— Venha comigo para o Japão, eu compro uma passagem para você, você poderá viver comigo. - sorriu quando disse tal proposta.

— Mas... Você não é casado? - arregalou os olhos desacreditada.

— Larguei ela hoje. - deu de ombros não ligando.

— Como pode fazer isso? - franziu o cenho dando alguns passos para trás com uma das mãos pousada na parte de trás da cabeça do pequeno em seus braços.

— O que? Eu cansei dela, não é isso o que pessoas fazem? - perguntou indiferente.

— Abandono? Não... Nunca iria atrás de você tendo Seung-gi ao meu lado, ele me ama e eu o amo também. - disse dando mais passos para trás.

— Mulheres... - rolou os olhos com tédio. - Sempre pondo seus sentimentos inúteis na frente. - suspirou cansado. - Tenho mais o que fazer, como embarcar para um voo agora. Adeus, Eun-Ji. - disse dando um último acenar para ela e para Jimin que olhava curioso para o homem mais velho.

— Encontrei as pipocas, trouxe doce pra você, am... Eun-Ji? - Seung perguntou ao perceber que a esposa estava olhando com o olhar perdido para frente mesmo depois que ele chegou ao lado dela. - Tudo bem?

— Huh? - virou-se para ele acordando do transe. - Si-Sim. - sorriu amarelo disfarçando por ter gaguejado.

— Park Eun-Ji, o que houve? - arqueou a sobrancelha sabendo que ela estava mentindo.

— Só... Estava me despedindo de um amigo que não via a muito tempo. - suspirou fundo pegando uma das pipocas do saquinho que ele trouxe e pondo-a na boca. - Vamos? - perguntou enquanto mastigava a mesma.

— Vamos. Será que o Jimin pode comer isso? - aqueou a sobrancelha.

— Não, Seung! - riu dando um tapinha no ombro dele. - Os dentinhos dele ainda estão crescendo. - logo a família Park seguiu para fora do aeroporto para começarem seu passeio depois de ter deixado suas malas no hotel.

Atualmente, 2017.

— Qual seu nome? - Jin perguntou gentil atendendo a mais uma Army no fanmeeting.

Era o primeiro dia do BTS para sua turnê WINGS TOUR pelo Japão. O dia estava incrível para as Army's japonesas que disponibilizaram seu tempo para irem encontra-los para conversar, tirar foto e ter um autografo vindo diretamente de seus k-idols tão queridos.

Shelley estava presente também, ela estava ajudando as staffs dessa vez acalmando as fãs ou dava pequenos sustos aparecendo atrás delas enquanto elas recebiam o autografo de um deles.

— Jimin, não faz qualquer rabisco hein, estou de olho. - fez um sinal pra ele com os dedos que riu com o ato da namorada.

— Kwan Shelley! - a menina falou baixinho maravilhada em ver a garota atrás de si.

— Eu mesma, em carne e osso. - sorriu fofa.

— Ei, quer não distraia as minhas fãs, fazendo o favor? Estou ocupado aqui. - o moreno falou autoritário ganhando uma careta horrorizada da namorada.

— Quem é que você pensa que é pra falar desse jeito comigo, Park Jimin? - Shelley se pronunciou no microfone chamando a atenção dos distraídos e dos que não ouviram.

— Chamou pelo o nome inteiro, corre que é encrenca. - Namjoon disse começando a rir.

— Seu namorado. - respondeu convencido empinando o nariz pra ela já que ela estava de pé e ele sentado, isso só fez com que as fãs que escutaram, descem um suspiro e fizessem um "awn"

— Isso não é desculpa, Chimchim. - falou séria.

— Aish! Não é uma desculpa, é uma realidade. - fez bico.

— Bobo. - riu e bagunçou os cabelos do namorado e voltou a descer do palco para verificar se as staffs precisavam de mais alguma coisa.

— Uh, salgadinhos! - Jungkook pegou o pacotinho que a fã lhe entregou, ela então sorriu envergonhada em vê-lo feliz. - Obrigado.

— N-não tem de que... - assentiu com a cabeça.

— Hyungs, Kookie ganhou comida! - Taehyung falou chamando a atenção deles.

— É, ganhei, mas que eu me lembre, sou eu quem tenho que permitir se divido ou não. - falou ele fazendo uma cara emburrada.

— Como que você não vai dividir com seus irmãos, Jeon Jungkook? - Hoseok perguntou com um tom mandão atraindo risadas dos demais.

— Não, é que... Só estava brincando. - deu um sorrisinho fofo para que o mais velho não brigasse com ele.

— Eles estão bem descontraídos. - uma staff se pronunciou ao lado de Shelley que os observava de longe com as mãos para trás dando a maior atenção as fãs ali presentes.

