História The Danger Of Loving You - The Beginning Of Everything- Daughter Of Aphrodite Pt.2

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-O-O que isso significa?- a loira se levantouda cama e foi em direção a porta, a mesma tentou abri-la, porém estava trancada

-Vou explicar a situação!- começou, Jellal- Queremos saber se você é filha de Afrodite através desse teste. Já que você gosta de Natsu e Afrodite é a deusa do amor, assim que ele lhe beijar seus olhos devem automaticamente mudar de cor... Entendeu?

-Tá, mas e se meus olhos não mudarem?- inagou, Lucy

-Se seus olhos não mudarem, você será executada.- Novamente disse o azulado

-Executada?!- engoliu a seco

Atualmente

(Lucy Pov's: On)

  Milhares de pensamentos rondavam na minha mente naquele momento. Eu era apenas uma estudante comum do ensino médio, de onde veio essa loucura de filha de Afrodite?

  Analisei bem os fatos enquanto prendia o riso - Tentativa totalmente frustrada.

  Acabei explodindo em risos enquanto sentia lágrimas perdidas vagarem lentamente pelo meu rosto. Só podia ser piada.

  - Olha, eu sei o que vocês devem achar - Falei enquanto secava as gotículas de lágrimas abaixo dos meus olhos - Como sou meio 'nerd', eu iria cair nesse papinho de Afrodite, me sentiria especial e vocês tirariam sarro de mim depois como vingança pelo que fiz com Lisanna, certo?

  - Parecemos estar zoando?  - Natsu se pronuncia. Seu semblante sério me deixa sem fôlego.

  - Não,  mas... - Me Interrompi enquanto mordia o lábio inferior. Aquilo era mesmo verdade? - Mas por que eu teria que morrer se não fosse filha dela?

  - Porque você saberia demais sobre nós.  - Jellal pronuncia essas palavras enquanto franzi a testa - Pode, por obséquio,  beijar logo ela, Natsu? Não tenho o dia todo. É algo fácil pra você.

  Minha vida estaria em jogo por causa de um beijo. Não que eu acreditasse no que eles estão  falando, mas por via das dúvidas, prefiro não arriscar. Além disso, seria com o Natsu.

  Minha linha de raciocínio se voltou para o fato de que: Natsu Dragnell iria me beijar.

  "MEU DEUS DO CÉU"; Pensei desesperada,  tentando não transparecer meu nervosismo, o que também falhou.

  Meu rosto cora violentamente enquanto o suor escorre no canto do meu rosto. Encostada na porta, giro discretamente a maçaneta atrás de mim na esperança de que ela abriria, mas ao ver o rosado se aproximar de mim, meu coração passa a bater descontrolado. Merda!

  De certa forma, eu queria que isso acontecesse entre nós,  mas não dessa forma.

  - E-ESPERE! - Falei apavorada e trêmula,  na tentativa de afastar o garoto - Isso é-é assédio!

  Os meninos parecem pensativos enquanto olham uns para os outros, até que Gray se pronuncia.

  - Gajeel, Jellal. Vamos deixar eles à sós.  - Ambos caminham até porta e logo dou espaço pra passarem.

  - Ei! - Chamei, mas nada adiantou. Apenas vi os três abrirem a fechadura e girarem a maçaneta metálica,  me deixando sozinha com Natsu.

  Tudo estava errado naquele momento: um garoto comprometido segurava meu rosto enquanto me olhava friamente, prestes a selar nossos lábios. Talvez minha vida dependesse do fato de que meus olhos teriam de mudar de cor.

  - Nats.. - Não pude completar a frase ao sentir seus lábios encostarem nos meus em um selo singelo. Abri os olhos em surpresa e tentei afasta-lo com minha mão em seu peito; mas em um movimento rápido,  Natsu já tinha segurado meu pulso enquanto puxava minha cintura para mais perto do seu corpo.

  Eu não me sentia nada feliz e confortável com aquilo, pelo contrário. Eu me sentia incapaz e suja por saber se que estava traindo alguém,  mesmo que eu a odiasse do fundo da minha alma.

