História The Dark Side of The Story - Thinking about what happened on the roof

"Essa garota...Morreu quando as vossas memórias foram roubadas de vós..."  

☆Narradora/Visão Kou☆ 

Um silêncio perturbador invadiu o local, Yuza tivera deixado o loiro totalmente à toa. Havia tantas perguntas que ele queria fazer mas muito poucas respostas dadas. 

- Isto não pode ficar assim.. - O jovem decidiu que deveria falar com os irmãos e fazer com que Yuza lhes devolvesse as memórias. - Eu quero respostas, quero que eles saibam, quero aquela jovem gentil de volta. - Falou decidido e saiu do telhado. 

☆Narradora/Visão Yuza☆ 

A "jovem" albina saiu do local, apressada. A mesma não aguentava mais olhar para a cara de Kou, fazia-lhe lembrar a parte mais obscura e feliz do seu passado. As suas mãos tremiam de tantas emoções que insistiam em rondar na sua mente. 

- Chega. Calma. - Suspirou para se acalmar e endireitou a sua postura. - Esquecer, passo para a frente e ignorar. - Deu um passo à frente e continuou a andar, já mais calma. A mesma estava tão concentrada nos seus pensamentos que não percebeu uma certa presença atrás da escada.  

☆Visão: ???☆ 

- Hm... Nee-san já comeceu a dar indícios da sua verdadeira existência e propósito aos Mukami uh... Isso vai ser divertido de observar~ - Um jovem rapaz de cabelos curtos em tom loiro escuro observava a albina andar pelo enorme corredor. O mesmo mantinha um sorriso sádico e sarcástico no seu rosto. - Como ela diz: "Que os jogos comecem!" 

☆Visão Narrador☆ 

Yuza já se tinha acalmado, quando se tratava do seu obscuro e misterioso passado, a jovem sentia-se mal e deixava de ser a rapariga fria, sádica e superior de sempre. O horário de almoço estava prestes a acabar então, a mesma decidiu voltar para a sala e esperar que nem Kou nem nenhum dos Sakamaki a chateassem, já que ela não estava com muita paciência ou vontade de falar. 

- Só resta contar para o Azusa e ficarei livre desta "verdade escondida". - A albina murmurava algumas coisas para si, aproveitando que ninguém estava na sala de aula. - E talvez para Ruki e Yuma também, mas eles os dois não foram transformados por mim então só lhes posso devolver algumas memórias. No caso de Ruki, eu posso devolver-lhe todas, já que não são muitas mesmo mas... Yuma é o que me preocupa... - Acabou por deixar de murmurar e começou a envolver as suas frases no seu pensamento, Yuza sabia que Yuma fora o mais afetado devido à transformação, ao tal incêndio da sua infância e à perda das suas memórias. Realmente, o alto vampiro de cabelos loiros quase ruivos era o "caso" mais difícil. 

A jovem ouviu passos aproximarem-se da porta e decidiu pegar rapidamente num livro que tinha na sua maleta escolar, disfarçando o que realmente estava a fazer (ou neste caso, pensar) na sala. Acabou por tirar um livro de título "Amante meu" da saga "Adaga Negra". Não era uma saga muito famosa ou conhecida pelos mortais, mas eram obras que até os vampiros e criaturas sobrenaturais admiravam. Abriu o livro na página na qual tinha parado e continuou a ler, sentindo alguém aproximar-se de si. 

- Hm... Então até tu lês livros, irônico. - Ouviu uma voz grossa e extremamente sarcástica. A albina logo percebeu de quem era, olhando a figura que permanecia ao seu lado de soslaio. 

- Acho que me deves uma boa desculpa para interromperes a minha leitura, Reiji. - Falou em tom áspero e fechou o livro, pondo o marcador na página onde parou. 

- Não tenho que lhe dar alguma desculpa, agora a senhorita é que me deve explicações. - Olhou-a de forma séria e cruzou os braços. - Esteve o intervalo todo com um Mukami e fez-nos perdê-la de vista, não acha que deveria ser punida? - O seu tom de voz era frio e cortante. 

A albina revirou os olhos e virou-se para ele. A rapariga sabia muito bem do que o moreno era capaz, afinal não era à toa que tinha observado a família Sakamaki por uma semana inteira antes de vir até à mansão. Yuza sabia de que tipo de "punição" Reiji falava, tortura era o hobby preferido dele quando se tratava de infrações das regras cometidas pelas noivas de sacrifício. 

- Ah que seja, os teus brinquedos não terão qualquer efeito sobre mim. Não sou aquela sonsa e ingénua da Yui para beber das tuas poções e aceitar ser torturada como se fosse um boneco de testes. - Olhou-o e sorriu vitoriosa. Apesar da extrema sensibilidade aos sons e aos cheiros, os Sakamaki não tinham um pingo de consciência ou sequer inteligência dentro das suas cabeças. Bem, esse era o ponto de vista de Yuza. 

- Não sei de que tipo de "brinquedos" a senhorita está a falar. Mas pode ter a certeza que a sua punição será deveras dolorosa, só aguarde. - Olhou-a de forma ameaçadora e saiu da sala, já que os alunos começavam a entrar e Reiji não era daquela turma. 

A albina suspirou e revirou os olhos com a ameaça do moreno. Quando percebeu que o mesmo tinha saído da sala de aula deu-se ao luxo de olhar em volta e observar todos os alunos a entrar e a sentarem-se nos seus devidos lugares. Os mortais à sua volta conversavam alegremente sobre assuntos totalmente aleatórios. Depois de alguns, mas bem longos minutos, a professora entrou na sala e começou a dar a aula. 

- Que idiotice. Eu já aprendi isto mais de mil e uma vezes, qual é o propósito de eu ter que fingir ter 18 anos só para andar nesta escola? Que desnecessário. - Yuza reclamava para si mesma, a mesma nunca tinha gostado da escola, desde muito pequenina. Mas bem, isso é um assunto do seu passado.  

||Quebra de tempo: 2 horas – Hora de saída|| 

O sinal de final das aulas tinha tocado e todos os alunos saíram das suas devidas salas, em breve as atividades dos clubes iriam começar. Ayato, que estava no clube de basquete, andava pelos corredores à procura de uma certa albina. 

- Onde raios a Mune-to está? - O ruivo andava pelos corredores à procura da albina. O rapaz não lhe conseguia sentir o cheiro, o que significava que a mesma estava longe dele. O vampiro andava e andava por entre os infinitos corredores da enorme escola, ignorando todas as raparigas que se aproximavam dele na esperança de conseguir qualquer coisa.  

Ao chegar a um corredor um pouco isolado do resto da escola, o vampiro sentiu o cheiro do sangue da mais velha. Estranhamente, ao ver do ruivo, o cheiro estava demasiado intenso, o que não lhe agradava nada. O mesmo apressou os passos e entrou numa sala, unicamente iluminada pela luz da lua. Acabou por deparar-se com uma cena que não lhe agradara nada. 

- Laito, como conseguiste apanhá-la desprevenida desse jeito? - Olhou para o ruivo que segurava o corpo imóvel da albina, sorrindo sadicamente ao ver o irmão.