— Estão... Fico feliz que estejam sorrindo. - riu baixo ao ver J-Hope fazer uma cara de drama quando uma das fãs deu um Pikachu a ele.

— Percebi. - sorriu analisando a expressão dela. - Está muito ocupada agora?

— Não... Acho que eles não vão precisar de mim no momento, as meninas querem saber deles. - deu de ombros.

— Se não fosse incomodo, poderia ir na cafeteria aqui perto para comprar alguns cafés? Aqui está tão corrido que ninguém consegue um tempinho livre pra ir lá comprar... - pediu a mulher um tanto tímida.

— Claro! Quantos? - perguntou virando-se para ela, a mais velha indicou quantos eram e explicou a Shelley onde ficava, não parecia ser tão difícil, pelo o que ela havia entendido, era só sair e daria de cara com o café. - Tudo bem, vou lá buscar. - terminou de anotar o que ela explicou no bloco de notas e sorriu.

— Obrigada. - agradeceu ela sorridente fazendo uma breve reverência.

— "Jimin, vou passar no café aqui do lado. Me pediram pra comprar chá gelado a vocês já que ainda tem show pra fazer, querem mais alguma coisa?" - Shelley mandou uma mensagem a Jimin que logo verificou a mesma quando ouviu seu celular apitando em cima da mesa depois de atender mais uma fã, de imediato ele levantou a cabeça procurando-a com os olhos e a viu se encaminhando a saída discretamente, coisa que o fez fazer um pequeno bico por ela ter saído.

— "Eu queria um brownie... Jin pediu Você nem pra vim me dar um beijinho aqui." - respondeu, quando a menor leu a mensagem, riu sozinha no corredor enquanto caminhava.

— "Eu vou voltar, não tem porque me despedir de você, ursinho." - mandou de volta.

— Jimin está sorrindo como um bobo, quem adivinhar o porque, ganha uma assinatura na camisa! - Yoongi disse apontando para o menor que o olhou começando a rir.

Do lado de fora...

— Deve ser aqui... - Shelley falou para si mesma entrando no único café que avistou ser perto de onde estava acontecendo o fanmeeting dos meninos. O local era fofo, aconchegante e descontraído, um lugar digno de receber vários clientes. - Boa tarde, gostaria de fazer um pedido, pra levar, por favor. - a menor se pronunciou no balcão para a moça que prontamente pegou um bloquinho para anotar tudo o que pediram à ela. Enquanto Shelley ditava as coisas para a moça, outro cliente entrou no local e parou ao lado da menor de braços cruzados.

— Boa tarde! O que deseja? - perguntou o garoto tirando uma caneta de trás da orelha, ele estava ao lado da moça que estava com Shelley.

— Boa tarde, um café expresso. - relaxou por um momento. - Para viagem.

— Volto já, senhor...? - o menino fez um gesto com a caneta para que ele dissesse seu nome.

— Robert. - o atendente então fez uma breve reverência deixando o homem que ficou olhando para os detalhas das paredes distraído.

— Já volto com tudo. - a mocinha sorriu para Shelley e saiu para pegar tudo o que ela havia pedido. - Ah, uma pergunta, qual seu nome? - perguntou voltando alguns passos.

— Kwan Shelley. - levantou o olhar para ela e voltou a olhar o celular para ver o que Jimin lhe mandava, só aí, o homem ao lado dela parou o olhar na baixinha um tanto surpreso.

— Desculpe... Pode repetir? - ele pediu da forma mais educada que encontrou tendo a atenção de Shelley nele.

— O que? - inclinou a cabeça para o lado confusa.

— "Ela mexe a cabeça para o lado igual quando era um bebê..." - pensou ele não acreditando que ela estava na sua frente. - Seu nome.

— Kwan Shelley... - sorriu sem graça pensando que ele havia a reconhecido.

— É você... - foi a única coisa que conseguiu dizer.

— Acho que sim... - pôs uma mexa do cabelo atrás da orelha ainda não entendendo.

— Você tem os olhos iguais aos da sua mãe. - disse calmo virando-se pra ela com um sorriso no rosto.

— Conheceu minha mãe? - perguntou franzindo o cenho como se tentasse se lembrar de onde poderia conhecê-lo.

— Seu café, senhor. - o garoto voltou deixando o café sobre o balcão para que ele pegasse.

— Obrigado... - pagou e pegou o café voltando a olhar Shelley. - Sua mãe se chama Esmerald, certo?

— Sim.

— Shelley, eu...

— Aqui seus pedidos, senhorita Kwan. - a atendente disse pondo uma sacola com tudo sobre o balcão e juntamente porta copos com os chás dos meninos um em cima do outro para carregar como uma maleta junto com alguns cafés também.

— Obrigada. - sorriu para a mulher e pagou no cartão, logo a atendente se distanciou deixando Shelley e o homem sozinhos novamente. - Bem, eu tenho que ir...