  Senti meus olhos arderem novamente. Desta vez não sabia se era pela mudança de coloração ou pelas lágrimas que teimavam em cair.

   "Por que, Lucy?"; Pensei comigo mesma, afinal, eu amava o rosado antes mesmo de vê-lo atar um relacionamento com Lisanna. Eu deveria me sentir feliz por dar o troco naquela vadia que teria me maltratado por todo esse tempo.

  Ver que ele me tocou apenas por obrigação, a frieza em seus olhos provavelmente era o que me matava por dentro.

   Pela primeira vez na vida eu desejei ser mais forte que um garoto, queria que aquela força que eu havia tido antes voltasse apenas para me soltar.

  Sinto que os seus braços relaxam, soltando lentamente meu pulso e minha cintura. Nossos lábios se separam e o garoto na minha frente apenas abre os olhos para ver a cor dos meus.

  Vejo o seu rosto se transformar num semblante de surpresa ao ver que eu estava com a face banhada em lágrimas.

  - Ei... - Natsu fala como se quisesse chamar minha atenção - Isso é só um beijo, nada de mais. Não é como se tivesse lhe machucado ou algo assim. - Ele completa a frase com um sorriso cínico ladino - Passou no teste, filha de Afrodite.

  Ele se afasta completamente de mim enquanto novamente me olhava com frieza.

  - EU TE ODEIO! - É a única frase que sai da minha garganta antes de dar o segundo tapa do dia, desta vez no rosto daquele escroto.

  Hoje eu realmente me superei. Não sei de onde veio aquela coragem de bater em tanta gente.

  Abri a porta novamente e apenas corri saindo daquele lugar.

  Vi de lado o Gajeel, Gray e Jellal que me chamavam mas apenas ignorei. Não quero mais nada por hoje. 

  Saí da escola, ainda correndo, querendo apenas meu quarto e minha cama. Bom, isso antes de pensar no que iria falar para minha mãe: "Bati numa garota, meu crush é um louco que me assediou assim como seus amiguinhos, e por sinal, também bati nele!"; Bem convincente para se falar para uma mulher sensata, né?

  Tentei pensar em algo até chegar em casa, mas nada me apareceu. Decidi então não voltar até a hora da aula acabar. Fiquei andando algum tempo pelas ruas de Tóquio e entrei num café onde minha melhor amiga, Levy, trabalhava. Me sentei em uma das cadeiras perto da enorme janela de vidro que ali tinha, observando a rua movimentada do bairro. Seria uma vista muito agradável se não fosse a situação em que estava.

  Alguns clientes do estabelecimento me fitavam com pena, afinal, meus olhos estavam levemente avermelhados e inchados, além de ainda estar lacrimejando.

  O garçom me aborda e eu apenas peço um café americano. Mergulho novamente em pensamentos e nem percebo o pedido, já frio, na minha frente. Bebo alguns goles do líquido e pago pelo mesmo, voltando novamente para as ruas, pensando no que iria fazer.

  Fui para uma praça onde costumava brincar quando pequena e me sento em um dos bancos de madeira.

  Os acontecimentos daquele dia não paravam do rodar pela minha mente. Era como se eu estivesse lendo uns 10 livros de uma vez só. Minha ficha talvez não caiu ainda; não tinha sentido algum esse papo de filha de Afrodite, nenhum mesmo!

  Mas, por que estou dando tanta importância para isso? Já era de se esperar os sentimentos do Natsu por mim: nada; porém aquele olhar me magoava, não porque ele não me ama, mas por ser algo sem compaixão humana alguma.

  Derrepente o meu amado se transformara no meu maior medo.

  Sim, agora eu tinha medo dele.

  Com tanta coisa acontecendo, senti meus olhos pesarem. Não estava conseguindo me manter acordada. Apenas vi tudo escurecer e logo cai num sono profundo.

  Meus sonhos não seriam os melhores naquele dia.

 Para piorar ainda mais a situação, senti uma mão no meu ombro. Infelizmente eu já estava grogue demais pra me ligar naquilo.