— Mas eu preciso...

— Foi um prazer te conhecer, senhor... - estreitou os olhos por um momento interrompendo-o novamente. - Robert. - falou finalmente lembrando de quando ele falou com o garoto quando fez o pedido do seu café.

— Mas...

— Até qualquer dia. - acenou e logo se dirigiu à saída com tudo por achar que ele era algum maluco.

— Shelley, eu sou o seu pai. - disse finalmente fazendo a menor parar alguns metros perto da saída.

— O... O que? - sua voz falhou enquanto voltava a se virar para ele lentamente não acreditando no que ouviu.

Mais de vinte minutos depois...

— Taehyung, não é possível que uma mulher daquele tamanho tenha se perdido só indo buscar café quando o estabelecimento fica apenas do outro lado da rua. - Jimin disse com um certo desespero ao passar pela saída que as fãs entraram para ver o grupo no espaço organizado para se encontrarem.

Mas ela não está perdida, vai ver ela foi fazer outra coisa, tipo compras, se acalma. - o mais alto respondeu do outro lado da linha tentando acalma-lo.

— Porque ela recusou todas as minhas ligações se só tivesse ido fazer compras? - arqueou a sobrancelha respirando fundo esperando que o sinal abrisse pra que ele pudesse atravessar. - Ela só me mandou uma única mensagem dizendo "Daqui a pouco eu volto" sendo que esse daqui a pouco não chegou! - o moreno esbravejou puxando os fios escuros para trás expondo sua testa.

Ela pode ter se distraído, não? - Jungkook entrou na ligação percebendo que o amigo não estava no estado normal de calma dele.

— Isso não justifica, Jungkook. - riu irônico. - Eu não aguentei ficar aí sentado sorrindo para as minhas fãs sabendo que minha namorada sumiu a vinte mais de vinte minutos e não deu um sinal de vida nem pra dizer "Cochilei". - Jimin começou a atravessar a faixa de pedestre apressadamente enquanto falava ao telefone.

Ela pode ter ido em outro café por não ter ingredientes nesse ai, ou não? - Yoongi também invadiu a ligação.

Como que vai faltar ingredientes em um café, Suga? - Hoseok perguntou ao lado dele deixando escapar uma risada.

— Vocês não estão aj... - Jimin parou de falar ao avistar Shelley saindo pela porta de vidro com tudo o que pediram. - Já ligo pra vocês. - sem esperar a resposta deles, ele desligou e foi até a menor que parecia ter o olhar perdido. - Shelley? - chamou por ela parando na frente da menor.

— Jimin... - a voz dela saiu falhada e logo lágrimas vieram aos seus olhos, instantaneamente ela fechou os olhos, respirou fundo e encostou a cabeça no peito dele deixando ele confuso.

— O que aconteceu? - fizeram algo com você? - perguntou ele pegando os porta copos das mãos dela.

— Não quero falar sobre isso agora, por favor... - sua voz saiu como um quase sussurro e fungou.

— Ei... - segurou o porta copos com uma das mãos e levou a outra mão pro rosto dela levantando o mesmo delicadamente para poder olhá-la. - Tocaram em você? - ela negou. - Te disseram alguma coisa ruim? - negou novamente. - Viu o Logan? Te ameaçaram? Machucaram? - disparou as perguntas, mas ela continuou negando e fechou os olhos virando o rosto para o outro lado. - Tudo bem... Vamos. - soltou um suspiro dando-se por vencido e segurou a mão livre da namorada saindo andando logo na frente, mas inesperadamente, ela soltou a mão dele fazendo ele parar no lugar. - Porque soltou minha mão? - franziu o cenho parecendo ter ficado magoado.

— Eu... Não... Desculpa... - vendo que não conseguia falar por não saber o que estava sentindo exatamente, apenas abaixou a cabeça arrependida esfregando um dos olhos, Jimin ficou alguns instantes em silêncio tentando decifrar o que ela sentia, mas não conseguia de jeito nenhum, nenhuma ideia vinha na sua cabeça sobre o que houve.

— Vamos conversar depois. - respondeu calmo passando o braço em volta do pescoço dela voltando a andar para atravessar a rua, Shelley tentava ao máximo segurar as lágrimas, mas parece que deu mais vontade de chorar quando ele beijou a cabeça dela é disse baixo. - Eu estou aqui, não se preocupe.


Notas Finais


Alguém sentiu o impacto? Porque eu senti e foi MAIS FORTE DO QUE EU PENSEI JESUS AMADO

O que acharam do Hug Jackman como pai dela? Achei que super combinou para a personalidade que estou pensando sobre ele viu ndkjnskjdbksbd

Espero que não tenham desistido de mim ):

Até o próximo capítulo <3


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